Bioquímica sanguínea em Accipitriformes da região amazônica brasileira
Gampsonyx swainsonii, Rupornis magnirostris, Geranoaetus albicaudatus, Parabuteo unicinctus, bioquímica sérica
A ordem Accipitriformes, a mais abundante na América Latina, é composta pelas famílias Accipitridae, com o maior número de espécies, e Pandionidae, com uma única espécie. O atendimento veterinário a aves cresceu nos últimos anos, porém o veterinário ainda enfrenta diversas dificuldades no que se refere à coleta de sangue e análise dos resultados. Nesse sentido, exames laboratoriais são úteis para triagem, diagnóstico ou prognóstico. Com isso, o objetivo do presente trabalho é suplementar os estudos em aves com dados prévios sobre analitos bioquímicos da ordem Accipitriformes oriundos da região amazônica brasileira. Para isso, os animais foram submetidos à contenção física e/ou química, conforme o protocolo do local de atendimento. Dessa forma, no Hospital Veterinário Universitário – Setor de Animais Silvestres (HVSAS) foi utilizada anestesia inalatória em circuito semiaberto com Isoflurano e no Mangal das Garças, a associação de cetamina-dexmedetomidina- butorfanol. Nos animais com tutores, foi permitida apenas a contenção física. Coletou-se amostras de sangue em tubo sem anticoagulante para dosagem automatizada de aspartato aminotransferase, ácido úrico, creatinina e ureia. Os valores bioquímicos médios de AST (282,86 U/L), ácido úrico (12,10 mg/dL), creatinina (0,37 mg/dL), ureia (14,04 mg/dL) e glicose (258,38 mg/dL) não apresentaram diferenças significativas entre as espécies de Accipitriformes estudados na Amazônia Oriental (Gampsonyx swainsonii, Rupornis magnirostris, Geranoaetus albicaudatus, Parabuteo unicinctus). Esse é o primeiro relato de dados de bioquímica sérica de espécimes de Accipitriformes recebidos em centros de atendimentos do bioma Amazônico e constitui resultados preliminares de modo a oferecer um referencial aos médicos veterinários que atendam aves em condições semelhantes.