PASSEIOS E VISITAS EM PARÁ, CAPITAL: BELÉM: UM ESTUDO DA MEMÓRIA DOS ESPAÇOS DA BORRACHA
Belém. Poética. Espaço. Ciclo da Borracha.
Este trabalho intenta analisar a poética presente em alguns espaços da cidade de Belém do Pará elencados, e registrados, por Haroldo Maranhão em sua antologia Pará, Capital: Belém Memória, Pessoas, Coisas e Loisas da Cidade (2000). Contudo, tal divisar por entre esses lugares-ambientes, não delimita-se, mas é objetivo e direcionado aos construídos e, desse modo, vividos no período correspondente ao Ciclo da borracha na Amazônia, nos anos de 1870-1912. Nessa perspectiva, estudos como os de Gaston Bachelard (1993), Merleau-Ponty (2014), Décio Pignatari (2004), Sérgio Cardoso (2002) e outros mais nos embasam em tal demanda, uma vez que dialogam com a possibilidade, e real, presença de onirismos e devaneios em distintos cenários. Ademais, reflexões acerca da memória são necessárias para um divisar pontual e condigno para com o gênero produzido pelo antologista, uma vez que este elenca em sua obra inúmeras reminiscências de tempos outros e personas outras na/da história do estado. Desse modo, Maurice Halbwachs (1990), Ecléa Bosi (2003), Seligmann-Silva (2003) nos delineiam expectativas de inferências ao referido texto e, consequentemente, período a partir de seus estudos, algo que imbrica com os preconizados por Mikhail Bakhtin (1997) acerca da multiplicidade de vozes. Para tanto, em vista de relacionar distintos campos e áreas do conhecimento, faremos uso, também, da Literatura Comparada e sua “polaridade” intertextual e interdisciplinar para assim conseguirmos requeridas relações entre História, Literatura, Arquitetura, Semiótica e outros. Em suma, seguirão nessas páginas vindouras um estudo referente a um tempo, – do mais “lustroso” – a uma região, a espaços, vozes e memórias envolvidas em uma poética onírica, porém, real.