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BIANCA ABRAHAM DE ASSIS SOUSA
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CARACTERIZAÇÃO MORFOSEDIMENTAR DA PRAIA DO CARIPI (BARCARENA/PA) ANTES E APÓS A CONSTRUÇÃO DA NOVA ORLA
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Orientador : LEILANHE ALMEIDA RANIERI
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Data: 29/12/2021
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Praias estuarinas são caracterizadas por serem ambientes de transição entre mar e rio que permitem depósitos de sedimentos como areia e cascalho, onde a força das ondas associadas as correntes fluviais e de marés retrabalham os sedimentos levando a um nível adicional de complexidade na morfodinâmica praial. Estas praias são comuns na zona costeira amazônica e alvo de diversas ações antrópicas devido a ocupação humana através da urbanização, turismo e instalações portuárias. O trabalho realizado analisou a morfologia da praia estuarina do Caripi (município de Barcarena, Estado do Pará), no intuito de verificar as alterações em sua dinâmica sedimentar, principalmente em consequência da obra de contenção de erosão na praia inaugurada em 2019. Pretende-se comparar dados coletados em 2016, com dados atuais (2019 e 2020), pós-construção da nova orla, além de avaliar se ainda persiste a vulnerabilidade e risco à erosão na praia. A pesquisa foi realizada pelo Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Federal do Pará (LABOGEO/UFPA) em parceria com o Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal Rural da Amazônia (LGAA/UFRA). Foram realizados trabalhos de campo durante dois anos (novembro/2019 e novembro/2020), onde ocorreram coletas de dados topográficos com o uso de Estação Total, modelo RUIDE RTS-822R³. Tais dados foram comparados à pesquisa já realizada em 2016, antes da construção da nova orla. Verificou-se algumas mudanças morfológicas significativas na praia de 2016 a 2020, especialmente relacionada às questões de alteração do estado morfodinâmico praial. Constatouse que a erosão costeira persiste mesmo após a construção do muro de gabião na praia, cuja efetividade da obra tem sido baixa frente ao referido problema
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PAULA RENATA LOBATO DE MEDEIROS
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VARIAÇÃO INTERANUAL E SAZONAL DAS MASSAS D’ÁGUA SOBRE A PLATAFORMA CONTINENTAL NORTE DO BRASIL.
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Data: 20/12/2021
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O presente trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade espaço-temporal das massas d’água sobre a Plataforma Continental Norte do Brasil (PCNB), relacionando-a a dinâmica local e aos aportes de água doce. A PCNB estende-se desde o Cabo Orange até a Baía de São Marcos e caracteriza-se como altamente energética, por conta da ação combinada da corrente norte do Brasil (CNB), ventos alísios, ondas, marés e a descarga hídrica dos rios Amazonas e Pará. Os dados de temperatura, salinidade e densidade para a análise interanual foram obtidos através do banco nacional de dados da Marinha do Brasil (BNDO), durante seis cruzeiros oceanográficos: Amasseds I, II e III, Oceano Norte I, MCT VII e CBO em anos distintos: 1989, 1990, 2001, 2016 e para a análise sazonal utilizou-se cinco meses do Projeto Costa Norte: março, julho, novembro, dezembro 2018 e janeiro de 2019. Os parâmetros de TS tiveram o intuito de caracterizar e identificar as massas d’água que ocorreram sobre a plataforma ao longo dos anos, bem como observar as variabilidades interanuais e sazonais existentes. A PCNB apresentou grandes variações de TS ao longo dos anos e períodos analisados, sendo possível observar interanualmente a ocorrência de quatro tipos de massas d’água: Água de Rio (AR), Água Costeira (AC), Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e Água Tropical (AT) e sazonalmente foram identificadas seis massas d’água ocorrendo: AF (água de frente), AC, AR, AT, ACAS e Pluma estuarina (PE). A pluma estuaria foi identificada apenas durante janeiro - 2019 e seus respectivos índices termoalino foram de 27,5 a 28 e 0 g/kg a 30 g/kg.
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ARNALDO FABRICIO DOS SANTOS QUEIROZ
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Microplásticos na plataforma continental amazônica e sua relação com as possíveis fontes continentais.
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Data: 25/11/2021
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O plástico é um composto orgânico sintético com características como durabilidade, resistência a corrosão e baixo custo de produção. Estes atributos levaram ao uso extensivo desses polímeros pelos meios de produção que, associado ao descarte indiscriminado, tornou o plástico um poluente global. Sua fragmentação em tamanhos menores é responsável por diversos impactos, desde a poluição em corpos hídricos e ambientes costeiros até a ingestão por diversos compartimentos da teia trófica. Na região Norte do Brasil a situação se agrava pela baixa estrutura de saneamento básico, o que contribui para o aumento desses poluentes que adentram nos oceanos através das redes de drenagem das bacias hidrográficas. Nesse sentido, determinar a quantidade, distribuição e abundância dos detritos plásticos se faz necessário para conhecer o atual nível de contaminação, e assim, gerar subsídios para medidas de gestão e mitigação. A pesquisa teve como objetivo avaliar os possíveis mecanismos de entradas desses detritos na Plataforma Continental Amazônia (PCA) e descrever o primeiro registro sobre a presença e quantidade de partículas plásticas na PCA, através da análise de MPs em amostras de plâncton coletadas em outubro de 2018, para então responder as seguintes hipóteses: I) I- A Plataforma Continental Amazônica está contaminada por microplásticos, possivelmente provenientes de fontes continentais que adentra no ambiente marinho; II) A falta de planejamento urbano, a expansão desordenada das cidades e a baixa estrutura de saneamento básico, indicam as regiões hidrográficas Amazônica, Tocantins-Araguaia e Atlântico NE Ocidental como contribuintes de detritos plástico na PCA. A amostragem foi realizada através de um cruzeiro oceanográfico que coletou amostras em 32 estações distribuídas ao longo da PCA a partir da retirada de 60L de água da superfície e posterior filtragem por uma rede com malha de 64µm. Como resultado, foram identificadas 6.204 partículas, com abundância variando de 1.233 a 5.767 (2.696 ± 1.185) Mps.m-3. Os fragmentos foram o tipo predominante de partículas, correspondendo 52% do total, seguidos por fibras (41%), espumas (4%) e esferas (3%). Em relação ao tamanho, observou-se que mais de 80% dos MPs do tipo fragmento e espumas foram registrados em intervalos de tamanhos menores que 300µm, que habitualmente servem como malha para coleta de MPs. As estações de coleta com quantidades mais expressivas de MPs foram as próximas às desembocaduras de grandes bacias de drenagem como a do rio Amazonas e do rio Pará, o que ressalta a provável contribuição destas na quantidade de MPs na PCA principalmente em virtude da densidade populacional ao longo das redes de drenagem e ausência de serviços de saneamento em grandes partes das cidades que nelas se localizam.
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RAFAEL ALEXANDRE ALVES MENEZES
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EVOLUÇÃO MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA (1972-2040) DO MUNICÍPIO DE SOURE, ILHA DO MARAJÓ (AMAZÔNIA - BRASIL).
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Data: 11/11/2021
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Os agentes exógenos que atuam na Zona Costeira (ZC) atuam como modeladores morfológicos da Linha de Costa (LC) e essa atuação modifica o cenário erosivo e acrescido da LC ao longo do tempo. Para avaliar essas mudanças temporais ocorridas da ZC, o sensoriamento remoto (SR), a partir de sensores remotos orbitais, é uma abertura que possibilita identificar essas variações ocorridas, onde o principal objetivo em todo o mundo é o gerenciamento e proteção dessas zonas costeiras. Desta maneira, a presente composição tem como objetivo apresentar a evolução da linha de LC durante o período de 1972-2020 (48 anos) e estimar a evolução da LC para os anos de 2030 e 2040 na ZC do município de Soure, localizado na parte nordeste (NE) da ilha de Marajó (Pará-Amazônia Oriental), inserida na Zona Costeira Estuarina Paraense (ZCEP), condicionada pelas hidrodinâmicas do canal Sul do Rio Amazonas e do estuário do Rio Pará. Para atingir esse objetivo, faz-se usufruto da aquisição de 6 imagens de uma série temporal do satélite: Landsat 1 (MSS) de 1972 e 1994 (bandas 7,6,5 e 5,4,3, respectivamente), Landsat 5 (TM) de 1985, 2004, 2009 (bandas 5,4,3), com resolução espacial de 30m, e Landsat 8 (OLI) de 2020 (bandas 6,5,4,8), com resolução espacial de 15 m após a fusão da banda 8 (pancromática), sendo obtidas no sítio da USGS (United States Geological Survey), todas já georreferenciadas e de técnicas de geoprocessamento para: a) delimitação da LC: onde foi criada a partir de métodos semiautomáticos combinados com métodos manuais, utilizando a técnica do índice de diferença normalizada da água (NDWI); b) DSAS versão 5.0 (v5.0), sendo utilizados para compor a análise da LC através dessa ferramenta o: NSM, EPR e LRR, a versão v5 traz o Filtro de Kalman, na qual foi utilizado para calcular a estimativa futura na LC para os anos de 2030 e 2040. Como resultado, identificou-se que nos setores I e II (canal sul do rio Amazonas), predomina a acresção, no setor III (cabo Maguari) é onde obteve os maiores índices de acresção, e no setor IV predomina o processo acrescional com tendência erosiva, o setor V predomina a erosão. Esses dados são vinculados ao número total de 654 transectos compreenderam uma distância média de 214,4 m, onde a média de recuo é indicada com a taxa negativa de -179,5 m e uma taxa positiva de 451,9 m. Para os anos de 2030 e 2040, a tendência é que este processo continua, onde a maior retração costeira, cerca de 271.46 m, vai ser no Nordeste (NE) (setor II), e um avanço da LC de 625.26 m no setor III.
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CAMILA DE MAGALHAES E SOUZA FIGUEIREDO
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BACIAS HIDROGRÁFICAS URBANAS: ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA BACIA DO TUCUNDUBA, AMAZÔNIA, BRASIL
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Orientador : ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA FELIX
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Data: 15/09/2021
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A Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT) é a segunda maior bacia da cidade de Belém, no Pará. A BHT drena quatro bairros de Belém: Marco, Canudos, Terra Firme e Guamá. Tendo uma das áreas de maior densidade populacional da cidade, com uma população de aproximadamente 200 mil habitantes. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar as condições socioambientais da Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT), a partir de elementos macro
ambientais necessários para compreender a dinâmica de uso ao longo da bacia. Os encaminhamentos metodológicos da pesquisa contaram com aplicação de um questionário com os moradores da BHT, cálculo baseado no Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU) local, cálculo de Índice Simplificado de Impacto Ambiental, estimativa de descarga de esgoto per capita dos bairros pertencentes a BHT e Avaliação de Impacto Ambiental nos meios físicos, bióticos e antrópicos nos 3 trechos da obra de macrodrenagem. A partir dos resultados obtidos, o IQVU na Bacia Hidrográfica do Tucunduba é aproximadamente 0,6, ou seja,é regular. Além disso, os resultados gerados através da avaliação de impacto ambiental simplificada demonstram claramente que os trechos analisados apresentam impactos ambientais consideráveis (seja alto ou muito alto) na BHT. O que demonstra a precariedade dos serviços oferecidos à população e evidencia a fragilidade da gestão urbana local. Dessa forma, é urgente estratégias de gestão integrada de bacia hidrográfica do Tucunduba, de avaliação e monitoramento de espaço, e de oferta de serviços que garantam uma boa qualidade de vida e ambiental.
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GABRIEL POMPEU ROSA
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"TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS FLUTUANTES EM RIOS DOMINADOS POR MARÉS".
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Data: 07/07/2021
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Os resíduos sólidos consistem em materiais resistentes e que são conhecidos popularmente como “lixo”. São produzidos por residências e empresas e geralmente incluem materiais como plásticos, vidros, metais, restos de alimentos, roupas e papel. Esses materiais podem chegar até aos oceanos por vias navegáveis e redes de drenagem nas zonas costeiras. Sendo assim, diante do crescente número de resíduos que vão parar em áreas inadequadas e da pequena produção cientifica voltada para estudos em regiões de água doce, esse trabalho objetiva apresentar os resultados da ocorrência de resíduos sólidos em águas superficiais de rios dominados pela maré na região amazônica. A metodologia consistiu na observação dos macros resíduos flutuantes ao longo de 12 horas nos períodos seco e chuvoso nos rios Acará, Guamá, Baia do Guajará, Tucunduba e Tamandaré. O estudo quantificou um total de 19.627 resíduos, com predominância de plástico, onde os rios maiores (Acará, Guamá e Baia) apresentaram tendencia de aprisionamento de resíduos, enquanto que os rios menores (Tucunduba e Tamandaré) exibiram uma tendência em transporte a jusante destes materiais.
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CLAYCIANE SANTOS DO NASCIMENTO
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"METAIS E SEUS EFEITOS EM BAIXOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA: UMA ANÁLISE ECOTOXICOLÓGICA EM DISTINTOS COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS DE IGARAPÉS AMAZÔNICOS".
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Orientador : LILIAN LUND AMADO
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Data: 30/06/2021
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Os metais estão incluídos entre os contaminantes que influenciam a dinâmica dosecossistemas aquáticos, o que torna necessário estudos que visem avaliar tanto as concentraçõesdestes elementos como possíveis efeitos de toxicidade em organismos aquáticos devido abiodisponibilização. Neste contexto, os estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendovariáveis ecotoxicológicas, relacionados com respostas, em baixo nível de organização biológica sãoúteis para avaliar a qualidade ambiental. O presente estudo ecotoxicológico incluiu três abordagens:análise da concentração de metais em Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn em matrizes abióticas (água e sedimentode igarapés); bióticas (peixe - Hyphessobrycon heterorhabdus; caranguejo - Trichodactylus Borellianuse vegetal uma espécie de planta Família Marantaceae), além da avaliação de efeitos adversosprimários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As espécies foram coletadas emdistintos igarapés que estão lozalizados em uma região com histórico de atividade de beneficiamentode bauxita (Barcarena, PA), além de direta influência antrópica da cidade. As coletas foram realizadasna área da rede hidrográfica que influencia a Bacia do Murucupi, nas comunidades Bom Futuro, VilaNova e no distrito da Vila do Conde e foram realizadas em três períodos climáticos sendo eles:Estiagem (Campanha 1: Nov/2018), Chuvoso (Campanha 2: Mar/2019) e período de Transição(Campanha 3: Jun/2019). Os pontos de coleta foram determinados de forma a contemplar um gradientede influência da atividade da empresa e de outros tipos de atividade que ocorrem na região. Adispersão dos pontos ocorreu da seguinte forma: Potencial Impacto direto (PM1, PM2, PM3, PM4 ePM5); Potencial impacto indireto: (PC2, PC3 e PC5); e Pontos controles: (PC1, PC6, PC7, PC8 e PC9).Em geral, no sedimento dos igarapés as análises dos metais apresentaram uma distribuição dentro damesma faixa em termos de concentrações medidas, sem diferenças significativas entre pontosamostrados e entre períodos de coletas. Os elementos que se destacaram quanto as concentraçõesforam Al, Ba e Cr. Dos metais analisados, apenas Cr, Ni e Pb são mencionados na resolução CONAMANo 454/2012. Todos eles encontram-se abaixo do limite legal executável. Para as análises na água,durante os três períodos houve uma distribuição dentro das mesmas faixas em termos deconcentrações medidas. Não houve aumento ou diminuição expressiva para os elementos estudados.Dentre os metais analisados, apenas Al (fração total) não é mencionado na resolução CONAMA No357/2005. Todos os demais estão abaixo do limite aceitável estabelecido pelo órgão de proteção ambiental. O único metal que mostrou aumento de concentração entre campanhas na fração total daágua foi o Ba. O Al foi o metal mais abundante com concentrações que não apresentaram diferençasentre períodos. Para os organismos, os peixes coletados apresentaram maiores concentrações de Al eBa na estação chuvosa em comparação com peixes da mesma espécie coletados na estação seca. Osmetais Al e Mn não apresentaram diferenças entre pontos no mesmo período. O Pb foi registrado emmaiores concentrações durante a estiagem. As plantas também não apresentaram diferençassignificativas nem entre os pontos nem entre períodos para nenhum dos metais, no entanto,demonstraram uma tendência de aumento no acúmulo de Pb, Mn e Ba durante o período de transição.Quanto à avaliação das respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito, noscaranguejos houve indução das defesas antioxidantes nas brânquias dos organismos do ponto PC1durante o período chuvoso bem como para o peixe H. heterorhabidus que apresentou maiorcapacidade antioxidante para organismos do PC07 durante este período. Conclui-se que existe umpadrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que sãoseguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças relacionadas à geologia local e fisiologia dosorganismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos (água - fração total edissolvida e sedimento) e bióticos (peixes, invertebrados e planta) demonstraram uma forte relaçãocom a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o maisconcentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita,um minério rico em alumina. Portanto, com base nos resultados aqui descritos, são necessáriosestudos para estabelecer baselines ambientais que levem em consideração as características químicase físicas locais e o nível de sensibilidade / tolerância dos organismos residentes. Esses estudosestabelecerão as bases para o estabelecimento de restrições legais aplicáveis que sejam compatíveiscom as realidades ambientais locais
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MARIA BARBARA PEREIRA DE SOUSA
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"MUDANÇAS MORFOLÓGICAS EM PRAIAS DA COSTA LESTE DA ILHA DO MARAJÓ (ESTADO DO PARÁ, BRASIL)".
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Data: 29/06/2021
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A zona costeira é uma área de transição entre o mar e o continente, sendo um dos espaços geográficos mais vulneráveis aos fenômenos naturais e antrópicos que ocorrem no planeta. À vista disso, a avaliação de mudanças morfológicas e vulnerabilidade costeira à erosão é essencial, pois contribui para o planejamento de ações protetivas e mitigatórias de impactos ocorrentes no ambiente, seja ele natural ou antropizado. Dessa forma, o trabalho tem como objetivo verificar as mudanças morfológicas em praias da costa leste da Ilha de Marajó/PA frente aos níveis de vulnerabilidade à erosão. Para isso, foram realizadas duas campanhas de campo (set/2019 – período seco e fev/2020 – período chuvoso) nas praias da Barra Velha (município de Soure) e Praia Grande (município de Salvaterra). A metodologia consiste em: (1) levantamento do perfil topográfico de praias, amostragem de sedimento superficial; (2) aquisição de dados para o preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes às características da orla/costa, visando a análise da vulnerabilidade e risco costeiro; (3) análise multitemporal da linha de costa por imagens do satélite Landsat, referente à 16 anos (2003-2019); (4) análise laboratorial para a separação granulométrica dos sedimentos coletados e; (5) processamento dos dados para: classificação granulométrica dos sedimentos, morfodinâmica de praia, seus parâmetros morfométricos, geração de mapas de vulnerabilidade e risco costeiro, e variação da linha de costa mediante o uso dos softwares SysGran, Grapher, Excel, Surfer e ArcGis, respectivamente. De acordo com os resultados obtidos, a praia da Barra Velha foi classificada como dissipativa nos dois períodos estudados, ou seja, caracterizada por baixa declividade, composta por areia fina, e bancos e calhas ao longo da praia. O balanço sedimentar variou de -30 a 48 m3/m ao comparar os dados da estação seca a chuvosa. A maioria dos perfis mostrou tendência erosiva da passagem do período seco para o chuvoso, com exceção dos perfis E e F, onde prevaleceu a deposição. A praia Grande apresentou comportamento de praias intermediárias a refletivas com declividades moderados a altos, tanto na estação seca quanto na chuvosa. Sendo a região central da praia com a maior declividade. A variação sedimentar na alternância da estação seca a chuvosa foi de -48 a 77 m3/m. A fase acrecional desta praia ocorreu durante o período chuvoso, com exceção dos perfis C e F, refletindo um padrão atípico para a morfodinâmica praial. A praia da Barra Velha exibiu uma vulnerabilidade à erosão moderada no setor noroeste e vulnerabilidade alta no setor sudeste. Os dois setores foram classificados com baixo grau de risco. A variação média da linha de costa foi de -93,14 metros de 2003 a 2019, sendo que nesta praia houve apenas recuo costeiro, indicando uma tendência mais erosiva da costa. A praia Grande apresentou grau de vulnerabilidade moderado à erosão e baixo risco nos dois setores estudados. Esta praia apresentou variação média da linha de costa (2003-2019) de -0,54 metros. Ou seja, bem menor que na praia de Barra Velha, confirmando a hipótese de que em virtude do baixo gradiente topográfico desta última, as variações de médio período na linha de costa são maiores, implicando numa vulnerabilidade erosiva moderada a alta mais prolongada. Já na praia Grande, as variações sedimentares são mais modificáveis sazonalmente, devido seu alto gradiente topográfico, implicando numa vulnerabilidade erosiva mais equilibrada.
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DAYANNE MARY LIMA RABELO
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"ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO MINUCA MORDAX (CRUSTACEA: DECAPODA:OCYPODIDAE) EM UMA ÁREA DE VÁRZEA DA AMAZÔNICA".
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Orientador : MARCELO PETRACCO
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Data: 24/06/2021
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A família Ocypodidae é formada por caranguejos semi-terrestres e escavadores, os quais são abundantes na fauna bentônica de ambientes estuarinos tropicais e subtropicais. O caranguejo Minuca mordax vive associado a margem de rios dominadas por manguezais, restingas e florestas de várzea, nas quais são pouco estudados. O presente estudo avaliou aspectos da ecologia populacional de M. mordax em uma área de várzea do estuário Guajará (Belém, Pará, Brasil). Foram realizadas coletas mensais entre dezembro de 2013 e novembro de 2014, abrangendo o período chuvoso e menos chuvoso na região. Os espécimes foram identificados quanto ao sexo e foi aferida a Largura da Carapaça (LC). Foram coletados 1776 organismos,dentre os quais 1084 eram machos e 692 fêmeas (30 ovígeras). A proporção sexual foi desviada a favor dos machos (1,56 machos: 1 fêmea). Os machos (LC =16,14 ± 3,85 mm) além de mais abundantes, foram maiores do que as fêmeas (15,89 ± 3,84 mm). Em média, a maior abundância foi registrada no período mais chuvoso, contudo não foi identificada diferença estatística entre os períodos sazonais. Por outro lado, a abundância de fêmeas ovígeras foi significativamente maior no período mais chuvoso. A ocorrência de organismos de pequeno tamanho e fêmeas ovígeras durante quase todo o ano indica reprodução contínua.Os aspectos biológicos obtidos para a espécie na área de várzea são semelhantes aos registrados em manguezais tropicais, contudo os padrões temporais do ciclo reprodutivo indicam o ajustamento da população as condições ambientais amazônicas.
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ALANA RODRIGUES NAUAR
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"MONITORAMENTO ECOTOXICOLÓGICO ESPAÇO-TEMPORAL DE UM RIO AMAZÔNICO SOB MÚLTIPLAS INFLUÊNCIAS ANTRÓPICAS".
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Data: 23/06/2021
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O destino dos contaminantes no ambiente aquático é motivo de grande preocupação, pois sabe-se que atividades antrópicas, especialmente nas regiões costeiras, podem desencadear a contaminação dos corpos d´água e a biodisponibilização de diversos elementos que são tóxicos para a biodiversidade. Estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendo variáveis ecotoxicológicas, são úteis para avaliar a qualidade ambiental em regiões de influência antrópica. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo analisar a concentração de metais (Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn) em matrizes abióticas (água e sedimento) e bióticas (vertebrado e invertebrado) coletadas em um rio amazônico que sofre influência de múltiplos estressores antropogênicos, dentre eles o lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Além desta abordagem química, também analisamos efeitos adversos primários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As amostras foram coletadas no rio Pará, em 5 pontos localizados a distintas distâncias (montante e jusante) da região de lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Foram realizadas 3 campanhas: em novembro de 2018 (estiagem), março de 2019 (chuvoso) e junho de 2019 (transição). De maneira geral, no sedimento, em todos os pontos nos três períodos analisados, o Al foi o metal mais concentrado, seguido do Mn e do Cr. Na água, as maiores concentrações foram de Al, Ba e Mn. Foram também analisadas as frações dissolvidas dos seis metais na água. O único metal dissolvido que se apresentou em valores acima do estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005 foi o Al. Observou-se maiores valores médios de Al dissolvido durante a estação chuvosa em relação à estiagem e transição. Quanto à quantificação dos metais nos organismos, os peixes coletados no rio Pará (Cheirocerus goeldi) tiveram maiores concentrações de Al e Ba na estação chuvosa em relação aos peixes de mesma espécie coletados na estiagem. Já o camarão Macrobrachium amazonicum apresentou maiores valores de Al no período chuvoso em relação ao demais períodos. Quanto à avaliação de respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito nos animais, observamos menor capacidade antioxidante (biomarcador de exposição) em brânquias de camarões M. amazonicum do ponto à montante durante a estiagem junto com maiores níveis de LPO (biomarcador de efeito tóxico). No músculo desta mesma espécie houve indução da capacidade em organismos do ponto mais próximo ao lançamento de efluentes da empresa (PR03) e maiores níveis de LPO em organismos do ponto à montante do lançamento de efluentes da mineradora (PR01). O peixe C. goeldi apresentou maior lipoperoxidação nas brânquias de indivíduos oriundos do PR03 durante o período chuvoso, bem como uma tendência de aumento da capacidade antioxidante no fígado durante esse período. Concluímos que existe um padrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que são seguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças mais relacionadas à geologia local e fisiologia dos organismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos e bióticos demonstraram uma forte relação com a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o mais concentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita, um minério rico em alumina. Por conta deste enriquecimento no sedimento e na fração total da água, há muito Al na fração dissolvida, ultrapassando os limites legais. Sugerimos a continuidade dos estudos com espécies locais para verificar se estes limites presentes na resolução CONAMA 357/2005 são aplicáveis à sensibilidade das espécies de regiões com características geológicas como da região de estudo. Além disso, deve-se levar em conta a hidrodinâmica do rio Pará para que possa ser melhor compreendida a origem e distribuição destes metais ao longo destes corpos d´água.
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RAFAELA POLIANA DOS SANTOS MACEDO
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REVISÃO TAXONÔMICA DA FAMÍLIA CERAMONEMATIDAE (PLECTIDA NEMATODA).
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Orientador : VIRAG VENEKEY
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Data: 14/06/2021
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Os Nematoda são pequenos invertebrados de corpo cilíndrico e alongado. Eles podem ser de vida livre ou parasitas. Os nematóides marinhos de vida livre ocorrem desde regiões costeiras até as profundezas dos oceanos. Dentro desse filo, está a família Ceramonematidae, que inclui indivíduos exclusivamente marinhos, encontrados principalmente em areias grossas de águas rasas. Apesar de os estudos com o filo Nematoda terem tido um crescimento significativo, esse grupo ainda apresenta alguns problemas, como descrições escassas, desenhos com esboços simples e dificuldade de identificação do grupo. Ao observar estudos feitos com a família Ceramonematidae, analisou-se que a maioria dos trabalhos são ecológicos e poucos são taxonômicos. O presente estudo teve como objetivo revisar taxonomicamente a família Ceramonematidae e fornecer listas taxonômicas atualizadas para cada gênero da família. Para a revisão taxonômica da família primeiramente foi consultado o Handbook of Zoology para obter informações sobre o histórico e diagnose da família Ceramonematidae, além da obtenção de uma listagem de seus gêneros válidos. Em seguida foi consultada a revisão taxonômica de Tchesunov & Miljutina (2002) juntamente com as descrições originais de cada espécie, disponíveis nas listas de verificações do site Nemys. Com base na revisão taxonômica realizada no referente estudo, a família Ceramonematidae possui 7 gêneros válidos e um gênero inquerenda. A família totaliza 65 espécies válidas, 2 espécies inquerenda e 10 espécies nomen nudum.
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