ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DE NAFTOQUINONA ISOLADA DE Eleutherine plilata Herb. E O PAPEL DO ESTRESSE OXIDATIVO NA ATIVIDADE ANTIPARASITÁRIA.
Euleterine plicata, isoleutererina, malária, estresse oxidativo.
RESUMO
O Plasmodium, parasita envolvido na malária, tem se mostrado resistente a maioria dos fármacos disponíveis, tornando-se necessário a busca de alternativas terapêuticas. A resistência do parasita aos medicamentos disponíveis constitui o maior problema no controle da doença. Algumas espécies vegetais têm se mostrado promissoras para o tratamento da malária, destacando-se é a Euletherine plicata, sendo esta atividade atribuída às naftoquinonas. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a toxicidade aguda oral e atividade antimalárica de Eleutherine plicata Herb. e relacionar a alterações oxidativas e imunológicas. Para isto, foram realizados o isolamento das naftoquinonas por métodos cromatográficos e posteriormente serão identificadas por RMN 1H. Em seguida, foi realizado Docking molecular das naftoquinonas mais promissoras (isoleuterina, eleuterina e eleuterol), bem como foram avaliados a toxicidade aguda oral de camundongos machos e fêmeas expostos ao extrato etanólico e fração diclorometando na dose fixa de 2000mg/kg de peso animal. A atividade antiplasmódica será avaliada pelo teste supressivo de quatro dias de Peters, em que serão utilizados 120 camundongos fêmeas, divididos em 6 grupos, grupo controle negativo (saudável), grupo controle positivo (infectado com P. berghei) e os grupos infectados com P. berghei e tradados via oral durante 4 dias com cloroquina, extrato etanólico, fração diclorometano e isoeleuterina, sendo os animais monitorados diariamente durante 30 dias depois da infecção, com posterior obtenção da amostras de sangue, pulmão e cérebro para a determinação da parasitemia e avaliação dos parâmetros de estresse oxidativo e imunológicos. Os resultados parciais mostraram que os perfis cromatográficos foram sugestivos de naftoquinonas, tendo sido isolada, possivelmente, a isoeleuterina. Além disso, o Docking molecular das interações das naftoquinonas, eleuterol, eleuterina e isoeleuterina com as enzimas da defesa antioxidante, foi favorável para a formação do complexo receptor-ligante, de acordo com os valores de rerank score. Sendo a eleuterina e isoleuterina as que apresentaram menor energia de ligação para a catalase, glutationa redutase e GPx1, mostrando-se como possíveis alvos destas moléculas no envolvimento do equlibrio redox. Em relação ao teste de toxicidade aguda oral, o extrato etanólico e fração diclorometano na dose de 2000mk/kg de E. plicata não apresentaram toxicidade evidente nos animais machos e fêmeas durante o período de 14 dias de estudo. Com base nos resultados parciais, podemos inferir que o extrato etanólico e fração diclorometano por não serem tóxicos em doses elevadas, podem permitir uma boa margem de segurança para a atividade antimalárica.