ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS TREPONÊMICOS E NÃO TREPONÊMICOS PARA A TRIAGEM SOROLÓGICA DE SÍFILIS EM DOADORES DE SANGUE ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HEMOPA.
Sífilis Latente. Treponema pallidum. Banco de sangue. Diagnóstico. Sorologia.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum, mundialmente endêmica com maior incidência em países subdesenvolvidos. Apresenta-se por característica de sinais e sintomas o cancro duro e é classificada em várias fases de evolução: sífilis primária, latência, secundária e terciária. Há preocupação na transmissão da sífilis por transfusões sanguíneas, acarretando em esforços para minimizar cada vez mais esse risco. Portaria de consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde, anexo IV, diz que a triagem de sífilis deve ser realizada através da detecção de anticorpo treponêmico ou não treponêmico, não determinando um teste padrão para a triagem, deixando á critério de cada hemocentro a escolha da metodologia. Não há unanimidade sobre qual dos testes é o mais adequado/seguro para a triagem de sífilis em doadores de sangue. O objetivo deste trabalho foi comparar diferentes métodos de triagem de sífilis em banco de sangue, avaliando vantagens e desvantagens. Foram testadas 64 amostras de proficiência positivas, 114 amostras de proficiência negativas e 381 amostras aleatórias da rotina do banco de sangue do HEMOPA por Rapid Test Reagin e Quimioluminescência, e ELISA nas amostras positivas para quimioluminescência do grupo das aleatórias. Do total de 381 amostras aleatórias, cinco tiveram resultado discordante entre os testes treponêmicos e não treponêmicos, podendo representar cicatriz sorológica ou início de infecção. Faz-se necessário a realização de mais estudos que avaliem as diferentes metodologias, visando à segurança transfusional aliada com a realidade orçamentária dos bancos de sangue brasileiros.