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LETICIA ROCHA GUIDI
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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS POR CL-EM/EM E OCORRÊNCIA DE ANTIMICROBIANOS EM PEIXES DE AQUICULTURA.
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Data: 22/11/2016
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O consumo de peixes no Brasil vem aumentando nos últimos anos, especialmente devido à divulgação de que a sua ingestão pode trazer inúmeros benefícios à saúde e também devido ao seu alto valor nutricional (proteínas de alto valor biológico, teor elevado de ácidos graxos ômega-3). A qualidade, a inocuidade e a segurança de peixes cultivados para alimentação humana constituem, portanto, tema de saúde pública e devem ser monitoradas. No Brasil, há uma carência de informações no que diz respeito ao uso de antimicrobianos destinados à aquicultura. Apesar de apenas dois antibióticos serem permitidos para uso em aquicultura no Brasil, existe uma grande diversidade de antibióticos que podem ser utilizados ilegalmente ou que podem chegar aos peixes devido a contaminações do meio ambiente, principalmente dos recursos hídricos. Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver métodos de análise multirresíduos de antimicrobianos em músculo de peixe e avaliar a qualidade dos peixes cultivados nos Estados de Minas Gerais e do Pará no que diz respeito à presença destes resíduos. Além disso, foi realizada uma extensa revisão da literatura com relação aos métodos existentes de análise e à ocorrência de cloranfenicol (antibiótico banido) e anfenicóis em alimentos. Foi validado um método de screening por CL-EM/EM para análise de 40 antibióticos de seis classes diferentes (aminoglicosídeos, beta-lactâmicos, macrolídeos, quinolonas, sulfonamidas e tetraciclinas) em músculo de peixe. Apenas 15% das amostras (n=29) foram positivas para enrofloxacina. Um método quantitativo por CL-EM/EM de análise de quinolonas e tetraciclinas em músculo de peixe também foi otimizado e validado. A precisão, em termos de desvio padrão relativo, foi abaixo de 20% para todos os analitos e as recuperações variaram de 89,3% a 103,7%. CCα variou de 17,87 a 323,20 μg.kg-1 e CCβ variou de 20,75 a 346,40 µg.kg-1. No geral, as amostras de peixe analisadas apresentaram qualidade adequada quanto à presença de resíduos de antibióticos. Todas as 29 amostras positivas para enrofloxacina continham teores abaixo do Limite Máximo de Resíduo permitido pela legislação brasileira (100 µg.kg-1).
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ALESSANDRA CARLA GUIMARAES SOBRINHO
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“ESTUDO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DE FOLHAS DE BYRSONIMA CRASSIFOLIA E INGA EDULIS, VISANDO À PURIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO”
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Data: 17/11/2016
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Atualmente, a Região Amazônica, em função da sua biodiversidade apresenta um crescente interesse na busca por espécies vegetais que sintetizem compostos bioativos. Dentro desse contexto, o muricizeiro (Byrsonima crassifolia) e o ingazeiro (Inga edulis) destacam-se, pois apresentam elevados conteúdos fenólicos em extratos de suas folhas em relação a outras plantas amazônicas contribuindo assim para capacidade antioxidante. Não obstante torna-se importante a avaliação de outros compostos antioxidantes presentes nestas matrizes amazônicas, além dos compostos fenólicos, visto que contribui para a caracterização mais abrangente dos compostos responsáveis por essa capacidade. Assim é importante verificar a presença de outras moléculas com tais propriedade, como por exemplo, os esteroides vegetais (fitoesteróis) e os terpenoides. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi estudar os compostos antioxidantes de duas matrizes vegetais amazônicas, avaliando a sua capacidade antioxidante, purificação e a identificação dos principais compostos responsáveis por essa capacidade. Os testes fitoquímicos confirmaram a presença de fitoesteróis e terpenoides na fração acetato de etila e metanólica respectivamente para a Byrsonima crassifolia e para o Inga edulis a fração metanólica foi à fração que se apresentou positiva para os testes. A capacidade antioxidante determinada pelo método ORAC e DPPH indicaram que tanto os extratos brutos quanto as frações apresentam essa propriedade, em maior ou menor nível, com destaque para as frações metanólicas. As frações metanólicas das diferentes espécies apresentam alto teor em polifenóis totais, além da presença de fitoesteróis e terpenoides contribuindo assim como alto valor de ORAC e DPPH, indicando que os compostos presentes nas frações metanólicas possuem boa capacidade antioxidante. Apesar de a fração acetado de etila ter apresentado o menor valor de capacidade antioxidante e ser a fração com resultado positivo para esteroides vegetais para a Byrsonima crassifolia, o estudo pode evidenciar a importância da concentração elevada desse composto para a maior capacidade antioxidante. Os resultados obtidos neste trabalho contribuem para o conhecimento de novos compostos bioativos responsáveis pela capacidade antioxidante dos extratos vegetais das espécies amazônicas.
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TELMA DOS SANTOS COSTA
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ESTUDO DO PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO DO TUCUPI E DA ELABORAÇÃO DE PRODUTOS A BASE DE TUCUPI CONCENTRADO
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Data: 13/10/2016
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O tucupi é um produto líquido amarelo, obtido da manipueira, resíduo líquido da prensagem da mandioca brava. O produto é muito consumido e apreciado na culinária da Região Norte do Brasil por seu aroma e sabor exóticos. Por sua vez, são insipientes os estudos de desenvolvimento de produtos que usam o tucupi como matéria-prima. Diante disso, foi estudado o processo de concentração do tucupi, no qual foi avaliado o efeito da concentração (30, 35 e 40% de sólidos) e da temperatura de concentração (50, 70 e 90°C) sobre o comportamento reológico do produto, em temperaturas na faixa de 25 a 80°C. O tucupi concentrado foi usado em diferentes proporções na formulação de três produtos: molho cremoso, com 5 a 20% de tucupi concentrado; condimento em pó, obtido com o tucupi em pó; e caldos em tabletes, com 10 a 20% de tucupi concentrado. Os produtos foram avaliados quanto a aceitação dos atributos sensoriais (cor, aroma, sabor e textura) e impressão global, e ainda quanto a intenção de compra. Os dados da aceitação dos produtos foram analisados pelos resultados médios e pela técnica de mapa de preferência interno. Foi estudado o comportamento reológico (25 a 60°C) do molho cremoso de tucupi e comportamento higroscópico a 25°C do condimento preparado em pó de tucupi. Foi feita a caracterização físico-química da formulação mais aceita, em cada caso. No tucupi concentrado, o estudo reológico mostrou que a concentração e temperatura de concentração influenciam o seu comportamento reológico, uma vez que a gelatinização do amido presente no tucupi modifica a viscosidade do produto. Em geral, o tucupi concentrado se comportou como um fluido pseudoplástico, mas nos ensaios realizados a 60 e 80°C, com taxas de cisalhamento ascendentes, o produto se comportou como um fluido dilatante. Nos ensaios de 40 a 80°C foram observadas histereses, que atribuem ao produto características de fluido reopético, nestas condições. O modelo de Ostwald-de-Waele foi o mais eficiente na predição das curvas de fluxo do produto (R2 > 0,999; 2 < 1,005; RMSE < 0,163), o qual apresentou valores de energia de ativação (Ea) que variaram de 20,56 a 27,43 kJ/mol, em função da concentração. O molho cremoso com 10% de tucupi foi o mais aceito, para o qual a intenção de compra mostrou 1% de rejeição do produto, o que indicou que o tucupi tem potencial para ser utilizado na formulação de molho cremoso. Este produto apresentou características de fluido pseudoplástico e o modelo de Herschel-Bulkley (R2 > 0,997; χ2<11,081; RMSE< 0,434) mostrou-se eficiente na predição das curvas de fluxo do mesmo; foi observado um valor de Ea de 7,49 kJ/mol para o produto. O condimento preparado em pó de tucupi mostrou um índice de aceitabilidade maior que 70% para a impressão global e a intenção de compra indicou que 100% dos julgadores demostraram uma possibilidade de aquisição do produto. Este produto apresentou isoterma de adsorção do Tipo II e isoterma de dessorção do Tipo III, a 25°C. A avaliação higroscópica indicou que o produto requer maiores cuidados quando armazenado em ambiente com umidade relativa superior a 60%. O modelo de Peleg (R2 >0,99 e P< 10%) apresentou um excelente desempenho na predição das isotermas de sorção de umidade do produto. O caldo em tablete com 20% de tucupi apresentou a melhor aceitação, entre os produtos desenvolvidos, com uma intenção de compra de 98%, o que demostra a potencialidade do caldo em tablete de tucupi.
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KHAREN DOS ANJOS MENDES
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OBTENÇÃO DE UM PRODUTO DESIDRATADO A BASE DE JACAIACÁ (Antrocaryon amazonicum (Ducke) Burtt. & Hill) E CARÁ-ROXO (Dioscorea trifidaL.) EM LEITO DE JORRO
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Orientador : ANTONIO MANOEL DA CRUZ RODRIGUES
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Data: 05/10/2016
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Este estudo teve como objetivo elaborar um suplemento alimentar em pó, a partir da desidratação do mix obtido através da polpa de frutos do jacaiacá (antrocaryon amazonicum (ducke) e de tubérculos de cará-roxo (Dioscorea trifida L.). O processo de secagem foi efetuado em secador fluidizado, tipo leito de jorro com alimentação intermitente. Neste estudo foram avaliados os efeitos térmicos, decorrente do processo de secagem sobre características sensoriais, nutricionais e propriedades funcionais tecnológicas do produto em pó obtido. As temperaturas do agente secante (ar atmosférico) empregadas foram 70, 80 e 90°C. Ensaios de caracterização físico-química, de compostos bioativos e atividade antioxidante (compostos fenólicos, antocianinas, ácido ascórbico, carotenoides totais e antioxidantes), foram realizados com a finalidade de avaliar os efeitos térmicos do processo de secagem. Associado a esses ensaios também foram realizadas análises de granulometria e densidade aparente e de compactação, propriedades tecnológicas (índice de solubilidade em água e índice de absorção em água), fluidez, caracterização morfológica e o estudo das isotermas de sorção de umidade a 25°C, do mix obtido em leito de jorro. Os produtos apresentaram umidade e atividade de água dentro da faixa de segurança (1,49 a 7,83% e 0,30 a 0,46, respectivamente) do ponto de vista microbiológico estabelecida para alimentos secos. Não foi observado influência térmica na fluidez dos pós. Os produtos apresentaram ângulos de repouso menores que 45° e foram classificados como sendo de escoamento livre e baixa densidade aparente e de compactação. Em relação à cor, os pós apresentaram forte tendência ao vermelho. O componente Chroma (C*) revelou que o mix a 90°C apresentou uma maior intensidade de cor comparada as outras amostras. Os pós foram classificados como muito distintos para ΔE. Os produtos podem ser considerados uma excelente fonte de compostos fenólicos (3171,71 a 1296,30 mg AGE/100g) e com conteúdos notáveis de antocianinas (47,52 a 38,36 mg/100g b.s) e ácido ascórbico (285,61 a 58,09 mg/100g b.s). Os pós apresentaram elevada capacidade antioxidante e com conteúdo satisfatório mesmo após a secagem (ABTS: 500,16 a 204,16 μmol de TE/g b.s e DPPH 15,66 a 2,52 μmol de TE/g b.s). O mix em pó não apresentou partículas uniformes. O maior percentual de massa retida para os pós nas diferentes temperaturas, estavam na base do equipamento (47,04 a 68,61%) e na peneira de 60 mesh (250 mm). Todos os produtos apresentaram baixa solubilidade à temperatura ambiente (20,74 a 21,34 %). Para o IAA dos pós, observou-se que em temperatura ambiente o amido presente na composição dos pós, não gelatinizou. Através da morfologia das partículas foi possível distinguir alguns grânulos de amido com diferentes formas e tamanhos. As isotermas de sorção de umidade indicaram que o mix em pó não deve ser seco em níveis de umidade inferiores a 4,98 H2O/100 g e que o produto seco já terá estabilidade microbiológica garantida quando apresentar 12,64 g H2O g b.s. de umidade. O modelo de GAB foi o que melhor se ajustou, tendo boa precisão para as isotermas de sorção de umidade do produto (adsorção: R2: 0,9987 e P: 6,3079% e dessorção: R2: 0,9997 e P: 1,85%).
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DANIELLE FERREIRA CORREA
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“AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DE EXTRATOS DE PIMENTA DE CHEIRO (Capsicum chinense) OBTIDOS POR EXTRAÇÃO ASSISTIDA DE ULTRASSOM”
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Orientador : ANTONIO MANOEL DA CRUZ RODRIGUES
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Data: 20/09/2016
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“AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DE EXTRATOS DE PIMENTA DE CHEIRO (Capsicum chinense) OBTIDOS POR EXTRAÇÃO ASSISTIDA DE ULTRASSOM”
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GILSON CELSO ALBUQUERQUE CHAGAS JUNIOR
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ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE POPULAÇÕES DE LEVEDURAS PRESENTES NA FERMENTAÇÃO DO CACAU DA AMAZÔNIA BRASILEIRA.
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Data: 02/09/2016
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Este estudo teve como objetivo identificar através de extração e seqüenciamento de DNA, as leveduras atuantes no processo de fermentação de sementes de cacau provenientes de um município paraense. 90 kg de sementes de cacau foram dispostos e divididos em três cochos de madeira (n=3) e fermentadas de acordo com procedimentos adotados pelo produtor local. Ao longo de sete dias de fermentação, alíquotas de sementes foram assepticamente coletadas e armazenadas em sacos de polietileno estéreis, conservados sob refrigeração e encaminhadas para análises microbiológicas e físico-químicas (pH, umidade, cinzas, lipídios e proteínas). Observou-se crescimento inicial de leveduras de 1,6x107 UFC/g, chegando ao valor máximo de 5,5,x109 UFC/g em 72h de fermentação. Por fim, o valor final foi de 1,5,x105 UFC/g no sétimo dia de fermentação. Foram identificadas cinco espécies de leveduras ao qual ganha destaque a presença de três espécies que ainda não possuem relatos de sua presença na fermentação de sementes de cacau no Brasil. Saccharomyces cerevisiae foi a espécie que se mostrou predominante no processo fermentativo. Foi possível conhecer a diversidade de leveduras presentes na fermentação de sementes de cacau em um município do estado do Pará, que é segundo maior exportador de amêndoas de cacau fermentadas secas.
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MOZANIEL SANTANA DE OLIVEIRA
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“COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE FITOTÓXICA DE ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO DA ÍNDIA ( Syzygium aromaticum ) OBTIDO COM CO2 SUPERCRÍTICO"
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Data: 31/08/2016
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Os óleos essenciais de Cravo (S. aromaticum) foram obtidos com CO2 supercrítico nas condições experimentais de 40 °C e 50 °C e pressões de 100, 200, e 300 bar. Os óleos foram caracterizados por cromatografia em fase gasosa (GC) acoplada a um espectrômetro de massa (MS). Foram analisados os efeitos fitotóxicos das frações inicialmente em 600 ppm. A partir dos resultados observados na análise do efeito fitotóxico, a fração obtida na condição de 50 °C e 300 bar foi analisada em níveis de concentração variando de 200 a 800 ppm. O rendimento mais elevado em massa em base seca (bs) (14,49 ± 0,2%) foi obtido a 50 °C e 300 bar. Mais de 99% dos compostos voláteis foram identificados em óleo essencial de cravo, que compreende 24 substâncias. Em meios globais, 19,72% dos compostos são compostos de hidrocarbonetos de sesquiterpeno, 19,79% de compostos fenólicos, 0,59% de sesquiterpenos oxigenados, 59,75% de monoterpenos oxigenados, e 0,055% de outros compostos. Todas as frações apresentaram atividade fitotóxica para inibir a germinação e o alongamento da radícula e hipocótilo semente. Os melhores resultados foram mostrados por o extrato obtido a 50 °C e 300 bar. Os resultados mostraram que o eugenol desempenha um papel ativo como um agente de promoção de atividade fitotóxica. Em termos de concentração mínima para inibir 50% e 90% de germinação e o alongamento da radícula e do hipocótilo, o extrato obtido a 50 °C e 300 bar de sementes foi o mais eficaz.
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ELEN VANESSA COSTA DA SILVA
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OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO DA GELATINA DE PELE DE PEIXES AMAZÔNICOS POR DIFERENTES MÉTODOS.
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Data: 24/08/2016
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Os resíduos das indústrias de pesca apresentam facilidade de serem transformados em diversos produtos e ainda por apresentarem nutrientes de elevado valor biológico, ricos em proteínas (colágeno) e ácidos graxos, diante disso o trabalho teve como objetivo estudar o aproveitamento da pele de peixes Amazônicas para extração de gelatina. Os processos de extração a partir de pele de filhote (Brachyplathystoma filamentosum) e dourada (Brachyplathystoma rousseauxii) utilizando solução de hidróxido de sódio (NaOH) e hidróxido de cálcio (Ca (OH)2) foi otimizado e o produto foi caracterizado através das análises de rendimento, força de gel, cor, viscosidade, perfil de aminoácidos, microscopia eletrônica de varredura, ponto de fusão, capacidade de formar espuma e capacidade emulsificante. As condições otimizadas para a gelatina da espécie filhote, extraída com solução de NaOH, foram de 6 horas de extração na temperatura de 58ºC e as condições máximas de desejabilidade foram de 0,998, obtendo valor de rendimento e força do gel de 19,7% e 244,3 g, respectivamente. No método de calagem Ca (OH)2 as condições otimizadas foram definidas em 10 dias de pré-tratamento e temperatura de 50ºC. Para esta condição foi observada uma desejabilidade de 0,965 e valores de rendimento e força do gel de 20,24% e 221 g, respectivamente, ambos considerados aceitáveis para alimentos. Na espécie filhote a glicina foi o aminoácido majoritário, tanto na pele do peixe (23,77%), quanto na gelatina obtida com NaOH (23,39%) e Ca(OH)2 (24,97%). Para obtenção da gelatina da espécie dourada foi utilizado pré-tratamento com NaOH na temperatura de extração de 64ºC e tempo de extração de 6 horas. O pré tratamento com Ca (OH)2 foi por 12 dias e temperatura de extração de 64ºC por 6 horas. Ao comparar as características das gelatinas da dourada, a obtida com NaOH apresentou diferença (p < 0,05) e maior potencial tecnológico devido maior rendimento, maior quantidade de iminoácidos e melhores propriedades (força do gel, viscosidade, ponto de fusão, poder emulsificante), no entanto, a gelatina extraída com Ca (OH)2 apresentou géis fracos e menor ponto de fusão caracteristicas adequadas para produtos refrigerados e que são necessárias baixas temperaturas de gelificação. Conclui-se que todas as gelatinas obtidas podem ser utilizadas em diversos produtos dependendo da característica que se deseja obter.
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JÁIRA THAYSE SOUZA BATISTA
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ESTUDO DE FILMES BIODEGRADÁVEIS DE PROTEÍNAS MIOFIBRILARES EXTRAÍDAS DE SUBPRODUTOS DA DOURADA (Brachyplatystoma roussauxii) COM ADIÇÃO DE QUITOSANA
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Data: 19/08/2016
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Problemas ambientais causados por embalagens sintéticas ocasionaram um crescente interesse no desenvolvimento de filmes biodegradáveis que são geralmente obtidos a partir de polímeros como polissacarídeos, proteínas e lipídeos, utilizados para auxiliar na manutenção da qualidade e vida útil dos alimentos. Os subprodutos gerados na cadeia produtiva do pescado possuem alto teor de proteínas miofibrilares que apresentam excelente propriedade filmogênica, formando filmes com boa resistência e elasticidade, no entanto, sua barreira ao vapor de água é baixa. A associação de biopolímeros tem sido vista como uma boa possibilidade de melhorar as propriedades dos biofilmes, e a quitosana tem sido muito utilizada com essa finalidade por ser um biopolímero natural, possuir biocompatibilidade, biodegradabilidade e nenhuma toxidade. O objetivo desse trabalho foi estudar as características reológicas e as propriedades físicas e mecânicas de filmes biodegradáveis produzidos a partir das proteínas miofibrilares de subprodutos de dourada (Brachyplatystoma roussauxii) com adição de quitosana. Foi realizada a caracterização do subproduto e das proteínas liofilizadas indicando que a matéria prima apresentou elevada concentração de proteínas miofibrilares (94,92%), importante para a formação da matriz biopolimérica. Realizou-se um planejamento fatorial completo para definir a região de melhores propriedades mecânicas, física e de barreira dos filmes. O biofilme otimizado foi elaborado com 1,3 % de PML, 30% Q e 40% de plastificante. O estudo reológico demostrou que a adição da quitosana aumentou a viscosidade da solução deixando a estrutura interna do fluido mais resistente ao escoamento, caracterizando-se como fluido não Newtoniano com particularidades de pseudoplástico. A adição de quitosana também provocou um aumento significativo nas propriedades mecânicas do biofilme, apresentando 322,280 % de elongação e 6,575 MPa de resistência a tração, produzindo filmes mais fortes e flexíveis, quando comparado ao filme somente de proteínas miofibrilares. A adição do polissacarídeo não melhorou a permeabilidade ao vapor de água, mas reduziu consideravelmente a solubilidade e intumescimento dos biofilmes. Os valores de transparência foram elevados, indicando tendência ao opaco, no entanto, com excelentes propriedades de barreira UV podendo ser utilizado em alimentos sensíveis a luz. O biofilme também apresentou boa estabilidade térmica e a microestrutura revelou estrutura pouco homogênea, porém coesa e densa, produzindo um novo material com melhores propriedades.
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JÉZICA PRISCILA PEREIRA DA SILVA
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EXTRAÇÃO AQUOSA DE ÓLEO DO BURITI (Mauritia flexuosa) ASSISTIDA POR ENZIMAS
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Data: 17/08/2016
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O objetivo deste trabalho foi investigar a utilização de diferentes enzimas no processo de extração aquosa de óleo do Buriti (Mauritia flexuosa L.) visando obter maior rendimento de extração e teor de compostos antioxidantes no óleo. Para avaliação da eficiência das diferentes enzimas (celulase, pectinase e alcalase) no processo de extração aquoso foi realizado um planejamento fatorial completo 23 com três repetições no ponto central utilizando delineamento composto central rotacional (DCCR) combinado com a metodologia de superfície de resposta (MSR), as variáveis independentes estudadas foram concentração de enzima ([E]), tempo de reação (t) e temperatura de reação (T) e as variáveis de resposta foram rendimento em óleo e carotenos totais. Um segundo estudo foi realizado, para avaliar o aumento da escala utilizando a enzima celulase (planejamento fatorial completo 23 com três repetições no ponto central utilizando DCCR combinado com a MSR, as variáveis [E], t e T, as variáveis de resposta foram rendimento em óleo e carotenos totais), foi realizado também a cinética de extração para celulase e para as combinação de enzimas. Dentre as enzimas estudadas a celulase foi a que apresentou maior rendimento de extração de óleo com 95,91 % e a maior concentração de carotenos totais com 3028,10 μg βcaroteno/g óleo, nas condições operacionais T a 55°C, [E] a 4% e t de 3 horas. A variável mais significativa para esse planejamento foi a temperatura, seguida do tempo, que tiveram efeito positivo sobre o rendimento e a concentração de carotenos. A análise de variância foi realizada e verificou-se a significância da regressão e não significância da falta de ajuste no nível de 95% de confiança (p < 0,05), o coeficiente de determinação (R2) foi 87,56 % para rendimento e 91,97 % para os carotenos totais. No segundo estudo, o rendimento máximo foi de 76,5 % e a maior concentração de carotenos totais foi 3119,47 μg βcaroteno/g óleo, nas condições de T de 55 °C, [E] de 2 % e t de 6 horas, a análise de variância foi realizada e verificou-se a significância da regressão e não significância da falta de ajuste no nível de 95% de confiança (p < 0,05), o R2 foi 97,68 % para rendimento e 94,50 % para os carotenos totais, mostrando uma boa correlação com a variáveis independentes. Na cinética de extração de óleo, a celulase obteve um rendimento maior que as combinações de enzimas. O processo de extração aquosa enzimático para o óleo de buriti é viável e obteve óleo com elevada concentração de compostos antioxidantes.
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SAMIRIA DE JESUS LOPES SANTOS
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CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO AMIDO DE CARÁ-ROXO (Dioscorea trifida) OBTIDO POR DIFERENTES MÉTODOS DE EXTRAÇÃO
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Data: 09/08/2016
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O cará ou inhame pertence à espécie Dioscerea trifida, possui atividades antidiarreica, antitussígena, hipoglicêmica, anti-inflamatória; rico em carboidratos, minerais e vitaminas do complexo B. Com destaque para seu teor de carboidratos, especialmente o amido, é uma reserva energética dos vegetais e fonte de carboidratos na dieta humana. Novas tecnologias que visam a extração de amido contribuem para o surgimento de estudos que avaliem fontes alternativas de amido não convencionais. O objetivo deste trabalho foi obter amido a partir de cará-roxo (Dioscerea trifida) utilizando dois métodos de extração, alcalina (1) e aquosa (2), a fim de compreender as características estruturais do amido de forma a indicar possíveis aplicações para a indústria de alimentos. Foram determinadas as propriedades físico-químicas, funcionais e propriedades da pasta para o amido resultante das duas extrações. Os espectros no infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR) e a morfologia dos grânulos por microscopia eletrônica de varredura (MEV) também foram determinados. O amido obtido pela extração alcalina (NaOH 0,1%) apresentou maior rendimento 7,3%; maior absorção de água, temperatura de pasta de 82 °C, temperatura de gelatinização de 90 °C, menor poder de inchamento e solubilidade quando comparado ao amido obtido na extração aquosa. Em relação ao amido obtido na extração aquosa, apresentou maior absorção de óleo, menor perda de água nos ciclos de congelamento e descongelamento, propriedades de pasta semelhantes ao amido 1. Nos dois processos os amidos obtidos exibiram padrão de difração do tipo B. Conclui-se que o amido das duas extrações apresentaram características semelhantes e interessantes para processos na indústria alimentícia. Contudo, o processo de extração alcalino mostrou-se significativamente mais interessante considerando seu rendimento e grau de pureza.
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LEIDIANY RAMOS BRITO SILVA
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Impacto das condições de armazenamento na conservação de compostos fenólicos e capacidade antioxidante dos frutos de açaí (Euterpe oleracea Mart.)
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Data: 12/07/2016
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A partir dos frutos do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) produz-se a bebida açaí, muito consumida na região Amazônica, em particular no estado do Pará, em função do seu alto valor nutricional. Porém, o comércio dos frutos é limitado devido a sua alta perecibilidade que compromete a qualidade final da bebida. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do uso da embalagem de atmosfera modificada associada à refrigeração na conservação pós-colheita dos frutos de açaí de duas proveniências. Os frutos foram armazenados em ambiente com controle de temperatura (5º e 15ºC), sob condição de atmosfera modificada em sacolas de poliamida com perfurações a laser. Outra parte dos frutos ficaram em condições que simularam o transporte até os pontos de comercialização (28ºC). Foi avaliado a perda de massa dos frutos, e na bebida obtidas a partir desses frutos foram avaliados os teores de polifenóis totais, antocianinas majoritárias (cianidina-3-glicosídeo e cianidina-3-rutinosídeo), capacidade antioxidante pelos métodos ORAC e DPPH e o rendimento em matéria seca. Verificou-se que as perdas de massa, ao final do processo, foram menores nos frutos armazenados em atmosfera modificada. Porém o uso desta embalagem não promoveu diferenças significativas (p>0,05) na quantidade de polifenóis totais e nos teores das antocianinas majoritárias, em até 72 horas de acondicionamento. A capacidade antioxidante, avaliada pelos métodos ORAC e DPPH, apresentou resultados variados para as duas proveniências estudadas. Assim, o uso da embalagem mostra-se favorável a menor perda de massa, fator este que influência no valor comercial dos frutos, enquanto que para os teores de polifenóis totais e antocianinas não sofreram influência positiva na conservação por um período maior e para a capacidade antioxidante, é recomendado verificar a influência de outros compostos presentes nos frutos de açaí.
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RAFAELA CRISTINA BARATA ALVES
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AVALIAÇÃO DA PESCADA-GÓ (Macrodon anylodon) POR DIFERENTES MÉTODOS DE QUALIDADE E CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO
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Data: 07/07/2016
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O frescor é perdido rapidamente em alguns peixes logo após o abate, devido às alterações que ocorrem através das reações enzimáticas e químicas, seguida da atividade da microbiota e, originando a produção de metabólitos responsáveis pela rejeição sensorial. A pescada-gó (Macrodon ancylodon) é um exemplo de peixe que apresenta essa perda acelerada da qualidade e, devido à importância comercial dessa espécie marinha e sua ampla distribuição geográfica e perspectiva econômica no país; a presente pesquisa estudou diferentes métodos de conservação para avaliar a qualidade e o frescor durante o armazenamento da pescada-gó em gelo e de filés sob atmosfera modificada. Inicialmente, a pescada-gó inteira conservada em gelo foi avaliada sensorialmente durante o desenvolvimento do Método de Índice de Qualidade (MIQ); seguida de identificação e estudo da microflora intestinal e, finalizando com a avaliação do frescor dos filés submetidos à atmosfera modificada (EAM), mantidos a 2°C, através do desenvolvimento e aplicação do protocolo MIQ para os filés. Em paralelo, foi avaliado também os teores de pH, bases voláteis totais (N-BVT), aminas biogênicas, ácidos graxos, substâncias orgânicas voláteis, contagens de bactérias heterotróficas aeróbias mesófilas e psicrotróficas na pescada-gó inteira conservada em gelo. O protocolo MIQ para a pescada-gó inteira conservada em gelo demonstrou alta correlação (R²=0,9868) entre o Índice de Qualidade (IQ) e o tempo de armazenamento. Dentre os marcadores de qualidade avaliados, as aminas cadaverina e putrescina apresentaram teores elevados até o 14° dia. As substâncias voláteis tolueno e xileno mostraram contaminação das amostras oriundas do habitat e a dieta da pescada-gó e, a diminuição dos teores de ácido oléico e araquidônico confirmou a perda da qualidade e valor nutricional durante a estocagem. Os resultados microbiológicos indicaram aumento de bactérias psicrotróficas, sugerindo que a pescada-gó inteira conservada em gelo tem estabilidade comercial por 11 dias. No estudo da microbiota intestinal, foi identificado cinco cepas de bactérias que exercem papel importante na segurança e/ou vida de prateleira da pescada-gó: Staphylococcus cohnii subsp. urealyticum, Burkholderia cepacia, Pseudomonas stutzeri, Pseudomonas fluorescens e Corynebacterium sp. E apenas as duas primeiras, consideradas deterioradoras, tiveram crescimento significativo após três dias de armazenamento a 3°C. O estudo dos filés de pescada-gó embalados em atmosfera modificada (EAM) a 2°C, demonstrou que o efeito nesse tipo de conservação manteve o frescor por 6 dias em filés embalados com 60%CO2/40%N2 e 10 dias com 70%CO2/30%N2. A estabilidade comercial dos filés teve influência pela dissolução do CO2 e o efeito bacteriostático na fase aquosa do músculo dos filés, que retardou o crescimento dos micro-organismos e corroborou no aumento do pH, N-BVT, putrescina e cadaverina. O desenvolvimento e aplicação do protocolo MIQ para os filés em EAM evidenciou alterações sensoriais na cor, odor e aspecto do muco. As análises instrumentais (cor e textura) adotadas durante a estocagem não resultaram como bons parâmetros nesse estudo de qualidade da pescada-gó. E por fim, dentre todos os parâmetros avaliados para a espécie Macrodon ancylodon os método sensorial e microbiológico foram os que apresentaram correlação significativa na avaliação da qualidade para a espécie inteira e em filé.
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MARCUS VINICIUS COSTA SILVA
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SECAGEM DO CEFALOTÓRAX DE CAMARÃO ROSA POR REFRACTANCE WINDOW E EXTRAÇÃO ASSISTIDA POR ULTRASSOM DE ASTAXANTINA UTILIZANDO OLEÍNA DE PALMA
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Data: 07/07/2016
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O cefalotórax (cabeça) do camarão rosa é geralmente removido durante o processamento e posteriormente descartado de maneira inadequada, gerando um impacto ambiental. Esse material pode ser aproveitado para a extração de astaxantina, um importante carotenoide que possui elevada capacidade antioxidante e um amplo leque de aplicações. Dessa forma, o principal objetivo deste trabalho foi obter extratos enriquecidos em astaxantina do resíduo do processamento do camarão rosa (previamente desidratado por Refractance Window - RW), através de extração ultrassônica utilizando oleína de palma como solvente. Os resíduos foram cozidos, triturados e submetidos a três processos de secagem: RW a 60, 70 e 80°C, em estufa a 60°C e liofilização. A pasta e os produtos desidratados foram caracterizados físico-quimicamente, sendo determinados os teores de umidade, atividade de água e cor. Para continuar o trabalho com apenas um dos produtos secos por RW, inicialmente foi determinada a melhor temperatura de secagem em termos de rendimento de extração, isto é, a temperatura que resultou num produto com maior teor de astaxantina. Este produto desidratado por RW e os secos por liofilização e em estufa foram submetidos à extração ultrassônica e maceração dinâmica em diferentes condições de tempo e razão solvente/amostra. Os extratos foram submetidos a ensaios de estabilidade oxidativa. A amostra liofilizada e a desidratada por RW a 60°C (60RW) foram as que apresentaram os maiores valores do parâmetro a* e índice Chroma (C) e os menores valores de ângulo de Hue (°H), demonstrando que são produtos com maior intensidade da cor vermelha e com possivelmente maior teor de astaxantina (que possui coloração vermelho-alaranjada). Dentre os produtos secos por RW, o 60RW foi o que apresentou o maior teor de astaxantina, possivelmente devido à degradação da mesma com o aumento da temperatura de secagem. Os rendimentos da extração ultrassônica aumentaram com a elevação do tempo e razão solvente/amostra e foram maiores do que os rendimentos da extração por maceração dinâmica. Os rendimentos da extração ultrassônica utilizando a amostra 60RW foram muito semelhantes aos resultados obtidos utilizando a amostra liofilizada, mostrando que a secagem por RW a 60°C é um processo que preserva a qualidade do produto, da mesma forma que a liofilização. Todos os extratos apresentaram valores de estabilidade oxidativa maiores do que a oleína de palma in natura, mostrando que a astaxantina extraída possui capacidade antioxidante.
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CINTIELEY DOS SANTOS NASCIMENTO
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Obtenção de Abricó (Mammea americana L.) desidratado utilizando Secagem por Refractance Window
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Data: 06/06/2016
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O abricó (Mammea americana L.), é um fruto bastante cultivado e apreciado nas regiões de clima tropicais, sendo consumido principalmente in natura. A produção de alimentos desidratados (em pó, flocos ou filmes), além de ser uma alternativa de processamento para agregar valor a produtos in natura, pode ser usada para desenvolver novos produtos e ingredientes convenientes para o uso doméstico e industrial. O método de secagem por Refractance Window (RW) é utilizado para obtenção de filmes, flocos e pós-alimentícios e pode ser uma alternativa aos métodos comercialmente aplicados (atomização, liofilização e secagem em tambor) na produção de abricó desidratado. Este trabalho teve por objetivo viabilizar a obtenção de um produto desidratado a partir da polpa de abricó, através do processo de RW. A secagem por RW foi realizada com a temperatura da água de 70 °C. O tempo de secagem da polpa no RW foi de 50 minutos. As dimensões do espalhamento da polpa de abricó foram de 2x5x20mm. Através de ensaios reológicos pode-se verificar que a viscosidade aparente do produto tendeu a ficar constante, indicando um comportamento newtoniano para a pasta. Dez modelos matemáticos, foram ajustados aos dados experimentais da cinética de secagem, sendo o modelo de Page o que melhor representou o processo. A taxa de secagem da pasta de abricó apresentou comportamento decrescente. O teor de carotenoides da polpa de abricó foi de 161,34+0,40 bs e do produto desidratado 103,53+0,65 bs (μg/100g de -caroteno), podendo também o mesmo ser considerado fonte de pró-vitamina A, por ser fonte de -caroteno. Os filmes apresentaram boa resistência à tensão e elongação na ruptura e o ISA (Índice de Solubilidade em água) de 32,73+0,67 (%), onde para os resultados de cor, o produto manteve a tendência ao tom amarelo semelhante ao fruto.
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ANA PAULA ROCHA CAMPOS
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ESTUDO DO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO DO TUCUPI
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Data: 31/05/2016
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Na fabricação da farinha de mandioca tem-se um líquido residual denominado manipueira, o qual, por meio do processo de fermentação e cocção, obtém-se o tucupi. Na fabricação do tucupi são utilizadas raízes de mandioca com elevado teor de cianeto que, quando ingerido, pode causar intoxicação caso o processo de destoxificação não seja efetivo. O objetivo deste trabalho foi estudar o processo tecnológico adequado para a obtenção do tucupi, testando-se a influência de diferentes tempos de fermentação e cocção na redução de micro-organismos e nos teores de cianeto total e livre no produto final. As amostras comerciais de tucupi apresentaram diferenças estatísticas nos teores de pH, acidez titulável, sólidos solúveis, cianeto total e cianeto livre. Quanto à qualidade microbiológica, 80% das amostras apresentaram ausência de coliformes termotolerantes, porém altos níveis populacionais de bactérias aeróbias mesófilas e bolores e leveduras. Durante as etapas de processamento de tucupi em dois estabelecimentos processadores, observou-se que, ao longo do processamento, ocorreu um aumento significativo nos teores de acidez titulável e de sólidos solúveis, além, de uma diminuição significativa nos teores de pH e cianeto total e livre. Embora o planejamento experimental não tenha gerado modelo preditivo, selecionaram-se os tempos de 24 horas de fermentação e 40 minutos de cocção como parâmetros para o processamento do tucupi. O tucupi elaborado conforme os parâmetros ótimos de processamento apresentou-se de acordo com o padrão de identidade e qualidade do tucupi estipulado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará. Ao longo do estudo da vida de prateleira o tucupi permaneceu estável quanto às características físico-químicas, químicas e microbiológicas, durante o período de armazenamento. A análise sensorial indicou depreciação da qualidade sensorial do produto com 56 dias de armazenamento para os atributos avaliados. Ao longo do estudo, pôde-se observar que as características do produto dependem diretamente da variedade da mandioca, do tempo de fermentação e do tempo de cocção. Portanto, a padronização do processamento adequado faz-se necessária para garantir níveis seguros de cianeto e qualidade microbiológica para o tucupi.
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BLENDA CARNEIRO DO AMOR DIVINO
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CARACTERIZAÇÃO E PERFIL SENSORIAL DE MÉIS DE ABELHAS SEM FERRÃO.
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Data: 12/05/2016
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A apicultura, manejo da espécie Apis mellifera, é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo, prestando grande contribuição ao homem através da produção de mel, entre outros produtos. Entretanto, a criação e exploração racional dos meliponíneos, também conhecidos popularmente como abelhas indígenas sem ferrão, vêm ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional e mundial. O objetivo do trabalho é a aplicação da Análise Descritiva Quantitativa (ADQ) para que o perfil sensorial do mel de duas abelhas sem ferrão, Melipona fasciculata e Melipona flavolineata, sejam comparados com o mel tradicional, proveniente da abelha africanizada (Apis mellifera). Em adição, também foi aplicada a análise Check-All-That-Apply (CATA), com o objetivo de comparar o perfil sensorial obtido por provadores treinados com os termos mais descritos como importantes pelos consumidores e o índice de aceitação. Análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas para garantir a qualidade dos méis. Como resultado para a ADQ®, 11 termos descritores foram obtidos pelos provadores treinados, para aparência: cor caramelo, transparência e viscosidade; para aroma: doce, característico de mel e amadeirado; para sabor: doce, ácido, característico de mel e amadeirado; sensação bucal: cremoso. Como resultado do CATA, os consumidores caracterizaram a amostra de mel de A. melífera principalmente pelos atributos cor caramelo, aroma característico de mel, sabor característico de mel, viscosidade e cremoso. A amostra de mel de M. flavolineata foi caracterizada principalmente pelo aroma doce, viscosidade, aroma amadeirado, transparência e sabor doce, e a amostra de mel de M. fasciculata pelo sabor amadeirado e sabor ácido. Os méis de Apis mellifera apresentaram-se dentro dos padrões físico-químicos estabelecidos pela legislação, exceto para os parâmetros açúcares redutores, acidez e umidade. Já os méis de meliponíneos apresentaram-se dentro dos padrões propostos para esse tipo de mel, exceto as amostras de méis de M. flavolineata sem pasteurização; as demais apresentaram-se dentro dos limites microbiológicos estabelecidos pela legislação.
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GLEICE VASCONCELOS PEREIRA DO LAGO
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Efeito da adição de ácidos graxos e surfactante sobre as propriedades funcionais de filmes biodegradáveis elaborados com proteínas miofibrilares de pescada amarela (Cynoscionacoupa).
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Data: 31/03/2016
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Os biofilmes são películas flexíveis formadas a partir de macromoléculas biológicas, como as proteínas, os polissacarídeos e lipídeos capazes de formar uma matriz coesa e contínua além de fornecer resistência mecânica para a estrutura. Filmes biopoliméricos elaborados à base de proteínas possuem boas propriedades mecânicas e de barreira a gases. No entanto, filmes elaborados a partir desses materiais apresentam alta permeabilidade ao vapor de água e a incorporação de substâncias hidrofóbicas na sua composição surge como alternativa para diminuir esta propriedade de barreira, porém a incorporação dessas substâncias não ocorre de maneira homogênea, necessitando da adição de surfactante. O objetivo da pesquisa foi elaborar filmes biodegradáveis com proteínas miofibrilares de peixe, ácidos graxos (esteárico (AE), palmítico (AP) e capróico (AC) e surfactante (SDS) com a finalidade de produzir filmes com melhores propriedades funcionais. Para isso, foi adicionado o surfactante, que contém moléculas anfifílicas permitindo a substância interagir nas proteínas e nos ácidos graxos, tornando a matriz filmogênica menos heterogênea. Análises de propriedade de barreira ao vapor de água e propriedades mecânicas, solubilidade em água, cor, transparência e microscopia foram feitas para caracterizar os filmes. Observou-se que as adições dos ácidos graxos melhoraram a barreira ao vapor de água dos filmes, com 10% de SDS adicionados nestas formulações também melhoraram essa propriedade de barreira em relação ao filme elaborado somente com proteínas miofibrilares liofilizada (PML). A adição dos ácidos graxos e SDS proporcionaram filmes mais flexíveis, apresentando melhores valores de %E comparado ao filme PML. Filmes mais resistentes comparados ao filme PML foram produzidos quando utilizou-se 5% de ácido esteárico com 10% de SDS e 10% AP com 20% de SDS. A solubilidade em água dos filmes diminuiu com a utilização do SDS nas menores concentrações. Ao aumentar a concentração dos ácidos graxos e SDS obtiveram-se filmes menos transparentes, e com 10% de ácidos graxos e 20% de SDS os filmes apresentaram melhores propriedades de barreira na faixa do visível. Alta luminosidade dos filmes foi observada com adição somente dos ácidos graxos. Menor coloração amarelada comparado ao filme PML foi com a adição dos ácidos e SDS. Na análise das características morfológicas, através da microscopia eletrônica de varredura, foram observadas modificações na estrutura morfológica dos filmes pela adição dos ácidos graxos e do SDS. Concluiu-se que o surfactante melhorou a incorporação dos ácidos graxos tornando filmes mais homogêneos, porém proporcionando filmes esbranquiçados quando utilizado na maior concentração.
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RAFAEL HENRIQUE HOLANDA PINTO
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EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE BACABA (Oenocarpus bacaba) COM CO2 SUPERCRÍTICO: PARÂMETROS DE PROCESSO, PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS E APLICAÇÃO NA SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DE Fe3O4.
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Data: 31/03/2016
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A bacaba (Oenocarpus bacaba) é uma matriz vegetal oleaginosa característica do bioma amazônico brasileiro. Amplamente consumida pela população local na forma de suco, a bacaba apresenta compostos bioativos de interesse para a saúde humana, como os ácidos graxos insaturados, responsáveis pela prevenção de doenças cardiovasculares. O objetivo deste trabalho foi estudar os parâmetros de extração do óleo de bacaba com CO2 supercrítico e aplicação dos compostos bioativos extraídos, na síntese de nanopartículas magnéticas de magnetita (Fe3O4). A tecnologia com fluido supercrítico foi escolhida por ser considerada como uma técnica verde, com uso de solvente atóxico, não inflamável, além de viabilizar a extração de compostos bioativos em baixa temperatura. Os óleos de bacaba foram extraídos nas temperaturas de 40 e 60ºC, nas pressões de 120, 170, 290, 190, 270 e 420 bar, com densidades do CO2 de 700, 800 e 900 kg/ m3, correspondendo a seis condições de processo, com vazão mássica do fluido em 8,85x10-5kg / s.Os modelos matemáticos de transferência de massa de Tan e Liou (1989), Esquivel et al. (1999) e Martinez et al. (2003) foram utilizados no estudo, afim de descrever o comportamento da curva cinética de extração do óleo. O perfil de ácidos graxos dos óleos foi determinado por cromatografia gasosa. Realizou-se a síntese de nanopartículas magnéticas (NPM) revestidas com óleo de bacaba através do método de Decomposição Térmica. As NPM foram analisadas através da técnica de difração de raios X (DRX) e espectroscopia de correlação angular gama-gama perturbada (CAP) com intuito de avaliar a estrutura cristalina e o campo magnético hiperfino. O maior rendimento global foi encontrado na condição de 60ºC, 420 bar e 900 kg/ m3, com percentual de recuperação de 60,39% ± 0,72. O modelo de Martinez et al. (2003) foi o que melhor descreveu o comportamento cinético por apresentar o menor desvio relativo absoluto médio. O perfil de ácidos graxos mostrou predomínio de ácidos graxos insaturados. O ácido oleico (ω-9) foi o composto bioativo encontrado em maior concentração, em todas as condições de extração. A estabilidade oxidativa do óleo de bacaba mostrou um período de indução de 5,65 horas. A espectroscopia na região do infravermelho mostra que o óleo de bacaba encontrou-se conservado para aplicações após a extração. Os resultados de DRX e CAP mostraram que é possível o uso do óleo de bacaba para sintetizar NPM de Fe3O4 com sucesso apresentando propriedades magnéticas desejáveis para as diversas aplicações.
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CLEIDIANE GONÇALVES E GONÇALVES
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Avaliação do impacto da fermentação, secagem e torração sobre o perfil dos compostos fenólicos e da capacidade antioxidante de sementes de cacau (Theobroma cacao var. Forasteiro) produzidos no Estado do Pará
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Data: 30/03/2016
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No Estado do Pará a cacauicultura está em expansão e é explorada basicamente por pequenos produtores, entretanto existem poucos estudos científicos sobre a qualidade do cacau (Theobroma cacao L.) amazônico, principalmente relacionados aos compostos fenólicos. Em função destes compostos, produtos derivados desta semente atuam beneficamente à saúde. Porém, parte desses compostos se perdem durante as etapas de processamento, principalmente durante a fermentação, secagem e torração. A origem do cacau também pode influenciar na concentração desses compostos. Nesse estudo foi avaliada a concentração de compostos fenólicos e capacidade antioxidante de amêndoas de cacau que foram submetidas a diferentes condições de processamento provenientes dos municípios de Tomé-Açu, Medicilândia e Placas entre os principais produtores de cacau do Estado do Pará. Foi verificado que as amêndoas fermentadas a partir de 4 dias, nos leitos de 40 e 60 cm, apresentavam-se com coloração marrom e bem compartimentadas, indicando uma boa fermentação. O processo de secagem garantiu boa estabilidade para o armazenamento, com exceção das amêndoas secas em Placas que apresentaram umidade acima do permitido pela legislação. Não houve diferença significativa em relação a concentração dos compostos fenólicos e capacidade antioxidante entre as diferentes condições de quebra do fruto, alturas de leito e dias de fermentação, e secagens em lona e barcaça. O aumento da temperatura teve maior influencia na concentração dos compostos fenólicos devido o aumento da (+)-catequina e diminuição dos demais compostos fenólicos. As amêndoas obtidas nos municípios de Tomé-Açu e Placas apresentaram maior concentração dos compostos fenólicos e capacidade antioxidante, pelos métodos FC e DPPH, no 4° dia de fermentação e o município de Medicilândia no 7° dia de fermentação. Houve um aumento na concentração dos compostos (+)-catequina, (-)-epicatequina e Procianidina B2 após a secagem das amêndoas nos diferentes municípios. Os compostos fenólicos e capacidade antioxidante apresentaram correlação entre si para p<0,005, com exceção do composto (+)-dihidrocaemferol que correlacionou apenas com os compostos fenólicos e não teve correlação com o método ORAC para p<0,05. Logo, para uma boa qualidade de amêndoa foi observado que em 4 dias apresentou melhores condições de fermentação, determinada pelo teste de corte, maior concentração de compostos fenólicos e capacidade antioxidante nos municípios estudados, e o processo de torração apresentou melhores condição em temperaturas mais baixas devido ao possível processo de epimerização da (+)-catequina e a degradação dos demais compostos fenólicos a temperaturas mais elevadas.
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ENRIQUE JOSÉ GREGORIO PINO HERNÁNDEZ
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SOUS VIDE DE PIRARUCU (Arapaima gigas): PROCESSOS TÉRMICOS E EMBALAGEM EM ATMOSFERA MODIFICADA
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Data: 29/03/2016
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O objetivo da pesquisa foi avaliar o processo térmico no processamento de sous vide. Analisar os parâmetros de qualidade microbiológica, físico-química e sensoriais e determinar o tempo de vida útil em embalagens em atmosfera modificada do sous vide elaborado com a porção dorsal do pirarucu (Arapaima gigas). Os resultados das análises microbiológicas e físico-químicas da matéria-prima encontravam-se dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira. Também, Obteve-se que o pré-tratamento térmico a ser utilizado foi de 200°C durante 60s para cada lado do filé. Este processo foi modelado e os resultados das simulações estavam de acordo com os resultados dos testes experimentais. As melhores condições de pasteurização foram 60°C durante 568,8s e os controles das análises microbiológicas evidenciam ausência de Salmonella spp. Os valores dos parâmetros de qualidade como o pH, N-BVT e TBARS do filé e sous vide encontravam-se dentro do limite estabelecido pela legislação brasileira. O perfil de ácidos graxos identificou altas proporções de C16:0 e DHA C 22:6 n-3 no filé, mas no sous vide o C18:0 apresentou-se mais elevado. As razões n-6/n-3 encontradas no filé e no sous vide encontravam-se dentro do valor recomendado. O filé não registrou teores (mg/kg) de Na, Cu, Ni, Pb e Hg superiores aos máximos permitidos pela legislação brasileira. Apesar de ter registrado a presença de algumas aminas no filé, no sous vide o índice de qualidade química que correlaciona às aminas, resultou em 0,49, o que indica que não há risco de toxicidade ao organismo humano. A vida útil do sous vide armazenado à 1ºC em embalagem com atmosfera modificada, sendo a) vácuo, b) 70% CO2 e 30% N2, c) 60% CO2 e 40% N2 foi de 49, 35 e 28 dias, respectivamente. Este tempo foi determinado através das análises de componentes principais e análise múltipla de fatores os quais sugerem que os parâmetros de BVT-N e TBARS, parâmetros de cor (b* e C) e análise sensorial (aceitação, textura, sabor e aroma), estabeleceram a vida útil do sous vide.
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LÚCIA DE FÁTIMA ALVES GOMES
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CARACTERIZAÇÃO E PASTEURIZAÇÃO DA SEIVA DO DENDEZEIRO (Elaeis guineensis)
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Data: 18/03/2016
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O crescimento da agroindústria do óleo de dendê tem levado a estudos da utilização de novos co-produtos gerados durante a vida útil da planta, como exemplo, o aproveitamento do estipe do dendezeiro. Diante disso, objetivou-se caracterizar física, físico-quimicamente e microbiologicamente a seiva presente no estipe do dendezeiro, além do estudo do processo de pasteurização visando à inativação da peroxidase. A seiva apresentou quantidades relevantes de açúcar total e açúcar redutor e sem contaminação microbiológica. Apresentou ainda polifenóis totais, sendo 46% em flavanóis, e capacidade antioxidante. A atividade da enzima peroxidase foi determinada após estabelecimento de protocolo experimental, sendo calculados para ambos os substratos peróxido de hidrogênio e p-fenilenodiamina os valores de km e Vmáx. Após os ensaios de pasteurização verificou-se a redução de um ciclo logarítmico na atividade da peroxidase, para o binômio 80°C, 7,5 minutos e pH 3,32. A análise estatística mostrou que a temperatura linear apresentou maior efeito na redução da atividade da peroxidase, seguido pelo pH e interação temperatura versus pH, sendo o primeiro efeito negativo e os outros dois efeitos positivos. O modelo obtido foi significativo a 95% de confiança e apresentou falta de ajuste não significativa, sendo útil para fins preditivos. A cinética de inativação mostrou que os modelos Primeira ordem e Isoenzimas distintas apresentaram bom ajuste aos dados experimentais com valores de R² acima de 0,91, X² menor que 0,052 e Erro padrão menor que 0,023.
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RENATA SILVA DINIZ
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ESTRUTURAS SUPRAMOLECULARES DE α-LACTOALBUMINA E GLICOMACROPEPTÍDEO: PRODUÇÃO, CARACTERIZAÇÃO, PROPRIEDADES FUNCIONAIS E CARREAMENTO DE VITAMINA B2 E QUERCETINA
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Data: 01/03/2016
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Este estudo teve como objetivo produzir, caracterizar estruturas supramoleculares de α-lactoalbumina (α-la) e glicomacropeptídeo (GMP) e verificar suas propriedades técnicofuncionais, para seu potencial uso na indústria de alimentos. As estruturas supramoleculares de α-la e GMP foram preparadas na razão molar de 1:0,689, respectivamente. Essa proporção foi definida por titulação calorimétrica isotérmica e as análises de calorimetria diferencial de varredura auxiliaram na determinação dos valores de temperatura empregados, uma vez que se verificou a formação das estruturas supramoleculares em valores maiores e menores que a temperatura de desnaturação da α-la. Para o GMP não foi possível estabelecer temperatura de desnaturação, pois esse macropeptídeo não apresenta estrutura terciária definida. As análises de dicroísmo circular e fluorimetria demonstraram que houve interação entre as moléculas de α-la e GMP. As estruturas supramoleculares, de uma forma geral, mantiveram estruturas secundárias do tipo α-hélice, porém a intensidade dessas estruturas secundárias variou nas diferentes condições testadas. As estruturas supramoleculares apresentaram núcleo hidrofóbico. Os tamanhos de partícula das estruturas supramoleculares variaram desde nano a micrômetros, demonstrando que podem ser controlados através das variáveis testadas: pH (3,5 a 6,5), temperatura de aquecimento (25 a 75 °C) e tempo de aquecimento. A estabilidade das estruturas supramoleculares foi avaliada pelo monitoramento do tamanho de partícula e pelo potencial ζ, nas temperaturas de 4 e 25 °C, durante 60 dias. As estruturas supramoleculares formadas em pH 6,5 apresentaram maior estabilidade do sistema, com valores absolutos de potencial ζ de aproximadamente -30 mV. A morfologia das estruturas supramoleculares foi determinada por microscopia eletrônica de transmissão e observou-se que as proteínas se associaram formando estruturas esféricas. A capacidade de formação de espuma das estruturas supramoleculares foi avaliada pelo método de homogeneização, determinando-se o aumento do volume, a estabilidade e a expansão da espuma. Verficou-se que as estruturas formadas em pH 6,5 e temperatura de 75 °C apresentaram maior capacidade de formação de espuma. As propriedades emulsificantes das estruturas supramoleculares foram determinadas pelos índices de atividade e estabilidade de emulsão, pelo método turbidimétrico. Porém, as variáveis testadas (pH, temperatura e tempo) não apresentaram efeito nas propriedades emulsificantes. A tensão superficial das estruturas supramoleculares, determinada pelo método Wilhelmy, apresentou valor médio de 50.825 mNm-1, demonstrando que as estruturas supramoleculares podem ser eficientes na estabilização de produtos com espuma e emulsões. As estruturas supramoleculares foram capazes de encapsular quercetina e vitamina B2, com eficiência de encapsulação máxima de 98,64% e 31,11%, respectivamente. A estabilidade dos sistemas carreadores foi avaliada pelo monitoramento do tamanho de partículas e potencial ζ durante 60 dias. Para a quercetina, os sistemas preparados em pH 6,5 foram estáveis por 60 dias, enquanto que, para a vitamina B2, a estabilidade por 60 dias foi demonstrada pelos sistemas preparados em pH 3,5.
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CAROLINA VIEIRA BEZERRA MOREIRA
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DESENVOLVIMENTO DE LIPÍDIOS ESTRUTURADOS OBTIDOS A PARTIR DE ÓLEOS E GORDURAS AMAZÔNICAS.
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Data: 26/02/2016
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A necessidade de métodos que modifiquem lipídios sem produzir gorduras nocivas incentivou pesquisadores a buscar por novas formas de modificação, sendo a interesterificação o processo de maior tendência. Os lipídios obtidos, chamados de lipídios estruturados, podem apresentar características físicas adequadas sem produzir as isomerizações das duplas ligações dos ácidos graxos insaturados. Apesar do reconhecimento da qualidade dos óleos e gorduras provenientes da região amazônica não são observados, com exceção da estearina de palma, trabalhos utilizando essas matrizes para obtenção de lipídios estruturados, portanto este trabalho teve como objetivo desenvolver lipídios estruturados a partir de matrizes amazônicas brutas (óleo de pracaxi/maracujá e gordura de cupuaçu e estearina de palma) aplicando-se a interesterificação química. Foram desenvolvidas misturas binárias entre os óleos e as gorduras nas proporções 40-60, 50-50, 60-40 e 70-30. A essas misturas foram realizadas análises de acidez, peróxido, índice de iodo, saponificação, ponto de fusão, perfil de ácidos graxos, estabilidade oxidativa, consistência, cinética de cristalização e análise térmica (DSC) antes (NIE) e após (IE) a reação. A interesterificação aplicada foi capaz de promover a modificação das características físico-quimicas de todas as misturas avaliadas. Houve um efeito significativo na diminuição do ponto de fusão de 75% das amostras, com reduções mais acentuadas nas misturas entre maracujá e estearina de palma. Em geral foi observado também uma queda no conteúdo de gordura sólida das amostras interesterificadas mas essa redução não limitou suas aplicações, apresentando teor de sólidos compatíveis para aplicação em shortenings como margarina de mesa, margarina funcional, margarina macia, margarina em tablete e gordura de cobertura. Nas misturas entre pracaxi-cupuaçu e maracujá-cupuaçu a queda de sólidos a partir de 20°C não foi tão intensa, ficando demostrado que a interesterificação química nestas amostras gerou comportamentos mais plásticos. O efeito positivo da interesterificação química sobre a consistência foi observada principalmente nas misturas entre pracaxi-cupuaçu (50-50; 60-40; 70-30); pracaxi-estearina (40-60) e pracaxi-cupuaçu (40-60; 50-50 e 60-40), transformando as consistência de uma classificação de muito dura (antes da interesterificação) para plástica e espalhável (após a interesterificação). O efeito no comportamento cristalização também foi observado, houve um aumento na velocidade de cristalização (K) e uma redução bem expressiva do tempo inicial para a formação dos primeiros cristais. Com as matrizes amazônicas utilizadas neste trabalho foi possível obter lipídios estruturados com diversas características físico – químicas que atendem a parâmetros de muitos produtos manufaturados, principalmente produtos do tipo shortenings, aumentando desta forma as possibilidades de utilização dos óleos e gorduras não convencionais utilizadas neste trabalho.
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SILVIA PATRICIA GUTIERREZ RUEDA
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APLICAÇÃO DE TECNOLOGIA ENZIMÁTICA NA EXTRAÇÃO DE ÓLEO E CAROTENOIDES DE DENDÊ (Elaeis guineensis)
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Data: 23/02/2016
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento enzimático na extração de óleo e carotenoides do dendê (Elaeis guineensis) em diferentes condições de temperatura, concentração enzimática e tempo. As enzimas comerciais empregadas para o tratamento enzimático foram celulase, pectinase e protease. A avaliação do processo de extração enzimática foi realizada para o dendê prensado (DP) e o dendê sem prensar (DSP), usando um planejamento experimental fatorial completo 23 com 3 repetições no ponto central, utilizando um delineamento composto central rotacional (DCCR) combinado com a metodologia de superfície de resposta (MSR). Para o processo enzimático as variáveis independentes foram temperatura (ºC), concentração enzimática (%) e tempo (t). Para o processo as variáveis resposta foram rendimento de extração de óleo e concentração de carotenoides, melhor ensaio para a celulase e pectinase foi o ensaio 4 (temperatura: 55 ºC, concentração de enzima 4% e tempo 60 min) e para a alcalse o ensaio 10 (temperatura: 60 ºC, concentração de enzima 3% e tempo 120). As amostras extraídas com enzimas apresentaram os seguintes valores de rendimento de óleo e concentração de carotenoides: celulase dendê prensado = 76,57% e 473,78 ppm; celulase dendê sem prensado = 81,57% e 680,67ppm; pectinase dendê prensado = 87,58% e 560,68ppm; pectinase dendê sem prensado = 88,53% e 874,45ppm; alcalase dendê prensado = 70,20% e 866,42ppm e alcalase dendê sem prensado = 73,33 e 1174,86ppm. A extração aquosa enzimática apresentou a variável de maior efeito a concentração enzimática com efeito positivo sobre o processo. Em relação à concentração de carotenoides, antioxidantes e fenóis totais o óleo extraído com a enzima alcalase apresentou um valor maior comparado com os óleos extraídos com celulase e pectinase. A concentração de ácidos graxos livres no óleo bruto pode variar dependendo da fonte e das técnicas de extração utilizadas e os resultados mostram que extração enzimática é uma boa alternativa para obter um óleo com melhores propriedades. Quanto ao perfil de ácidos graxos, não houve muita variação entre a amostra extraída por prensagem, os brancos e as amostras obtidas pelo método enzimático.
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BRUNO HENRIQUE DOS SANTOS MORAIS
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“Aplicação da Técnica de Sous Vide em Tambaqui (Colossoma macropomum) com Molho de Tucupí”
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Data: 15/02/2016
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A técnica sous vide utiliza a combinação de vácuo e controle da temperatura para produzir carnes prontas com melhores características de cor, sabor, textura e retenção de nutrientes em comparação com os processos de cocção tradicionais. Utilizou-se o tambaqui (Colossoma macropomum), nativo da Bacia Amazônica, pela sua importância comercial e excelência em cultivo, e como base do molho, o tucupi, ingrediente tipicamente regional e muito utilizado na culinária paraense. O objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar microbiológica, físico, físico-quimica e sensorialmente filés de peixe proveniente de cultivo, pasteurizados sob técnica sous vide com molho de tucupi, como uma alternativa para uma melhor padronização e segurança em relação ao peixe in natura. Foram realizadas avaliações físicas, físico-químicas e microbiológica das matérias-primas; estabelecimento das melhores condições de processo (tempo / temperatura); caracterização do produto otimizado na melhor condição de processo e estudo de vida comercial do produto final. O produto final apresentou boa aceitabilidade ao ser elaborado em temperatura de 65°C por 12,5 minutos, apresentando estabilidade microbiológica, físico-química e sensorial durante o armazenamento refrigerado (1ºC), podendo estabelecer a vida-útil do sous vide de tambaqui ao molho de tucupi em 49 dias, determinado pelos resultados das análises sensoriais realizadas durante o armazenamento.
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