ESTUDO DOS ÓBITOS MATERNOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM
Mortalidade Materna, Saúde da Mulher, Epidemiologia
Os dados de mortalidade materna, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, são mais díspares que qualquer outro indicador de saúde pública no Brasil. Durante o Pacto do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), foram adotadas oito Metas de Desenvolvimento, entre elas, reduzir a mortalidade materna em 75% até 2015. A pesquisa teve como objetivo realizar um estudo sobre a ocorrência de óbitos maternos na região metropolitana de Belém que foram notificados através do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, além de descriminar as principais causas de mortalidade materna. O estudo trata-se de uma abordagem epidemiológica, descritiva, quantitativa, analítica, retrospectiva e documental, sendo realizada com dados secundários armazenados junto ao Comitê de Mortalidade Materna constituída de resultados notificados como óbitos maternos. No período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, foram declarados 53 óbitos em 2013, 45 óbitos maternos no ano de 2014 e 40 óbitos em 2015. Os dados identificaram uma razão de mortalidade materna (RMM) de 160,3 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos no ano de 2013, 136,0 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos no ano de 2014 e 121,9 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos em 2015. Podemos dizer que o perfil epidemiológico não é bem definido, divergindo com várias literaturas. As principais causas da mortalidade materna sejam no mundo, no Brasil e especialmente na região metropolitana I do estado do Pará, continua sendo os quatros cavaleiros apocalípticos, que mais matam mulheres, a Síndrome Hipertensiva, Hemorragia, Sepse e Abortamento. Ou seja, apesar de todas as discussões em volto do tema a RMM não diminui com o decorrer dos anos, reforçando a necessidade de melhorias na saúde pública do estado.