IMPLICAÇÕES ÉTICAS E POLÍTICAS DO PENSAR E JULGAR EM HANNAH ARENDT
Pensar. Julgar. Mal. Ética. Política.
Esse trabalho apresenta a concepção das faculdades de pensar e julgar e a conexão entre ambas. O despertar para o problema do mal ocorreu durante o julgamento do nazista Eichmann, e as questões morais que tiveram origem na experiência real com o Totalitarismo. A partir das reflexões sobre o problema do mal, Arendt volta-se para as atividades do espírito, suscitando questões acerca do pensamento, relacionados ao fenômeno do mal. Na análise de Arendt o pensamento tem como atividade a busca por significados e sua finalidade é a comunicação consigo mesmo, que é ação no mundo. Afastando-se da ortodoxia dos textos Kantianos, em suas investigações sobre o juízo, Arendt depreende no juízo estético de Kant a condição política do juízo. Em interlocução constante com a obra de Kant, Arendt se ocupa de vários conceitos constantes na Crítica da Faculdade do Juízo, obra que considera abrigar a filosofia política de Kant. Durante o texto ao percebermos uma apropriação conceitual, se faz necessário situar o contexto na obra kantiana, para que possamos ter a compreensão da percepção e do movimento interpretativo de Arendt. Por meio da análise das reflexões de Hannah Arendt buscamos compreender a percepção da autora acerca do funcionamento da faculdade de julgar os fatos políticos.