O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA TRATAMENTO DA COVID LONGA: ENTRE RIOS, ESTRADAS E QUILOMBOS
COVID-19; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Acesso aos Serviços de Saúde; Continuidade da Assistência ao Paciente; Quilombolas; População Rural.
Introdução: A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-
2 e foi responsável pela pandemia que resultou em crise global de saúde sobrecarregando tanto o
sistema público de saúde quanto o setor privado. Para os sintomas da COVID-19 que persistem nos
após a fase aguda da doença é utilizado o termo “COVID longa”, sendo importante o acesso aos
serviços de saúde para acompanhamento das pessoas acometidas. Objetivo: Analisar o acesso aos
serviços de saúde e compreender a experiências das populações ribeirinhas e quilombolas no acesso
ao diagnóstico e tratamento da Covid-longa. Metodologia: Trata-se de um estudo de métodos mistos,
cuja coleta e análise dos dados quantitativos e qualitativos irão ser executados simultaneamente, mas
de forma independente, sendo atribuído o mesmo peso para ambas as abordagens. Para a combinação
dos resultados será adotada a triangulação concomitante, e posteriormente serão comparados para
determinar convergências e/ou diferenças. Este estudo recorte do projeto Multicêntrico: “Impactos
Físico e Psicológicos da COVID-19 na População Brasileira: Evidências para Intervenções
Tecnológicas em Saúde”, sob coordenação da Universidade de São Paulo, aprovado no edital 12/2021
CAPES – Edital de seleção emergencial IV. Realizado em parceria com o PPGENF/UFPA. O cenário
do estudo será o estado do Pará. Nesta região, se localizam cerca de 494 Territórios Quilombolas,
com 135.033 habitantes, para as populações ribeirinhas, será considerada a população rural que reside
às margens dos rios. Serão participantes do estudo pessoas com idade igual ou superior a 18 anos,
residentes as margens dos rios ou em quilombos do Estado do Pará, que tenham tido diagnóstico
reagente ou autodeclarado para COVID-19 ou que tenham tido sinais e sintomas de COVID-19, mas
não realizaram o teste rápido. Para o cálculo amostral foi empregado o número total de pessoas
residentes na zona rural do estado do Pará, dando assim uma amostra total de 452 participantes para
o presente estudo.