Migração negra e as narrativas de moradores na formação do quilombo do América na Amazônia bragantina.
Quilombo, América, narrativa, memória.
A migração negra é o elemento principal na origem do Quilombo do América da Amazônia Bragantina nas narrativas dos moradores, se inscreve como o objeto de estudo desta pesquisa, por estar relacionado com a presença do negro para o trabalho forçado, pela vinda de pessoas escravizadas do continente África pelo tráfico negreiro, diáspora e com a migração interna da população africana, os libertos e seus descendentes, que se deslocaram de várias regiões do Brasil para a Região da Amazônia Legal[1], no Estado do Pará. Esse tipo de migração se caracteriza como escravidão e deslocamento interno de negros para o Município de Bragança, cuja relação entre trabalho forçado e trabalho livre realizado pelo negro manteve e ampliou economicamente o modo de vida das pessoas da Amazônia paraense.
[1] Fonte: IBGE (2014). A Amazônia Legal corresponde à área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) delimitada no Art. 2o da Lei Complementar Nº. 124, de 03/01/2007. A região é composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, bem como pelos Municípios do Estado do Maranhão situados ao oeste do Meridiano 44º. Possui uma superfície aproximada de 5 217 423 km², correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. Amazônia se estende por 9 países.