A objetividade do conhecimento e a deposição do sujeito na epistemologia de Popper
Popper; conhecimento objetivo; objetividade científica; teoria dos três mundos; método crítico.
O objetivo do presente trabalho consiste em investigar como é possível o conhecimento objetivo para Popper e esclarecer o porquê do sujeito não possuir um papel relevante no processo de conhecimento. A concepção popperiana se afasta da tradição epistemológica, que valoriza o sujeito no processo de conhecimento, entndida pelo filósofo como subjetivista, face a sua objetivista. Nesse sentido, pretendemos mostrar que sua concepção de conhecimento objetivo está alicerçada em uma teoria dos três mundos, a qual se mostra fundamental para a compreensão da mesma, pois é justamente no mundo três que estão os produtos do sujeito, ou seja, o conhecimento objetivo. Iremos mostrar que este mundo trêds é linguístico, destacando a importância da linguagem para que o conhecimento se objetive. Um aspecto que pretendemos analisar diz respeito a objetividade científica, uma vez que Popper, além do conhecimento objetivo de um modo geral, trata em suas obrsa de uma dimensão mais específica referente à ciência. Pretendemos esclarecer as condições lógico-empíricas e, também, sociais que possibilitam o debate e a crítica às teorias produzidas e, consequentemente, a objetividade científica. Por fim, iremos apresentar as críticas de Thomas Kuhn à concepção de objetividade popperiana. Como o filósofo não faz uma crítica direta à forma como popper concebe a mesma, destacaremos suas objeções ao falsificacionismo de Popper e, também, suas considerações acerca de fatores subjetivos que influenciam o processo de escolhas de teorias, comprometendo assim a objetividade científica.