A FARINHA DE BRAGANÇA (PA): da memória individual para a identidade coletiva, caminhos de uma etnografia.
Memória. Identidade. Bragança-Pa. Farinha de mandioca.
Este estudo com o título “A FARINHA DE BRAGANÇA (PA): da memória individual para a identidade coletiva, caminhos de uma etnografia” pretende descrever uma pesquisa de campo densa onde o encontro da pesquisadora com um personagem deu subsídio para uma “viagem” pela trajetória da farinha de mandioca desde a preparação para o plantio até a mesa das pessoas. O grande desafio é tentar desvendar como um produto alimentar pode estar carregado de significado, para o público e privado, a partir de uma inquietação particular pela busca da própria identidade, são levantados aspectos comuns a mais de uma pessoa, aguçando a discussão sobre a identidade coletiva. Para tanto teremos como objeto de pesquisa narrativas com foco principal de análise considerando-se conceitos de Memória (Le Goff, 2003) e (Maurice Halbwachs, 2006) Identidade (Stuart Hall, 2005) patrimônio (Oliveira, 2005) metodologicamente privilegiou-se o método da História Oral (Alberti, 2004) que aliada a pesquisa documental proporcionou uma ampla descrição sobre o tema. Pretende-se problematizar algumas questões sobre a relação da farinha como um produto da agricultura familiar que pode representar ou fazer referência a cultura bragantina, bem como discutir como modalidades de políticas sócio - econômicas podem interagir com questões tradicionais sem tanta interferência, ou qual a interferência aceitável para garantir a manutenção do patrimônio. Para o Programa de Pós Graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia, a contribuição é acerca da multidisciplinaridade e da capacidade de diálogo entre formas diversas do conhecimento.