O MUNDO AGRO-PECUÁRIO E DO VAQUEIRO NO ROMANCE MARAJÓ (1947), DE DALCÍDIO JURANDIR
Marajó. Dalcídio Jurandir. Vaqueiros Marajoaras. Fazendas.
Esta pesquisa tem por objetivo analisar o mundo agropecuário e do vaqueiro representados no romance Marajó (1947), de Dalcídio Jurandir. O foco principal da análise repousa nas personagens dos vaqueiros Gaçaba, Ramiro e Parafuso. Busca-se, ainda, compreender a questão histórica que versa sobre a implantação da agropecuária no Pará e no Marajó e, desde então, a necessidade do personagem responsável pela lida com o gado, neste caso, o vaqueiro. Os primeiros vaqueiros, em Marajó, foram os índios Aruã e, mais tarde, seus descendentes miscigenados. Atualmente, o vaqueiro marajoara é resultado da miscigenação do branco com os negros escravos oriundos do continente africano. Intenta-se responder de que forma o mundo agropecuário, com o vaqueiro inserido neste mundo, consta representado na ficção dalcidiana. O estudo é de natureza bibliográfica, sendo, neste caso, aplicada a abordagem qualitativa. Para a análise das personagens, utiliza-se o romance Marajó (1947), de Dalcídio Jurandir; Salles (1998). Analisam-se, além dos vaqueiros acima citados, as personagens do Coronel Coutinho e os conflitos existentes com o filho Missunga. Analisa-se, ainda, a personagem Orminda. Estes últimos, por sua relação com os vaqueiros e por serem utilizados pelo romancista como elo entre os latifundiários e os vaqueiros. Na análise narratológica, usam-se os preceitos de Narratologia de Schmid (2014). Na discussão sobre o vaqueiro no Pará e Marajó, a pesquisa repousa na bibliografia de Lisboa (2012), Feio Junior (2004), Acatauassu (1998), Pombo (2014), Fares (2017) e Gallo (1981). Na discussão sobre a agropecuária paraense, buscam-se os estudos da FAPESPA (2017), de Costa (2017) e Lau (2006).