O conflito entre razão e paixão em Medeia, sob a perspectiva da teoria aristotélica das paixões
Razão. Paixão. Medeia. Aristóteles. Virtudes.
Se as paixões podem se tornar avassaladoras e capazes de impulsionar o desejo de agir desarrazoadamente, como seria possível haver um equilíbrio entre paixão e razão – pathos e logos – a fim de que as ações humanas não sejam desmedidas, mas pensadas de maneira racional? Em nossa hipótese de resolução, nos proporemos a fazer uma análise da tragédia grega Medeia, escrita pelo dramaturgo Eurípedes (480-406 a.C.), estreada na cidade de Atenas em 431 a.C. Na personagem principal, evidencia-se um conflito constante entre paixão, nas suas mais variadas manifestações, e a razão, instância da alma que deveria produzir em nós o estado de moderação. A ideia é abordar a tragédia tendo como referência teórica, a teoria aristotélica das paixões. Por isso, as obras que nos darão embasamento serão: Ética a Nicômaco, Poética e a Retórica das Paixões.