USO DA BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA NO DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE PREVISÃO DE AÇÚCARES UTILIZANDO A TÉCNICA NIR PARA APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS.
biomassa lignocelulósica, previsão de açúcares, técnica NIR, análise multivariada, casca de cacau, caroços de açaí.
A biomassa lignocelulósica é composta por celulose, hemicelulose e lignina, sendo uma fonte renovável e abundante de carbono. A sua conversão em açúcares é de interesse em diversas áreas, como na produção de biocombustíveis, bioprodutos químicos e em processos biotecnológicos. No entanto, a determinação da composição química da biomassa lignocelulósica é um desafio, pois requer análises laboratoriais demoradas e custosas. Nesse contexto, a espectroscopia NIR tem sido aplicada como uma alternativa viável para a previsão rápida e não destrutiva da composição da biomassa. Essa técnica utiliza a interação da radiação infravermelha com as moléculas presentes na amostra, gerando um espectro característico que pode ser relacionado com as propriedades químicas da biomassa. No caso específico da região norte do país, a casca de cacau e os caroços de açaí são resíduos de grande disponibilidade, porém pouco aproveitados. O desenvolvimento de modelos de previsão de açúcares para esses resíduos pode permitir a sua utilização como matéria-prima em processos biotecnológicos, agregando valor a esses subprodutos e contribuindo para a redução do desperdício. Ao desenvolver modelos de previsão de açúcares a partir de espectros NIR, é possível obter informações sobre a quantidade de glicose, xilose e outros açúcares presentes na biomassa lignocelulósica. Esses modelos são construídos por meio de algoritmos de análise multivariada, utilizando amostras previamente analisadas em laboratório como conjunto de treinamento. Em suma, o uso da biomassa lignocelulósica, como a casca de cacau e os caroços de açaí, no desenvolvimento de modelos de previsão de açúcares utilizando a técnica NIR apresenta potencial para aplicações biotecnológicas. Essa abordagem permite a rápida e não destrutiva determinação da composição química da biomassa, facilitando sua utilização como fonte de carbono em processos, ao mesmo tempo em que contribui para o aproveitamento de resíduos regionais e a redução do impacto ambiental.