O monitoramento da água subterrânea é uma atividade de extrema importância para o diagnóstico e controle frente a atividades potencialmente poluidoras, aplicado na gestão e controle ambiental, seja por uma exigência do órgão regulador, através de condicionantes de licenças ambientais, passando a representar um grande passivo ambiental para empresas que não estejam atendendo aos requisitos exigidos por estes respectivos órgãos reguladores. As atividades que podem causar alterações nas águas subterrâneas necessitam de monitoramento periódico para garantir a manutenção da qualidade ambiental, pois são padronizadas e necessitam de normas, manuais, regulamentos. Este respectivo manual foi conduzido baseado em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Legislações internacionais, manuais de monitoramentos e soluções sobre qualidade da água aplicáveis ao tema, onde envolverá diversas etapas, assim como coletas constituída por poços de monitoramento no interior do Campus da Universidade Federal do Pará, em Belém (área experimental desta pesquisa). Para tanto, foram utilizados amostradores Bailer descartáveis e medições utilizando o sistema de baixa vazão (low flow), objetivando a definição de orientações e regras claras para a execução das atividades envolvidas no processo, bem como foram comentados outros dispositivos possíveis de serem usados para coleta de amostras de água subterrânea, sendo proposto ao final um manual de boas práticas, como forma de ordenar e orientar o processo de monitoramento das águas subterrâneas. Espera-se que esta proposta de manual técnico sirva como referência para as coletas de águas subterrâneas, pois mediante a preocupação no âmbito do Estado do Pará, é de suma importância organizar efetiva atuação e encaminhamento de soluções para esse problema ambiental. Adicionalmente, este manual, pretende ser um documento propositivo, e pode ser útil na comparação de resultados em diferentes atividades poluidoras.

Plataforma de monitoramento da qualidade de águas residuárias no município de Belém/PA

Grandes Cidades, como Belém do Pará, precisam de um controle efetivo para monitoramento de águas residuárias, pois estas podem comprometer a qualidade das águas urbanas uma vez que grande parte são descartadas em corpos hídricos superficiais e podem ser reutilizadas por parte da população ribeirinha. Nesse sentido utilizando os princípios da indústria 4.0 provendo sustentabilidade, redução de custos e responsabilidade social, este trabalho teve como objetivo desenvolver a plataforma E-Quality, que é uma ferramenta para controle de resultados analíticos conforme parâmetros pré-definidos para fins de monitoramento ambiental mais efetivo. A plataforma digital aufere dados existentes, filtra e gera gráficos para fins de avaliação otimizada, verifica séries temporais e elabora relatórios como de carga poluidora, com dados, gráficos e edição de texto para fim de apresentação em documento impresso. Neste trabalho foram utilizados dados de amostragem do ano de 2015 da Estação de tratamento Vila da Barca, disponibilizada pela UFPA – Universidade Federal do Estado do Pará, como forma de avaliar a aplicação da plataforma em dados reais, verificando analiticamente seus resultados para grau de eficiência de remoção pela estação, valor de emissão de carga poluidora por tonelada lançada no corpo receptor durante o ano e comparativos entre Nitrogênio Total e Amônia, DBO e DQO, DBO e Fósforo. Após a avaliação da série histórica dos dados armazenados, foi utilizado o ícone da plataforma chamado filtro de qualidade onde é informado os resultados que estão em desacordo com a norma CONAMA 430, e os que estão fora dos requisitos como, tempo de armazenagem da amostra ou valores que superam os resultados que são considerados a soma de vários fatores como no caso de nitrogênio total e amônia apontados pela plataforma através dados inseridos. Dos resultados existentes, foi possível observar a facilidade do monitoramento de dados que a plataforma pode controlar e gerir, reduzindo custos e promovendo maior segurança de dados, visto que tudo que é gerado e adicionado à plataforma estará armazenado em nuvem. A plataforma possibilita o controle de erros grosseiros que podem ser provenientes tanto de usuário quando de um procedimento de coleta e/ou análise pois avalia em tempo real todos os resultados como foi realizado através da avalição dos dados existente da estação de tratamento Vila da Barca em Belém do Pará, concluindo assim ser uma ferramenta mais efetiva no monitoramento de águas residuárias.

Estudo comparativo entre metodologias de dimensionamento de sistemas prediais de água fria de um hospital localizado em Belém do Pará, de acordo com a atualização da NBR 5626.

 Este trabalho investigou o efeito da ativação química de temperatura e ácido ou álcalis por pirólise de sementes de Açaí (Euterpeaeae, Mart.) Sobre o rendimento de bio-óleo, teor de hidrocarbonetos do bio-óleo e composição química da fase aquosa. As experiências foram realizadas a 350, 400 e 450 ° C e 1,0 atmosfera, KOH e HCl, em escala de laboratório. A acidez de bio-óleo e fases aquosas determinadas pelos métodos AOCs, enquanto a composição química de bio-óleo e fase aquosa por GC-MS e FT-IR. O bio-char caracterizado por XRD. Para a ativação com o KOH, a análise DRG identificou a presença de coalicinita (KHCO3), a fase cristalina dominante em bio-carca, enquanto uma fase amorfa foi identificada em biochars para a ativação com HCl. O rendimento de bio-óleo, para a pirólise das sementes de Açaí ativadas com KOH, variou entre 3,19 e 6,79 (%em peso), mostrando um aumento exponencial suave com a temperatura. A acidez do bio-óleo variou entre 12,3 e 257,6 mgkoh/g, diminuindo exponencialmente com a temperatura, enquanto a acidez da fase aquosa está entre 17,9 e 118,9 mgkoh/g, mostrando e exponencial de decaimento comportamental com temperatura, demonstrando que temperaturas mais altas favorecem apenas O rendimento de bio-óleo, mas também bio-óleo com menor acidez. Para os experimentos de pirólise ativados com HCl, o rendimento de bio-óleo variou entre 2,13 e 3,37 (%em peso), diminuindo linearmente com a temperatura, enquanto a fase gasosa variou entre 17,91 e 37,94 (%em peso), aumentando linear com a temperatura com a temperatura . A acidez do bio-óleo variou entre 127,1 e 218,5 mgkoh/g, aumentando com a temperatura, mostrando que temperaturas mais altas não favoreceram o rendimento da acidez do bio-óleo e do bio-óleo. Para a ativação química com KOH, a análise FT-IR de bio-óleo identificou a presença de grupos químicos características de hidrocarbonetos e oxigenados, enquanto a de fase aquosa agrupa apenas as características dos oxigenatos. Para a ativação química com HCl, a análise FT-IR de fases bio-óleo e aquosa identificou apenas a presença das características dos grupos de oxigenados. Para os experimentos com ativação de KOH, o GC-MS de bio-óleo identificou a presença de hidrocarbonetos (alcanos, alcenos, cicloalcanos, cicloalquenos e aromáticos) e oxigenatos (ácidos carboxílicos, fenóis, cetonas e esters). A concentração de hidrocarbonetos variou entre 10,19 e 25,71 (área.%), Aumentando com a temperatura, enquanto a dos oxigenados de 52,69 a 72,15 (área.%), Diminuindo com a temperatura. Para os experimentos com ativação de HCl, o GC-MS de bio-óleo identificou apenas a presença de oxigenatos. Finalmente, pode-se concluir que a ativação química de sementes de Açaí com KOH favorece o rendimento não apenas do bio-óleo, mas também o conteúdo de hidrocarbonetos, enquanto a ativação com HCl produzia bio-óleo apenas com compostos de oxigênio.

Este trabalho investiga o efeito da temperatura e molaridade por pirólise de sementes de açaí (Euterpe Oleraceae, Mart.) ativadas com KOH no rendimento de bio-óleo, teor de hidrocarbonetos do bio-óleo e composição química da fase aquosa. Os experimentos foram conduzidos a 350, 400 e 450 °C e 1,0 atmosfera, com 2,0 M KOH, e a 450 °C e 1,0 atmosfera, com 0,5 M, 1,0 M e 2,0 M KOH, em escala de laboratório. A composição de bio-óleos e fase aquosa determinada por GC-MS, enquanto o índice de acidez, propriedade físico-química de fundamental importância em bio-combustíveis, de bio-óleos e fases aquosas por métodos AOCS. A fase sólida (biochar) caracterizada por difração de raios-X (XRD). Os difratogramas identificaram a presença de Kalicinita (KHCO3) no biochar, sendo que essas temperaturas mais altas favorecem a formação de picos de Kalicinita (KHCO3). A pirólise de sementes de açaí ativadas com KOH apresenta rendimentos de bio-óleo de 3,19 a 6,79 (p.%), rendimentos de fase aquosa entre 20,34 e 25,57 (p.%), rendimentos de fase sólida (coque) entre 33,40 e 43,37 (%p. ), e rendimentos de gás de 31,85 a 34,45 (% em peso). O rendimento do bio-óleo mostra um aumento exponencial suave com a temperatura. A acidez do bio-óleo variou entre 12,3 e 257,6 mgKOH/g, diminuindo exponencialmente com a temperatura, enquanto a da fase aquosa entre 17,9 e 118,9 mgKOH/g, apresentando comportamento de decaimento exponencial com a temperatura, demonstrando que temperaturas mais altas favorecem não só o rendimento de bio-óleo, mas também bio-óleos com menor acidez. Para os experimentos com ativação de KOH, o GC-MS do bio-óleo identificou a presença de hidrocarbonetos (alcanos, alcenos, cicloalcanos, cicloalcenos e aromáticos) e oxigenados (ácidos carboxílicos, fenóis, cetonas e ésteres). A concentração de hidrocarbonetos variou de 10,19 a 25,71 (área.%), aumentando com a temperatura, enquanto a de oxigenados de 52,69 a 72,15 (área.%), diminuindo com a temperatura. Para os experimentos com temperatura constante, as concentrações de hidrocarbonetos no bio-óleo aumentam exponencialmente com a molaridade, enquanto as de oxigenados diminuem exponencialmente, mostrando que maiores molaridades favorecem a formação de hidrocarbonetos no bio-óleo. Por fim, pode-se concluir que a ativação química das sementes de açaí com KOH favorece não só o rendimento do bio-óleo, mas também o teor de hidrocarbonetos.

O presente trabalho teve por objetivo global realizar análise, comparação e seleção de equações de Intensidade, Duração e Frequência, construídas a partir de séries de dados de um empreendimento particular e de estações pluviométricas disponíveis em bases oficiais da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A finalidade dessas equações é de serem aplicadas para o emprego em estudos hidrológicos, dimensionamentos hidráulico-hidrológicos para o município de Paragominas-PA. De posse dos dados partiu-se para análise de consistência, onde os dados disponíveis se mostraram consistentes. Em seguida testou-se a homogeneidade dos dados, os resultados obtidos mostraram que os mesmos são homogêneos, com exceção dos registros da estação HIDROWEB 347000 (PARAGOMINAS). Na sequência, com auxílio do software SEAF avaliou-se a distribuição probabilística recomendada para cada estação de monitoramento, após a análise observou-se que a única distribuição recomendada para todas as bases de dados foi a distribuição de Gumbel. Além disso, determinou-se os coeficientes de desagregação a partir dos registros do pluviógrafo RA03 (Empreendimento) e do pluviógrafo A212 (INMET) com 3 e 11 anos de série histórica, respectivamente. Os registros foram agrupados em intervalo de tempo de 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 6 horas, 12 horas, 18 horas e 24 horas, após este processo foram estabelecidos os coeficientes de desagregação utilizados neste estudo. Por último, em posse das equações IDFs construídas foram realizadas comparações para identificar qual equação é recomendada para Paragominas-PA. Após a realização de todas as comparações estatísticas observou-se que Equação IDF P06 é a mais recomendada para determinação da intensidade de chuvas para o município de Paragominas-PA. De modo geral, as equações recomendadas foram geradas a partir dos dados das estações da ANA com código 348001 e 347002 e a equação P06 (dados do empreendimento), no entanto, para eventos chuvosos com até 30 minutos e com tempo de recorrência de até 500 anos recomenda-se a equação P06, para durações superiores a 30 minutos recomenda-se as demais equações

O presente trabalho analisou as condições físicas e a distribuição dos hidrantes urbanos da cidade de Ananindeua-PA, com o uso de ferramentas SIG, e como essa distribuição impacta na proteção contra incêndio do município. Para isso, foram realizadas quatro etapas. Na primeira etapa foram levantadas as normas e legislações vigentes sobre hidrantes urbanos. Na segunda etapa foi realizado o levantamento de dados dos hidrantes existentes (quantificação, verificação das condições de instalação e manutenção, de uso e distribuição de hidrantes), por meio de visitas de campo e de coleta de dados secundários em órgãos responsáveis (COSANPA e Corpo de Bombeiros). Posteriormente, foi realizada a análise das condições de instalação e de distribuição dos hidrantes urbanos utilizando técnicas de geoprocessamento. Por último, após análise dos dados, foram elaboradas propostas de redistribuição desses equipamentos na área urbana de Ananindeua-PA (relatório técnico), com o intuito de otimizar o uso e tornar mais efetivo o combate contra incêndio. Assim, foi possível verificar a divergência entre as normas vigentes, bem como a distribuição inadequada dos hidrantes urbanos e sua manutenção deficiente, além de constar vazões inferiores ao que pede as normas.

O presente trabalho técnico consistiu na elaboração de banco de dados das estações de tratamento de esgoto (ETE’s) sanitário da região metropolitana de Belém (RMB) para fins de planejamento e operação envolvendo às fases líquida, sólida e gasosa, para remoção de matéria carbonácea. Tal estudo abrange apenas os municípios de Ananindeua, Belém e Marituba, que em 2019 tinham sistemas de esgotamento sanitário (SES) do tipo centralizado (SES-C≈33,35%) e descentralizado (SES-D≈5,45%) envolvendo 23 ETE’s e cujas etapas experimentais deste trabalho foram: 1) registro fotográfico da área ocupada pelas ETE’s; 2) sistematização das informações básicas das ETE’s; 3) quantificação da geração de subproduto sólido do tratamento preliminar; 4) balanço de cargas orgânicas em reatores UASB; 5) quantificação da produção e higienização de lodo dos reatores UASB; 6) quantificação potencial da geração de energia elétrica (EE) e emissão de metano dos reatores UASB. Assim, entre os principais resultados obtidos nesse trabalho, se obteve que a distribuição espacial foi de 5,0 ETE’s (21,74%) em Ananindeua, 17 ETE’s (73,91%) em Belém, e 1,0 ETE (4,35%) em Marituba, as quais tratando vazão média de projeto de 1.089 L/s (PE de 765.783 habitantes) vão gerar no tratamento preliminar cerca de 840,17 kgSSG/d, 3548,2 kgareia/d e de 29,53 kgescuma /dia, e que quando os retores UASB tiverem eficiência média de 65% e operarem sob carga orgânica total de 4.193 kgDQO/d, em esses vão produzir 572,8 kglodo/d com potencial de higienizar por caleação química 3.062 kgbiosolido/d, tendo para essa situação de tratamento a geração de energia química disponível e de emissão de metano dos reatores UASB, respectivamente, de 584,33 kwh/d de EQD e 387,67 TCO2/d mediante a produção normalizada de metano total de 59 Nm3/d PNCH4, sendo verificado que as ETE’s do SES-C em comparação com as ETE’s do SES-D são as que tem maior possibilidade de aproveitamento dessa energia como fonte de calor.

Neste trabalho, pretende-se demonstrar a importância de um sistema de produção de biogás no sentido de otimizar o uso dos resíduos líquidos advindos do processo produtivo da palma de óleo, resíduo este denominado POME (Palm oil mil effluent), que contém alta concentração de matéria orgânica, sendo uma fonte em potencial de produção de biogás para geração de energia elétrica e biocombustível. Nesse contexto, objetiva-se avaliar o processo de produção de biogás e energia elétrica por meio de uma lagoa anaeróbia coberta a partir do POME implantado por uma indústria no Estado do Pará. Para isso, levantou-se informações sobre o processo industrial, o tipo de tratamento de efluente que é utilizado e seus componentes, e o processo de transformação de resíduo líquido em um novo produto. Visitas foram realizadas na indústria para conhecimento das instalações, acompanhamento da operação do sistema e o funcionamento dos equipamentos utilizados para a captação do biogás e conversão em energia elétrica. Foram disponibilizados dados referentes aos parâmetros DQO, pH e temperatura que são utilizados para o controle operacional realizado na lagoa. O sistema iniciou sua operação em fevereiro/2021, mas os dados foram referentes ao período de maio/2021 a abril/2022. Os valores médios obtidos na operação do sistema alusivos ao pH foi de 7,43 e a temperatura de 38,30 °C com uma COV de 24,73 kgDQO/m³.dia. A lagoa anaeróbia apresentou uma eficiência de remoção de DQO de aproximadamente 91% e produção média de 139,04 m 3 /dia de metano. O metano produzido a partir do POME da indústria gerou uma média no período mencionado de 28,01 MWh de energia elétrica que foram utilizados para alimentação da planta industrial. Diante dos resultados analisados, corrobora-se a viabilidade de utilização do efluente líquido oriundo do beneficiamento do fruto da palma de óleo para geração de biogás e energia elétrica, contribuindo assim com a melhoria da qualidade do efluente final.

: O prestador do serviço público de abastecimento de água perde faturamento quando o edifício residencial utiliza sistema próprio de abastecimento de água. Assim o objetivo do trabalho é quantificar as perdas na arrecadação (R$) que a Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA) vem sofrendo por não abastecer os 24 (vinte e quatro) edifícios residenciais situados na área do 3º setor, localizados no município de Belém no estado do Pará.  Foi realizada uma consulta documental dos volumes de água consumido e faturados em 25 (vinte e cinco) edifícios residenciais com abastecimento de água da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA), para, em seguida, compatibilizar esses valores (volume e possível faturamento em reais) em edifícios residenciais que utilizam fonte própria de abastecimento de água na área do 3º Setor de abastecimento de água da COSANPA. A fonte de levantamento de dados foi integralmente do Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saneamento (GSAN). A pesquisa foi desenvolvida em três etapas. A primeira etapa consistiu na identificação dos edifícios residenciais que utilizam água da COSANPA e identificação dos residenciais que não utilizam água da COSANPA. A segunda etapa consistiu no levantamento e sistematização de informações de consumo de água para os dois grupos de edifícios selecionados (edifícios que são abastecidos pela COSANPA e edifícios que são abastecidos com sistema próprio). A terceira e última consistiu na análise comparativa da não arrecadação (monetária R$) nos edifícios residenciais não abastecidos com água da COSANPA, tendo como premissa a arrecadação financeira dos edifícios residenciais atendidos pela Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA). Foi verificado que a Companhia deixou de arrecadar em cinco anos R$ 3.142.227,36 (três milhões cento e quarenta e dois mil duzentos e vinte e sete reais e trinta e seis centavos) o que representa 45,97 % do valor arrecadado pelos edifícios abastecidos pela Companhia.

A Lei Federal nº 11.445/2007 definiu aspectos importantes quanto à regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento, entre os quais, a regulamentação e fiscalização. Nesse sentido, as agências reguladoras, observadas as diretrizes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), deverão editar normas relativas às dimensões técnicas da prestação dos serviços públicos de saneamento básico. O objetivo do presente trabalho é propor resoluções técnicas de estabelecimento de padrões de qualidade da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no município de Belém. Para tanto, foi realizada revisão da literatura técnica sobre o tema, levantamento de resoluções existentes em outras agências reguladoras, e análise da legislação vigente pertinente para a proposição dos atos normativos. Ao se analisar as resoluções existentes, é possível verificar que nem todas as agências reguladoras que afirmam regular determinado eixo do saneamento básico possuem um grande arcabouço normativo sobre os mesmos. Para a construção das resoluções, foi necessário, além da expertise das outras agências que já possuem atos normativos no mesmo sentido, fazer uso de um arcabouço legal, com a intenção de garantir a legalidade das exigências adotadas pela agência reguladora junto aos prestadores de serviços. As propostas de normas foram elaboradas em capítulos específicos para cada serviço a ser regulamentado na norma geral de prestação de serviços e com a indicação daqueles que devem ter normas próprias. Conclui-se que a regulação completa do saneamento é um desafio imposto às agências reguladoras, poucas entidades reguladoras possuem os instrumentos legais de regulação, no entanto, estes recursos são indispensáveis uma vez que existe a necessidade de um embasamento legal que sustente uma regulação.