Sobrevivência de Salmonella Typhimurium em alimentos processados
Salmonella spp. Modelo preditivo. Crescimento microbiano.
Os alimentos processados e ultraprocessados fazem parte da dieta humana, estando ligados a doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes e problemas cardiovasculares, e a doenças transmitidas por alimentos, que são alguns dos maiores problemas de saúde pública. O principal fator que leva a contaminação dos alimentos são as condições higiênicas sanitárias deficitárias, visto que, a depender das condições ambientais e do próprio alimento, isso pode favorecer o crescimento de patógenos, sendo necessário compreender seu comportamento nesses alimentos a fim de criar um modelo preditivo, para assim fortalecer a segurança alimentar. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar a sobrevivência de Salmonella Typhimurium em alimentos ultraprocessados. Para isso, testes com inóculos foram realizados, a fim de descobrir a concentração ideal para contaminação dos alimentos e uma alíquota padronizada foi utilizada para contaminação de amostras de calabresa, presunto e salsicha. Após a contaminação experimental, foram determinadas as concentrações bacterianas nas horas 0h (momento de inoculação) 6h, 12h, 24h, 48h e 72h a 8 ºC e 30º C. Além disso, realizamos um teste de inativação térmica por 5, 10 e 15 minutos a 60º C. Os resultados obtidos demonstraram a sobrevivência da cepa em ambas as temperaturas (8º e 30ºC). Entretanto, as maiores concentrações bacterianas foram encontradas nos alimentos tratados a 30º C. Nosso estudo demonstra que a cepa tem condições de sobreviver tanto em temperatura ambiente como em refrigeração. Notamos também que é necessário 15 minuto para inativar o patógeno de S. Typhimurium na temperatura constante de 60ºC, sendo necessário temperaturas mais elevadas para eliminar a cepa.