Leucoderma em búfalo (Bubalus bubalis) no Bioma Amazônico
acromotriquia, despigmentação da pele, couro, cobre, melanina, albinismo, vitiligo.
O leucoderma acomete o sistema tegumentar dos animais e causa despigmentação da pele e acromotriquia. Em búfalos o leucoderma resulta em perdas econômicas para a cadeia produtiva porque compromete o comércio do couro. O objetivo deste trabalho foi estudar os aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos do leucoderma em bubalinos no Bioma Amazônico e descrever a profilaxia utilizada no controle da doença. As propriedades estudadas utilizavam o sistema extensivo de criação, sem suplementação mineral. Foram estudados 40 búfalos, 16 machos e 24 fêmeas, com idades entre um e 10 anos, das raças Murrah, Jafarabadi, Mediterrânea e mestiços Murrah x Mediterrânea. Acromotriquia e despigmentação foram os sinais clínicos observados nos animais, em graus e distribuição das lesões na pele variados. Ao exame histológico da epiderme observou-se a interrupção da produção de melanina, leve fibrose da derme, discreto a leve infiltrado inflamatório mononuclear perivascular e incontinência pigmentar. Nenhum animal apresentou o genótipo para albinismo. Após 120 dias de suplementação mineral, com base no uso de sulfato de cobre, os sinais clínicos de leucoderma regrediram. Não houve predisposição por raça, sexo ou idade para o aparecimento da doença. A regressão das lesões cutâneas após a correta suplementação mineral sugere que deficiência de cobre pode ser considerada um fator importante para ocorrência de leucoderma em bubalinos no Bioma Amazônico.