AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA VIDA DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS À LUZ DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE ROY
Qualidade de Vida; Diabetes Mellitus; Enfermagem; Adaptação
O diabetes Mellitus atualmente já se configura com características epidêmicas em virtude do estilo de vida evidenciado, e, em consequência do envelhecimento populacional, onde temos uma projeção para 2035 de 471 milhões de pessoas com diabetes no mundo. Na América Central e do Sul o número de pessoas com DM aumentará em cerca 60% em 2035, e, no Brasil estima-se alcançar 19,2 milhões de pessoas portadoras dessa doença. Este estudo tem por objetivo avaliar a qualidade vida das pessoas com diabetes mellitus a luz da teoria de Callista Roy. Trata-se de uma pesquisa descritivo e exploratório, transversal com abordagem quantitativa. O campo de pesquisa foi em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Guamá, onde a população estudada foi constituída por 70 pacientes cadastrados e atendidos no Programa de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA). O processo de seleção ocorria durante as consultas programadas para o médico diariamente no período da tarde de segunda a sexta-feira durante os meses de março a junho de 2018. Desta forma, o projeto foi direcionado ao Núcleo de Medicina Tropical do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) sendo aprovado no mês de fevereiro sob o número de parecer 2.514.729. Dentre os resultados que foram obtidos após a análise dos dados obtivemos três tópicos destacados da seguinte maneira: caracterização sociodemográfica; caracterização dos domínios do questionário D–39, estatística não linear de regressão polinomial quadrática aplicada aos dados socioeconômicos e ao questionário D-39 e associação da Teoria de Callista Roy com os dados obtidos. Na avaliação sociodemográfica observamos que o sexo de maior prevalência são de mulheres com 71,4% das pessoas, com a faixa etária variando de 53 a 63 anos (40%), e, em sua maioria com nível fundamental completo (28,6%), sendo que os aposentados compuseram 41,3%. Já nos aspectos referentes a análise do questionário D-39 percebemos que de fato há uma mudança na vida das pessoas com o DM, doença essa que afeta a qualidade de vida de uma forma geral. Quando utilizamos a correlação e associamos o sexo ao número de gestação obtivemos 0,8298 sendo considerado associação forte, já o de menor valor foi a renda associada a comorbidades com 0,0074. Porém, quando comparamos o questionário D-39 resultou em uma correlação com característica ponderal como entre as questões 3 e 14 , e, 18 e 25 que envolvem os domínios energia e mobilidade ao controle do diabetes o qual obtivemos uma correlação de 0,6261 e 0,5044 respectivamente. Verificamos a necessidade de avaliação do comportamento dos usuários durante os atendimentos do enfermeiro em unidades básicas de saúde, pois o foco principal está neste primeiro contato estabelecido, iniciando a relação de confiança, para que assim possamos realizar o processo de sensibilização, pois para que o enfermeiro prossiga com o desenvolvimento das metas de enfermagem com o foco no desenvolvimento da adaptação da pessoa ele precisa de tempo para avaliar as características comportamentais da pessoa e programar com o ela os principais pontos de intervenção.