O sentido do belo para conversão em Plotino
Plotino; Belo; Conversão.
A tradição neoplatônica tem como seu principal expoente Plotino, cujo legado abrange um vasto campo de pesquisa situado entre os séculos II e III. Plotino proporciona ao Ocidente uma herança de escritos nos quais interpreta toda a tradição helênica. Através dessa imersão no espírito grego, o filósofo oferece um testemunho de vida e pensamento dedicados à contemplação da verdade. De certa forma, Plotino pretende explicitar a relação entre o ser humano e o divino, retomando os elementos da tradição platônica. Esta investigação tem como objetivo refletir e compreender o sentido da beleza na filosofia de Plotino, e como ele se relaciona com o projeto contemplativo-dialético presente nas Enéadas. Para abordá-la, analisaremos a filosofia plotiniana em um duplo movimento que corresponde à ideia descendente de precessão e ao movimento ascendente de conversão pela contemplação. À medida que nossa investigação revelar a beleza inteligível segundo Plotino, compreenderemos de que maneira a alma se percebe em um caminho de ascensão, de tal modo que o mundo, os pensamentos e as obras humanas são envoltos no sentido inerente do Belo.