Padronização e avaliação de desempenho da técnica de isolamento do vírus da raiva (RABV) em cultivo de células de neuroblastoma murino (N2A)
Raiva; Diagnóstico; Cultivo Celular
INTRODUÇÃO: A raiva é uma doença infecciosa que atinge todos os animais de sangue quente e é causada pelo Rabies lyssavirus (RABV), um rabdovírus neurotrópico, que desencadeia processos patológicos como encefalomielite aguda, sendo este fator diretamente relacionado a alta letalidade da doença. Diante da gravidade da infecção causada pelo RABV, apenas o diagnóstico laboratorial pode fornecer um resultado definitivo, além de ser extremamente necessário para o conhecimento do risco da doença, bem como para a adoção de medidas específicas de vigilância epidemiológica e de controle. O teste considerado padrão ouro, para o diagnóstico da raiva é a Imunofluorescência direta (IFD), entretanto para a confirmação do resultado faz-se necessário à utilização de uma técnica secundária, como o Isolamento Viral em Camundongo (IVC), porém, estudos recentes indicam que essa técnica vem sendo substituída pelo Isolamento Viral em Cultivo Celular (IVCC), visto que também apresenta alta sensibilidade e especificidade para o RABV, agregado à celeridade e à não utilização de animais, que vem sendo um apelo constante à ciência. OBJETIVOS: Neste sentido, o objetivo deste estudo é comparar as técnicas de IVC e IVCC, quanto ao tempo de execução, espaço físico, custo dentre ouros fatores, com o intuito de padronizar o IVCC no laboratório de diagnóstico de raiva do Instituto Evandro Chagas (IEC). MATERIAL E MÉTODOS: Para a realização deste trabalho, serão utilizadas amostras de tecido nervoso de diferentes espécies animais, que forem recebidas no laboratório de diagnóstico de raiva do IEC no período de vigência deste projeto, encaminhados pelas unidades das secretarias de saúde e agências de defesa agropecuária dos estados brasileiros da região amazônica. Sendo as amostras examinadas pelas técnicas de IFD, IVC e IVCC, para análise de sensibilidade, especificidade e comparações estatísticas utilizando o teste McNemar.