Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • ELAINE SIMONE DA CRUZ SILVA SILVA
  • Petrechos de pesca como resíduo praial em Área de Proteção Ambiental na costa
    paraense.

  • Orientador : SURY DE MOURA MONTEIRO
  • Data: 29/02/2024
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  • Os Petrechos de Pesca Abandonados, Perdidos ou Descartados (Abandoned, Lost or
    otherwise Discarded Fishing Gear – ALDFG) durante as atividades pesqueiras, representam um
    problema global e causam diversos tipos de impactos na fauna aquática. Esses equipamentos
    correspondem a pelo menos 640.000 toneladas de resíduos que se acumulam anualmente no oceano.
    Em ambiente praial os petrechos de pesca já foram encontrados como uma categoria de resíduos
    sólidos. No Norte do Brasil, este é o primeiro estudo a quantificar os ALDFG em praias. O estudo foi
    realizado em praias da Ilha de Algodoal que é um polo de pesca artesanal, inserida em uma Área de
    Proteção Ambiental. O objetivo é avaliar se há variação espacial e temporal dos ALDFG em diferentes
    praias, considerando as diferentes características ambientais, e verificar se há a ocorrência de
    organismos associados aos ALDFG. As coletas foram realizadas nos períodos chuvoso e seco (2022),
    em quatro praias, sendo selecionados 30 transectos com coletas em três pontos: linha de maré alta,
    intermediário e linha de maré baixa (cada quadrante media 10X10 m). Foi realizado cálculo de
    densidade dos ALDFG e proposto um Fator de Impacto Ambiental (FIA), considerando o tipo de
    ALDFG, sua massa e o ambiente onde foi encontrado. 459 itens de ALDFG foram recolhidos, dentre
    estes os principais foram os fragmentos, os cabos elétricos, as cordas e as redes de pesca, com
    destaque para o material do tipo nylon e a cor azul. No geral, as praias apresentaram densidade média
    de 0,023 (itens/m2) e 0,755 (g/m2) no período chuvoso e de 0,028 (itens/m2) e 0,704 (g/m2) no período
    seco, com baixo impacto ambiental (FIA entre 0-1). Mas também se observou pontos com elevados
    impactos (FIA = 10 e FIA=7), em pontos com a presença de vegetação e sedimentação arenosa,
    respectivamente, o que pode ocasionar o desiquilíbrio da biodiversidade local e do meio ambiente.
    Além disto, associados aos ALDFG foram registrados 1.542 organismos pertencentes aos seguintes
    grupos, cracas, bivalves, paguros, caranguejos, isópodes, poliquetas, gastrópodes, anêmonas e
    pulgas-do-mar, a maioria foram encontrados associados as cordas. Este estudo apresenta, pela
    primeira vez, a diversidade de organismos associados aos ALDFG, assim como o uso do cabo elétrico
    como um petrecho de pesca utilizado na montagem dos currais na Ilha de Algodoal, Norte do Brasil.

2023
Descrição
  • LYGIA NASSAR SOUSA
  • ESTIMATIVA DE ESTOQUE DE CARBONO E FLUXO DE CO2 E CH4 NO
    MANGUEZAL DA RESEX DE MOCAPAJUBA, PARÁ.

  • Orientador : MARCELO ROLLNIC
  • Data: 02/10/2023
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  • Os manguezais desempenham um papel vital como sumidouros de carbono nas zonas
    úmidas costeiras tropicais e subtropicais. O Brasil possui uma das maiores áreas de
    manguezais do planeta, destacando-se a Costa de Manguezais de Macromarés da Amazônia
    como o maior cinturão contínuo desses ecossistemas no mundo, onde foi realizado este
    estudo. Buscou-se estimar o estoque de carbono (C) na biomassa e no sedimento, e os fluxos
    de dióxido de carbono (FCO2) e de metano (FCH4) na interface solo-atmosfera, e
    compreender a relação desses valores com os fatores físico-químicos do solo e da água
    (granulometria, salinidade, pH, Eh, entre outros) que se alteram pela variação espacial ao
    longo do estuário, juntamente com a estrutura e composição da vegetação. As coletas e
    medições ocorreram em três pontos ao longo do Estuário do Rio Mujuim, em São Caetano de
    Odivelas, localizado no Nordeste do Estado do Pará (Brasil): Ilha do Marinheiro, na foz do rio
    Mujuim (P1); no furo do Aracuteua, na Ilha de São Miguel (P2) e a montante do rio Mojuim,
    15 km distante da foz (P3). A análise dos dados físico-químicos do solo e da água mostraram
    certa homogeneidade, mas suas variações espaciais influenciaram os valores de fluxo de CO2
    e CH4 e de estoque de C. O estoque total de C no ecossistema (estoque de C na biomassa
    mais estoque de C no sedimento até 100 cm) variou de 325,53 a 460,56 MgC/ha, e notou-se
    forte correlação do estoque de C no sedimento com silte, indicando que a permeabilidade do
    solo é fator importante para a manutenção do C no sedimento, confirmando a hipótese de que
    fatores físico-químicos afetam o estoque de C no sedimento de forma significativa. O FCO2
    médio variou de 2,122 g CO2 m-2 d-1 a 9,323 g CO2 m-2 d-1 e o FCH4 de -0,330 mg CH4
    m-2 d-1 a 82,874 mg CH4 m-2 d-1, os fluxos não apresentaram diferença significativa ao
    longo das horas de medição, mas apresentaram diferença significativa espacialmente.
    Identificou-se que é importante estimar o estoque de carbono e o fluxo de gases de forma
    abrangente, em uma malha amostral que abranja diferentes pontos do manguezal, para evitar
    estimativas imprecisas devido à variação espacial dos fatores físico-químicos, e que prever o
    estoque de C no sedimento com base valores de estoque de C na biomassa é questionável. De
    acordo com nosso estudo, o estoque de C no sedimento não influencia o fluxo de gases na
    interface solo-atmosfera, contudo a estrutura e composição das florestas de mangue podem
    influenciar no fluxo de FCO2 e FCH4.

  • EDINEUZA DOS SANTOS ROSÁRIO
  • CARACTERIZAÇÃO DOS PADRÕES MORFODINÂMICOS EM CRISTAS DE
    PRAIA NA COSTA AMAZÔNICA.

  • Orientador : LEILANHE ALMEIDA RANIERI
  • Data: 29/09/2023
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  • O entendimento dos ambientes costeiros praiais amazônicos requer uma abordagem
    morfodinâmica integrada com o uso de diferentes escalas espaço-temporal, a fim de compreender
    como os as forçantes oceanográficas e processos costeiros e marinhos (usar ou forcante ou
    processos) que atuam na modificação da sua morfologia local. O objetivo desta pesquisa foi
    caracterizar e analisar a dinâmica morfológica de um sistema de cristas de praia amazônica,
    considerando a sazonalidade climática (2021-2022). A área de estudo (Goiabal) está localizada no
    Setor Costeiro Oceânico do Estado do Amapá, ao norte da foz do rio Amazonas, ao sudeste da
    fronteira com a Guiana Francesa e ao leste do Oceano Atlântico. Levantou-se como hipótese que as
    mudanças morfológicas do sistema de cristas de praia do Goiabal são potencializadas pela dinâmica
    hidro-sedimentar do rio Amazonas e forçantes oceanográficas, quando associadas a eventos climáticos
    extremos. Para confirmação desta hipótese, este trabalho usou de métodos descritivo e comparativo,
    apoiados em dados de campo coletados in situ e análises de dados derivados de sensores remotos. A
    metodologia da pesquisa foi baseada em quatro etapas de análise: (1) morfologia das cristas praiais e
    suas mudanças (mapeamento morfológico com imagens multiespectrais de alta resolução e de radar
    do Sentinel-1; variação na topografia de perfis praiais por método de elevação de um GPS diferencial –
    DGPS), (2) agentes físicos costeiros (marés, ondas e correntes medidas por sensores de pressão e,
    estimadas através de dados de radar do Sentinel-1 , respectivamente); (3) processos
    hidrosedimentares (mapeamento da pluma estuarina por imagens multiespectrais do satélite Landsat e
    do banco de dados da OceanColor/Nasa) e (4) a Integração dos dados, correlacionando aos eventos
    de El Niño e La Niña. Obteve-se como resultados variações significativas na morfossedimentação do
    sistema de cristas de praia do Goiabal, assim como nos processos hidrossedimentares (pluma de
    sedimentos do rio Amazonas). Esta pesquisa pretendeu, obter informações necessárias para auxiliar
    no entendimento do estudo da dinâmica do ambiente costeiro praial, dando suporte ao entendimento
    da evolução das mudanças nos sistemas costeiros de cristas de praias e ao planejamento e uso do
    território costeiro e marinho.

  • LUCAS YAN DE OLIVEIRA PEREIRA
  • ANÁLISE DE INTRUSÃO SALINA E QUALIDADE DE ÁGUA EM AQUÍFERO
    COSTEIRO NA VILA DE ALGODOAL (ILHA DE MAIANDEUA, PARÁ).

  • Orientador : LEILANHE ALMEIDA RANIERI
  • Data: 22/09/2023
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  • As Zonas Costeiras são regiões densamente povoadas, com isso diversos impactos
    ambientais relacionados com a ocupação populacional e a falta de planejamento territorial são cada
    vez mais evidentes. A crescente urbanização de áreas costeiras vem aumentando a demanda por
    recursos hídricos, gerando uma maior explotação de água subterrânea, que muitas vezes são as
    únicas fontes de água potável capazes de suprir as demandas local. A retirada constante de água dos
    aquíferos em conjunto com outros impactos antrópicos, como despejo inadequado de lixo, consequente
    poluição do solo e a falta de saneamento básico geram sérios problemas ambientais relacionados a
    degradação da qualidade desses recursos aquáticos, como os possíveis episódios de intrusão salina e
    contaminação da água subterrânea. Esta pesquisa avaliou a qualidade da água subterrânea utilizada
    para consumo humano na Vila de Algodoal; se a mesma está em conformidade com os parâmetros
    estabelecidos pela resolução N° 396 de 2008 do CONAMA e a Portaria N° 888 de 2021 do Ministério
    da Saúde e se há intrusão salina no aquífero costeiro. Para isso foi feito a caracterização
    biogeoquímica das águas subterrâneas da vila mediante a coleta de água em poços de terrenos, a
    análise de dados físico-químicos in situ, análises laboratoriais das amostras coletadas, de cotas
    topográficas medidas na vila e, a aplicação de questionários socioambiental com a população.
    Verificou-se que a água do Aquífero Costeiro apresentou condutividade elétrica com média de 453
    μS/cm e sólidos totais dissolvidos 225,8 mg/L, em média. O principal íon dissolvido nas águas
    subterrâneas da vila foi o Cl− com média superior a 60 mg/L e diversos poços que ultrapassaram o
    limite do padrão de potabilidade. Além disso, 100 % dos poços analisados estavam contaminados por
    coliformes totais e termotolerantes. Por meio da aplicação de 34 questionários com a população, 52%
    dos moradores afirmaram ter algum problema com a qualidade da água. Dessa forma, a má qualidade
    da água está localmente associada com o processo de intrusão salina e contaminação por material
    proveniente de fossas. Problemas que são agravados devido a explotação sem controle da água
    subterrânea, pouca profundidade dos poços (média de 12 m), e a falta de saneamento.

  • ALINE DE CASTRO VITELLI
  • MORFODINÂMICA DA PRAIA ESTUARINA DO CARIPI
    (BARCARENA/PARÁ - AMAZÔNIA ORIENTAL): ATRAVÉS DO APORTE
    EXPERIMENTAL DA AEROFOTOGRAMETRIA COM DRONE.

  • Data: 22/08/2023
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  • As praias estuarinas são dinâmicas e sensíveis às forçantes naturais (ventos, sazonalidade, ondas, corrente fluvial e de maré) e/ou antrópicas (habitação, lazer, atividades portuárias). Atuam como faixa protetora a impactos das ondas e marés, estando sujeitas a riscos erosivos e variabilidade morfológica. A praia estuarina do Caripi, localizada na zona costeira paraense, inserida no setor continental estuarino, apresentando 1,20 km de extensão e 100 m de largura sob dinâmica de marés semidiurnas. O objetivo deste trabalho é avaliar a técnica de fotogrametria sob o auxílio do GNSS e do UAV com o PPK para investigar as mudanças morfológicas durante o período (Chuvoso e Seco/2022) sob influência do evento climático-oceanico La Ninã. A metodologia desta pesquisa foi baseada na aquisição de dados: (1) levantamento de perfis topográficos mediante o uso de drone através da fotogrametria; (2) coleta de sedimentos superficiais recentes (supra, inter e inframaré); (3) aquisição de amostras provenientes do trânsito sedimentar, mediante uso de Traps Portáteis de Kraus (1987) na zona de surf; (4) medições de altura de ondas e ventos, além de (5) analise dos índices de precipitação do ano de 2022 pela base de dados do INMET. As análises topográficas dos perfis de praia a partir da aerofotogrametria, determinou que no ano de 2022 a Praia do caripi apresentou estágios/estados morfodinâmicos de praia reflectiva/reflexiva ao estado dissipativo, sendo os estados intermediário e dissipativo de maior permanência, com declividades que variam (3,2°) a ( 1,4°) ; composta por sedimentos arenosos finos (2,40φ) com maior dominância (85%) no chuvoso e (56%) no seco, tanto na faixa de areia exposta quanto nas obtidas do transporte longitudinal (zona de surf), com morfometria angulosa a sub-angulosas, sendo a hidrodinâmica local (efeito das marés) uma das forçantes atuantes no retrabalhamento dos sedimentos, associados aos ventos e precipitação. Sendo assim, foi possivel identificar que a qualidade dos produtos obtidos através da fotogrametria com drone, atraves da analise de erro posicional altimétrico (0,17 cm) que enquadra-se na classe A daescala 1:2000 de acordo com a (PEC-PCD - Padrão de Exatidão Cartográfica) e destacar a importância dos pontos de controle para o aumento da qualidade posicional dos produtos, mostrando-se necessário o uso destes.

  • RHUAN RODRIGO PEREIRA E SILVA
  • Análise Multitemporal (1991- 2021) Da Linha De Costa (Trecho De Calçoene - Cabo Norte), Costa Atlântica Do Estado Do Amapá

  • Data: 21/08/2023
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  • A Linha de Costa (LC) é, altamente dinâmica, em virtude da sua posição geográfica adjacente à foz do estuário do rio Amazonas. Nesta região se destacam forçantes meteorológicas, com clima equatorial semiúmido, índice pluviométrico (> 2.600 mm/ano), ventos (3 a 9 m/s), eventos extremos (El Nino, 1997/1998 e 2015/2016; e La Nina, 1999/2000 e 2010/2011), forçantes hidrológicas (descargas hídrica e sólida do rio Amazonas, 175,000 m³.s-1 e 1,200 Mt/ano, respectivamente), e oceanográficas (hipermaré - até 12 m, correntes de maré - 2 m/s, ondas – até 3 m de altura e velocidade de até 3 m/s). O trabalho objetiva analisar a variação multitemporal (1991 a 2021) da LC, entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e na Estação Ecológica Maracá-Jipioca. A metodologia contempla: (1) levantamento bibliográfico, (2) aquisição de imagens do satélite LANDSAT (anos de 1991, 2000, 2008, 2014 e 2021); e (3) vetorização da LC e aplicação do DSAS para quantificar as áreas de acreção e de erosão (m) da LC e determinar as taxas de recuo e avanço (m/ano e m²/ano), entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e a criação de polígonos de mudança na Estação Ecológica MaracáJipioca. A dinâmica erosiva foi predominante na área de estudo com recuo médio da LC de 12 m/ano e 1,4 km² de erosão no trecho Calçoene-Sucuriju e 2 km² de erosão na Estação Ecológica MaracáJipioca com recuo médio anual de aproximadamente 18 m. Em virtude da dinâmica erosiva, a área de estudo precisa de especial atenção dos gestores públicos a fim de evitar qualquer tipo de interferência antrópica que possa intensificar esse processo.

  • MARCUS VINICIUS RODRIGUES COIMBRA
  • Especiação do fósforo em rios urbanos: um estudo de caso dos rios
    Tucunduba e Tamandaré, Belém/Pará

  • Data: 24/05/2023
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  • O fósforo (P) é um macronutriente bioliminante que desempenha papel essencial na
    regulação das funções ecossistêmicas e da produtividade primária em ambientes aquáticos marinhos e
    costeiros. O P ocorre nos ambientes aquáticos de forma natural e antrópica, estando presente na forma
    dissolvida, junto à água, e particulada, precipitada e ou adsorvida aos sedimentos, a matéria orgânica e
    a outras partículas, como oxihidróxidos de ferro, ali presentes. No entanto, quando em concentrações
    excessivas, o P assume papel de poluente, influenciando negativamente o ecossistema e causando a
    eutrofização. A especiação do fósforo associada a processos hidrodinâmicos e o tipo de urbanização
    do ambiente permite identificar o estado de eutrofização destes ambientes. Portanto, o presente estudo
    busca promover o entendimento sobre a dinâmica da especiação do fósforo em dois rios urbanos,
    dominados por maré, situados na região metropolitana de Belém (Norte do Brasil). Assim, foi possível
    notar que os rios urbanos Tucunduba e Tamandaré possuem concentrações elevadas de fósforo e
    suas espécies. Essa percepção foi ainda mais elucidada quando os valores encontrados foram
    comparados com estudos realizados em outros ambientes aquáticos. Com estes dados, fica claro a
    necessidade do aprofundamento deste tipo de estudo nos rios urbanos Tucunduba e Tamandaré e
    outros rios urbanos presentes em Belém, bem como a necessidade de políticas que visem a
    recuperação e preservação desses, afim de mitigar a problemática envolvendo o fósforo e restabelecer
    a capacidade ecossistêmicas desses ambientes.

  • RAFAELE DA SILVA SAMPAIO
  • "INFLUÊNCIA HIDROLÓGICA NA DINÂMICA MULTI-TEMPORAL (1995-2021) DA LINHA FLUVIAL NA REGIÃO DE SANTARÉM (BAIXO AMAZONAS/PARÁ)".

  • Data: 13/04/2023
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  • A Bacia Amazônica apresenta uma complexa dinâmica influenciada por componentes
    fluviométricos (cota, vazão) e meteorológicos (pluviosidade, clima, eventos extremos). Também
    ocorrem fenômenos conhecidos regionalmente como Terras Caídas e Crescidas que são
    desbarrancamentos nas margens do rio Amazonas que acontecem em trechos margeados por
    depósitos fluviais e elevações do nível da terra. Estes afetam a linha fluvial (LF) das margens. Foram
    realizadas análises das condicionantes hidrometeorológicas, determinando as variabilidades temporais
    e espaciais dos aspectos meteorológicos (temperatura e precipitação), hidrológicos (vazão e cota
    fluviométrica), destacando anomalias ENOS (El Nino e La Nina). E a identificação dos locais que
    sofrem com os processos de erosão e/ou acreção da LF para observar as mudanças ocorridas nas
    margens. A área de trabalho situa-se na região oeste do estado de Pará, na mesorregião do Baixo
    Amazonas, na microrregião de Santarém e na margem direita do rio Tapajós, na sua confluência com o
    rio Amazonas. Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de dados de séries de
    precipitação, vazão e cotas dos rios (de 1955 a 2021) e imagens de satélite Landsat (1995; 2000; 2008;
    2015 e 2021). Foram utilizados os softwares R Studio e Minitab para a análise de tendências através
    do teste não paramétrico de Mann-Kendall e o Digital Shoreline Analysis System (DSAS) para
    identificar mudanças da LF com os parâmetros NSM, LRR e EPR no período de 26 anos de análise.
    Ocorreram tendências positivas na vazão e no nível do rio Amazonas e houve a estacionariedade dos
    dados pluviométricos. O setor I do rio Amazonas apontou tendência maior à erosão, com taxa média de
    erosão de -381,49 m e taxa média de acreção de 244,81 m, as taxas médias de variação são de -6,49
    m/ano (EPR) e -7,15 m/ano (LRR). O setor II do rio Amazonas é altamente erosivo com taxa média de
    erosão de -148,56 m e taxa média de acreção de 34,29 m, as taxas médias de variação de -4,76 m/ano
    (EPR) e 5,34 m/ano (LRR). O setor do rio Tapajós tem um comportamento erosivo na margem
    esquerda e de acreção na margem direita com taxas médias de erosão e de acreção respectivamente
    de -40,54 m e 21,49 m, as taxas médias de variação de -1,22 m/ano (EPR) e -1,28 m/ano (LRR). Nas
    áreas de várzea (setor I e II do rio Amazonas), formada pela Planície Amazônica, as taxas tanto de
    erosão quanto de acreção são maiores se comparado às áreas formadas pelos Patamares do Tapajós
    (setor do rio Tapajós).

  • LEANDRO MASAYUKI LUSTOSA OKAJIMA
  • MODELAGEM HIDRODINÂMICA APLICADA PARA CANAL DE MARÉ EM
    AMBIENTE ESTUARINO AMAZÔNICO

  • Data: 31/03/2023
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  • Os sistemas hídricos da Amazônia são complexos, devido a dinâmica e conexão que rios, canais e
    estuários possuem entre si. Nesse contexto encontra-se o furo do Arrozal, um canal de maré que
    conecta dois sistemas, o estuário do rio Pará ao Canal Carnapijó. O presente estudo tem como objetivo
    entender o papel dos canais de maré na troca do fluxo com sistemas maiores através da
    implementação de um modelo hidrodinâmico 2D no setor continental estuarino da zona costeira
    paraense. Para isso, será utilizado o modelo D-Flow Flexible Mesh para criar malhas flexíveis que
    abranjam o furo do Arrozal e os sistemas hídricos que o cercam. Com o intuito de melhor representar o
    ambiente através do modelo, foram feitas medições batimétricas e maregráficas na região interna do
    furo do Arrozal, dados esses que foram utilizados para a criação do modelo hidrodinâmico. O modelo
    apresentou uma boa calibração, tendo um erro de até 9% para o nível de maré. Foi observado que o
    furo do Arrozal é dominado de micro a mesomaré. Apesar da distância de 15 km entre os pontos de
    medição, não houve defasagem de maré. Tanto no período de quadratura quanto o de sizígia foi
    observada a predominância do fluxo de água indo do estuário do rio Pará para o canal do Carnapijó.
    Durante o período de quadratura, a velocidade do fluxo na região interna do furo do Arrozal não
    ultrapassou os 0,2 m/s, já na sizígia foi observado velocidades de até 0,4 m/s. Assim, concluiu-se que o
    furo do Arrozal, assim como outros canais de maré, possui relevância no transporte hídrico e
    consequentemente de sedimentos, nutrientes e possíveis poluentes presentes na região.

2022
Descrição
  • YURI PAIXAO SANTA ROSA PORTO
  • Investigação da influência antrópica na concentração de nutrientes inorgânicos dissolvidos no entorno da cidade de Belém-PA


  • Orientador : MARCELO ROLLNIC
  • Data: 30/09/2022
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  • A água é um dos recursos naturais mais importantes, sobretudo no contexto amazônico. O aumento demográfico e a má utilização desse recurso provocam alterações ambientais preocupantes quanto à qualidade da água consumida no mundo todo. De acordo com o SNIS, a região norte do país trata cerca de 22,0% dos esgotos gerados e na Região Metropolitana de Belém esse índice fica abaixo da média nacional, com 11,3% de coleta de esgoto e desse total, 3% recebe tratamento adequado. O objetivo deste trabalho é investigar o grau da influência antrópica no fluxo de nutrientes inorgânicos dissolvidos dos corpos d’água que banham a cidade de Belém-PA e adjacências. A área de estudo engloba a baía do Guajará e as áreas adjacentes como os rios Guamá e Acará. As coletas de águaestão sendo realizadas durante o período chuvoso (maio) e período seco (outubro) em 4 seções divididas em margem esquerda (ME), meio (M) e margem direita (MD) com coletas em superfície e fundo, a cada 4 horas durante 12 horas para analisar todo o ciclo de maré; adicionalmente estão sendo feitas coletas a cada hora no canal principal, para a melhor determinação do fluxo de nutrientes, totalizando 176 amostras por campanha. Estão sendo analisados parâmetros in situ (Temperatura, pH, Eh, condutividade elétrica, turbidez, OD, %OD e sólidos totais dissolvidos) e em laboratório (Silicato, fosfato, nitrato, nitrito, amônia e clorofila), além da determinação da intensidade, velocidade e direção da corrente com o auxílio de perfiladores acústicos para calcular o fluxo de nutrientes. A área de estudo, em toda sua extensão, possui pontos de descarga de efluentes domésticos e industriais sem tratamento e outros mais afastados com pouca influência antrópica, que serão utilizados como pontos-controle.

  • LANA CAROLINE FERREIRA FARIAS
  • "GOVERNANÇA AMBIENTAL PARTICIPATIVA COMO FERRAMENTA PARA CONSTRUÇÃO DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS NA COSTA PARAENSE".

  • Data: 25/05/2022
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  • A gestão dos recursos naturais gera diversas discussões decorrentes do uso intensivo,
    desordenado e das modificações no ambiente. Quando diferentes atores sociais estão envolvidos na
    tomada de decisões, os processos participativos enriquecem as estratégias de uso, já que um mesmo
    serviço ecossistêmico pode ser útil de diversas maneiras para cada grupo social e a sua degradação
    causa impactos negativos a todos. Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas - ONU,
    declarou no ano de 2017 a Década dos Oceanos (2021-2030) para promover a preservação dos
    oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras. Esta promoção a preservação pode
    variar de acordo com a maneira como os impactos são percebidos pelos diferentes atores sociais, e
    assim, influenciar nas estratégias da gestão ambiental. Por isso, estudos de percepção ambiental são
    fundamentais no entendimento da relação que a sociedade tem com seu meio natural, e estes
    possibilitam identificar estratégias de educação ambiental para contribuir com ações de acordo com a
    realidade local, e no contexto global de acordo com ações da Década. Dada essa problemática, o
    objetivo do presente estudo é avaliar a percepção ambiental de uma comunidade tradicional com base
    na inter-relação que diferentes atores têm com os recursos naturais e suas concepções sobre as
    políticas públicas ambientais e pesqueiras. Questiona-se ainda se os diferentes atores sociais
    apresentam percepção ambiental condicionada a sua classe social, pelo nicho estão inseridos no
    cenário local, pelo grau de instrução, crenças e/ou modo de vida. O estudo de caso será realizado na
    Reserva Marinha de Mocapajuba, localizada no município de São Caetano de Odivelas (PA), onde será
    adotada pesquisa qualitativa, como entrevistas com os grupos focais (pescadores, professores,
    gestores da RESEX, estudantes, secretários, ONG’s, que atuam na área) e mapeamento participativo.
    Como impacto desejado, espera-se construir, conjuntamente, com os diferentes grupos um plano de
    ação de educação ambiental que esteja em consonância com as diretrizes da década dos oceanos, de
    modo, a contribuir para o desenvolvimento sustentável da RESEX Marinha Mocapajuba.

  • DIANDRA KARINA MARTINS GUIMARAES
  • "Detecção das mudanças costeiras da margem leste do estuário do rio Pará: uma
    análise multitemporal (1987-2019) utilizando sensoriamento remoto".

  • Data: 24/05/2022
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  • No Golfão Marajoará, o estuário do rio Pará, se comunica com o rio Amazonas, através da
    Região dos Estreitos, e recebe ainda contribuições fluviais dos rios Tocantins e Guamá/Guajará. A área
    de trabalho situa-se à margem leste do estuário do rio Pará, no trecho: ilhas de Mosqueiro e Colares, e
    municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia e São Caetano de Odivelas, que comportam o estuário
    médio e inferior. O clima da região é caracterizado como equatorial úmido com temperatura média
    anual entre 24ºC e 32ºC, e precipitação entre 2.000 e 3.000 mm/ano, sendo este diretamente
    influenciada pela migração sazonal da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) na direção
    meridional. Na área de trabalho, ocorrem principalmente baixos platôs e planícies de maré colonizadas
    por mangue, sobe forte influência fluvial sazonal e de maré diária e mensal, com regimes de meso e
    macromarés (máxima de 5,7 m), e alta descarga fluvial entre dezembro e maio (estação chuvosa), e
    baixa descarga entre junho e novembro (estação seca). A detecção das áreas de erosão e/ou acresção
    da linha de costa se torna interessante para observar as mudanças nos entornos das ilhas da margem
    leste do estuário do rio Pará. Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de imagens de
    satélite Landsat TM (1987; 1993; 1999; 2004; 2008) e LANDSAT OLI (2013 e 2019) do Serviço
    Geológico dos Estados Unidos (USGS), já adquiridas georreferenciadas. Em seguida foi utilizado o
    Digital Shoreline Analysis System (DSAS), para calcular com maior precisão as taxas de mudanças da
    linha de costa. Na margem leste do estuário do rio Pará (117 km) foram aplicados os parâmetros NSM
    (Net Shoreline Envelope), LRR (Linear Regression Rate-of-Change) e EPR (End Point Rate) por se
    adequarem a análise necessária da linha de costa, tendo como linha de base a parte continental e os
    transectos alinhados a cada 100m. Os resultados das variações em metros nos 32 anos de análise
    (NSM) e taxas médias de variação por ano (LRR) se enquadram em valores positivos indicando um
    deslocamento da linha em direção ao mar ao longo do transecto e valores negativos indicam um
    deslocamento em direção a terra. No período de análise, com o total de 1130 transectos, 619 são de
    erosão e 511 de acresção, se obteve uma taxa média de variação de -0,19 m/ano, com taxas médias
    de acresção e erosão em 86,61 m e -76,49 m, respectivamente. No estuário inferior houve maior
    tendência a acresção, onde em Vigia ocorreu taxa média de variação de 1,26m/ano e taxa máxima de
    acresção de 10,06m/ano no EPR, e taxa média de variação de 0,64m/ano e taxa máxima de acresção
    de 7,22 no LRR. Em São Caetano de Odivelas a taxa média de variação no parâmetro EPR foi de
    0,40m/ano e no parâmetro LRR foi de 0,25m/ano e no NSM de 13,09m. Enquanto no estuário médio a
    tendência à erosão foi maior, predominando na Ilha de Mosqueiro com taxa média de erosão de -38m e
    taxa média de acresção de 22,97m, relacionados às taxas médias de variação de -0,58m/ano (EPR) e - 0,54m/ano (LRR) e em Santo Antônio do Tauá com parâmetros LRR e EPR identificando taxas médiasde variação de -1,67m/ano (LRR) e -1,55m/ano (EPR). Apenas na ilha de Colares houve tendência a

    acresção apresentando taxa média de erosão de -96,29m e taxa média de acresção é de 116,49m,
    onde a taxa máxima de acresção e de erosão, são de 405,61m e -396,87m, respectivamente. No geral,
    na margem leste do estuário do rio Pará ocorrem áreas com taxas de média à baixa erosão e acresção,
    sendo áreas de alta erosão e acresção pontuais. Isso mostra que a margem leste está sobre uma
    baixa hidrodinâmica que mantém está região relativamente preservada, as áreas de alta erosão estão
    relacionadas à morfologia do local estando mais expostas as forçantes costeiras.

  • HERBERT JUNIOR CAMPOS PEIXOTO
  • DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE MANGUEZAIS DE RESEXs DO SALGADO PARAENSE

     

     
  • Data: 26/04/2022
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  • As zonas costeiras (ZC) são grandes áreas complexas que estão em constante transformação a partir das forçantes naturais e antrópicas que nela atuam. Um dos principais ambientes das ZCs são os manguezais. Notáveis por suas características adaptativas às variações de salinidade e falta de oxigênio, os manguezais desempenham funções ecossistêmicas fundamentais, como sumidouros de carbono, “berçário” de populações bióticas e protege a costa contra eventos naturais extremos. A ZC Paraense abriga uma das maiores e mais bem preservadas áreas de manguezais do Brasil, onde algumas destas áreas estão inseridas em reservas extrativistas (RESEX). Estas RESEXs preveem o uso sustentável de seus recursos naturais pela população local. Este compromisso com a sustentabilidade vem tomando mais força após a criação da Agenda 2030, que estabeleceu Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Destes objetivos surgiu a Década dos Oceanos, que busca o desenvolvimento e uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros, bem como o avanço científico relacionado a estes ambientes. Deste modo, o objetivo central deste estudo é analisar a variabilidade espaço-temporal de manguezais inseridos em RESEXs do Salgado Paraense. A metodologia adotada consiste na: (1) aquisição e tratamento de imagens dos satélites Landsat 5, 7 e 8, (2) quantificação e comparação das áreas de manguezais de quatro RESEX (Mocapajuba, Mãe Grande de Curuçá, São João da Ponta e Mestre Lucindo). Estas análises foram feitas com uso de polígonos, criados a partir das imagens de satélites Landsat, que delimitaram as áreas de mangue para um período de trinta e quatro anos (1986 a 2020). A partir do plugin mapbiomas collection, disponível no software QGIS, foi possível observar a expansão urbana nas áreas estudadas e sua interação com os ambientes de manguezais. Para corroborar com os resultados obtidos foram utilizados dados ambientais (temperatura da superfície do mar - TSM) e dispersão de material particulado em suspensão (MPS). A cobertura vegetal mostrou variação, tanto na forma de redução quanto de expansão, atingindo valores máximos de crescimento de 9,93 km² (Mocapajuba), 2,67 km² (São João da Ponta), 14,82 km² (Mãe Grande de Curuçá) e 9,66 km² (Mestre Lucindo) e de redução de 8,05 km² (Mocapajuba), 1,84  km² (São João da Ponta), 5,25 km² (Mãe Grande de Curuçá) e 3,24 km² (Mestre Lucindo). Foi possível observar padrões de variação nas RESEXs, que apresentaram tendências de variação semelhantes, tanto de perda quanto de ganho em área. Pouco foi alterado nas áreas de manguezais nas porções mais internas das RESEXs. A TSM teve variação de 1°C, onde foi possível observar águas com temperaturas sensivelmente elevadas na porção mais próxima a foz do rio Pará, com sentido NE-SW. O MPS transportado na região tem direção oposta ao TSM, sendo SW-NE. Foi possível observar também o crescimento da infraestrutura urbana dos municípios onde as RESEXs estão inseridas. Entretanto, a maioria das alterações na cobertura de manguezais ocorreram na faixa litorânea, distante das áreas urbanizadas. Baseado nas análises foi possível determinar que as condições ambientais permitem que os manguezais mantenham se em equilíbrio. Porém, a influência do crescimento urbano desordenado pode trazer prejuízos não só para os manguezais, como para toda a RESEX, caso não haja medidas mitigatórias efetivas.


  • GABRIELA DE OLIVEIRA NOVAES
  • GEOINDICADORES DE VULNERABILIDADE À EROSÃO COSTEIRA EM PRAIAS
    ESTUARINAS, COSTA AMAZÔNICA, PARÁ

  • Orientador : LEILANHE ALMEIDA RANIERI
  • Data: 19/04/2022
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  • A Zona Costeira (ZC) é uma região responsável por diversas funções ecológicas, mas
    também é objeto de preocupação devido aos seus usos e pressões antrópicas, que afetam seu
    equilíbrio e integridade ambiental. Na ZC, a praia é um dos ambientes mais importantes, devido sua
    intensa utilização pela população humana, sua função ecológica para muitos organismos e a proteção
    natural contra as forçantes físicas (ondas, marés e correntes). A ocupação antrópica sobre uma
    determinada praia pode agravar a erosão costeira (processo natural da alteração morfológica do
    ambiente, decorrente da interação com os agentes físicos). Esse agravante parece ocorrer na Ilha de
    Mosqueiro, objeto de estudo deste trabalho, onde os processos erosivos vêm aumentando nas últimas
    décadas, combinado aos de urbanização. Observando esta problemática, o presente trabalho tem
    como objetivo analisar por meio de geoindicadores ambientais a vulnerabilidade à erosão costeira de
    praias flúvio-estuarinas da Ilha de Mosqueiro (Estado do Pará, Brasil). A pesquisa foi dividida em três
    etapas: (1) trabalhos de campo para aquisição de dados topográficos, altura de falésias, largura praial,
    coleta de sedimentos superficiais e checklist de geoindicadores ambientais; (2) análise laboratorial para
    tratamento das amostras sedimentológicas coletadas em campo (análise granulométrica); e (3) análise
    dos dados obtidos que determinam o índice de vulnerabilidade costeira à erosão e grau de risco. Os
    dados indicam ocupação humana e nível de vulnerabilidade e risco costeiro em grau moderado a
    elevado, visto que várias formas de uso do solo são frequentes na Ilha, sejam as moradias, comércio
    ou pavimentação de ruas, estradas e orlas. Deste modo, a pressão humana sobre o ambiente natural
    das praias favorece os processos erosivos, que podem ser verificados no índice de vulnerabilidade
    costeira e grau de risco à erosão nesses ambientes.

2021
Descrição
  • BIANCA ABRAHAM DE ASSIS SOUSA
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOSEDIMENTAR DA PRAIA DO CARIPI
    (BARCARENA/PA) ANTES E APÓS A CONSTRUÇÃO DA NOVA ORLA

  • Orientador : LEILANHE ALMEIDA RANIERI
  • Data: 29/12/2021
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  • Praias estuarinas são caracterizadas por serem ambientes de transição entre mar e rio que
    permitem depósitos de sedimentos como areia e cascalho, onde a força das ondas associadas as
    correntes fluviais e de marés retrabalham os sedimentos levando a um nível adicional de complexidade
    na morfodinâmica praial. Estas praias são comuns na zona costeira amazônica e alvo de diversas
    ações antrópicas devido a ocupação humana através da urbanização, turismo e instalações portuárias.
    O trabalho realizado analisou a morfologia da praia estuarina do Caripi (município de Barcarena,
    Estado do Pará), no intuito de verificar as alterações em sua dinâmica sedimentar, principalmente em
    consequência da obra de contenção de erosão na praia inaugurada em 2019. Pretende-se comparar
    dados coletados em 2016, com dados atuais (2019 e 2020), pós-construção da nova orla, além de
    avaliar se ainda persiste a vulnerabilidade e risco à erosão na praia. A pesquisa foi realizada pelo
    Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Federal do Pará (LABOGEO/UFPA) em
    parceria com o Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal Rural da
    Amazônia (LGAA/UFRA). Foram realizados trabalhos de campo durante dois anos (novembro/2019 e
    novembro/2020), onde ocorreram coletas de dados topográficos com o uso de Estação Total, modelo
    RUIDE RTS-822R³. Tais dados foram comparados à pesquisa já realizada em 2016, antes da
    construção da nova orla. Verificou-se algumas mudanças morfológicas significativas na praia de 2016 a
    2020, especialmente relacionada às questões de alteração do estado morfodinâmico praial. Constatouse
    que a erosão costeira persiste mesmo após a construção do muro de gabião na praia, cuja
    efetividade da obra tem sido baixa frente ao referido problema

  • PAULA RENATA LOBATO DE MEDEIROS
  • VARIAÇÃO INTERANUAL E SAZONAL DAS MASSAS D’ÁGUA SOBRE A PLATAFORMA CONTINENTAL NORTE DO BRASIL.

  • Data: 20/12/2021
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  • O presente trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade espaço-temporal das massas d’água sobre a Plataforma Continental Norte do Brasil (PCNB), relacionando-a a dinâmica local e aos aportes de água doce. A PCNB estende-se desde o Cabo Orange até a Baía de São Marcos e caracteriza-se como altamente energética, por conta da ação combinada da corrente norte do Brasil (CNB), ventos alísios, ondas, marés e a descarga hídrica dos rios Amazonas e Pará. Os dados de temperatura, salinidade e densidade para a análise interanual foram obtidos através do banco nacional de dados da Marinha do Brasil (BNDO), durante seis cruzeiros oceanográficos: Amasseds I, II e III, Oceano Norte I, MCT VII e CBO em anos distintos: 1989, 1990, 2001, 2016 e para a análise sazonal utilizou-se cinco meses do Projeto Costa Norte: março, julho, novembro, dezembro 2018 e janeiro de 2019. Os parâmetros de TS tiveram o intuito de caracterizar e identificar as massas d’água que ocorreram sobre a plataforma ao longo dos anos, bem como observar as variabilidades interanuais e sazonais existentes. A PCNB apresentou grandes variações de TS ao longo dos anos e períodos analisados, sendo possível observar interanualmente a ocorrência de quatro tipos de massas d’água: Água de Rio (AR), Água Costeira (AC), Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e Água Tropical (AT) e sazonalmente foram identificadas seis massas d’água ocorrendo: AF (água de frente), AC, AR, AT, ACAS e Pluma estuarina (PE). A pluma estuaria foi identificada apenas durante janeiro - 2019 e seus respectivos índices termoalino foram de 27,5 a 28 e 0 g/kg a 30 g/kg.

  • ARNALDO FABRICIO DOS SANTOS QUEIROZ
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    Microplásticos na plataforma continental amazônica e sua relação com as possíveis fontes continentais.

  • Orientador : JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO
  • Data: 25/11/2021
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  • O plástico é um composto orgânico sintético com características como durabilidade, resistência a corrosão e baixo custo de produção. Estes atributos levaram ao uso extensivo desses polímeros pelos meios de produção que, associado ao descarte indiscriminado, tornou o plástico um poluente global. Sua fragmentação em tamanhos menores é responsável por diversos impactos, desde a poluição em corpos hídricos e ambientes costeiros até a ingestão por diversos compartimentos da teia trófica. Na região Norte do Brasil a situação se agrava pela baixa estrutura de saneamento básico, o que contribui para o aumento desses poluentes que adentram nos oceanos através das redes de drenagem das bacias hidrográficas. Nesse sentido, determinar a quantidade, distribuição e abundância dos detritos plásticos se faz necessário para conhecer o atual nível de contaminação, e assim, gerar subsídios para medidas de gestão e mitigação. A pesquisa teve como objetivo avaliar os possíveis mecanismos de entradas desses detritos na Plataforma Continental Amazônia (PCA) e descrever o primeiro registro sobre a presença e quantidade de partículas plásticas na PCA, através da análise de MPs em amostras de plâncton coletadas em outubro de 2018, para então responder as seguintes hipóteses: I) I-   A Plataforma Continental Amazônica está contaminada por microplásticos, possivelmente provenientes de fontes continentais que adentra no ambiente marinho; II) A falta de planejamento urbano, a expansão desordenada das cidades e a baixa estrutura de saneamento básico, indicam as regiões hidrográficas Amazônica, Tocantins-Araguaia e Atlântico NE Ocidental como contribuintes de detritos plástico na PCA. A amostragem foi realizada através de um cruzeiro oceanográfico que coletou amostras em 32 estações distribuídas ao longo da PCA a partir da retirada de 60L de água da superfície e posterior filtragem por uma rede com malha de 64µm. Como resultado, foram identificadas 6.204 partículas, com abundância variando de 1.233 a 5.767 (2.696 ± 1.185) Mps.m-3. Os fragmentos foram o tipo predominante de partículas, correspondendo 52% do total, seguidos por fibras (41%), espumas (4%) e esferas (3%). Em relação ao tamanho, observou-se que mais de 80% dos MPs do tipo fragmento e espumas foram registrados em intervalos de tamanhos menores que 300µm, que habitualmente servem como malha para coleta de MPs. As estações de coleta com quantidades mais expressivas de MPs foram as próximas às desembocaduras de grandes bacias de drenagem como a do rio Amazonas e do rio Pará, o que ressalta a provável contribuição destas na quantidade de MPs na PCA principalmente em virtude da densidade populacional ao longo das redes de drenagem e ausência de serviços de saneamento em grandes partes das cidades que nelas se localizam.

  • RAFAEL ALEXANDRE ALVES MENEZES
  • EVOLUÇÃO MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA (1972-2040) DO MUNICÍPIO
    DE SOURE, ILHA DO MARAJÓ (AMAZÔNIA - BRASIL).

  • Data: 11/11/2021
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  • Os agentes exógenos que atuam na Zona Costeira (ZC) atuam como modeladores
    morfológicos da Linha de Costa (LC) e essa atuação modifica o cenário erosivo e acrescido da
    LC ao longo do tempo. Para avaliar essas mudanças temporais ocorridas da ZC, o
    sensoriamento remoto (SR), a partir de sensores remotos orbitais, é uma abertura que
    possibilita identificar essas variações ocorridas, onde o principal objetivo em todo o mundo é
    o gerenciamento e proteção dessas zonas costeiras. Desta maneira, a presente composição tem
    como objetivo apresentar a evolução da linha de LC durante o período de 1972-2020 (48
    anos) e estimar a evolução da LC para os anos de 2030 e 2040 na ZC do município de Soure,
    localizado na parte nordeste (NE) da ilha de Marajó (Pará-Amazônia Oriental), inserida na
    Zona Costeira Estuarina Paraense (ZCEP), condicionada pelas hidrodinâmicas do canal Sul
    do Rio Amazonas e do estuário do Rio Pará. Para atingir esse objetivo, faz-se usufruto da
    aquisição de 6 imagens de uma série temporal do satélite: Landsat 1 (MSS) de 1972 e 1994
    (bandas 7,6,5 e 5,4,3, respectivamente), Landsat 5 (TM) de 1985, 2004, 2009 (bandas 5,4,3),
    com resolução espacial de 30m, e Landsat 8 (OLI) de 2020 (bandas 6,5,4,8), com resolução
    espacial de 15 m após a fusão da banda 8 (pancromática), sendo obtidas no sítio da USGS
    (United States Geological Survey), todas já georreferenciadas e de técnicas de
    geoprocessamento para: a) delimitação da LC: onde foi criada a partir de métodos semiautomáticos
    combinados com métodos manuais, utilizando a técnica do índice de diferença
    normalizada da água (NDWI); b) DSAS versão 5.0 (v5.0), sendo utilizados para compor a
    análise da LC através dessa ferramenta o: NSM, EPR e LRR, a versão v5 traz o Filtro de
    Kalman, na qual foi utilizado para calcular a estimativa futura na LC para os anos de 2030 e
    2040. Como resultado, identificou-se que nos setores I e II (canal sul do rio Amazonas),
    predomina a acresção, no setor III (cabo Maguari) é onde obteve os maiores índices de
    acresção, e no setor IV predomina o processo acrescional com tendência erosiva, o setor V
    predomina a erosão. Esses dados são vinculados ao número total de 654 transectos
    compreenderam uma distância média de 214,4 m, onde a média de recuo é indicada com a
    taxa negativa de -179,5 m e uma taxa positiva de 451,9 m. Para os anos de 2030 e 2040, a
    tendência é que este processo continua, onde a maior retração costeira, cerca de 271.46 m, vai
    ser no Nordeste (NE) (setor II), e um avanço da LC de 625.26 m no setor III.

  • CAMILA DE MAGALHAES E SOUZA FIGUEIREDO
  • BACIAS HIDROGRÁFICAS URBANAS: ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA BACIA DO TUCUNDUBA, AMAZÔNIA, BRASIL

  • Orientador : ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA FELIX
  • Data: 15/09/2021
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  • A Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT) é a segunda maior bacia da cidade de Belém, no  Pará. A BHT drena quatro bairros de Belém: Marco, Canudos, Terra Firme e Guamá. Tendo  uma das áreas de maior densidade populacional da cidade, com uma população de  aproximadamente 200 mil habitantes. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar as condições  socioambientais da Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT), a partir de elementos macro 

    ambientais necessários para compreender a dinâmica de uso ao longo da bacia. Os  encaminhamentos metodológicos da pesquisa contaram com aplicação de um questionário com  os moradores da BHT, cálculo baseado no Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU) local,  cálculo de Índice Simplificado de Impacto Ambiental, estimativa de descarga de esgoto per  capita dos bairros pertencentes a BHT e Avaliação de Impacto Ambiental nos meios físicos,  bióticos e antrópicos nos 3 trechos da obra de macrodrenagem. A partir dos resultados obtidos,  o IQVU na Bacia Hidrográfica do Tucunduba é aproximadamente 0,6, ou seja,é regular. Além  disso, os resultados gerados através da avaliação de impacto ambiental simplificada  demonstram claramente que os trechos analisados apresentam impactos ambientais  consideráveis (seja alto ou muito alto) na BHT. O que demonstra a precariedade dos serviços  oferecidos à população e evidencia a fragilidade da gestão urbana local. Dessa forma, é urgente  estratégias de gestão integrada de bacia hidrográfica do Tucunduba, de avaliação e  monitoramento de espaço, e de oferta de serviços que garantam uma boa qualidade de vida e  ambiental.

  • GABRIEL POMPEU ROSA
  • "TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS FLUTUANTES EM RIOS DOMINADOS POR MARÉS".

  • Data: 07/07/2021
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  • Os resíduos sólidos consistem em materiais resistentes e que são conhecidos popularmente como “lixo”. São produzidos por residências e empresas e geralmente incluem materiais como plásticos, vidros, metais, restos de alimentos, roupas e papel. Esses materiais podem chegar até aos oceanos por vias navegáveis e redes de drenagem nas zonas costeiras. Sendo assim, diante do crescente número de resíduos que vão parar em áreas inadequadas e da pequena produção cientifica voltada para estudos em regiões de água doce, esse trabalho objetiva apresentar os resultados da ocorrência de resíduos sólidos em águas superficiais de rios dominados pela maré na região amazônica. A metodologia consistiu na observação dos macros resíduos flutuantes ao longo de 12 horas nos períodos seco e chuvoso nos rios Acará, Guamá, Baia do Guajará, Tucunduba e Tamandaré. O estudo quantificou um total de 19.627 resíduos, com predominância de plástico, onde os rios maiores (Acará, Guamá e Baia) apresentaram tendencia de aprisionamento de resíduos, enquanto que os rios menores (Tucunduba e Tamandaré) exibiram uma tendência em transporte a jusante destes materiais.


  • CLAYCIANE SANTOS DO NASCIMENTO
  • "METAIS E SEUS EFEITOS EM BAIXOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA: UMA ANÁLISE ECOTOXICOLÓGICA EM DISTINTOS COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS DE IGARAPÉS AMAZÔNICOS".

  • Orientador : LILIAN LUND AMADO
  • Data: 30/06/2021
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  • Os metais estão incluídos entre os contaminantes que influenciam a dinâmica dosecossistemas aquáticos, o que torna necessário estudos que visem avaliar tanto as concentraçõesdestes elementos como possíveis efeitos de toxicidade em organismos aquáticos devido abiodisponibilização. Neste contexto, os estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendovariáveis ecotoxicológicas, relacionados com respostas, em baixo nível de organização biológica sãoúteis para avaliar a qualidade ambiental. O presente estudo ecotoxicológico incluiu três abordagens:análise da concentração de metais em Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn em matrizes abióticas (água e sedimentode igarapés); bióticas (peixe - Hyphessobrycon heterorhabdus; caranguejo - Trichodactylus Borellianuse vegetal uma espécie de planta Família Marantaceae), além da avaliação de efeitos adversosprimários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As espécies foram coletadas emdistintos igarapés que estão lozalizados em uma região com histórico de atividade de beneficiamentode bauxita (Barcarena, PA), além de direta influência antrópica da cidade. As coletas foram realizadasna área da rede hidrográfica que influencia a Bacia do Murucupi, nas comunidades Bom Futuro, VilaNova e no distrito da Vila do Conde e foram realizadas em três períodos climáticos sendo eles:Estiagem (Campanha 1: Nov/2018), Chuvoso (Campanha 2: Mar/2019) e período de Transição(Campanha 3: Jun/2019). Os pontos de coleta foram determinados de forma a contemplar um gradientede influência da atividade da empresa e de outros tipos de atividade que ocorrem na região. Adispersão dos pontos ocorreu da seguinte forma: Potencial Impacto direto (PM1, PM2, PM3, PM4 ePM5); Potencial impacto indireto: (PC2, PC3 e PC5); e Pontos controles: (PC1, PC6, PC7, PC8 e PC9).Em geral, no sedimento dos igarapés as análises dos metais apresentaram uma distribuição dentro damesma faixa em termos de concentrações medidas, sem diferenças significativas entre pontosamostrados e entre períodos de coletas. Os elementos que se destacaram quanto as concentraçõesforam Al, Ba e Cr. Dos metais analisados, apenas Cr, Ni e Pb são mencionados na resolução CONAMANo 454/2012. Todos eles encontram-se abaixo do limite legal executável. Para as análises na água,durante os três períodos houve uma distribuição dentro das mesmas faixas em termos deconcentrações medidas. Não houve aumento ou diminuição expressiva para os elementos estudados.Dentre os metais analisados, apenas Al (fração total) não é mencionado na resolução CONAMA No357/2005. Todos os demais estão abaixo do limite aceitável estabelecido pelo órgão de proteção ambiental. O único metal que mostrou aumento de concentração entre campanhas na fração total daágua foi o Ba. O Al foi o metal mais abundante com concentrações que não apresentaram diferençasentre períodos. Para os organismos, os peixes coletados apresentaram maiores concentrações de Al eBa na estação chuvosa em comparação com peixes da mesma espécie coletados na estação seca. Osmetais Al e Mn não apresentaram diferenças entre pontos no mesmo período. O Pb foi registrado emmaiores concentrações durante a estiagem. As plantas também não apresentaram diferençassignificativas nem entre os pontos nem entre períodos para nenhum dos metais, no entanto,demonstraram uma tendência de aumento no acúmulo de Pb, Mn e Ba durante o período de transição.Quanto à avaliação das respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito, noscaranguejos houve indução das defesas antioxidantes nas brânquias dos organismos do ponto PC1durante o período chuvoso bem como para o peixe H. heterorhabidus que apresentou maiorcapacidade antioxidante para organismos do PC07 durante este período. Conclui-se que existe umpadrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que sãoseguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças relacionadas à geologia local e fisiologia dosorganismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos (água - fração total edissolvida e sedimento) e bióticos (peixes, invertebrados e planta) demonstraram uma forte relaçãocom a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o maisconcentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita,um minério rico em alumina. Portanto, com base nos resultados aqui descritos, são necessáriosestudos para estabelecer baselines ambientais que levem em consideração as características químicase físicas locais e o nível de sensibilidade / tolerância dos organismos residentes. Esses estudosestabelecerão as bases para o estabelecimento de restrições legais aplicáveis que sejam compatíveiscom as realidades ambientais locais 


  • MARIA BARBARA PEREIRA DE SOUSA
  • "MUDANÇAS MORFOLÓGICAS EM PRAIAS DA COSTA LESTE DA ILHA DO MARAJÓ (ESTADO DO PARÁ, BRASIL)".

  • Data: 29/06/2021
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    A zona costeira é uma área de transição entre o mar e o continente, sendo um dos espaços geográficos mais  vulneráveis aos fenômenos naturais e antrópicos que ocorrem no planeta. À vista disso, a avaliação de  mudanças morfológicas e vulnerabilidade costeira à erosão é essencial, pois contribui para o planejamento  de ações protetivas e mitigatórias de impactos ocorrentes no ambiente, seja ele natural ou antropizado.  Dessa forma, o trabalho tem como objetivo verificar as mudanças morfológicas em praias da costa leste da  Ilha de Marajó/PA frente aos níveis de vulnerabilidade à erosão. Para isso, foram realizadas duas campanhas  de campo (set/2019 – período seco e fev/2020 – período chuvoso) nas praias da Barra Velha (município de  Soure) e Praia Grande (município de Salvaterra). A metodologia consiste em: (1) levantamento do perfil  topográfico de praias, amostragem de sedimento superficial; (2) aquisição de dados para o preenchimento  de tabelas pré-definidas, referentes às características da orla/costa, visando a análise da vulnerabilidade e  risco costeiro; (3) análise multitemporal da linha de costa por imagens do satélite Landsat, referente à 16  anos (2003-2019); (4) análise laboratorial para a separação granulométrica dos sedimentos coletados e; (5)  processamento dos dados para: classificação granulométrica dos sedimentos, morfodinâmica de praia, seus  parâmetros morfométricos, geração de mapas de vulnerabilidade e risco costeiro, e variação da linha de  costa mediante o uso dos softwares SysGran, Grapher, Excel, Surfer e ArcGis, respectivamente. De acordo  com os resultados obtidos, a praia da Barra Velha foi classificada como dissipativa nos dois períodos  estudados, ou seja, caracterizada por baixa declividade, composta por areia fina, e bancos e calhas ao longo  da praia. O balanço sedimentar variou de -30 a 48 m3/m ao comparar os dados da estação seca a chuvosa.  A maioria dos perfis mostrou tendência erosiva da passagem do período seco para o chuvoso, com exceção  dos perfis E e F, onde prevaleceu a deposição. A praia Grande apresentou comportamento de praias  intermediárias a refletivas com declividades moderados a altos, tanto na estação seca quanto na chuvosa.  Sendo a região central da praia com a maior declividade. A variação sedimentar na alternância da estação  seca a chuvosa foi de -48 a 77 m3/m. A fase acrecional desta praia ocorreu durante o período chuvoso, com  exceção dos perfis C e F, refletindo um padrão atípico para a morfodinâmica praial. A praia da Barra Velha  exibiu uma vulnerabilidade à erosão moderada no setor noroeste e vulnerabilidade alta no setor sudeste. Os  dois setores foram classificados com baixo grau de risco. A variação média da linha de costa foi de -93,14  metros de 2003 a 2019, sendo que nesta praia houve apenas recuo costeiro, indicando uma tendência mais  erosiva da costa. A praia Grande apresentou grau de vulnerabilidade moderado à erosão e baixo risco nos  dois setores estudados. Esta praia apresentou variação média da linha de costa (2003-2019) de -0,54 metros. Ou seja, bem menor que na praia de Barra Velha, confirmando a hipótese de que em virtude do baixo  gradiente topográfico desta última, as variações de médio período na linha de costa são maiores, implicando  numa vulnerabilidade erosiva moderada a alta mais prolongada. Já na praia Grande, as variações  sedimentares são mais modificáveis sazonalmente, devido seu alto gradiente topográfico, implicando numa  vulnerabilidade erosiva mais equilibrada.


  • DAYANNE MARY LIMA RABELO
  • "ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO MINUCA MORDAX (CRUSTACEA: DECAPODA:OCYPODIDAE) EM UMA ÁREA DE VÁRZEA DA AMAZÔNICA". 

  • Orientador : MARCELO PETRACCO
  • Data: 24/06/2021
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  • A família Ocypodidae é formada por caranguejos semi-terrestres e escavadores, os quais são  abundantes na fauna bentônica de ambientes estuarinos tropicais e subtropicais. O caranguejo  Minuca mordax vive associado a margem de rios dominadas por manguezais, restingas e  florestas de várzea, nas quais são pouco estudados. O presente estudo avaliou aspectos da  ecologia populacional de M. mordax em uma área de várzea do estuário Guajará (Belém,  Pará, Brasil). Foram realizadas coletas mensais entre dezembro de 2013 e novembro de 2014,  abrangendo o período chuvoso e menos chuvoso na região. Os espécimes foram identificados  quanto ao sexo e foi aferida a Largura da Carapaça (LC). Foram coletados 1776 organismos,dentre os quais 1084 eram machos e 692 fêmeas (30 ovígeras). A proporção sexual foi  desviada a favor dos machos (1,56 machos: 1 fêmea). Os machos (LC =16,14 ± 3,85 mm)  além de mais abundantes, foram maiores do que as fêmeas (15,89 ± 3,84 mm). Em média, a  maior abundância foi registrada no período mais chuvoso, contudo não foi identificada  diferença estatística entre os períodos sazonais. Por outro lado, a abundância de fêmeas  ovígeras foi significativamente maior no período mais chuvoso. A ocorrência de organismos  de pequeno tamanho e fêmeas ovígeras durante quase todo o ano indica reprodução contínua.Os aspectos biológicos obtidos para a espécie na área de várzea são semelhantes aos  registrados em manguezais tropicais, contudo os padrões temporais do ciclo reprodutivo  indicam o ajustamento da população as condições ambientais amazônicas. 


  • ALANA RODRIGUES NAUAR
  • "MONITORAMENTO ECOTOXICOLÓGICO ESPAÇO-TEMPORAL DE UM RIO AMAZÔNICO SOB MÚLTIPLAS INFLUÊNCIAS ANTRÓPICAS".

  • Data: 23/06/2021
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  •  O destino dos contaminantes no ambiente aquático é motivo de grande preocupação, pois sabe-se que atividades antrópicas, especialmente nas regiões costeiras, podem desencadear a contaminação dos corpos d´água e a biodisponibilização de diversos elementos que são tóxicos para a biodiversidade. Estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendo variáveis ecotoxicológicas, são úteis para avaliar a qualidade ambiental em regiões de influência antrópica. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo analisar a concentração de metais (Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn) em matrizes abióticas (água e sedimento) e bióticas (vertebrado e invertebrado) coletadas em um rio amazônico que sofre influência de múltiplos estressores antropogênicos, dentre eles o lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Além desta abordagem química, também analisamos efeitos adversos primários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As amostras foram coletadas no rio Pará, em 5 pontos localizados a distintas distâncias (montante e jusante) da região de lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Foram realizadas 3 campanhas: em novembro de 2018 (estiagem), março de 2019 (chuvoso) e junho de 2019 (transição). De maneira geral, no sedimento, em todos os pontos nos três períodos analisados, o Al foi o metal mais concentrado, seguido do Mn e do Cr. Na água, as maiores concentrações foram de Al, Ba e Mn. Foram também analisadas as frações dissolvidas dos seis metais na água. O único metal dissolvido que se apresentou em valores acima do estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005 foi o Al. Observou-se maiores valores médios de Al dissolvido durante a estação chuvosa em relação à estiagem e transição. Quanto à quantificação dos metais nos organismos, os peixes coletados no rio Pará (Cheirocerus goeldi) tiveram maiores concentrações de Al e Ba na estação chuvosa em relação aos peixes de mesma espécie coletados na estiagem. Já o camarão Macrobrachium amazonicum apresentou maiores valores de Al no período chuvoso em relação ao demais períodos. Quanto à avaliação de respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito nos animais, observamos menor capacidade antioxidante (biomarcador de exposição) em brânquias de camarões M. amazonicum do ponto à montante durante a estiagem junto com maiores níveis de LPO (biomarcador de efeito tóxico). No músculo desta mesma espécie houve indução da capacidade em organismos do ponto mais próximo ao lançamento de efluentes da empresa (PR03) e maiores níveis de LPO em organismos do ponto à montante do lançamento de efluentes da mineradora (PR01). O peixe C. goeldi apresentou maior lipoperoxidação nas brânquias de indivíduos oriundos do PR03 durante o período chuvoso, bem como uma tendência de aumento da capacidade antioxidante no fígado durante esse período. Concluímos que existe um padrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que são seguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças mais relacionadas à geologia local e fisiologia dos organismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos e bióticos demonstraram uma forte relação com a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o mais concentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita, um minério rico em alumina. Por conta deste enriquecimento no sedimento e na fração total da água, há muito Al na fração dissolvida, ultrapassando os limites legais. Sugerimos a continuidade dos estudos com espécies locais para verificar se estes limites presentes na resolução CONAMA 357/2005 são aplicáveis à sensibilidade das espécies de regiões com características geológicas como da região de estudo. Além disso, deve-se levar em conta a hidrodinâmica do rio Pará para que possa ser melhor compreendida a origem e distribuição destes metais ao longo destes corpos d´água.


  • RAFAELA POLIANA DOS SANTOS MACEDO
  • REVISÃO TAXONÔMICA DA FAMÍLIA CERAMONEMATIDAE (PLECTIDA NEMATODA).

  • Orientador : VIRAG VENEKEY
  • Data: 14/06/2021
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  • Os Nematoda são pequenos invertebrados de corpo cilíndrico e alongado. Eles podem ser de vida livre ou parasitas. Os nematóides marinhos de vida livre ocorrem desde regiões costeiras até as profundezas dos oceanos. Dentro desse filo, está a família Ceramonematidae, que inclui indivíduos exclusivamente marinhos, encontrados principalmente em areias grossas de águas rasas. Apesar de os estudos com o filo Nematoda terem tido um crescimento significativo, esse grupo ainda apresenta alguns problemas, como descrições escassas, desenhos com esboços simples e dificuldade de identificação do grupo. Ao observar estudos feitos com a família Ceramonematidae, analisou-se que a maioria dos trabalhos são ecológicos e poucos são taxonômicos. O presente estudo teve como objetivo revisar taxonomicamente a família Ceramonematidae e fornecer listas taxonômicas atualizadas para cada gênero da família. Para a revisão taxonômica da família primeiramente foi consultado o Handbook of Zoology para obter informações sobre o histórico e diagnose da família Ceramonematidae, além da obtenção de uma listagem de seus gêneros válidos. Em seguida foi consultada a revisão taxonômica de Tchesunov & Miljutina (2002) juntamente com as descrições originais de cada espécie, disponíveis nas listas de verificações do site Nemys. Com base na revisão taxonômica realizada no referente estudo, a família Ceramonematidae possui 7 gêneros válidos e um gênero inquerenda. A família totaliza 65 espécies válidas, 2 espécies inquerenda e 10 espécies nomen nudum.

     

     
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