MICROESTRUTURA, DUREZA E RESISTÊNCIA À CORROSÃO DE LIGAS Al-Mg-Zr
Ligas Al-Mg-Zr, Solidificação Horizontal, Variáveis Térmicas, Microestrutura, Resistência à Corrosão.
As ligas de alumínio têm sido cada vez mais aplicadas em componentes mecânicos em substituição a materiais metálicos mais tradicionais como os aços, objetivando principalmente a redução de peso e maior resistência à corrosão. Uma análise da literatura permite verificar que apesar da variedade de investigações existentes direcionadas às ligas de Al, alguns sistemas como Al-Mg-Zr não foram ainda devidamente estudados, apesar de seu potencial de aplicação decorrente das boas características de fundição e trabalhabilidade. Neste estudo analisam-se as correlações entre os parâmetros térmicos de solidificação, o arranjo microestrutural, a microdureza Vickers e a resistência à corrosão das ligas Al-3%Mg-0,1%Zr e Al-5%Mg-0,1%Zr solidificadas em um dispositivo de configuração direcional horizontal. São avaliadas as alterações na microestrutura, nos níveis de microdureza e na resistência à corrosão após o tratamentos térmicos de solubilização (400 ºC / 6 h). As variáveis térmicas tais como a velocidade de deslocamento da isoterma liquidus (VL) e taxa de resfriamento (TR) foram determinados experimentalmente a partir das curvas de resfriamento. Microscopia eletrônica de varredura (MEV) associada com espectroscopia de energia dispersiva de raios-X (EDS) são utilizadas na caracterização das fases intermetálicas previstas na solidificação. A microestrutura de solidificação, para as ligas analisadas, foi caracterizada por matriz rica em Al de morfologia dendrítica. A avaliação da microdureza para as ligas em diferentes posições ao longo dos comprimentos dos lingotes mostrou a redução dos valores de microdureza com o distanciamento da interface metal/molde justificado pelas alterações microestruturais decorrentes da transformação líquido/sólido, principalmente com o engrossamento da estrutura dendrítica ao longo do lingote. Observa-se, também, que a microdureza aumenta com o teor de magnésio, devido à maior concentração de soluto em solução sólida na fase α-Al. Finalmente, a resistência à corrosão é avaliada por meio das técnicas de espectroscopia de impedância eletroquímica e de polarização potenciodinâmica. Os ensaios de corrosão em uma solução 0,2M de HCl mostraram que a morfologia dendrítica mais refinada apresenta maiores resistências à corrosão do que estruturas grosseiras e que o tratamento térmico também promove aumento na resistência à corrosão.