A INFLUÊNCIA DA AGRESSIVIDADE DO SOLO NA CORROSÃO DO AÇO SAE 1020 GALVANIZADO EM FUNDAÇÕES DO TIPO GRELHA DE TORRES DE LINHAS TRANSMISSÃO
Fundação do tipo grelha; Corrosão no solo; Medidas Eletroquímicas.
Nas ultimas décadas a energia elétrica se tornou uma demanda universal, semelhante à água e a alimentação, sendo o seu acesso um indicador de desenvolvimento social e econômico, em decorrência disso, houve uma forte pressão social pela ampliação das redes de transmissão e distribuição. Na busca pelo atendimento dessa demanda as empresas de energia, com o apoio do governo federal, ampliaram consideravelmente as redes de transmissão e distribuição, todavia, a dimensão territorial brasileira, concomitantemente com o envelhecimento das torres, trouxe problemas como o aumento no numero de quedas de torres pela corrosão nas fundações. A corrosão constitui uma das principais causas de deterioração de equipamentos e estruturas metálicas no setor elétrico, resultando em custos muito elevados e até mesmo em interrupção do suprimento de energia. Este processo pode ser causado, tanto pelas características do solo, como por fatores externos, tais como correntes de interferência, contatos de metais dissimilares, pilhas de longo alcance e outros. Estudos anteriores demonstram que é possível a mensuração de sua tendência e/ou grau de corrosão através de técnicas eletroquímicas, sem que haja necessidade de escavação sistemática de cada pé de torre. Este trabalho analisa a influência da agressividade do solo na corrosão de fundações do tipo grelha, de torres em linhas de transmissão, com base em técnicas eletroquímicas de analise de solos e grelhas. Foram realizadas medições com base na técnica de injeção de corrente e medição do potencial de corrosão em 16 torres no estado de Rondônia e coletadas amostras dos solos para analises de suas características em laboratório. Com base nos resultados foi possível verificar a forte influencia da condutividade dos solos na degradação das torres pela obtensão de uma constante de proporcionalidade que correlaciona a resistividade mínima a corrente de proteção, sendo possível, através desta ultima, estimar a taxa de degradação do aço SAE 1020 galvanizado, mesmo que de forma aproximada.