POLIOENCEFALOMALÁCIA EM BÚFALOS DO BIOMA AMAZÔNICO
doença neurológica; sinais clínicos neurológicos; metabolismo da tiamina; diagnóstico; aspectos epidemiológicos e clinicopatológicos
São descritos os aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos da polioencefalomalácia (PEM) em cinco búfalos do bioma Amazônia. Os dados epidemiológicos foram obtidos durante a visita clínica em que os búfalos foram submetidos a exame do sistema nervoso. O diagnóstico de PEM foi baseado em achados epidemiológicos, clínico-patológicos e histopatológicos, semelhantes aos achados em outros ruminantes. No exame clínico, todos os búfalos apresentaram escore corporal entre 2,5 e 3 (escala de 1 a 5), com diminuição do estado de alerta, alterações posturais, hipermetria acentuada quando estimulados a se movimentar, cegueira total ou parcial demonstrada ao colidir com as estruturas do curral, cabeça pressão e circundução dos posteriores quando apoiados nos membros torácicos, opistótono, tremores musculares, convulsões, movimentos de remada, sialorreia, diminuição dos reflexos palpebrais e pupilares e rotação do globo ocular colocando a fenda pupilar na posição vertical. Na necropsia foram observadas lesões leves caracterizadas por edema e achatamento das circunvoluções cerebrais. O exame histopatológico mostrou necrose laminar do córtex cerebral. A causa da PEM nos búfalos estudados não foi estabelecida, o que indica a necessidade de mais estudos para elucidar esta doença na espécie, principalmente na região Amazônica.