SURDEZ NA AMAZÔNIA BRAGANTINA: sentidos construídos sobre o trabalho na relação do gênero e territorialidades
PALAVRAS-CHAVE: surdez. Mundo do trabalho. Representação social. Interseccionalidade
Esta Dissertação estabelece um estudo envolvendo as representações sociais da pessoa surda sobre a sua inserção no mundo do trabalho na Amazônia bragantina, tecendo reflexões que são atravessadas pela interseccionalidade entre surdez, gênero, trabalho e território. O objetivo geral consiste analisar os processos constituidores das representações sociais dos Surdos da Amazônia Bragantina sobre a inserção do Surdo no mundo do trabalho. E como específicos: a) Descrever o contexto de circulação e informação sobre a inserção dos Surdos bragantinos a partir das suas experiências vividas; b) Compreender os sentidos e significados sobre a inserção do Surdo no mundo do trabalho a partir da interseccionalidade de Gênero, Trabalho e Território; c) Analisar os valores construídos que orientam as atitudes dos Surdos bragantinos em relação ao trabalho. Nesse panorama, ergueu-se a questão da pesquisa: Quais os processos constituidores das representações sociais dos Surdos da Amazônia Bragantina sobre a inserção do Surdo no mundo do trabalho? A metodologia tem enfoque na investigação do tipo qualitativa alçada através da pesquisa de campo. O lócus da pesquisa ocorreu com visitas na residência dos participantes da pesquisa, sendo 20 Surdos entre os quais homens Surdos, mulheres surdas e homoafetivos Surdos com idade de 27 a 53 anos, moradores da cidade e do campo. As entrevista foram realizadas presencialmente por meio de Libras e também por mensagem de textos. O processo de análise afrontou as narrativas de Surdos e surdas da Amazônia bragantina com as teorias da interseccionalidade sob as condições dos marcadores sociais surdez, gênero e território. Os resultados preliminares indicam que as mulheres surdas são discriminadas duplamente e vivem sob a condição de subordinação que dificilmente conseguem ser inseridas no mundo do trabalho formal, e que para superar essas barreiras buscam o meio de atividade informal como saída para sua sobrevivência.