Formação de enfermeiras e enfermeiros de instituições públicas da amazônia brasileira sobre saúde da população negra
Negro ou Afro-americano; Educação em Enfermagem, Saúde das Minorias Étnicas; Racismo; Enfermeiros e Enfermeiras; Preconceito.
Os processos de exclusão da população negra na sociedade parte das raízes escravocratas do Brasil, baseadas em teorias de embranquecimento populacional e superioridade racial, por meio de uma falsa democracia racial, promovem entraves no acesso à educação e saúde da população negra, e como essa exclusão interfere institucionalmente na formação em saúde sobre a população negra e no acesso a essa formação. Objetivo: Este estudo tem por objetivo compreender como se estrutura a construção do conhecimento e formação em enfermagem sobre saúde da população negra na Amazônia. Método: É um estudo documental que parte da análise dos Projetos Políticos Pedagógicos de curso de Enfermagem nas universidades públicas da região Norte. O estudo teve com base teórica os pressupostos da teoria histórico social de Vygotsky e os conceitos de educação transformadora de Bell Hooks, sob análise temática de acordo com Bardin. Resultados: No total foram analisados 12 PPCs, identificados 10 atividades curriculares sendo 04 sobre populações negras e 06 projetos de extensão e pesquisa sobre o tema. Dos achados emergiram quatro eixos temáticos: “Formação e saúde na Amazônia”, “Tripé Educacional e Influência na formação Complementar”, Ações Afirmativas e o Paradigma da Educação Superior” e “Racismo Cientifico e Estrutural no Processo Educacinal”. Considerações finais: Há déficits na formação em saúde em todo tripé universitário, demonstrado pela baixa produção, projetos e ausência nos PPCs sendo necessário reformular os PPCs para que se possa oferecer uma formação e assistência a saúde de fato equânime e integral.