Arte e natureza em Schelling: o papel da estética e do inconsciente na objetivação da intuição intelectual
Intuição, Intelectual, Estética, Arte, Natureza.
No Sistema do idealismo transcendental de 1800, Schelling concebe uma objetivação para a intuição intelectual através da intuição. Esta objetivação é possível por dois aspectos: o estético e o inconsciente. Através do primeiro, as ideias da filosofia podem ser encarnadas em algo sensível, pois a obra de arte é um objeo visível e concreto. Através do segundo aspecto, o da criação inconsciente ou inspiração, é engendrado o mundo real dos objetos e da natureza. Assim, a objetivação da intuição intelectual é apenas possível no âmbito da arte. Ou em outras palavras, apenas a intuição intelectual, oferecendo-lhe um corpo, a obra de arte, onde a filosofia pode de fato expor sensivelmente seus modelos eternos ou ideias, os quais carecem de correspondência objetiva nas esferas teórica e prática, esferas em que aquelas ideias ou modelos permanecem restritos ao pensamento, como é o caso do eu de Fichte.