REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A HANSENÍASE E A MEMÓRIA DA EXTINTA PRIMEIRA COLÔNIA AGRÍCOLA PARA LEPROSOS DO BRASIL
Representações; memória; hanseníase; Colônia do Prata.
Este trabalho visa compreender o porquê as pessoas acometidas da hanseníase permaneceram na Colônia do Prata, mesmo após a ruptura do isolamento. Com o objetivo de entender as representações sociais e a construção da identidade de uma comunidade estigmatizada, pretendo com esse estudo compreender como os moradores do Prata convivem e resignificam esse estigma. A perspectiva metodológica do estudo baseia-se na etnografia, como bem pontua Geertz (1989), tendo nas fontes orais e documentais os principais elementos da memória para se restituir a histórias das pessoas e da Vila do Prata. O uso da memória, como bem observa Pollak (1989), o trabalho psicológico do indivíduo que tende a controlar as feridas, as tensões e contradições entre a imagem do passado e suas lembranças pessoais, perpassa por um processo de resistência, que constrói quer no silenciamento da dor, quer no esquecimento do amor, a vida das pessoas que foram acometidas pela doença de hansen.