Analise molecular e histopatológica para a identificação de Escherichia coli patogênica para aves em carne de frango
carcaças, fatores de virulência, diagnóstico, aerossaculite, feiras
O Brasil é o terceiro maior produtor e o primeiro exportador mundial de carne de frango. Visando garantir o aumento da produção, torna-se necessário o controle da sanidade avícola que acarretam risco para a saúde pública. Associados a grande números de doenças localmente ou como infecções sistêmicas em aves, as cepas de Escherichia coli patogênicas aviarias (APEC) são responsáveis por um grande número de infecções, podendo ocasionar risco de contaminação das carcaças com o patógeno no processamento. Com base no exposto, este estudo teve como objetivo padronizar e detectar genes de virulência de resistência sérica (iss) e hemaglutinação (tsh) através de uma multiplex PCR (Reação em Cadeia de Polimerase) em carcaças de frangos de corte, provenientes de um abatedouro avícola e feiras na região no estado do Pará. Realizou-se a padronização da técnica de multiplex PCR utilizando os dois fatores de virulência, em seguida, foram coletados de forma aleatória por conveniência, 16 amostras de traqueia oriundas de frangos prontos para comercialização em feiras de 16 municípios na microrregião Bragantina-PA, em seguido encaminhados ao laboratório para o diagnóstico dos fatores de virulência pela aplicação da técnica mPCR. Além disso, foram coletadas carcaças de aves condenadas foram selecionas 30 carcaças oriundas de frangos condenados na linha de inspeção, com suspeitas de aerossaculite, pelo técnico do Serviço de Inspeção em um abatedouro avícola no estado do Pará. Para o processamento das amostras, foram usados três órgãos de cada frango, sendo: traqueia, fígado e pulmão, onde foram submetidos a mPCR e exame histopatológico. Os resultados obtido pela técnica aplicada nas amostras coletadas em feiras dos municípios da microrregião Bragantina-PA, foi eficiente para caracterizar genotipicamente os isolados de E. coli, onde constatou-se que 87,5% das amostras apresentaram pelo menos um dos genes pesquisados, seguidos por avaliação separadamente, os fatores de virulência, com o resultados de diagnósticos em 6,25% das amostras onde apresentou o gene amplificado iss e 87,5% apresentaram o resultado positivo para o gene tsh, sendo que apenas uma amostra dentre as aves analisadas apresentou os genes de virulência iss e tsh simultaneamente. Já para os 30 frangos condenados, foi realizada a aplicação da mesma técnica padronizada para pesquisa de genes, onde constatou com a utilização da mutiplex PCR, os genes tsh (670pb) e iss (720pb) devidamente amplificados, nos três órgãos das aves 1, 19 e 22, caracterizando uma infecção mista, assim como foram identificados 7/30 aves os dois fatores de virulência apenas nos órgãos respiratórios, o gene de virulência que apresentou mais frequência foi o tsh amplificando 670pb em 7/30 aves nos órgão respiratórios, não foram amplificados os genes pesquisados em 4/30 aves, mostrando ausência em todos os órgãos das mesmas, ressaltando que nos 17 fígados estudados não houve amplificação de nenhum dos fatores de virulência, certificando que as aves não apresentavam quadro de septicemia. Além disso, utilizando o diagnóstico histopatológico detectou-se a predominância de heterófilos e mononucleares na traqueia (30/30), no pulmão (27/30) e no fígado (4/30), onde praticamente não foi diagnosticada nenhuma alteração, diferentemente dos órgãos respiratórios. Todos os resultados demostraram que a técnica proposta para a pesquisa dos fatores de virulência foi eficiente, visto que os genes alvos foram detectados tanto nos controles positivos quanto nas amostras. Quanto à extração de DNA, a metodologia
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testada revelou-se apropriada para ser utilizada como etapa essencial de execução da m-PCR. Conclui-se, diante dos resultados obtidos, a Multiplex PCR para os genes de virulência tsh e iss apresenta um grande potencial na caracterização de isolados de E. coli, com isso podemos propor como uma análise alternativa para prevenção e fiscalização desse agente nos frangos comercializados, atribuindo a utilização de tecnologias para identificação e prevenção de E. coli nos aviários e matadouros avícolas. Dessa maneira, ressalta a importância do consumo de carcaças de aves saudáveis e abatidas de forma higiênico-sanitária adequada.