A Forma do Romantismo em Friedrich Schlegel
Estética, Friedrich Schlegel, Romantismo Alemão.
O presente trabalho visa discutir uma caracterização ideal dentro do contexto filosófico sobre o movimento ocorrido durante o final do século XVIII na Alemanha chamado de “Romantismo Alemão”. Esta nomenclatura, em sentido geral, é utilizada para definir certas vanguardas de caráter literário dentro do pensamento europeu, porém, no cenário alemão temos junto a esta tendência de época a recepção da filosofia crítica kantiana, que aliada ao contexto da filosofia universitária de Jena, possibilita o desenvolvimento de uma vertente romântica especifica a ser analisada, onde a influência das discussões filosóficas e da recepção crítica do Iluminismo permitiram com que novas questões fossem colocadas ao cenário intelectual alemão. Ao discutir as consequências que a crítica kantiana poderia gerar para o pensamento filosófico, os irmãos August e Friedrich Schlegel criam uma revista intitulada Athenäum, cujo objetivo era ser um ponto comum de expressão desses debates, assim possibilitando a formação de um movimento ao seu redor, identificado como sendo a expressão romântica alemã. Desta forma, buscaremos compreender como se constrói este contexto em que é possível atribuir uma expressão filosófica dentro deste romantismo alemão, seguindo brevemente desde à crítica ao iluminismo feita por Rousseau na França até o desenvolvimento do projeto critico kantiano, de forma a sustentar a originalidade com que a recepção destas influencias permitem aos autores românticos, em especial Friedrich Schlegel, postular novas formas de abordagem das questões filosóficas tanto em conteúdo quanto em meios de expressão.