ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS TLINFOTRÓPICO HUMANO EM GRAVÍDAS ATENDIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE BELÉM/PA
HTLV; Grávidas; Tecnologias; Saúde; Educação.
O vírus linfotrópico-T humano (Human T-lymphotropic virus – HTLV) é um retrovírus complexo, pertencente à família Retroviridae, gênero Deltaretrovírus. Existem quatro tipos de HTLV (HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4) descritos na literatura. Este vírus infecta cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, sendo os tipos HTLV-1 e HTLV-2 prevalentes no Brasil, com cerca de 750 mil pessoas infectadas. O HTLV possui três vias de transmissão definidas: a vertical, sexual e parenteral, destacando-se a transmissão vertical, pelo contato com leucócitos contaminados durante a amamentação. O desenvolvimento de pesquisas e tecnologias em saúde sobre o HTLV em gestantes brasileiras ainda são escassos. As tecnologias de educação em saúde se destacam por serem ferramentas de fácil acesso e baixo custo, além de possuírem amplo impacto social. Neste contexto, o presente estudo buscou criar uma tecnologia de educação em saúde, produzindo uma cartilha sobre o HTLV, para mulheres grávidas atendidas em unidades básicas de Belém, a fim de conscientizar sobre os riscos que a infecção pode trazer, além de nortear as grávidas acometidas pelo vírus, sobre a conduta que pode ser tomada, reafirmar a importância do pré-natal para a detecção do HTLV e estabelecer informações que possam servir de base para a criação de políticas públicas de prevenção contra o HTLV. Desta forma, o trabalho foi dividido em três etapas, onde a primeira foi composta por uma revisão integrativa da literatura, para embasar teoricamente o conteúdo da cartilha. Na segunda etapa se deu a construção da tecnologia, a qual originou a produção do artigo de construção da tecnologia. E por fim, a terceira etapa consistiu na produção de um parecer técnico-científico, onde foram seguidas as diretrizes metodológicas para elaboração de pareceres técnico-científicos do ministério da saúde. Como resultado das produções, foi possível levar o conhecimento obtido para gravidas, com a produção da cartilha, para profissionais acadêmicos e da saúde com a produção do artigo e para os gestores públicos através do parecer técnico-cientifico.