Concentrado de Hemácia de Baixo Volume – Em busca de parâmetros técnicos e sua função terapêutica.
Serviço de Hemoterapia; Concentrado de Hemácias; Parâmetros
O ato da doação de sangue é altruísta e voluntário e tem por finalidade o seu emprego terapêutico do sangue coletado através de uma prática conhecida como Hemoterapia. O sangue obtido por este ato, depois de processado e testado pode ser transfundido na forma de seus componentes e derivados. Contudo, para a obtenção desses produtos, os serviços de hemoterapia devem ser estruturados de forma a desenvolver as etapas do chamado ciclo do sangue, que englobam desde a captação de doadores, passando pela coleta, triagem sorológica e imunohematológica, processamento, estocagem, armazenamento, controle de qualidade, distribuição, até a transfusão do sangue; conferindo proteção ao doador e ao receptor de sangue, o que se convencionou chamar de Segurança Transfusional. Todavia o produto final, isto é, as bolsas de hemocomponentes são obtidas a partir de processos físicos de centrifugação e congelamentosendo gerando como produtos os concentrados de hemácia, plasma, concentrados de plaqueta e crioprecipitado. Porém, nem sempre o volume obtido por uma coleta de sangue total de um doador é suficiente para que o produto gerado seja amplamente utilizado. É exatamente o que estabelece a Portaria MS nº 158, na Seção III – “Da coleta de Sangue do Doador (artigo 72, § 3º) que trata estes hemocomponentes como sendo bolsas de concentrado de hemácia de baixo volume – CHBV. E que devem ser utilizadas apenas para procedimentos especiais, sem estabelecer quais, ou descartadas, gerando danos aos pacientes receptores que necessitam do produto, pela falta dele, e custos ao hemocentro que o produziu. Assim, é que por este estudo espera-se estabelecer parâmetros técnicos mais precisos para os concentrado de hemácia de baixo volume – CHBV, auxiliando a legislação vigente, e ainda uma destinação também mais clara de sua utilização.