Caracterização diagnóstica e perfil epidemiológico da Peritonite Infecciosa Felina (PIF) em Felis catus domesticus residentes na região metropolitana de Belém - PA, Amazônia Oriental
doença infecciosa; gatos; mutação; virulência.
A Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma doença infectocontagiosa, sistêmica, de perfil agudo e progressivo que muitas vezes assume caráter fatal em felinos domésticos e selvagens. É encontrada mundialmente, possui fácil transmissão (fecal-oral) e é desencadeada por um coronavírus reconhecido como vírus da peritonite infecciosa felina (VPIF). Esta doença gera impactos graves à saúde dos gatos domésticos devido sua patogenicidade e apresentação clínica, que pode levar estes animais à óbito rapidamente quando não tratados. Casos de PIF são subnotificados nas clínicas veterinárias da região metropolitana de Belém-PA, Amazônia Oriental e essa doença comumente reflete em altas taxas de mortalidade. É uma enfermidade de difícil diagnóstico ante-mortem, pois não possui sinais clínicos patognomônicos ou alterações laboratoriais específicas que cursem com alto valor preditivo positivo, especialmente quando não há sinais clínicos efusivos. O trabalho tem por intento determinar a ocorrência de Peritonite Infecciosa Felina (PIF) em felinos atendidos em clínicas veterinárias localizadas na região metropolitana de Belém-PA, Amazônia Oriental. O alvo do estudo serão os felinos oriundos da rotina de clínicas veterinárias situadas na região metropolitana de Belém-PA, no período de março de 2024 a dezembro de 2024, que apresentarem sinais clínicos efusivos e/ou neurológico compatíveis com a suspeita clínica de PIF efusiva e/ou PIF não efusiva. Também serão analisadas variáveis como a origem do animal, o sexo, a idade, a raça, o local de residência, a presença de comorbidades e o hábito de vida (domiciliados, semi-domiciliados ou errantes), que possuírem de 0 a 2 anos de idade, através das fichas clínicas. Com nível de confiança de 90% e 10% de erro. Serão realizados testes de triagem, por intermédio da análise hematológica, da relação albumina/globulina <0,4, do teste de Rivalta, da análise citológica das efusões e da análise molecular do coronavírus felino e da FIV e FeLV, estas duas últimas retroviroses como diagnósticos diferenciais. Os felinos que manifestarem alterações efusivas e/ou neurológicas e que evoluírem à óbito, serão submetidos ao exame de necropsia no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal do Pará, localizado no município de Castanhal, estado do Pará, para realização das análises histopatológicas para confirmação diagnóstica da virose supracitada.