Investigação sistemática in silico do uso de moléculas com estrutura γ-pirona na inibição de arginase de L. mexicana.
Leishmanioses. Arginase. Modelagem molecular. Estrutura γ-pirona |
As leishmanioses são antropozoonoses causadas por protozoários parasitas do gênero Leishmania, pertencente à família Trypanosomatidae, são transmitidas aos seres humanos pelo repasto sanguíneo de insetos hematófagos conhecidos como flebotomíneos. No Brasil, o maior número de casos é registrado nas regiões Norte e Nordeste. Para todas as formas de leishmanioses, o tratamento de primeira linha no Brasil se faz por meio do antimoniato de meglumina. Outras drogas são utilizadas como segunda escolha: a anfotericina B e a pentamidina. Todas essas drogas têm toxicidade considerável, são caras e requerem um longo período de tratamento. O insucesso do tratamento ou a evolução para formas mais graves da doença, dependem de características do parasito e da resposta imune do paciente. Devido à grande dificuldade de encontrar fármacos adequados, mais eficazes e menos tóxicos, para o tratamento dessa enfermidade, diferentes produtos naturais vêm sendo estudados na busca de novos agentes terapêuticos, principalmente compostos provenientes de plantas e fungos. Neste estudo foram aplicadas diferentes técnicas da modelagem molecular para investigar a interação de moléculas com estrutura γ-pirona com a arginase de L. mexicana para elucidar o modo de afinidade dos complexos formados e possibilitar um maior entendimento das características para tais interações. Os resultados apresentados e discutidos neste estudo contribuem fortemente com perspectivas para o estudo computacional de moléculas com estrutura gama-pirona no combate da leishmaniose.