Tensiones entre el mundo comunitario y el mundo occidental en la localidad de Yacayacá, Vaupés: una mirada a las narrativas míticas e históricas Wachina (Pisamira) en la Amazonia colombiana
povos indígenas da Colômbia; wachina (pisamira); Vaupés; povos indígenas da Amazônia; conhecimento narrativo; conhecimento comunitário
Esta dissertação é o resultado da pesquisa e da reflexão sobre o saber narrativo e saber comunitário na localidade de Yacayacá, Vaupés, na região do noroeste amazônico, na Colômbia. A comunidade de Yacayacá tem 50 anos de fundação, mas a realidade atual é entendida somente no envolvimento com o povo Wachina (Pisamira), que é responsável da decisão de fundar a comunidade, depois de sofrer sua quase extinção devida a guerras territoriais. Por pertencer à família lingüística Tukano-Oriental, compartilha uma forma de organização exogâmica em relação à linguagem, e como todos os grupos indígenas Vaupés, têm enfrentado processos de reorganização, produto da violência dos colonos na região. O argumento serve como guia para esta dissertação é que o conhecimento narrativo sustentado na história mítica, ainda representa um elemento vital de continuidade como povo. O pequeno número de membros do povo Wachina chama atenção, não só pela persistência da recuperação cultural, mas por todas as adversidades que enfrentaram. O texto baseia-se em três visitas na comunidade em que é proposta a consolidação de um sistema de escrita da língua Wachina, e é o resultado do diálogo conduzido na comunidade de Yacayacá, especialmente com Andrés e Félix Londono, Gabriel Madero y Martín Londono. Para este texto, são utilizadas como referências teóricas na metodologia etnográfica Malinowski (1978), Geertz (2005), Malighetti (2007), Rappaport (2007), Hugh-Jones (2013), Cayon (2001, 2014) e Escobar (2012, 2015, 2016); na história mítica em Lévi-Strauss (2005), Eliade (1998) e Subirats (2012); na análise narrativa e da linguagem, Fernandes (2013) e Ong (1998); no conceito de colaboração intercultural, aparecem Mato (2008) e Fernandes (2015); na discussão do mundo indígena de frente para o mundo ocidental, Castro-Gómez (2005), Gondim (2007), Kopenawa & Albert (2015), Means (2015) e Viveiros de Castro (2006); e na discussão sobre a comunidade, são discutidas as abordagens de Escobar (2012, 2015, 2016) e Cayón (2001, 2014).