"REFORMA AGRÁRIA E SUSTENTABILIDADE: DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTAS NA AMAZÔNIA PARAENSE."
Educação Ambiental; Sustentabilidade; Ecocidadania.
O estudo “Reforma Agrária e Sustentabilidade: Desafios da Educação Ambiental nos Projetos de Assentamento Agroextrativistas na Amazônia Paraense” - tem como finalidade a proposição de um Programa de Educação Ambiental para o INCRA/SR-01, partindo da percepção e da importância da Educação Ambiental enquanto espaço primordial na construção de uma perspectiva de sustentabilidade em Projetos de Assentamento Agroextrativistas – PAE’s na Amazônia Paraense. Partindo de uma abordagem qualitativa, foram entrevistados 20 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA/SR-01 e 172 famílias originalmente pertencentes a uma Comunidade Agroextrativista localizada no município de Cametá, na Região do Baixo Tocantins, utilizando-se de questionários semiestruturados e entrevistas em profundidade. Primou-se pelos PAE’S, por situarem-se em importantes áreas de biodiversidade, cujo meio principal de produção é o extrativismo, nascendo assim, a necessidade de um trabalho de Educação Ambiental que vise à construção de novos hábitos, conhecimentos e habilidades que permitam ao agricultor das várzeas amazônicas paraenses, compreensão e uso dos bens naturais de modo comprometido com a preservação ambiental. O estudo constatou que 60% dos habitantes, anseiam e aprovam ações de EA em sua comunidade. Comprovou que para 70% dos agentes institucionais participantes do estudo, é preciso efetivar ações educacionais significativas do ponto de vista ambiental junto às comunidades dos PAE’s criados pelo INCRA na Amazônia Paraense. Assim, conclui-se que há a necessidade da formação do homem socioambiental nos Projetos de Assentamento na Amazônia, visto que o processo de desenvolvimento produtivo nessas áreas desencadeou consequências negativas ao meio ambiente. Desse modo, a Educação Ambiental possibilitada aos agricultores da Amazônia Paraense, permite a tomada de decisões ambientalmente sustentáveis visando o desenvolvimento de si e de seu território.