Pesquisa de vírus e alterações anatomopatológicas em morcegos provenientes de fragmentos florestais no Piauí, Brasil
Viroses, Coronavírus, vírus Influenza, Quirópteros, zoonoses, SARS-CoV-2
Chiropteros são distribuídos por todos os continentes do mundo, sendo de extrema importância para o ecossistema. Os morcegos vivem em grandes colônias, tem a capacidade de deslocamento por longas distâncias e possuem mecanismos de resistência imunológica. Por isto são classificados como reservatório e disseminador de patógenos entre humanos e outros animais, principalmente agentes virais emergentes e/ou reemergentes. Por exemplo, estudos sugerem que o vírus SARS-CoV, responsável pela pandemia em humanos, iniciou em Wuhan na china em 2019 e foi originado dos morcegos, pois encontrou semelhanças genômicas entre Coronavírus de morcegos e de humanos, que apresentavam sintomas respiratórios semelhantes a infecção viral. Já a descoberta de novas variantes de influenzas (H17N10 e H18N11) em morcegos na Guatemala e Peru respectivamente, demostram a importância da análise laboratorial e o conhecimento da propagação do vírus para desenvolver medidas de vigilância, principalmente nas regiões norte e nordeste, que são as que menos desenvolvem pesquisas de isolamento viral quando comparado com as regiões sul e sudeste. O presente trabalho tem como objetivo pesquisar e identificar através de estudos moleculares vírus de influenzas respiratórias e SARS-CoV-2 em diferentes espécies de morcegos capturados em áreas de fragmentos florestais e periurbano oriundos de três regiões do estado do Piauí.