HIPO E HIPERSEGMENTAÇÃO EM TEXTOS DE ALUNOS DO 5° e do 9° ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Segmentações não-convencionais; hipossegmentação; hipersegmentação; palavras gramaticais.
O presente trabalho apresenta um estudo sobre o fenômeno da segmentação não-convencional do tipo hipossegmentação e hipersegmentação na escrita de alunos do 5o ( de uma escola da rede pública municipal da área rural) e do 9o anos (alunos de uma escola da rede estadual de ensino, da área urbana) do Ensino
Fundamental I e II, ambas localizadas no município de Irituia, nordeste paraense. Os textos foram coletados em ambiente de sala e serviram de base para a análise e descrição das segmentações não-convencionais acima descritas, a fim de entender e explicar as razões pelas quais os escreventes desse nível de ensino optarem por
fazer uso de determinada forma e não de outra – convencionalmente definida – no ato de sua produção textual. Ao final, apresenta-se uma proposta pedagógica que busca mitigar os problemas de segmentação não-convencional encontrados, assim como contribuir como fonte de consulta e pesquisa para professores de língua
portuguesa, sobretudo, do Ensino Fundamental e auxiliá-los em sua prática pedagógica. Dentre os autores que consubstanciaram esta pesquisa, destacam-se as propostas de Geraldi (2002) sobre a leitura, a produção e a análise linguística; Menegassi (2004) sobre a produção de textos em sala de aula; Kleiman (2005)
sobre a alfabetização e letramento; Bisol (2000), Cunha (2004) e Tenani (2011) sobre segmentações não-convencionais. Os resultados obtidos por este estudo mostram uma predominância da Hipossegmentação sobre a hipersegmentação. Em decorrência disso, foram criadas atividades em conformidade com a realidade
educacional das escolas pesquisadas, ou seja, de acordo com as dificuldades apresentadas pelos alunos e os níveis das turmas que serviram de base para o estudo, a fim de se mitigar o problema da segmentação não-convencional nessas escolas.