Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • NATASHA LIMA DA FONSECA
  • LETRAMENTO EM SAÚDE DE DISCENTES VINCULADOS À UM

    INSTITUTO DE SAÚDE NA AMAZÔNIA

  • Orientador : LILIANE SILVA DO NASCIMENTO
  • Data: 26/04/2024
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  • O letramento em saúde pode ser conceituado como a forma de acessar, compreender, 

    avaliar e utilizar as informações e serviços de saúde, proporcionando ao indivíduo
    autonomia nas tomadas de decisões e ações voltadas a própria saúde e de outros. Este é
    considerado um dos mais importantes determinantes sociais de saúde (DSS), onde sua
    competência ultrapassa as habilidades cognitivas do indivíduo, em decodificar,
    memorizar e aplicar de forma segura as informações provenientes dos sistemas e
    profissionais da saúde. Dentro do processo de ensino-aprendizagem ele tem um papel
    fundamental na formação dos futuros profissionais de saúde, de modo que eles sejam
    capazes de interagir com segurança em seu meio social. O papel institucional na
    formação de indivíduos letrados é de suma importância, formando indivíduos
    conscientes, que melhor apliquem o letramento em saúde dentro de suas práticas
    cotidianas. Objetivo: Analisar as condições de letramento em saúde de discentes
    vinculados a um Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará
    (UFPA). Métodos: Trata-se de estudo transversal analítico, realizado com 1495
    estudantes de graduação do ICS da UFPA. Para a coleta de dados, utilizamos o
    instrumento de mensuração Health Literacy Questionnaire (HLQ-Br) e juntamente com
    um questionário sociodemográfico. As análises realizadas incluíram uma análise
    descritiva e associação das médias dos escores com as variáveis sociodemográficas e
    entre os cursos de graduação. Resultados: Diferenças estatisticamente significativas
    foram observadas em várias dimensões do HLQ-Br, em relação a variáveis
    sociodemográficas, as doenças relatadas e entre os cursos de graduação dos
    participantes. Foram encontradas potencialidades no que diz respeito a “avaliar as
    informações de saúde” e limitações em “sentir-se compreendido e apoiado pelos
    profissionais de saúde”. Considerações Finais: Essa pesquisa contribui para uma
    compreensão mais abrangente do letramento em Saúde entre estudantes universitários e
    destaca a importância de currículos integrados e abordagens educacionais que promovam
    uma população mais informada e capacitada em relação à saúde.

  • GABRIEL MACOLA DE ALMEIDA
  • LETRAMENTO EM SAÚDE DE DOCENTES VINCULADOS À UM

    INSTITUTO DE SAÚDE NA AMAZÔNIA

  • Orientador : LILIANE SILVA DO NASCIMENTO
  • Data: 25/04/2024
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  •  

    O Letramento em Saúde se traduz nas competências para acessar e utilizar informações e 

    Serviços de Saúde, subsidiando a tomada de decisões, gerando autonomia e motivação
    para o indivíduo. Representa as habilidades para exercitar julgamento crítico de recursos
    e informações de saúde, além da habilidade de comunicação e interação para expressar
    necessidades sociais para a promoção da saúde. A educação em e para a saúde está
    relacionada ao Letramento favorecendo as reflexões da interrelação com as políticas
    educacionais de formação em saúde, na qual todos os trabalhadores das instituições de
    ensino superior desempenham papel protagonista na transformação do ensino para
    prática profissional de assistência prestada a população. Objetivo: Avaliar as condições
    do Letramento em Saúde de docentes vinculados ao Instituto de Ciências da Saúde da
    Universidade Federal do Pará. Métodos: estudo transversal analítico desenvolvido no
    Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, no município
    Amazônico de Belém. Foi aplicada a versão brasileira validada do Health Literacy
    Questionnaire para a análise do Letramento em Saúde de docentes vinculados ao
    instituto, além de um questionário sociodemográfico. Os dados foram dispostos
    descritivamente e os testes de associação foram realizados estatisticamente a partir do
    software SPSS. Resultados: O produto dessa análise originou o artigo científico
    intitulado: Potencialidades e fragilidades do Letramento em Saúde de docentes
    vinculados a um instituto de saúde da Amazônia. Os questionários foram aplicados em
    109 docentes. As principais potencialidades identificadas foram em relação à avaliação
    de informações em saúde e compreensão dessas informações. Já nas limitações, foi
    observado dificuldade em gerenciar ativamente a saúde e navegar no sistema de saúde.
    Diferença estatisticamente significante foi encontrada em grupos brancos e não brancos
    quanto às dimensões 8 e 9 do HLQ, além do tempo na instituição e ter tido COVID-19,
    além de outras doenças. Considerações finais: Este estudo permitiu maior visibilidade
    em relação ao panorama dos profissionais formadores no norte Amazônico do Brasil,
    gerando subsídios para discutir novas estratégias de capacitação e ensino para fortalecer
    o LS na educação em saúde e mitigar iniquidades em saúde.

     

  • NATALIA ALBIM LINHARES
  • SOBRECARGA DO CUIDADO E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE (DMD) ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO AMAZÔNICA


  • Orientador : DENISE DA SILVA PINTO
  • Data: 04/04/2024
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  • OBJETIVO: Analisar se cuidadores de crianças e adolescentes com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) atendidos em um hospital universitário da região amazônica se sentem sobrecarregados e tem a sua qualidade de vida afetada. MÉTODO: Foram coletados dados de cuidadores de crianças e adolescentes com DMD atendidos em um Hospital Universitário do município de Belém, referência em doenças raras. Para isso, foi utilizado um questionário online por meio do Google Forms, que conteve duas escalas de avaliação: Burden Interview e a Euroqol-5D. RESULTADOS: 11 entrevistados, dentre os 12 cuidadores, são Mulheres e Mães das crianças e adolescentes com DMD. 50% dos cuidadores moram no interior do Estado do Pará, onde a pesquisa foi realizada. Somente 1 entre as crianças realiza a terapia gênica como tratamento. O coeficiente de Correlação de Spearman entre a sobrecarga e o nível de saúde foi de p=0,0647, mostrando uma correlação moderada. CONCLUSÕES: Encontrou-se uma correlação moderada entre a sobrecarga e qualidade de vida dos cuidadores de crianças e adolescentes com DMD, sendo necessário com isso, a investigação mais aprofundada em outros lugares da Região Amazônica e do Brasil.

     


  • JULIANA DE JESUS BALIEIRO
  • MORTALIDADE HOSPITALAR NEONATAL POR COVID-19 NA AMAZÔNIA: UM ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVO

  • Orientador : DENISE DA SILVA PINTO
  • Data: 28/03/2024
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  • Introdução: Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia da Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19). No Brasil, a letalidade em crianças e adolescentes chega a 8%, uma das maiores taxas do mundo, sendo que fatores aumentam o risco de morte, como ser lactentes menor que 1 ano de idade, ser residente das regiões Norte e Nordeste e/ou ser indígena. Objetivo: Analisar os fatores associados a mortalidade hospitalar neonatal devido a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por COVID-19 na Amazônia. Método: Foi realizada uma coorte retrospectiva dos casos de SRAG por COVID-19, notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, no período de 11 de março de 2020 a 05 de maio de 2023, onde foram extraídos os dados dos neonatos dos entes federativos da região Norte do Brasil, situada na Amazônia. Para a entrada dos dados utilizou-se o software Microsoft Excel 2017 e para realizar as análises descritivas e os testes de hipóteses foi utilizado o software BioEstat 5.3. Resultados: O perfil sociodemográfico dos casos incluídos nesta pesquisa foi composto por recém-nascidos de ambos os sexos, maioritariamente de raça parda e da zona urbana, com média de idade de 7 ± 8,12 dias de vida. O perfil clínico encontrado foi casos com média de tempo do início dos sintomas para hospitalização de 5 ± 9,22 dias, com a maior ocorrência de fatores de risco/comorbidades categorizados como “outros”, que não necessitaram de internação na UTI e não utilizaram suporte ventilatório. A maioria das mães não foram vacinadas, porém realizaram a amamentação. O desfecho cura foi maior que o óbito, com diferença estatisticamente significante. Os fatores de riscos associados ao óbito foram idade neonatal precoce, necessitar de internação na UTI e usar suporte ventilatório. Possuir “outros” fatores de riscos/comorbidades apresentou associação com a cura.  Considerações finais: Esta coorte mostrou que os fatores associados a mortalidade neonatal por SRAG devido COVID-19 foram a idade e gravidade da doença, através da associação do óbito com os casos neonatais precoces, com a internação na UTI e com o uso de suporte ventilatório.

2023
Descrição
  • ERIC RENATO LIMA FIGUEIREDO
  • MORTALIDADE MATERNA POR CAUSAS OBSTÉTRICAS ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL: ESTUDO ECOLÓGICO (2011-2021)

  • Data: 01/11/2023
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  • Causas obstétricas são responsáveis por grande parte dos óbitos maternos e são
    classificadas como direta e indireta. Morte materna obstétrica direta se refere a óbitos
    ocorridos durante a gestação, parto ou puerpério, como resultado de complicações
    obstétricas. Causas indiretas são a partir de patologias pré-existentes ou que se
    desenvolveram durante a gravidez, não causadas diretamente por fatores obstétricos,
    mas agravadas pelas alterações fisiológicas da gravidez. A mortalidade materna é um
    fenômeno multifatorial que atravessa o país de forma desigual, portanto para seu
    enfrentamento é necessário abordar as desigualdades, considerando especificidades
    sociodemográficas, históricas e culturais de cada território. O objetivo geral é analisar
    a mortalidade materna por causas obstétricas no Brasil no período de 2011 a 2021.
    Este é um estudo observacional, ecológico com dados secundários do Sistema de
    Informação sobre Mortalidade e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Os
    desfechos primários investigados foram o risco específico de mortalidade por causa
    obstétrica direta e indireta de acordo com macrorregião, faixa etária, escolaridade,
    raça/cor e estado civil e ajustado para 100.000 nascidos vivos; e os óbitos por causas
    obstétricas durante a gravidez e puerpério. Análises de regressão logística binária
    foram realizadas para avaliar a influência dos fatores sociodemográficos na predição
    da mortalidade materna (direta e indireta) e examinar o impacto dessas variáveis no
    momento da morte (durante a gravidez e puerpério). Utilizou-se a regressão linear
    múltipla para investigar se indicadores de saúde materno-infantil são capazes de
    prever o risco específico de mortalidade. Houve diferenças estatisticamente
    significantes entre as regiões do Brasil na mortalidade por causas obstétricas direta e
    indiretas, bem como também houve diferença no risco específico de mortalidade por
    causas obstétricas direta e indireta de acordo com macrorregião, faixa etária,
    escolaridade, estado civil, fonte de investigação e indicadores de saúde materno-
    infantil.

  • EMANUELA CHAVES DA SILVA
  •  

    KATUANA QUILOMBOLA: Prevalência de Hipertensão Arterial em
    comunidades quilombolas de Salvaterra-Marajó-Pará na Amazônia Oriental

  • Orientador : MARIA DO SOCORRO CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA BASTOS
  • Data: 18/08/2023
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  • Objetivo: Determinar a prevalência de Hipertensão Arterial em pessoas com idade
    maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos, de comunidades quilombolas de
    Salvaterra-Marajó-Pará, na Amazônia Oriental. Métodos: Estudo transversal de
    base comunitária, em 15 comunidades remanescentes quilombolas no município de
    Salvaterra-Ilha do Marajó-Pará. A amostra estratificada proporcional com erro
    amostral de 6%, IC=95%, com acréscimo de 20%, totalizou 240 domicílios, em cada
    um foram sorteadas em média 2 pessoas de 18 anos e mais para serem
    entrevistadas, amostra mínima de 571 pessoas. Amostra final de 741 indivíduos. O
    inquérito domiciliar ocorreu em junho-julho/2021 e utilizou questionário padronizado,
    verificação da pressão arterial e realização da avaliação antropométrica, (peso e
    altura) para o cálculo do IMC e circunferência abdominal. Hipertensão arterial foi
    admitida se autorreferência de hipertensão e/ou uso de medicação anti-hipertensiva
    e/ou medida da PA sistólica ≥140mmHg e/ou PA diastólica ≥90mmHg. Resultados:
    A prevalência de Hipertensão Arterial foi 37,2% e a de casos novos foi de 16,3%,
    sem diferença estatística em relação a gênero, estado civil, raça/cor autodeclarada
    preta/parda e autodefinição quilombola. Os participantes com HAS possuem mais
    idade, menor tempo de estudo, maior chance de negar ancestralidade quilombola,
    maior probabilidade de estar na população economicamente ativa e no grupo que
    trabalhava por conta própria. Diabetes, Infarto Agudo do Miocárdio, Angina, AVC,
    sobrepeso/obesidade, Circunferência Abdominal elevada (≥80-Mulheres/≥94-
    Homens) e autopercepção de estado de saúde ruim ou muito ruim foram associados
    com HAS nessas comunidades. Quanto à Razão de prevalência (RP), verificou-se
    que idade de 18 a 24 anos é um fator protetor, com cerca de 2% menos chances de
    ter HAS; até 8 anos de estudo possuem 2 vezes mais chances de ter HAS; ser
    economicamente ativo é um fator de proteção para a prevalência de HAS, com 3%
    menos chances de ter HAS; obesidade (≥30Kg/m2) possuem 2 vezes mais chances
    de ter HAS; e circunferência abdominal ≥80-Mulheres/≥94-Homens, possuem 2
    vezes mais chances de ter HAS. Conclusão: O Katuana Quilombola evidenciou alta
    prevalência de HAS nas comunidades quilombolas de Salvaterra-Marajó-Pará, com
    predomínio em indivíduos a partir de 45 anos, menor tempo de estudo, maior chance
    de negar ancestralidade quilombola, maior probabilidade de estar na população
    economicamente ativa e no grupo que trabalhava por conta própria.No estudo
    identificou-se que Diabetes Mellitus, Infarto Agudo do Miocárdio, Angina, AVC,
    obesidade, obesidade centrípeta e autopercepção do estado de saúde regular e
    ruim/muito ruim foram associados com HAS nessas comunidades.

  • ANDRE VILHENA DA SILVA
  • UMA ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DA POLITICA NACIONAL DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, NA ATENÇÃO BÁSICA NO ESTADO DO PARÁ UTILIZANDO COMO REFERENCIA O BANCO DE DADOS DO PMAQ-AB.

  • Orientador : MARCOS VALERIO SANTOS DA SILVA
  • Data: 14/08/2023
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  • O objetivo da pesquisa foi investigar a adequação da Política Nacional da Assistência
    Farmacêutica (PNAF) no Estado Pará, para isso, foi utilizado o banco de dados do
    terceiro ciclo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção
    Básica (PMAQ-AB). As dimensões estudadas foram: Presença de farmacêutico na equipe
    da Unidade Básica de Saúde, estrutura física das farmácias das Unidades Básicas de
    Saúde e a adequação da Assistência Farmacêutica nos Núcleos de Apoio a saúde da
    Família (NASF) que foram avaliadas pelo programa. Os resultados demonstraram um
    grande descompasso entre o que é preconizado pela PNAF e realidade, suscitando assim
    a necessidade de investimento em estrutura, recursos humanos.

  • LAYS NUNES DA SILVA
  • AMANDABA NA AMAZÔNIA: Ensaio Clínico sobre Círculos de Cultura para pessoas com Diabetes.

     

  • Orientador : MARIA DO SOCORRO CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA BASTOS
  • Data: 09/08/2023
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  •      Objetivo: Avaliar os Círculos de Cultura de Paulo Freire como estratégia de educação em saúde para manejo do autocuidado destinado a pessoas com Diabetes Mellitus (DM). Método: Ensaio clínico com amostra aleatória simples sorteada de 2 distritos de Belém-PA na Amazônia Oriental, composta por pessoas com DM2 e idade 30 anos e mais, ambos os gêneros. No distrito 1 selecionou-se o grupo intervenção (GI) e no distrito 2 o grupo controle (GC). Seis Círculos de Cultura (CC), baseados na concepção freiriana, foram realizados em 7 grupos. O inquérito domiciliar realizou aplicação de questionário sociodemográfico e de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD), verificação da pressão arterial e medidas de peso, altura e circunferência abdominal (CA), e coleta de amostras para exames de lipídios, HbA1c, glicemia de jejum, microalbuminúria. Repetidos 4 meses após os CC. Resultado: A amostra constou de GI=61 participantes e GC-101, semelhantes na linha de base, a maioria mulheres, se autodeclararam preto/pardo, eram casados(as) ou em união estável, a média de idade 62,5 e 61,3 anos e o tempo de estudo de 9 e 6 anos, mais de 60% nos estratos econômicos D-E e com renda per capita até meio salário mínimo. No GI, após os CC, houve adesão ao autocuidado, observado pelos itens do QAD: redução do consumo de gorduras, carnes vermelhas e derivados do leite e aumento do consumo de frutas e vegetais e do tempo de secagem entre dedos dos pés. Foi observado ainda redução da HbA1c e da microalbuminúria, do IMC, peso e CA, aumento do HDL-c. O GI aumentou os dias de engajamento em atividade física e secar entre os dedos dos pés, assim como, o HDL-c foi maior e a microalbuminúria menor, em relação ao CG que aumentou o consumo de doces comparado ao GI. Conclusão: Os Círculos de Cultura, provocaram o pensamento crítico a partir da problematização de situações vividas, proporcionando adesão ao autocuidado, relacionado à dieta, atividade física e cuidado com os pés, com consequente redução na HbA1c e microalbuminúria, além de aumento do HDL-c.

  • MANUELA TRINDADE ALMEIDA
  • Impacto do diagnóstico, estadiamento, tratamento e acesso aos serviços de saúde na
    taxa de incidência padronizada por idade do câncer de próstata no brasil: um estudo
    ecológico

  • Orientador : JOAO SIMAO DE MELO NETO
  • Data: 08/08/2023
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  • Introdução: O câncer de próstata (CaP) é a segunda neoplasia mais incidente no mundo 

    longo dos anos no Brasil, especialmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. As regiões
    Sul e Norte têm as taxas mais altas e mais baixas, respectivamente. O melhor
    desempenho do teste de rastreamento Antígeno Prostático Específico - PSA nas regiões
    Norte e Nordeste contribuiu para o maior número de diagnósticos. O baixo desempenho
    da Ultrassonografia Transabdominal - TAUS, na região Sul, teve impacto no aumento do
    ASIR. A incidência em estágios iniciais tem sido pior no Brasil, especialmente nas
    regiões Nordeste e Sul. No Brasil, a cirurgia e a radioterapia têm sido realizadas com
    mais frequência, mas o aumento da taxa de incidência foi acompanhado por uma redução
    na aplicabilidade da quimioterapia + radioterapia na região Norte. O aumento da
    cobertura da APS nas regiões Sudeste e Sul possibilitou um maior número de
    diagnósticos, bem como um maior deslocamento no país, especialmente nas regiões
    Nordeste, Sudeste e Sul. Conclusões: Essa neoplasia é um grave problema de saúde
    pública, e com esse estudo foi possível detectar a sua associação com as variedades
    clínicas e de acesso aos serviços de saúde existentes em cada região brasileira,
    características importantes para o desenvolvimento de implementações de políticas de
    gestão de saúde e o seu acesso para a população.

  • AMUJACY TAVARES VILHENA
  • AVALIAÇÃO DE SAÚDE ORAL E SEUS DETERMINANTES SOCIAIS EM ADULTOS DAS
    COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ÁFRICA E LARANJITUBA, PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL

  • Orientador : HILTON PEREIRA DA SILVA
  • Data: 07/07/2023
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  • As comunidades remanescentes de quilombos são grupos sociais cuja
    identidade social e histórica os distingue do restante da sociedade. Essa identidade é a
    base para sua forma de organização, de sua relação com os demais grupos e de sua ação
    política. A maneira pela qual os grupos sociais definem a própria identidade é resultado
    de uma soma de fatores, escolhidos por eles mesmos: uma ancestralidade comum, formas

    de organização política e social, elementos linguísticos e religiosos. O objetivo deste
    trabalho foi realizar uma pesquisa odontológica para avaliar a saúde oral e seus
    determinantes referente à população adulta nas comunidades quilombolas de África e
    Laranjituba do estado do Pará. A metodologia adotada nesta pesquisa foi um estudo
    analítico e transversal de base populacional com a participação de 80 quilombolas
    adultos a partir do cálculo amostral. Os procedimentos metodológicos adotados nesta
    pesquisa possuem caráter quantitativo, com a utilização de dados primários e
    secundários. Os dados primários foram coletados por meio de trabalho de campo,
    aplicação de questionários e exames orais identificando os principais agravos e
    vulnerabilidades socioeconômicas. Ressalta-se que a saúde bucal exerce um papel
    precípuo sobre a saúde geral e qualidade de vida das pessoas. O comprometimento das
    condições bucais pode afetar o nível nutricional, o bem-estar físico e mental, bem como
    interferir negativamente na vida social das pessoas. Os resultados mostram que os
    determinantes sociais tem relação direta com os índice CPO-D e índice periodontal
    comunitário, desvelando processos acentuado de iniquidades em saúde.

  • ADALBERTO LIRIO DE NAZARE LOPES
  • LETRAMENTO EM SAÚDE ENTRE TRABALHADORES DO ENSINO SUPERIOR NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 13/04/2023
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  • O Letramento em Saúde (LS) envolve os saberes e competências pessoais, comunitárias e dos povos, por meio das relações educacionais, sociais, culturais entre gerações, mediadas por estruturas organizacionais, com a disponibilidade de recursos para acessar, compreender, avaliar e utilizar informações e Serviços do Sistema de Saúde na busca da autonomia em manter uma boa saúde e das pessoas e as comunidades. Na prática o desenvolvimento de saberes no campo da Saúde Coletiva, evoca-se e utiliza-se o LS como estratégia de alcançar indivíduos, trabalhadores da saúde, comunidades, coletividades, povos tradicionais e grupos, na lógica de buscar habilidades e conhecimentos obtendo autonomia na tomada de decisão, para a melhoria da qualidade de vida. O HLQ  Objetivo: Avaliar as condições do processo de LS de trabalhadores de uma Instituição de Ensino Superior. Método: Trata-se de estudo transversal realizado em um Instituto de Ciências da Saúde da Região Norte, que desenvolve a formação acadêmica de estudantes da área da Saúde. Resultados e Discussão: Foram considerados para a amostra 87 trabalhadores de ensino superior de um universo de 105 do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, 87 consentiram em participar, 8 recusaram-se, 7 estavam cedidos para outro setor. Dos entrevistados 50 (57,5%) eram predominantes do sexo masculino, enquanto que 35 (40,2%) eram do sexo feminino e 2 (2,3%) participantes não respondeu essa pergunta. (Tabela 1) Quanto ao estado civil, 39(44,8%), participantes se declararam casados(as) representando a maioria, seguido de solteiro(a)s (31%), união estável (11,5%), divorciado (9,2%) e viúvo(a) (1,1%). Com relação a raça/cor a maioria declarou-se parda 51(58,6%) e a menor identificada foi preta 15(17,2%), com relação a qualificação profissional e escolaridade completa dos participantes foi de 31(35,6%) de especialistas e a menor foi de doutores 2(2,3 %) dos trabalhadores o que demonstra ainda termos um número baixo de doutores com esse recorte na região amazônica. Considerações finais: Este estudo é vanguardista em abordar o Letramento em Saúde dentro de uma instituição formadora de profissionais da Área da Saúde e utilizou o primeiro instrumento multidimensional traduzido no país. Emerge a discussão ampla formativa de processo coletivo, em que todos em seus níveis de LS são responsáveis pelo processo de formação do profissional que sai da Universidade.

  • PRISCILA ESTER LIMA DA SILVA
  • DESAFIOS DOS CUIDADOS GRAVÍDICO-PUERPERAIS DURANTE A PANDEMIA COVID-19 EM BELÉM DO PARÁ

  • Orientador : HILTON PEREIRA DA SILVA
  • Data: 01/02/2023
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  • Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa a partir de uma perspectiva bioantropológica e de
    saúde coletiva envolvendo díades mães-bebês de alto e baixo nível socioeconômico (SES) do município de
    Belém, Pará, com o objetivo de compreender os desafios trazidos pela pandemia de Covid-19 no
    autocuidado das mulheres em estado gravídico e puerperal, os impactos nos cuidados parentais no
    puerpério e quais as estratégias mais comumente usadas por mulheres durante esse período especial. São
    analisados diferentes estratos socioeconômicos para identificar as condições de autocuidados consideradas
    necessárias pelas mulheres no período gravídico, assim como os cuidados ao bebê durante o puerpério em
    meio a uma pandemia. A pesquisa é parte de um estudo maior para compreender a formação do
    microbioma intestinal infantil na Amazônia, que coincidiu com o período de pico da pandemia no país. Foi
    desenvolvido então um protocolo considerando todas as recomendações epidemiológicas internacionais,
    utilizando entrevistas presenciais, quando possível, e também on-line, com mães de bebês nos primeiros
    dois meses de vida. A coleta de dados ocorreu entre os meses de julho de 2021 e março de 2022, de
    maneira a permitir a comparação entre as práticas desenvolvidas por mães de diferentes SES para lidar
    com os desafios da gravidez, parto e puerpério durante a pandemia. Observou-se que as mães encontraram
    dificuldades na interação social, no auxílio de familiares, no pré-natal, na renda, nas consultas no seu
    período gravídico-puerperal em meio a pandemia Covid-19, mas encontraram algumas formas de amenizar
    dificuldades relatadas com utilização de meios de comunicação como E-mail, WhatsApp, Instagram e
    Youtube para consulta, informações e ter alguma renda. Este estudo oferece um panorama de como o auge
    da pandemia afetou as mães e os bebês de diferentes SES em Belém e como estas reagiram, e poderá
    contribuir para o planejamento de políticas públicas voltadas aos cuidados maternos e infantis durante
    períodos de crises prolongadas, como epidemias e pandemias.

  • ARLISON PEREIRA FERREIRA
  • Fatores sociodemográficos e clínicos por microcefalia secundária de infecções teratogênicas no brasil: estudo ecológico

  • Data: 01/02/2023
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  • Introdução: As anomalias congênitas, incluindo as microcefalias, têm etiologia
    complexa e multifatorial, e podem ser causada por anomalias cromossômicas,
    exposição a teratógenos ambientais, doenças metabólicas e por infecções
    durante a gravidez. Objetivo: Verificar a associação entre variáveis
    sociodemográficas e clínicas de RNs com microcefalia secundária no Brasil.
    Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, com desenho ecológico,

    com abordagem analítica descritiva e inferencial. Foram avaliados recém-
    nascidos com microcefalia (≤28 dias), a partir da declaração de nascidos vivos

    e registrados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC).
    Categorizados em dois grupos: G1 (neonatos com uma das três infecções
    (Zika; Toxoplasmose; Sífilis) e G2 (neonatos com duas ou mais infecções)
    durante o período de janeiro de 2015 a dezembro de 2021. Resultados:
    Quanto à média móvel de casos de microcefalia por Unidade Federativa
    georreferenciadas, foi possível verificar a maior prevalência de casos na
    Região Nordeste, seguida da Sudeste e Norte, respectivamente (p <0,05). Foi
    analisado um total de 1.457 amostras, distribuídas em três grupos de infecções
    distintas: Sífilis (423), Toxoplasmose (295) e Zika Vírus (739). Na análise
    sociodemográficas (Tabela 1), mães autodeclaradas brancas prevaleceram nas
    infecções por zika vírus (30,3%) quando comparadas com as infecções por
    sífilis (19,8%) (p< 0,050). Do mesmo modo, mães autodeclaradas pretas
    prevaleceram em infecções por sífilis (15,1%), quando comparadas com
    infecções por Zika Vírus (4,8%) (p < 0,050). Em neonatos do sexo masculino
    houve menor prevalência da toxoplasmose (37,9%) em comparação ao zika
    vírus (47,9%), no entanto, no sexo feminino obteve uma perspectiva contrária,
    havendo maior prevalência de toxoplasmose (62,1%) quando comparado ao
    zika vírus (52,1%) (p =0,006). Nos anos 2015 e 2016 houveram maior
    incidência devido ao Zika vírus, enquanto em2018 e 2019, sífilis foi o principal
    fator teratogênico (p < 0,001). A infecção por toxoplasmose apresenta maior
    quantidade de nascimento prematuro (p = 0,025). Em 2015 houve maior
    quantidade de casos com uma infecção (p = 0,019). Mulheres com gestação
    mais tardia apresentaram infecção por Zika vírus, sendo a infecção isolada (p <
    0,05). A sintomatologia febre gestacional, exantema, prurido, conjuntivite, dor
    nas articulações, dores musculares, edema, dor de cabeça e hipertrofia
    ganglionar foram mais prevalente nas mães com Zika vírus(p < 0,05). Crianças
    com Zika vírus apresentaram maior peso ao nascimento (p < 0,001). A maioria
    dos casos para todas as infecções foram no pós-parto (p <0.001). Os exames
    de tomografia computadorizada, ultrassonografia simples e transfontanela
    foram mais precisos no diagnóstico de microcefalia na sífilis (p < 0,05).
    Discursão de acordo com os resultados apresentados, neste estudo aceita-se
    a hipótese alternativa do estudo, pois existem diferenças significativas entre as
    variáveis sociodemográficas e clínicas em relação à microcefalia secundária a

    infecções teratogênicas isoladas ou em coinfecção, no Brasil. Em relação aos
    fatores sociodemográficos georreferenciados no estudo, foi possível. Verificar a
    maior prevalência dos casos das doenças no período analisado no Nordeste,
    devido em parte à falta de políticas públicas nessas regiões. Conclusão: Os
    fatores sociodemográficose clínicos forneceram resultados relevantes para a
    compreensão epidemiológica do comportamento das infecções atreladas à
    microcefalia da população Brasileira. Esse contexto contribui para gerar
    evidências, basear e fortalecer políticas públicas, reestruturar estratégias para
    a execução de serviços de saúde e promover assistência de qualidade no
    âmbito da saúde coletiva.

     

     

  • CYNTHIA RAQUEL RIBEIRO PEREIRA
  • EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS NAS CLASSES HOSPITALARES EM BELÉM/PA

  • Data: 31/01/2023
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  • O presente estudo, intitulado EXPERIÊNCIAS DE PROFESORAS NAS CLASSES
    HOSPITALARES EM BELÉM/PA, tem como objetivo analisar como as experiências com
    estudantes/pacientes afetam as professoras que atuam nas Classes Hospitalares de Belém/PA.
    A Classe Hospitalar existe por conta de hospitalizações em médio e longo prazos, tendo o
    professor que lidar com sentimentos envolvidos nos fenômenos afeto/educação/vida/luto.
    Presença e ausência são perspectivas a serem consideradas diariamente nessa docência, em
    específico. Assim como as curas acontecem, as despedidas também são ocorrências presentes.
    Nesse sentido, a Educação Hospitalar, além do trabalho pedagógico, envolve todo um contexto
    de afetos vivenciados pelos docentes na relação com estudantes/pacientes que lutam pela cura
    de uma doença. O trabalho em questão trata-se de uma pesquisa de base qualitativa, de caráter
    descritivo, tendo como participantes professoras que atuam em Classes Hospitalares há pelo
    menos dois anos, em Instituições que dispõe desse espaço no município de Belém/ PA. A
    organização e análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo. Em termos de
    resultados, as entrevistadas demonstraram que o ingresso na classe hospitalar representou um
    grande desafio na carreira das mesmas, cuja formação inicial não contempla a realidade
    encontrada nas classes hospitalares, e considerando que esse espaço se difere bastante da
    classe regular. Constatou-se ainda que as afetações são comuns nesse contexto, no entanto o
    nível de afetação e os respectivos resultados tem a ver com o perfil do professor e a
    disponibilidade do mesmo em viver a experiência da Classe Hospitalar. A pesquisa permitiu
    perceber que a realidade encontrada pelas professoras nas Classes Hospitalares – sobretudo o
    contexto de doenças, sofrimentos, perdas – suscita nas mesmas diversos sentimentos, por isso
    a permanência nesse contexto exigiu muita coragem para alcançar a adaptação necessária.

  • TAINA DE SOUZA NASCIMENTO
  • CUSTOS DA PREMATURIDADE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: Uma análise do estado do Pará a partir do sistema de informações hospitalares do SUS

  • Data: 30/01/2023
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  • Introdução: O parto denominado pré-termo ou prematuro é definido pela concepção
    antes das 37 semanas de gestação e após ultrapassar 20 ou 22 semanas de gestação.
    Cerca de 190.000 bebês brasileiros por ano nascem com esta faixa de idade gestacional,
    número este elevado e considerado um importante problema de saúde pública, pois a
    prematuridade é um dos fatores determinantes mais importantes da mortalidade infantil.
    Existem no Brasil poucos estudos que estimam o custo da atenção neonatal voltada a este
    grupo, apesar de já consolidado o conhecimento sobre os altos valores que recém-
    nascidos pré-termos geram ao sistema de saúde em comparação com a criança a termo.
    Objetivos: Avaliar os custos hospitalares relacionados a prematuridade para o sistema
    único de saúde no estado do Pará, a partir da análise do Sistema de Informações
    Hospitalares (SIHSUS) e Sistema de informações de nascidos vivos (SINASC). Método:
    Trata-se de uma pesquisa de abordagem analítica, retrospectiva, descritiva e ecológica
    que será realizada através do levantamento de dados, no sistema de informação do
    Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando as
    informações da base de dados do SIHSUS e SINASC. Resultados: Predominaram mães
    auto identificadas da cor parda (88,68%), com idade média de 24 anos e escolaridade de
    8 a 11 anos de estudos (cerca de 49,82%). A maioria realizou entre 4 e 6 consultas pré-
    natais. Dos nascidos vivos do Pará, 6,69% são prematuros moderados a tardios. Foi
    observado aumento do custo total com RNPT a partir de 2016, apesar da queda do
    número de óbitos. No estado do Pará, 29% dos RNPT se internaram fora da sua RI,
    sendo que destes, 92% procuraram a RI do Guajará. Conclusão: O aumento acentuado
    na prevalência da prematuridade combinado com o alto custo do RNPT, sugere a
    necessidade de políticas de saúde que visem o investimento mais efetivo dos gastos.
    Apesar de essenciais ao SUS, os dados estavam incompletos por vários anos em algumas
    RI, desta forma foi observada a necessidade de melhor manutenção periódica do sistema
    do DATASUS. Existe a necessidade de mais estudos sobre os custos dos RNPT na
    região norte, visto a sua importância para a formulação de políticas de saúde de
    qualidade e efetivas a população.

  • KATH ELIZANDRA BASTOS SILVA
  • ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS DE IMPLANTE COCLEAR EM UM
    HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO NORTE,
    BRASIL

  • Data: 30/01/2023
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  • Introdução: Pacientes com perda auditiva severa a profunda são indicados ao
    tratamento com Implante Coclear (IC) que possibilite a melhoras de níveis de audição
    para valores próximos aos de um ouvinte normal. No entanto, é fundamental que se
    tenha o acompanhamento pós-implante coclear para realização da ativação dos
    eletrodos implantados, ajustes quando necessários, programas de estímulo e
    treinamento auditivo, para que assim se tenha êxito no tratamento. Objetivo: Analisar
    a assistência aos usuários de implante coclear, em um Hospital Referência na região
    Norte, Brasil. Metodologia: Trata- se de um estudo quantitativo e descritivo, de caráter
    transversal referente aos implantes cocleares realizados no Hospital Universitário
    Bettina Ferro de Souza no período de janeiro de 2011 a dezembro 2021, cuja amostra
    serão coletadas de prontuários de pacientes na faixa etária de 18 anos a maiores de
    60 anos (72 ) dados obtido do sistema da Unidade de monitoramento ambulatorial,
    Setor de Regulação e Avaliação em Saúde e banco de dados do programa de Implante
    Coclear. Para aplicação do estudo foi utilizado um formulário próprio. E os dados
    serão armazenados em um banco nas planilhas do Microsoft Excel 2007®, e
    posteriormente interpretados e apresentados em forma de tabelas e gráficos. A análise
    estatística será descritiva realizada no programa estatístico Epi Info® versão 7.4.2.0,
    considerando medidas de tendência central e dispersão, bem como frequências relativas
    e absolutas. Resultado: identificou-se que no período de 2011 a 2021 o maior número
    de procedimentos ocorreu no ano 2015, com os maiores custos, sendo a maior parte
    dos IC realizadas em adultos jovens n=46,9 anos (± 14,9%) do sexo masculino n=44
    (50,5%), de cor parda n=74 (85%), com 9 anos de estudo n=13 (14,9%), sendo Belém
    o município com maior número de implantados. Ademais, os pacientes que receberam
    o implante não realizaram regularmente as consultas com a equipe multiprofissional e
    as terapias fonoaudiológicas. também, vale ressaltar que nem todos os equipamentos
    fonoaudiológicos do programa estavam completos e funcionantes de acordo com o que
    preconiza a portaria ministerial. Conclusão: Neste estudo foi possível conhecer como
    é realizada a assistência aos usuários pós implante coclear nos últimos 10 anos em um
    serviço de referência na região norte. No que tange a organização do serviço, os
    investimentos repassados, o perfil e acompanhamentos dos usuários. Os dados
    levantados podem contribuir para reduzir as barreiras e as limitações enfrentadas pelos
    usuários , assim como efetivar a organização da rede quanto a encaminhamento e
    acesso pela população aos serviços; , ampliação das pactuação entre os municípios,
    aumento da divulgação do serviço de referência; adequações das equipes
    multiprofissionais, busca ativa de usuários faltosos, melhor gerenciamento dos
    recursos, além do aprimoramento das políticas públicas que propiciem o bom
    funcionamento da rede de atenção à saúde auditiva.

  • GIZEUDA ROSI BAHIA
  • FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO SUGESTIVOS PARA TRANSTORNOS
    ALIMENTARES E INSATISFAÇÃO DE IMAGEM CORPORAL EM NUTRICIONISTAS NO BRASIL

  • Data: 24/01/2023
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  • A aparência do profissional nutricionista é levada em consideração pela. A
    necessidade de se encaixar ao padrão de beleza recai sobre o nutricionista, pois este é visto
    como referência de saúde e bem-estar. O surgimento e a manutenção dos transtornos
    alimentares (TA) podem ser influenciados pelo padrão de beleza da sociedade atual, pelas
    mensagens e valores passados pela mídia, pela influência dos pares e pelas emoções que,
    quando não administradas corretamente, agravam e predispõe ao quadro. O objetivo foi
    investigar a frequência de comportamentos sugestivos para transtornos alimentares e
    insatisfação corporal em nutricionistas ativos no Conselho Federal de Nutricionistas
    (CFN) que moram no Brasil. Pesquisa transversal de caráter descritivo realizada em 273
    nutricionistas devidamente inscritos no CFN, no Brasil. A amostra foi coletada de forma
    online por meio de divulgação via redes sociais atingindo todos os estados do Brasil. A
    pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo a primeira sensibilização da amostra e a
    segunda, aplicação e preenchimento dos questionários sociodemográfico e clínico, o
    SCOFF-BR e o BSQ-34. As informações coletadas foram exportadas para planilhas
    eletrônicas do Programa Microsoft Excel (2010) para a composição do banco de dados.
    As análises estatísticas foram feitas em três etapas: Análise Exploratória de Dados, Teste
    Exato de Fisher e Teste Qui-Quadrado (testar a Prevalência), e Regressão Logística. A
    maioria da amostra foram do sexo feminino.72,16%, eutróficos e que apresentaram
    resultados negativos para o SCOFF com. A prevalência significativa para TA foi maior
    em indivíduos com execesso de peso (51,32%), de acordo com o Teste Qui-Quadrado.
    45,42% apresentaram algum grau de distorção de imagem corporal. Houve associação
    significativa entre nutricionistas com algum grau de distorção de imagem e indivíduos
    eutróficos, sendo este estado nutricional, fator de risco para TA comparados a indivíduos
    de baixo peso. Foram encontradas associações significativas positivas entre IMC e
    comportamentos sugestivos para transtornos alimentares e distorção da imagem corporal,
    principalmente em profissionais com excesso de peso. Ainda se faz necessário mais
    pesquisas em maior escala nesta classe de profissionais.

  • JOSIAS BOTELHO DA COSTA
  • EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM POPULAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL DE 2009 A 2018

  • Data: 23/01/2023
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  • A violência sexual é um problema de saúde pública, social e com implicações na
    segurança e no acesso à justiça, que pode acontecer em contextos culturais e
    socioeconômicos diversos, com significado abrangendo qualquer que seja a
    tentativa ou atos efetivados contra a sexualidade de outra pessoa. No Brasil, o
    desenvolvimento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação permitiu
    a obtenção de dados sobre este tipo de violência em populações pouco
    exploradas, a exemplo da população indígena que se tornou objeto de estudo
    nesta pesquisa. O objetivo foi analisar a evolução das notificações dos casos de
    violência sexual contra população indígena no Brasil de acordo com a base de
    dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2009
    à 2018. Desenvolveu-se um estudo descritivo e ecológico de série temporal com
    2361 notificações de violência sexual contra a população indígena, com dados
    coletados da plataforma TABNET e analisados através do Software Microsoft
    Excel e Software Epi Info. O resultado mostrou que houve crescimento das
    notificações e de locais notificadores no país e que as vítimas foram em sua
    maioria mulheres (93,4%), na faixa etária de 10 a 19 anos (52,4%), com baixa
    escolaridade, sendo o estupro o tipo de violência mais perpetrado, com maior
    frequência causado por autores conhecidos e contra essas mulheres em mais
    de 90% das ocorrências, comumente tendo como local a residência (57,7%). Os
    agressores foram homens (90,7%), na fase de vida adulta, com quem referiram
    contato íntimo e familiar em 34% das notificações e com repetição da violência
    tendo relação com essa proximidade entre as partes, não tendo relação com
    uso de álcool em 42,6% dos casos. O estudo recomenda investimentos para a
    expansão dos serviços de notificação no país, fomento na educação
    permanente e criação de políticas públicas intersetoriais de combate à violência
    sexual e sensíveis à autonomia e direitos indígenas.

  • ELINIETE DE JESUS FIDELIS
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL E METABÓLICO DE POVOS INDÍGENAS DO MÉDIO XINGU E TERRA INDÍGENA MÃE MARIA, EM 2007 e 2021: NOVOS DESAFIOS

  • Data: 23/01/2023
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  • Este estudo foi realizado com o objetivo de investigar o perfil metabólico e antropométrico de sete grupos indígenas da Amazônia brasileira descrevendo a prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares (alterações antropométricas - sobrepeso e obesidade, obesidade central; hipertensão arterial, hiperglicemia, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia) na população adulta de sete povos indígenas do estado do Pará, no período de 2007 a 2021. Os dados epidemiológicos obtidos mostram que o perfil antropométrico nos povos indígenas investigados é heterogêneo. Há etnias nas quais as prevalências de alterações nutricionais e de hipertensão arterial sistêmica que ainda são baixas, como os Araweté, Arara, e Xikrin do Bakajá, enquanto que outras, como Kararaô, Parakanã, Asurini do Xingu e Gavião, exibem frequências elevadas de excesso de peso e de obesidade abdominal. Por outro lado, as alterações metabólicas como hiperglicemia e dislipidemia ainda não exibem prevalências elevadas, tanto na comparação com os dados na população brasileira não indígena, como na comparação com outros povos indígenas brasileiros. o que pode indicar que o processo de “ocidentalização” dos costumes está em curso, em graus variáveis, e que a transição nutricional e epidemiológica se encontra em um estágio inicial para algumas etnias e um estágio intermediário para outras, o que permitiria que ações de educação em saúde fossem utilizadas para conter ou minimizar a progressão e instalação desse fatores de risco cardiorrespiratórios. As modificações do perfil antropométricos se devem, em parte, a mudanças acentuadas do ponto de vista sociocultural e ambiental experimentadas pelos povos indígenas, em especial nas última três décadas, em graus variáveis, associados a um perfil genético subjacente que precisa ser melhor investigado e caracterizado.

2022
Descrição
  • ALINE LOBATO DE FARIAS
  • Amandaba na Amazônia - prevalência, fatores de risco e percepção de autocuidado como preditores de neuropatia periférica diabética em pacientes com diabetes tipo 2: um estudo transversal

  • Data: 07/11/2022
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  • Introdução: A neuropatia periférica diabética está entre as complicações mais comuns do diabetes mellitus tipo 2, de acordo com a progressão da doença, pode ocorrer a perda gradual da sensação protetiva na pele e articulações do pé, aumentando os riscos de lesão. Este estudo tem como objetivo verificar se fatores de risco socioeconômicos e de saúde, bem como o autocuidado, influenciam o nível de neuropatia do pé em pacientes com diabetes tipo 2. Método: Estudo transversal observacional incluindo indivíduos ≥ 30 anos com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 sem doenças neurológicas selecionados aleatoriamente em duas unidades de ESF do município de Belém-PA. O questionário Michigan Neuropathy Screening Instrument foi aplicado para definir a presença de neuropatia diabética. Foi realizada análise descritiva considerando médias e desvio-padrão para variáveis com distribuição normal e mediana e intervalo de confiança de 95% para variáveis com distribuição não-normal. Foi aplicado o teste qui-quadrado para identificar a diferença entre os grupos considerando a presença ou não de neuropatia diabética, em seguida foram aplicadas regressão logística binária e regressão logística multivariada para verificar as variáveis preditoras da neuropatia diabética. A significância estatística considerou o p-valor ≤ 0.05 e intervalo de confiança de 95% Resultado: A prevalência de neuropatia diabética de acordo com o MSNI foi de 66,6%. A presença de neuropatia está associada ao sexo, dislipidemia e aumento da microalbuminúria. A análise de regressão logística revelou que indivíduos do sexo masculino, aumento do IMC e níveis de HDL foram significativamente associados com a neuropatia periférica diabética. Conclusão: A prevalência da neuropatia periférica diabética na população estudada foi alta, e significativamente associada aos homens, e ao aumento do IMC e HDL.

  • VICTORIA BRIOSO TAVARES
  • Amandaba na amazônia - Letramento em saúde como preditor do autocuidado e parâmetros bioquímicos em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 assistidos pela atenção primária em Belém-PA


  • Data: 04/11/2022
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  • INTRODUÇÃO: O letramento em saúde (LS) é considerado um determinante social de saúde pela Organização Mundial de Saúde, conferindo empoderamento da população ao trazer autonomia e capacidade de usar as informações de saúde de maneira efetiva. Um dos modelos atuais de LS admite que o mesmo não é inerente ao indivíduos, mas da interação dele com o ambiente e sociedade, distinguindo o LS em três dimensões: funcional, comunicativo e crítico. No Brasil existem escassos estudos que realizem um diagnóstico do LS dentre as pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) utilizando questionários que avaliam multidimensionalmente o LS, o que impede a compreensão do real efeito nesta população tendo em vista que nesse contexto é fundamental o engajamento na tomada de decisões em saúde refletindo diretamente no autocuidado. Dessa forma torna-se relevante avaliar o LS no âmbito do DM2 na atenção primária à saúde, considerando sua relação com o autocuidado, na hipótese de que o LS pode influenciar no controle dos parâmetros bioquímicos e na manutenção do autocuidado. OBJETIVO:  1) Analisar se variáveis socioeconômicas são preditoras de LS; 2) verificar se o LS e suas dimensões são determinantes de parâmetros bioquímicos e 3) se o LS é um determinante de autocuidado em pacientes com DM2. MÉTODOS: Estudo observacional transversal, com análises descritivas e inferenciais. Foram incluídos indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, com 30 anos ou mais. A coleta de dados foi baseada em um questionário individual padronizado que incluiu variáveis socioeconômicas: sexo, idade, raça/cor, escolaridade (número de anos de escolaridade formal), LS e renda per capita. O LS foi avaliado pelo 14-item Health Literacy Scale e o autocuidado foi avaliado por meio do Diabetes Self-Care Activities Questionnaire. Os parâmetros bioquímicos analisados incluíram: hemoglobina glicada, triglicerídeos, colesterol total, HDL, LDL, NHDL e microalbuminúria. Realizou-se análise estatística descritiva, construíram-se modelos logísticos multivariados e de regressão linear múltipla para delinear as relações entre os escores totais e também os diferentes domínios de LS e autocuidado, bem como entre LS e exames laboratoriais. Para a escolha do modelo e a significância da associação foi considerado o valor de p < 0,05. RESULTADOS: Foram incluídos 199 participantes. O sexo feminino (p= 0,024) e a maior escolaridade (p= 0,005) foram preditores de melhor LS funcional. O LS crítico baixo foi preditor do controle glicêmico (p= 0,008). O sexo feminino (p= 0,004) foi

    preditor do controle do colesterol total e LS crítico baixo (p= 0,024), o mesmo foi encontrado para LDL, sexo feminino (p= 0,027) e LS crítico baixo (p= 0,007). O sexo feminino foi preditor para HDL (p= 0,001) e baixo LS funcional para triglicerídeos (p = 0,039). O sexo feminino foi preditor de níveis elevados de microalbuminúria (p= 0,014). O baixo LS crítico foi preditor de uma dieta específica inferior (p= 0,002) e o LS total baixo de baixo cuidado com medicamentos (p= 0,027). CONCLUSÃO: Na população estudada o sexo feminino e a escolaridade foram as variaveis socioeconomicas determinantes do LS. O sexo feminino, o LS crítico baixo e o LS funcional baixo foram determinantes de parâmetros bioquimicos. O LS total e o crítico foram determinantes do autocuidado.


  • TÁRCIO SADRAQUE GOMES AMORAS
  • SOBREVIDA, MORTALIDADE E PREDITORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E SUAS COMPLICAÇÕES RENAIS: ESTUDO RETROSPECTIVO EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 05/10/2022
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  • Objetivo: Avaliar a sobrevida, preditores e mortalidade em indivíduos com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Seguimento ST (IAMCSST) e Síndrome Cardiorrenal Tipo 1 (SCR1) de acordo com fatores sociodemográficos e clínicos na Amazônia Oriental. Método: Este é um estudo observacional, retrospectivo, de caso controle, com análises descritivas e inferenciais. Foram avaliadas duas populações de pacientes com IAMCSST (n = 683) e com Insufucuência Cardíaca Aguda (ICA) (n = 183) com idade> 18 anos internados no período de janeiro de 2017 a maio de 2021 em um hospital público referência em nefrologia e cardiologia. Os pacientes foram categorizados em dois grupos, na população com IAMCSST: os que sobreviveram (n = 646) e os que foram a óbito (n = 37); na população com ICA os com SCR1(n = 72) e os sem SCR1 (n = 111). Resultados: Os pacientes com IAMCSST que tiveram maior chance de mortalidade foram frequentemente os mais velhos (G1: 61,58 ± 10,74 anos; G2: 69,57 ± 9,02 anos; t = -4,492; P = 0,001), com classificações Killip III-IV (OR = 0,13; IC 95% = 0,02–0,71; P = 0,03) e com doenças como insuficiência cardíaca (OR = 0,07; IC 95% = 0,004–1,50; P = 0,168) ou insuficiência renal (OR = 0,03; IC 95% = 0,006– 0,16; P = 0,0001). Além disso, sexo feminino (taxa de risco = 2.073; IC 95% = 1.413–5.170), classificações Killip III-IV (taxa de risco = 4.041; IC 95% = 1.703–18.883) e a presença de insuficiência cardíaca (taxa de risco = 34,10; IC 95% = 4,41–263,68) ou insuficiência renal (hazard ratio = 14,27; IC 95% = 3,27–62,25) influenciaram na redução da sobrevida hospitalar. Já dos pacientes com ICA, 72 (39,3%) deles apresentaram SCR1, e 33 (16,6%) evoluíram com Insuficiência Renal Aguda (IRA) dialítica. Identificou-se prevalência da Insuficiência Renal Crônica (IRC) (p = 0,003), hipertensão não controlada (p = 0,005), não adesão alimentar/hídrica (p = 0,043), idade avançada (p = 0,004) e elevação da PA sistólica (p= 0,021) no grupo com SCR1. Dos fatores de descompensação que contribuíram para o agravamento da ICA, apenas a não adesão alimentar/hídrica foi considerada preditora para SCR1 (p = 0,003; OR = 81.45; IC95%: 4,38 – 1513,13). Estes fatores não foram considerados preditores de letalidade intra-hospitalar, sendo apenas identificado como fator a IRA dialítica nestes pacientes (p = 0,010; OR = 15,5; IC95%: 1,93 – 124,35). Conclusões: As análises feitas com indivíduos diagnosticados com as doenças cardiovasculares estudadas (IAMCST e ICA/SCR1), e fatores sociodemográficos e clínicos, forneceram resultados relevantes para a compreensão epidemiológica do comportamento das doenças no segmento populacional da Amazônia Orinetal. O que pode contribuir para gerar evidências, basear e fortalecer políticas públicas, reestruturar estratégias para a execução de serviços de saúde e promover assistência cardiológica de qualidade.

  • ERICA VANUSA BORGES GOMES
  • INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA EM ADULTOS NO

    ESTADO DO PARÁ

  • Orientador : NAIZA NAYLA BANDEIRA DE SA
  • Data: 14/06/2022
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  • Objetivo: Este estudo analisou a distribuição espacial de hemodiálise crônica entre as
    pessoas adultas no estado do Pará, considerando período compreendido entre 2012 e 2021,
    por meio do sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS),
    no Programa de Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
    Método: Realizou-se um estudo do tipo ecológico de análise espacial, descritivo e transversal,
    com obtenção de dados secundários de indivíduos adultos de ambos os sexos atendidos nos
    municípios que possuem a Terapia Renal Substitutiva, utilizando as variáveis sexo e faixa
    etária adulta categorizada de acordo com o disponibilizado pelo SIA-SUA/DATASUS. Para
    aplicação dos testes estatísticos foi utilizado o programa Bioestat 5.0. Resultados: Foi
    possível identificar um incremento de aproximadamente 50.000 novas sessões de do início ao
    fim do período de estudo. Atualmente, apenas 15.8% dos municípios do estado ofertam
    hemodiálise crônica, sendo necessário o deslocamento dos pacientes de seus municípios de
    origem para o centro de tratamento. A maioria dos indivíduos do estudo são pertencentes ao
    sexo masculino (57%), sendo que o quantitativo de casos aumenta conforme a idade, onde na
    população e período estudado, as faixas etárias de 55 a 59 (21,77%) e de 50 a 54 anos (20,
    15%) tiveram a maior porcentagem de sessões realizadas, enquanto que a faixa etária de 20 a
    24 anos (4,43%) a menor. Todas as análises tiveram nível de significância estatística (p–valor
    <0,05). Conclusões: O reconhecimento e o acompanhamento, ainda na atenção primária, dos
    indivíduos que apresentam os fatores de risco identificados podem contribuir para a
    implementação de ações de promoção de saúde e prevenção de doenças. Essa pesquisa é
    importante para implantação de medidas preventivas e assistenciais da IRC, fomentando a
    discussão acerca da contenção de gastos advindos da evolução abrupta da doença, por cursar
    com alto grau de incapacidade e por seu tratamento ter alto custo para o Sistema Único de
    Saúde (SUS), sabendo-se que a doença renal pode ser retardada ou evitada com medidas a
    nível de Atenção Primária em Saúde (APS), tendo relação direta com o alcance das políticas
    públicas relacionadas a sua prevenção e controle de fatores de risco.

  • MARCIO VINICIUS DE GOUVEIA AFFONSO
  • CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE: FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E
    ORGANIZACIONAIS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL ASSOCIADOS AO
    TEMPO PARA O INÍCIO DO TRATAMENTO E À MORTALIDADE

  • Data: 04/06/2022
  • Mostrar Resumo
  • Objetivo: Primeiramente, investigar a associação entre fatores sociodemográficos e
    organizacionais dos serviços de saúde bucal e a mortalidade por câncer de boca e orofaringe.
    Em seguida, analisar a evolução do tempo para início do tratamento dessas neoplasias, de
    acordo com fatores sociodemográficos, socioeconômicos, clínicos e terapêuticos. Método:
    Inicialmente, desenhou-se um estudo ecológico que investigou os óbitos causados pelo câncer
    de boca e orofaringe, de 2000 a 2019. As taxas de mortalidade foram padronizadas e
    comparadas entre as faixas etárias, sexo e regiões. A associação entre as variáveis relacionadas
    aos serviços de saúde bucal e a mortalidade foi analisada com testes de correlação. A análise
    de sobrevida considerou a variável raça/etnia e incluiu estimativas de Kaplan-Meier, testes de
    Log Rank e regressão de Cox. Posteriormente, elaborou-se outro estudo ecológico tendo o
    tempo para início de tratamento como objeto de estudo, com base nos dados secundários dos
    Registros Hospitalares do Câncer. Para identificar a associação entre o tempo e as variáveis
    avaliadas, testes de Kruskal-Wallis e Wilcoxon foram utilizados. Para avaliar a tendência
    temporal, foi utilizado o teste de correlação de Spearman. Resultados: Quanto à mortalidade,
    as taxas aumentaram com a idade e foram maiores nos homens. As Regiões Sul e Sudeste
    apresentaram as maiores taxas para os homens, e as regiões Nordeste e Sudeste para as
    mulheres. Homens, indivíduos pretos e residentes da Região Sul foram mais associados ao
    óbito. A correlação da cobertura de saúde bucal na atenção básica foi alta e negativa, já para o
    número de centros de especialidade odontológica e de biópsias de tecidos moles da boca, a
    correlação foi alta e positiva. Em relação ao tempo para início do tratamento, em ambos os
    cânceres houve tendência de aumento, maiores intervalos em indivíduos acima dos 39 anos, em
    indivíduos considerados pretos, pardos e indígenas, naqueles com grau de escolaridade < 8
    anos, nos residentes das regiões Norte, Sudeste e Nordeste, naqueles em estadiamento III e IV
    e nos submetidos primeiramente à radioterapia. Conclusões: Os padrões de mortalidade e
    sobrevida de indivíduos com câncer de boca e orofaringe estão associados a fatores
    sociodemográficos como sexo, idade, região geográfica e raça/etnia. Ademais, procedimentos
    preventivos não vêm sendo amplamente realizados. Da mesma forma, o tempo para início de
    tratamento está associado a fatores sociodemográficos, socioeconômicos e clínicos, sugere-se
    que devido aos avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento, à organização dos pontos da
    rede oncológica e às barreiras socioeconômicas e geográficas, reflexos dos Determinantes
    Sociais de Saúde.

  • RENANDA GISELLE SILVA BEZERRA
  • IMIGRAÇÃO E VULNERABILIDADES: PERSPECTIVA DA SITUAÇÃO DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DOS INDÍGENAS VENEZUELANOS WARAO EM BELÉM/PARÁ/BRASIL

  • Data: 03/06/2022
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  • Impulsionados por múltiplos fatores (econômicos, políticos e ambientais), os processos migratórios têm marcado a história de diversos países. A crise na Venezuela vem impactando de forma significativa na subsistência de sua população, entre estes os indígenas da etnia Warao, que diante deste cenário de instabilidade, tem intensificado o deslocamento para os países fronteiriços, especialmente o Brasil, e se abrigando nas cidades locais como Belém-Pará. As repercussões desta transição refletem negativamente sobre a saúde desses indivíduos em situação de vulnerabilidade, inclusive, as relacionadas à alimentação e nutrição. Em uma revisão narrativa de literatura, este trabalho discute sobre a situação da migração e os determinantes de saúde dos imigrantes Warao e complementa, em um estudo de caso, a descrição da situação de saúde e nutrição de uma amostra dos indígenas Warao de um abrigo em Belém-Pará, a partir das informações obtidas em um relatório proveniente de uma ação estratégica de saúde da FUNPAPA. Os resultados mostram que os Warao apresentam diversos níveis de insegurança alimentar e risco nutricional, onde foi apontado que 83,3% dos homens e 60% das mulheres estavam com sobrepeso ou obesidade, e cerca de 50% das crianças de 0 a 9 anos de idade assim como jovens apresentaram atraso de crescimento. Este levantamento reforça o contexto de vulnerabilidade nesta área urbana, havendo, portanto, a necessidade de construção de políticas públicas e oferta de serviços mais adequados à essa população.

  • ARIANA SANTANA DA SILVA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 20/05/2022
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  • A leishmaniose visceral é uma zoonose emergente com ampla distribuição em
    países de clima tropical e subtropical. É considerada uma doença negligenciada pela
    OMS e possui distribuição mundial, atingindo cerca de 50 a 90 mil indivíduos por ano.
    Tem se expandido e urbanizado, sendo sua transmissão e expansão associadas a diversos
    fatores. Diante disso este estudo tem objetivo de descrever o perfil epidemiológico dos
    pacientes com Leishmaniose Visceral no estado do Pará no período de 2015 a 2019. Foi
    realizado um estudo descrito, quantitativo e retrospectivo. O estudo foi desenvolvido a
    partir de informações contidas no banco de dados Sistema de Notificação de Agravos e
    Doenças (SINAN) fornecidos pela Secretaria de Saúde pública do estado do Pará
    (SESPA). Foram analisados 2.155 casos de LV confirmados e calculado a taxa de
    incidência e taxa de mortalidade por mesorregião e município do estado. A região
    sudeste apresentou as maiores taxas de incidência e mortalidade da doença, com
    predomínio no município de Xinguara, havendo concentração do sexo masculino e os de
    menores de 04 anos foram os mais acometidos. Este estudo possibilitou agregar novos
    conhecimentos acerca desta patologia, analisar a evolução os fatores desencadeadores,
    bem como gerou resultados que possam subsidiar ações efetivas na saúde pública para
    controle e prevenção da doença.

  • BRENDA RAMOS SANTOS
  • FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO ASSOCIADOS À HIPERTENSÃO EM NEGROS NO BRASIL: Dados do Vigitel 2018

  • Orientador : NAIZA NAYLA BANDEIRA DE SA
  • Data: 09/05/2022
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  • As desigualdades étnico-raciais têm conquistado espaço e importância ainda maiores no
    desenvolvimento de distintos perfis de doença em consequência de atuais e súbitos episódios
    globais, sendo assim a cor da pele ou raça se tornou símbolo de precárias condições de saúde,
    situação retratada como um problema de saúde pública e de elevadas desigualdades sociais em
    diversos países. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde avalia que aproximadamente
    600 milhões de indivíduos possuam hipertensão arterial sistêmica e que anualmente aconteçam
    7,1 milhões de óbitos em decorrência dela. Logo, quando se trata da população negra nota-se
    maiores prevalências de hipertensão arterial em indivíduos negros quando comparados aos
    brancos. O objetivo do estudo foi identificar os fatores associados à hipertensão arterial em
    adultos negros no Brasil, a partir de dados do VIGITEL 2018. Trata-se de um estudo transversal,
    realizado a partir de dados secundários obtidos por meio do banco de dados do Vigitel Brasil
    2018: População Negra. As variáveis analisadas no estudo foram: idade, escolaridade, estado
    conjugal, bolsa família, estado de saúde, posse de plano de saúde, consumo abusivo de álcool,
    hábito de fumar, inatividade física, índice de massa corporal, hipertensão, diabetes, tratamento
    medicamentoso para hipertensão, tratamento medicamentoso para diabetes, consumo
    recomendado de frutas e hortaliças. Foi calculado o percentual da população total e por sexo.
    Posteriormente foi calculado a prevalência de hipertensão arterial para todas as variáveis,
    segundo sexo, utilizando nível de significância de 5% (p < 0,05), por meio da aplicação do teste
    do Qui-quadrado de Pearson. Por fim, foi aplicada a Regressão Logística por meio do programa
    Minitab na versão 21. A prevalência de hipertensão arterial encontrada na população de raça/cor
    negra estudada foi de 24,13% (com diagnóstico médico autorreferido). O teste do Qui-quadrado
    de Person evidenciou que a prevalência de hipertensão arterial na população total estudada foi
    mais elevada na faixa etária de 18 a 29 anos (61,2%), não diabéticos (69,3%) e pessoas que
    realizam o tratamento medicamentoso para diabetes (71,5%). Nos homens a prevalência de
    hipertensão foi maior na faixa etária de 60 anos ou mais (58,9%) e com o diagnóstico
    autorreferido de diabetes (66,2%). Nas mulheres a prevalência de hipertensão arterial foi mais
    elevada na faixa etária de 60 anos ou mais (63,2%), como diagnóstico autorreferido de diabetes
    (72%) e que realizam o tratamento medicamentoso para diabetes (75%). Por meio da Regressão
    Logística as variáveis associadas como fator de proteção para hipertensão arterial foram: sexo
    feminino (12%), ex fumante (44%), consumo de frutas (26%) e posse de plano de saúde (7,0%).
    Como fator de risco para hipertensão arterial, as variáveis associadas foram: consumo de álcool,
    inatividade física, faixa etária de 18 a 29 anos (18,51%), escolaridade de 12 anos ou mais de
    estudos (1,47%), estado conjugal solteiro (1,14%), estado de saúde muito bom (3,27%), baixo

    peso (5,53%), diabetes (6,70%) e sem tratamento para a diabetes (1,65%). A partir disso, nota-
    se que a população negra necessita de políticas e apoio para a redução das diferenças sociais e

    para isso é necessário políticas e ações afirmativas, que visibilize e responda às suas
    necessidades. E torne o sistema único de saúde capacitado para assistir este segmento
    populacional.

  • IVANA MARVAO MONTEIRO
  • “Fatores associados à mortalidade de mulheres gestantes e puérperas com Covid-19 grave no Brasil:estudo de base populacional”

  • Orientador : NAIZA NAYLA BANDEIRA DE SA
  • Data: 04/05/2022
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  • No Brasil, a pandemia da COVID-19 tem apresentado elevadas taxas de incidência e
    mortalidade, colocando o país nos primeiros lugares em número de casos e mortes no mundo.
    Na população de mulheres grávidas e puérperas, a mortalidade é possivelmente afetada por
    características inerentes às adaptações fisiológicas no organismo materno, pela presença de
    comorbidades e por atrasos no recebimento de cuidados adequados em saúde. O estudo
    objetivou analisar quais são os fatores de risco associados à mortalidade por COVID-19 em
    mulheres no ciclo gravídico-puerperal, comparar os resultados entre as sobreviventes e não
    sobreviventes, distribuídas entre os anos de 2020 e 2021 e avaliar a distribuição espacial do
    número de óbitos. Foi realizada análise secundária do banco de dados do Sistema de
    Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe - SIVEP-Gripe. Foram incluídas gestantes
    e puérperas hospitalizadas com diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave causada
    por COVID-19 e notificadas no período de 26 de fevereiro de 2020 a 25 de julho de 2021.
    Foram coletados dados demográficos, características clínicas, uso de recursos de terapia
    intensiva e e desfechos de casos (cura e óbito). Para análise estatística, foi utilizado o software
    Statistical Package for Social Science, versão 21 e os testes Whitney-Mann, Fisher, Qui-
    Quadrado. Foram identificados 1.685 óbitos e a regressão logística multivariada mostrou que
    para a população obstétrica no Brasil os principais fatores de risco para morte causada pela
    COVID-19 foram (OR/ IC 95%) ser jovem com idade inferior à 35 anos (1,03/ 0,98-1,05),
    estar no pós-parto no momento da notificação (2,46/ 1,84-2,60), ter como comorbidade a
    obesidade (1,42/ 1,11-1,83), seguida de doença cardiovascular (1,12/ 0,76-1,65) e diabetes
    (1,03/ 0,94-1,05), ter sido admitida em unidade de terapia intensiva (2,13/ 1,56-2,90) com
    suporte de ventilação não invasiva (8,82/ 5,32 -14,61) e invasiva (2,90/ 1,82-4,63). Ser da
    raça/cor branca se mostrou ser um fator de proteção (0,58/ 0,34-0,99). A distribuição espacial
    dos óbitos se concentrou em municípios com menos de 100 km da unidade notificadora
    (85,40%) e da região centro-sul do Brasil (43,67%). A mortalidade causada pela Covid-19 na
    população obstétrica brasileira é afetada por características clínicas, mas os determinantes
    sociais e barreiras de acesso aos cuidados de saúde também parecem desempenhar um papel.
    É urgente reforçar as medidas de contenção dirigidas à população obstétrica e garantir
    cuidados de qualidade durante toda a gravidez e puerpério.

  • PETTRA BLANCO LIRA MATOS
  • Condição socioeconômica e saúde bucal na Amazônia Legal

  • Data: 14/04/2022
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  • O objetivo do estudo foi descrever a relação de aspectos socioeconômicos e os
    indicadores de saúde bucal na Amazônia Legal. Trata-se de um estudo ecológico com
    dados secundários e variáveis correspondendo aos indicadores de saúde bucal do Pacto
    de Indicadores da Atenção Básica, Pacto pela Saúde, transição Pacto pela Saúde/COAP,
    Rol de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores e PMAQ-AB/3° ciclo, além do IDHM
    dos estados da Amazônia Legal. Foi utilizado o software SPSS versão 26.0 para análise
    das médias, valores mínimos e máximos e desvio padrão; ademais os indicadores foram
    analisados conforme as faixas de IDHM encontradas na região. Os resultados
    demonstraram que o desenvolvimento humano variou de muito baixo a alto entre os
    estados da região e com a maioria dos indicadores de saúde bucal não obtendo alcance de
    metas ou parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Conclui-se que os estados
    com menor desenvolvimento humano, apresentaram melhores desempenho; assim como
    há carência desses estudos na região da Amazônia Legal.

  • REGIANE PADILHA DOS SANTOS
  • KATUANA NA AMAZÔNIA: INSEGURANÇA ALIMENTAR EM QUILOMBOLAS MARAJOARAS

  • Orientador : MARIA DO SOCORRO CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA BASTOS
  • Data: 01/04/2022
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  • Objetivo: Determinar a prevalência de (in)segurança alimentar e nutricional de comunidades quilombolas
    marajoaras no período anterior ao início da imunização para COVID- 19. Método: Trata-se de estudo
    transversal de base comunitária com abordagem familiar com amostra composta por 434 famílias,
    desenvolvido em 15 comunidades remanescentes de quilombos, localizadas no município de Salvaterra,
    ilha do Marajó-Pará. Foi realizado inquérito domiciliar para aplicação do questionário padronizado sobre
    dados sociodemográficos e o questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foi
    realizada a classificação em categorias segurança (S), insegurança leve (L), moderada (M) e grave (G), as
    categorias leve e moderada foram associadas, resultando em 3 categorias. Para verificar a associação entre
    as variáveis foi utilizado o teste de Qui-Quadrado de Pearson e teste Kruskal-Wallis. Resultados: Dentre
    as 434 famílias entrevistadas, 88,9% estavam em insegurança alimentar e nutricional. Foram associadas a
    insegurança alimentar de qualquer intensidade, o maior número de moradores na casa (S=3,0; L-M=4,0;
    G=4,0), presença membros com idade ≤ 18 anos (S=;43,8% L-M=72,3%; G=72,2%) , baixa renda familiar
    per capita (S=10,4%; L-M=23,1%; G=38,9%), estar no estrato econômico D/E (S=77,1%; L-M=93,4%;
    G=96,5%) , além de receber bolsa família (S=68,3%; L-M=68,6%; G=79,9%) ou auxílio COVID-19
    durante a pandemia (S=60,4%; L-M=67,8%; G=81,3%). O recebimento de aposentadoria foi associado
    com segurança alimentar (S=56,3%; L-M=24,8%; G=20,8%) e Conclusão: A prevalência de insegurança
    alimentar nas comunidades foi elevada, grave em 33,2%, moderada em 21,4% e leve 34,3%. Segurança
    ocorreu apenas para 11,1%.

2021
Descrição
  • LINDA CAROLINA FIMA DE MIRANDA
  • ENTRE REDES E NÓS: ANÁLISE DA OFERTA E ACESSO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL EM DOIS MUNICÍPIOS DO MARA

  • Data: 29/12/2021
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  • A pesquisa visa investigar a oferta e o acesso da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no Arquipélago do Marajó a partir do CNES e seus desdobramentos nos processos de produção de saúde, a partir dos discursos de profissionais que atuam na Rede, nas cidades de Soure e Salvaterra, com destaque para a rede de saúde mental disponível na atualidade. Para a realização da pesquisa, foram empreendidas as seguintes etapas: identificar a oferta e o acesso à rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nos municípios de Salvaterra e Soure, na Ilha do Marajó, a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) ; e caracterizar os aspectos da Rede de Atenção em Saúde Mental na Ilha do Marajó, especificamente nas cidades de Soure e Salvaterra, a partir dos serviços ofertados, equipes disponíveis e fluxos de produção de saúde. A pesquisa baseou-se em metodologia documental a partir da base de dados secundária - DATASUS e IBGE , documentos oficiais e entrevistas com três profissionais que atuam no campo da saúde mental na rede local.


  • ADRIANNE PUREZA MACIEL
  • AVALIAÇÃO DAS PREVALÊNCIAS DE SOBREPESO E OBESIDADE E FATORES ASSOCIADOS NO BRASIL A PARTIR DE DADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019.

  • Data: 21/12/2021
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  • Resumo: O excesso de peso tem aumentado, especialmente entre pessoas de países em desenvolvimento, em ritmo muito acelerado, situação que preocupa devido à sua relação direta e consolidada com as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), as quais são responsáveis pelo aumento das taxas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Diante deste cenário, é flagrante a necessidade a nível global de criar, implementar e acompanhar políticas públicas para a prevenção e o combate desta que já é considerada uma epidemia. O objetivo deste trabalho é avaliar as prevalências de sobrepeso e obesidade e fatores associados no Brasil a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Trata-se de estudo transversal observacional com dados secundários e população composta por moradores em domicílios particulares inquiridos na Pesquisa Nacional de Saúde 2019, com idade igual ou maior a 18 anos, de todo o Brasil. Serão utilizados dados sócio demográficos como sexo, idade, situação censitária e renda; estado nutricional, a partir do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC); e informações sobre a presença de DNCTs como hipertensão, Diabetes Mellitus, hipercolesterolemia e Doenças Cardiovasculares.

     

     

     

  • THIANA PINHO ARAUJO
  • AÇÕES PRÓ-ALEITAMENTO MATERNO NO ÂMBITO DA ATENÇÃO
    PRIMÁRIA À SAÚDE: DADOS DO 2º E 3º CICLOS DO PMAQ-AB

  • Data: 20/12/2021
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  • A atenção primária à saúde (APS) corresponde a um espaço favorável ao
    fortalecimento da amamentação e convém que a equipe de saúde seja capaz de
    reconhecer as múltiplas dimensões que permeiam a adesão e a manutenção da
    amamentação e, ainda, políticas, apropriando-se do conhecimento da legislação de
    proteção à prática, respeitando-a, monitorando o seu cumprimento e denunciando as
    possíveis irregularidades. Assim, objetivou-se identificar a prevalência das ações pró-
    aleitamento materno entre as equipes da APS, segundo os dados dos ciclos 2 e 3 do
    Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). De
    natureza avaliativa com abordagem quantitativa, utilizaram-se dados públicos
    provenientes das avaliações do PMAQ-AB, cuja amostra constituiu-se pelas equipes de
    APS que aderiram ao 2º e 3º ciclos e que participaram da avaliação externa, mais
    especificamente do Módulo II, totalizando 29.778 e 37.350 grupos, respectivamente. As
    variáveis de interesse selecionadas constam das subdimensões “Atenção à criança desde
    o nascimento até os 2 anos de vida” e “Promoção da saúde”. Para a análise descritiva o
    programa Tabwin foi utilizado; a estatística foi feita através da aplicação do teste Qui-
    quadrado de proporções esperadas iguais no programa EpiInfo e Bioestat 5.0, adotando o
    valor de p ˂ 0,05. Para a análise de geográfica, foram gerados mapas temáticos da
    distribuição espacial das equipes, utilizando-se os softwares Qgis 3.16 e TerraView 4.0.
    Verificou-se que grande parte das equipes atendia à demanda pueril, respondendo
    positivamente às questões relacionadas às ações educativas e de monitoramento do AM;
    diferentemente para o conhecimento e cumprimento da norma de proteção à prática.
    Apesar de não caberem comparações entre os ciclos abordados neste estudo,
    considerando os diferentes cenários temporais, observou-se um movimento promissor.

  • AMANDA MENEZES MEDEIROS
  • ANÁLISE DO ACESSO À SAÚDE BUCAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL

  • Orientador : NAIZA NAYLA BANDEIRA DE SA
  • Data: 10/12/2021
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  • Com os muitos agravos de saúde bucal na população brasileira faz-se necessário
    entender as condições de acesso aos serviços odontológicos para analisar a dinâmica entre
    a população e as equipes de saúde bucal presentes nestes serviços. O objetivo deste estudo
    foi identificar o acesso à saúde bucal por meio dos dados do 3o ciclo do PMAQ-AB. A
    partir dos dados obtidos com o PMAQ-AB, no qual foi realizado o monitoramento de um
    importante indicador de acesso odontológico, a cobertura de primeira consulta
    odontológica programática, bem como, o levantamento de dados sobre as ações de serviços
    das equipes de saúde bucal atuantes na atenção primária à saúde (APS), principal porta de
    entrada da população a esses serviços. Neste trabalho, foram utilizadas as variáveis que
    constam no Módulo VI, de Entrevista com o profissional da Equipe de Saúde Bucal. As
    variáveis foram então estratificadas como indicador de acesso adequado ou inadequado.
    Posteriormente, foi realizada a análise de regressão logística binomial nas variáveis de
    cada subdimensão, intervalo de confiança (IC) de 95% em todas as análises. As razões de
    chance foram calculadas na forma bruta e ajustada, utilizando nível de significância de 5%
    (p < 0,05). A maior chance de acesso é com as equipes que estão bem integradas com a
    equipe de atenção básica na qual estão vinculadas e realizam ações de planejamento,
    acompanhamento e avaliação, além de oferecerem atendimento clínico agendado e de
    demanda espontânea, demonstrando a coordenação do cuidado no acolhimento e fluxo
    organizado dos usuários. Maior chance de acesso foi encontrada nas equipes que fazem o
    atendimento clínico de urgência e prescrevem receitas de medicamentos. Em relação a
    forma de agendamento da primeira consulta odontológica, observou-se que a marcação
    pela recepção da UBS e pelo ACS aumentam a chance de acesso. Sobre o principal fluxo
    para o acolhimento, a chance de acesso é diminuída para os usuários que chegam cedo e
    ficam na fila. Ao identificar fatores associados com o acesso aos serviços odontológicos
    na APS é possível entender a necessidade de implantação e implementação de políticas
    públicas, voltadas ao aprimoramento dos processos de trabalho das equipes para garantir
    o acesso de todos aos serviços de saúde bucal.

  • DELBANOR DE SOUZA CAMPOS
  • PREVALÊNCIA DE ERROS DE REFRAÇÃO EM INDÍGENAS ESTUDANTES
    UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)

  • Data: 06/12/2021
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  • Objetivo:A saúde ocular indígena ainda não tem sido estudada
    sistematicamente, o que im- pacta em pouca determinação do perfil epidemiológico.
    Dentre este aspecto, estão a escassez de dados sobre erros de refração e seu impacto na
    qualidade de vida desses povos. Este estudo visa identificar a prevalência de erros de
    refração em indígenas estudantes na UFPA, que impactariam, diretamente, no
    desempenho destes indivíduos durante o curso, caso não corri- gidos convenientemente.
    Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal e descritiva, a ser realizada
    em uma clínica oftalmológica privada, credenciada ao SUS, na região Amazônica, em
    Belém- Pará- Brasil. Os estudantes indígenas regularmente matriculados em cursos na
    UFPA, foram submetidos a exame oftalmológico, com avaliação da acuidade visual com
    e sem correção óptica. Resultados: Os 48 estudantes indígenas tiveram os olhos direito e
    esquerdo avaliados. Dos 48 olhos direito, 7 (14,6%) apresentavam emetropia; dos 48
    olhos esquerdo, 8 (16.6%) apresentavam emetropia. Desta forma, apresentavam algum
    erro de refração, 41 olhos direto (85,4%) e 40 (83,3%) olhos esquerdos.Os erros de
    refração mais prevalentes nos olhos direitos foram baixo astigmatismo a favor da regra
    (34.3%), baixa baixa miopia (28.3%) e o baixo astigmatismo oblíquo (14.9%). Entre os
    olhos esquerdo os erros de refração também foram baixa miopia (36.6%) e baixo
    astigmatismo a favor da regra (35%). Conclusões: Os fatores predisponentes para a
    maior prevalência de erros de refração em indígenas estudantes, assim como para não-
    indígenas estudantes e outros grupos populacionais, são: maior o nível educacional ou
    anos de estudo, residir em áreas urbanas, realização de atividades próximas de modo
    excessivo, tais como leituras, uso de computadores e smartphones; tempo reduzido de
    atividades externas.

    xxx

  • LUCAS OLIVEIRA DA SILVA
  • Processo de Trabalho dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica no Brasil

  • Data: 12/11/2021
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  • Este estudo teve como objetivo analisar o potencial preditor de determinados
    aspectos do processo de trabalho de equipes de NASF-AB sobre o desempenho destas.
    Tratou-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, utilizando dados
    secundários públicos, provenientes das respostas do módulo IV do 3º ciclo de avaliações
    externas do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-
    AB) no Brasil. Em primeiro momento, foram calculadas frequências absolutas e relativas
    dos dados referentes às variáveis selecionadas para representar o processo de trabalho
    dos NASF-AB respondentes. Em seguida, as certificações recebidas pelas equipes foram
    divididas em dois grupos: Melhor desempenho (Ótimo, Muito bom e Bom) e Pior
    desempenho (Regular e Ruim). Por fim, foi realizada análise de regressão logística
    bivariada para verificar o potencial preditor de cada aspecto do processo de trabalho e
    atividades selecionadas em alcançar os melhores desempenhos. De 3960 equipes
    participantes do estudo, 71,3% alcançaram certificações classificadas como “Melhor
    Desempenho”. Equipes que refletiam sobre o próprio processo de trabalho, promoviam
    atividades de educação em saúde, educação permanente e vigilância em saúde, atendiam
    demanda espontânea, realizavam grupos terapêuticos e construíam projetos terapêuticos
    singulares apresentaram maiores chances de ter um melhor desempenho. Os mecanismos
    que levam ao aumento das chances precisam ser elucidados por meio de mais estudos.

  • LUCRECIA ALINE CABRAL FORMIGOSA
  • AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO MUNICIPIO DE BELÉM

  • Data: 13/10/2021
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  • O câncer de colo de útero (CCU) é considerado como problema de saúde pública por sua magnitude epidemiológica, especialmente na região norte do Brasil. Nesta perspectiva, o trabalho objetivou analisar as ações de rastreamento para controle ao câncer de colo de útero desenvolvidas no município de Belém. A pesquisa foi conduzida em duas fases: a primeira na qual foi realizada revisão integrativa sobre as políticas públicas voltadas para a promoção e prevenção do CCU, que incluiu a literatura publicada desde 2000, indexada nas bases de dados PUBMED, SciELO e BVS. A segunda fase contou com dois estudos de séries temporais que analisaram os indicadores de qualidade do rastreamento e o impacto das ações de rastreamento sobre as taxas de incidência e mortalidade do CCU em mulheres residentes no município de Belém, utilizando dados do Sistema de Informação do Câncer, Registro de Câncer de Base Populacional de Belém e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os resultados revelaram que o programa de rastreamento na região apresenta elevado percentual de repetição anual do exame e baixos percentuais de captação de mulheres que nunca realizaram o exame, índice de positividade e representatividade da zona de transformação. A taxa de incidência ajustada para idade diminuiu de 18.65/100.000 em 1998, para 11.79/100.000 em 2017, enquanto que houve estabilidade das taxas de mortalidade no mesmo lapso temporal. O efeito dos esforços governamentais durante o período analisado pode ser visto no impacto positivo na incidência da doença, especialmente em mulheres mais jovens. A tendência da doença depende de estratégias abrangentes de prevenção e controle referentes à situação local e grupos de idade, com ênfase na organização do programa de rastreamento e na vacinação contra o HPV.

  • ATILA AUGUSTO CORDEIRO PEREIRA
  • VÍNCULOS DE TRABALHO DAS ENFERMEIRAS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL

  • Data: 06/10/2021
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  • Introdução: A agenda ultraneoliberal presente no Brasil a partir dos anos 90 impôs grandes dificuldades para os gestores municipais em realizar contratação de profissionais de saúde para APS obrigando-os a adotar optarem cada vez mais pelas terceirizações em larga escala no SUS. A variedade de vínculos precários oferecidos pela terceirização produz sobrecarga de trabalho, alta rotatividade, impactos para a saúde do trabalhador e reduzem a resolutividade da APS. Este estudo partiu desta problemática e confrontou os dados encontrados por enfermeiras entrevistadas no 3º ciclo do PMAQ-AB com o suporte teórico do sociólogo do trabalho Ricardo Antunes para obter uma análise mais translucida sobre o trabalho da enfermagem na APS do Brasil. Método: Trata-se de uma pesquisa de natureza avaliativa, exploratória, descritiva e com abordagem quantitativa. Utilizaram-se os microdados secundários referentes ao desdobramento da pesquisa de avaliação externa do 3º ciclo do PMAQ-AB. A pesquisa foi realizada nos anos de 2017 e 2018 e tem abrangência nacional. Foram analisados os dados de equipes entrevistadas somente por enfermeiras como informantes-chaves na avaliação externa, Módulo II – Entrevista com o profissional da saúde, distribuídas por região da seguinte forma: Região Norte (2.846), Nordeste (13.389), Centro-Oeste (2.508), Sudeste (11.516) e Sul (5.112). Foram excluídas as equipes onde não houve aplicação do questionário e onde a enfermeira não era o respondente-chave. A depuração dos dados foi realizada utilizando o Software Microsoft Office Excel 2016 e em seguidas transportados para o software SPSS Statistics (v.20, IBM SPSS, Chicado IL). Resultados: Com exceção da Região Norte (33,70%), todas as outras regiões apresentaram como principal respondente o servidor público estatutário: Sul (66,20%), Centro-oeste (56,50%), Nordeste (40,33%), Sudeste (36,69). Contrato temporário pela administração pública e contrato temporário por prestação de serviço tiveram participação importante no Nordeste (29,51% e 19,33%) e Centro-oeste (16,03% e 17,86%). Contrato CLT e empregado CLT na APS tiveram mais expressão no Sudeste (23,54% e 8,27%) e Sul (5,93% e 19,31%). Evidenciou-se predominância da administração direta como agente contratante dos enfermeiros na APS, portanto, no Sudeste foi expressiva a participação de trabalhadores contratados por OSS e outros tipos de vínculos na APS. Apenas 48,7% dos enfermeiros da pesquisa ingressaram via concurso público. Os menores percentuais foram observados na Região Norte (34,36%), Nordeste (40,94%) e Sudeste (44,88%). Somente 26,3% dos enfermeiros entrevistados na APS possuem plano de carreira, os menores percentuais foram no Nordeste (17,2%), Norte (18,6%) e Sudeste (27,3%). Considerações Finais: Os dados revelam uma tendência de retração de vínculos estáveis para enfermeiras na Atenção Primária à Saúde brasileira e ascensão de vínculos temporários por cargos comissionados, via Consolidação das Leis Trabalhistas, dentre outros que sugerem cenário de informalidade nestes serviços. As novas relações flexíveis de trabalho, de jornada e remuneração, estabelecida por contratos temporários, sem estabilidade, sem registro em carteira, em trabalhos dentro ou fora de um espaço físico anunciam o que Ricardo Antunes denomina de nova morfologia do trabalho. Este fenômeno social prejudicial ao SUS e ao trabalhador de enfermagem, produzido nesta fase de capital financeirizado, cumpre o papel de autovalorização do capital através de exploração de força de trabalho excedente, não somente no setor privado, como também na esfera estatal. Romper com esta lógica exige uma nova morfologia de formas de organização dos trabalhadores de enfermagem capazes de frear a ofensiva ultraneoliberal e garantir avanços como a regulamentação do piso salarial e jornada de trabalho pra a categoria, justiça social e democracia.

     

  • ROSILENE CUNHA DE OLIVEIRA
  • UMA ETNOGRAFIA NA REPÚBLICA TERAPÊUTICA DE
    PASSAGEM: A ressignificação de vivências de pessoas com transtornos
    mentais que tiveram um conflito com a lei.

  • Data: 31/08/2021
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  • AS PESSOAS DIAGNOSTICADAS COM TRANSTORNOS MENTAIS SÃO
    ESTIGMATIZADAS PELAS MARCAS DA DISCRIMINAÇÃO, DA SEGREGAÇÃO E DO
    PRECONCEITO. ESSE CENÁRIO É INTENSIFICADO QUANDO ESSES INDIVÍDUOS
    ENTRAM EM CONFLITO COM A LEI. NESSE CONTEXTO, ESTA PESQUISA TEVE COMO
    OBJETIVO CONHECER COMO AS PESSOAS DIAGNOSTICADAS COM UM
    TRANSTORNO MENTAL RESSIGNIFICAM SUAS VIDAS APÓS O CUMPRIMENTO DE
    UMA MEDIDA DE SEGURANÇA, POR MEIO DA REINSERÇÃO SOCIAL, A PARTIR DE
    UMA ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA. NESTA PESQUISA FOI REALIZADA UMA
    ETNOGRAFIA NA REPÚBLICA TERAPÊUTICA DE PASSAGEM POR MEIO DE
    ENTREVISTAS COM QUATRO RESIDENTES E TRÊS PROFISSIONAIS, ALÉM DA
    OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE NESSA INSTITUIÇÃO NO PERÍODO DE 28 DE AGOSTO
    DE 2018 A 13 DE DEZEMBRO DE 2019. A PESQUISA REVELOU QUE A MEDIDA DE
    SEGURANÇA É UM DISPOSITIVO DE SEGREGAÇÃO, ROMPIMENTO COM A
    REALIDADE E PERDA DE VÍNCULOS, IMPONDO A DESPERSONALIZAÇÃO DESSES
    INDIVÍDUOS, AOS QUAIS É NEGADO O DIREITO A EXPRESSAR-SE, O LIVRE-
    ARBÍTRIO, A DIGNIDADE, REAFIRMANDO O ESTIGMA QUE RECAI SOBRE ESSA
    POPULAÇÃO MARGINALIZADA.

  • ROSIANY AMARAL DA SILVA
  • PRÁTICA BIBLIOTERÁPICA NO AMBIENTE HOSPITALAR: contribuição para o cuidado humanizado em saúde

  • Orientador : PEDRO PAULO FREIRE PIANI
  • Data: 30/08/2021
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  • Uma vez hospitalizado, o paciente passa por momentos de tensão emocional, os quais
    dificultam a sua recuperação. Trata-se de uma mudança na rotina, no ambiente físico e social,
    que afeta os seus afazeres diários. Inserida no contexto da humanização hospitalar, a terapia
    por meio da leitura tem por objetivos diminuir a sensação de isolamento, aliviar o estresse e as
    tensões diárias, ajudar a lidar com sentimentos de raiva, frustração e angústia, facilitar a
    socialização, estimular a criatividade e a imaginação, incentivar o hábito da leitura e
    proporcionar momentos de alegria, lazer e bem-estar. A biblioterapia é especialmente
    indicada para indivíduos de qualquer idade, que permanecerão hospitalizados por longo
    período de tempo, afastados de seu ambiente familiar. O objetivo desse estudo foi identificar e
    analisar as produções científicas publicadas e indexadas sobre a prática biblioterápica no
    ambiente hospitalar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem
    qualitativa, na qual delimitou-se a seguinte pergunta: quais as evidências científicas sobre a
    contribuição da biblioterapia para o cuidado humanizado em saúde? A busca dos dados foi
    feita nas bases BVS, Portal de Periódicos da Capes, SciELO e BRAPCI, valendo-se dos
    descritores: biblioterapia, pacientes internados, unidades hospitalares, humanização da
    assistência. Foram considerados os artigos publicados no período de 2005 a 2021. Após
    análise, as publicações selecionadas foram discutidas de acordo com quatro categorias: fonte
    de lazer, aprendizagem e informação; bem-estar físico, mental e emocional; melhora na
    comunicação e no relacionamento entre o paciente e a equipe multiprofissional e
    humanização do cuidado ao paciente. Os resultados evidenciaram os benefícios e a
    importância da prática biblioterapêutica desenvolvida com pacientes hospitalizados e seus
    acompanhantes. A biblioterapia funciona como atividade recreativa para esses sujeitos, mas
    também demonstrou ser fonte de conhecimento e aprendizagem. A contação de histórias é
    capaz de educar crianças, ensinar-lhes valores humanos, bem como promover a ampliação do
    universo cultural. Quando a biblioterapia se utiliza de jornais e revistas, permite a atualização
    do indivíduo acerca dos acontecimentos do mundo. A biblioterapia incentiva a leitura, prática
    que está diretamente ligada ao conhecimento, uma necessidade indispensável para
    humanização e o equilíbrio social. Foi observado que a biblioterapia proporciona bem-estar,
    uma vez que durante as sessões as pessoas deixam de lado suas preocupações, tiram o foco da
    doença e dos problemas que estão passando, compartilham seus sentimentos, passam a se
    socializar e se relacionar melhor com as pessoas e, principalmente, com a equipe
    multiprofissional. De modo geral, observa-se que a leitura auxilia positivamente na
    recuperação da saúde. Diante disso, fica a reflexão acerca da relevância da prática
    biblioterapêutica nos hospitais públicos, a qual deve ser vista como um complemento a outras
    terapias, que além de trabalhar a promoção à saúde de forma integral, também promove a
    humanização no ambiente hospitalar.

  • TAMARA FURTADO POTIGUAR
  • DESAFIOS DAS DOENÇAS RARAS NO CONTEXTO AMAZÔNICO: itinerários
    terapêuticos de pacientes atendidos no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

  • Data: 27/08/2021
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  • Introdução: As doenças neuromusculares (DNM) são todas aquelas que afetam alguns
    dos componentes da unidade motora, ou seja, as células do corno anterior da medula

    espinhal, o nervo periférico, junção neuromuscular ou músculo. São considerados
    distúrbios complexos que podem ocorrer desde a infância até idade adulta, muitas vezes
    progressiva e multissistêmica, principalmente de origem genética, mas também
    adquirida. DNMs são considerados doenças raras, uma vez que não afetam mais de 1 em
    2.000 pessoas, embora sejam raras individualmente, quando englobadas, com mais de
    150 entidades diferentes, representam uma porcentagem significativa com o crescimento
    de doenças crônicas que afetam o ser humano. Objetivo: Descrever os principais
    desafios enfrentados no itinerário terapêutico percorrido por pacientes com doenças
    neuromusculares atendidos pelo Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS)
    no percurso da rede de serviços de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo quanti-
    qualitativo realizado em duas etapas. A primeira consistiu em um estudo quantitativo-
    descritivo, retrospectivo, com a coleta dos dados por meio da busca ativa dos prontuários
    dos pacientes atendidos no Ambulatório de Doenças Neuromusculares localizado na
    UASCA/HUBFS/PA a fim de identificar o perfil sociodemográfico e clínico dos
    pacientes com doenças neuromusculares atendidos no hospital. Para essa etapa foram
    triados 47 prontuários. Os dados coletados foram transcritos para um banco de dados no
    programa Excel® e a análise de dados foi realizada por meio do programa Epi Info®. No
    intuito de descrever os achados, foi utilizada a estatística descritiva. Na segunda etapa
    desenvolveu-se um estudo do tipo qualitativo, de natureza exploratória, baseada na
    obtenção e análise de depoimentos. Foram realizadas 11 entrevistas semiestruturadas
    utilizando-se ferramentas digitais de comunicação (Google Meet) e, quando não foi
    possível devido à falta de acesso à rede de dados, a entrevista foi realizada via contato
    telefônico. A análise dos dados iniciou com a transcrição das entrevistas e,
    posteriormente, foi realizada a Análise Temática com uso do software NVivo 11.
    Resultados: No estudo 1 foi identificado o perfil dos pacientes com doenças
    neuromusculares no qual indicaram o predomínio do sexo masculino, maior frequência
    do diagnóstico clínico de Distrofia Muscular de Duchenne, faixa etária entre 10-14 anos,
    em sua maioria procedentes da Região Metropolitana de Belém, apresentando algum tipo
    de deformidade musculoesquelética. A maioria dos pacientes teve média de idade dos
    primeiros sinais e sintomas com 2,8 anos e idade média do diagnóstico com 7,6 anos. No

    estudo 2 foram entrevistadas 11 cuidadoras principais de crianças ou adolescentes com
    doença neuromuscular. Os resultados apontam as principais dificuldades encontradas
    durante o itinerário terapêutico na busca do diagnóstico e tratamento de condições
    consideradas raras. Dentre os desafios enfrentados foram relatados: dificuldade nas
    questões financeiras; necessidade de judicialização para acesso a exames e transporte;
    falta de articulação em diferentes pontos na rede de saúde; capacitação de profissionais
    de saúde para diagnóstico precoce ou encaminhamento precoce ao profissional
    especializado.

  • LEONARDO KEPLER DE OLIVEIRA LUCIO
  • INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS FUNCIONAIS NOS GENES CASPASE 8 E ACE EM PACIENTES COM HEPATITES VIRAIS CRÔNICAS

  • Data: 27/08/2021
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  • INTRODUÇÃO: No processo de desenvolvimento das hepatopatias crônicas, independentemente do agente causador, encontra-se a quebra do equilíbrio entre resposta imunológica e regeneração celular, caracterizada pela agressão e necrose. A condição de hepatite crônica é caracterizada pela inflamação hepática por mais de seis meses. Os vírus das hepatites B e C são importantes agentes etiológicos das hepatites virais crônicas, com evolução clínico-patológica desfavorável para cirrose e carcinoma hepatocelular. A presença de alterações genômicas no paciente é um dos fatores que pode contribuir para esse agravamento ou desfecho desfavorável. OBJETIVO: Investigar o papel das variantes INDEL nos genes CASP 8 e ACE na predição de cirrose hepática em pacientes com hepatites virais crônicas, polimorfismos funcionais do tipo Inserção/ Deleção (INDEL) nos genes CASP8 (rs3834129) e ACE (rs4646994) em pacientes com hepatite crônica pelos vírus B e C. METODOLOGIA: Estudo transversal, retrospectivo, observacional e descritivo, realizado em dois hospitais de referência em doenças hepáticas. O estudo foi composto por 76 portadores de hepatite crônica, caracterizados por alterações clínicas e dos testes hepáticos, dividida em subgrupos com e sem cirrose hepática e submetidos à detecção da infecção por vírus B e Vírus C. A genotipagem das variantes dos genes CASP8 (rs3834129) e ACE (rs4646994) foi realizada por meio de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Multiplex no termociclador ABI Verity (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA). Os produtos de amplificação de DNA foram separados, utilizando o analisador genético ABI PRISM 3130 (Life Techonologies). A análise da ancestralidade foi realizada com 48 marcadores informativos de ancestralidade (AIMs). As análises estatísticas foram realizadas empregando o Programa SPSS v.25.0 (SPSS, Chicago, IL. EUA). Comparações de grupos para as variáveis categóricas foram testadas dois a dois pelo teste Qui-quadrado de Pearson, e o teste t de Student foi aplicado para a análise de variáveis contínuas. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparação do índice de ancestralidade entre as amostras. O efeito das variantes genéticas sobre o risco de desenvolver cirrose hepática foi avaliado por regressão logística, controlada para as variáveis idade e tabagismo. Todos os testes estatísticos foram baseados em uma probabilidade bicaudal e um p valor ≤0,05 foi considerado. RESULTADOS. Nenhuma associação foi observada entre as frequências genotípicas dos genes estudados e marcadores de inflamação ou grau de fibrose hepática na amostra estudada. Também não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os genótipos e graus avançados de fibrose hepática nos  portadores de hepatites crônicas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que os SNPs da Ace e Casp-8 avaliados no estudo não são marcadores genéticos diretos de fibrose hepática em pacientes portadores do VHC e VHB.

  • CARLA SUELLEN LISBOA CARNEIRO SEIFFERT
  • CONHECIMENTO DE MULHERES SOBRE O EXAME COLPOCITOLÓGICO PARA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

  • Data: 23/08/2021
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  • Introdução: O presente trabalho aborda a temática conhecimento de mulheres sobre o
    exame colpocitológico para prevenção do câncer do colo de útero, haja vista que esta
    temática apresenta alta incidência de casos no contexto paraense, sendo uma patologia
    passível de prevenção por meio do aprimoramento o conhecimento de mulheres no
    processo de autocuidado e adesão ao exame. Objetivo: apresenta-se como objetivo geral
    da pesquisa a análise das produções científicas disponíveis na literatura sobre o
    conhecimento das mulheres acerca do exame colpocitológico para prevenção do câncer
    do colo do útero. Tendo como objetivos específicos desvelar por meio da literatura o
    conhecimento das mulheres sobre o exame colpocitológico para prevenção do câncer do
    colo do útero; sintetizar as informações disponíveis na literatura que exponham o
    conhecimento das mulheres sobre o exame colpocitológico para prevenção do câncer do
    colo do útero. Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de abordagem
    qualitativa do tipo Revisão Integrativa (RIL) que é composta por seis etapas: elaboração
    da pergunta de pesquisa; estabelecimentos das bases de dados, critérios para inclusão e
    exclusão de estudos, seleção dos dados, ou seja, definições das informações a serem
    extraídas dos artigos selecionados, avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa,
    interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. Análise dos artigos que
    compõem a RIL se deu pela utilização do software IRAMUTEQ o qual por meio da
    análise de Similitude (Método de Reinert) resultando no perfil dos eixos temáticos a
    partir do resultado das frequências F das palavras e do Qui-quadrado x2, agrupando-os
    em um dendrograma de classificação hierárquica descendente. Resultados: foram
    selecionados 6 artigos após a aplicação dos filtros de busca de dados os quais fora artigos
    disponíveis gratuitamente e na integra, artigos nos idiomas português e inglês,
    publicados no período de 2018 – 2019, ou seja, artigos atualizados sobre o conhecimento
    de mulheres sobre o exame colpocitológico para prevenção do câncer do colo do útero,
    os quais se adequassem a temática da pesquisa, após a formulação do corpus dos artigos
    selecionados e a avaliação pelo IRAMUTEQ fora elencadas 5 classes discursivas as
    quais são, Educação em saúde na prevenção do câncer do colo do útero,
    desconhecimento da mulher sobre câncer do colo do útero e HPV, ampliação do acesso
    ao exame colpocitológico na prevenção do câncer do colo do útero, conhecimento e
    estímulo ao autocuidado feminino na prevenção do câncer do colo do útero, quais os
    principais fatores para não adesão ao exame colpocitológico pelas mulheres?
    Considerações finais: Conclui-se por meio dos dados identificados que é muito
    importante que as mulheres compreendam a importância da realização periódica do
    exame preventivo, pois por meio deste é possível identificar além de alterações
    inflamatórias da flora vaginal, lesões precursoras do câncer do colo do útero, sendo
    importante para aumentar o rastreamento de mulheres e atuar na prevenção, fortalecendo
    a atenção primária em saúde.

  • VALERIA NUNES DO AMARAL BARROS
  • FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS ASSOCIADOS AO
    ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA.

  • Data: 05/08/2021
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  • A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva caracterizada pela
    disfunção do gene Cystic Fibrosis Transmembrane Condutance Regulator, que codifica
    uma proteína reguladora de condutância transmembrana de cloro. A manutenção de um
    estado nutricional adequado é fundamental para o prognóstico e a qualidade de vida dos
    fibrocísticos, assim como melhores condições neonatais e sociodemográficas
    favoráveis. Por ser uma doença multissistêmica e de alto custo para o SUS, é
    imprescindível que haja políticas públicas para o controle da doença, aumentando o
    número de centros especializados em tratar desta doença. O objetivo de estudo foi
    verificar a associação entre o estado nutricional e os fatores sociodemográficos e
    clínicos dos pacientes com fibrose cística. Tratou-se de um estudo epidemiológico,
    observacional, transversal e analítico, realizado no ambulatório de fibrose cística do
    Hospital Universitário João de Barros Barreto, no período de outubro de 2019 a abril de
    2020. Foram coletados dados antropométricos, sociodemográficos e clínicos. Foram
    incluídos os pacientes com diagnóstico confirmado de FC. A estatística descritiva
    compreendeu a frequência das variáveis em valores absolutos e proporção. Comparou-
    se as frequências por meio teste qui-quadrado ou teste G. Aplicou-se o teste de
    regressão logística múltipla para analisar associação dos fatores clínicos com o estado
    nutricional. O tratamento estatístico foi realizado no Bioestat versão 5.1, adotando-se o
    nível de significância de 5%. Foram avaliados 105 pacientes, agrupados em quatro
    categorias: crianças (25,7%), adolescentes (40,9%), adultos (29,5%) e idosos (3,8%).
    Na amostra do estudo, a frequência de homens (59,0%) foi superior à de mulheres
    (40,9%), a maioria procedeu da região metropolitana de Belém (54,3%), prevaleceram
    significativamente a moradia com três a cinco residentes (76,2%), um a dois salários-
    mínimos de renda familiar mensal (76,2%), mais de oito anos de educação formal
    (78,1%) e ocupação do lar (42,8%). Sintoma respiratório (84,7%) foi a manifestação
    clínica presente de maneira significativa ao diagnóstico e 82,8% dos pacientes não
    apresentaram colonização pulmonar. O tipo de mutação mais prevalente foi a F508del
    (39,0%). A maioria usava terapia enzimática (72,4%). O uso de suplemento alimentar
    foi relatado por 51,4% e 73% apresentaram grau bom a excelente segundo o escore de
    Shwachman. Do total, 48,7% dos pacientes encontravam-se eutróficos e 35,2%
    apresentaram risco nutricional significativo em relação aos desnutridos, entretanto não
    houve diferença significativa entre pacientes com nutrição adequada e risco nutricional.
    A partir da análise de regressão logística múltipla, observou-se dois fatores associados
    ao estado nutricional, o escore de Shwachman-kulczycki (OR: 2,97; p = 0,0218) e o
    tratamento enzimático (OR: 0,28; p = 0,0238). Houve prevalência de eutrofia e risco
    nutricional entre os pacientes avaliados, o uso de terapia de reposição enzimática
    reduziu a chance de os pacientes apresentarem desnutrição e os pacientes com escore de
    shwachman- kulczycki mais baixo, tinham chance três vezes maior de estarem
    desnutridos.

  • LORENA DE OLIVEIRA GONÇALVES
  • A mudança da perspectiva da visão do cliente/acompanhante em relação a qualidade de 
    serviços prestados na admissão versus alta hospitalar.

  • Data: 02/08/2021
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  • A qualidade na saúde hospitalar está em constante processo de melhoria, sendo essencial qualificar o gerenciamento e a eficiência dos serviços prestados. Assim, a ideia de aprimorar a qualidade do serviço visando atender as expectativas dos clientes e satisfazê-los tornou-se um desafio para os prestadores de serviços. O estudo visa avaliar a qualidade dos serviços prestados em um hospital universitário sob a perspectiva dos clientes e/ou acompanhantes. Estudo observacional, transversal de caráter descritivo e inferencial, realizado com por meio da utilização da escala SERVICE QUALITY – SERVQUAL, amplamente testada, validada no brasil e adaptada para área da saúde, possui cinco dimensões de qualidade avaliadas por meio de um questionário. A amostra de dados foi composta por 50 questionários respondidos por clientes e/ou acompanhantes internados na enfermaria cirúrgica, realizados em duas etapas: perspectiva (admissão hospitalar) e percepção (alta hospitalar), no período de aproximadamente 3 meses. Os dados foram tabulados e submetidos a análise estatística. Os resultados obtidos mostram a mudança do conceito de qualidade que ocorreu na avaliação dos serviços prestados em relação a admissão e alta hospitalar. Alguns déficits relatados, como a necessidade de adição e capacitação de profissionais da saúde, melhoria de estrutura hospitalar, realização e implementação de protocolos.

  • NERYAM SILVA DOS SANTOS SERRA
  • SEGURANÇA DO PACIENTE: EVIDÊNCIAS DE ESTRATÉGIAS DE BOAS
    PRÁTICAS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

  • Data: 02/08/2021
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  • A partir da relevância social da temática “segurança medicamentosa” surge questões como o uso seguro
    de medicamentos, e o conhecimento dos profissionais envolvidos na terapia medicamentosa para evitar
    erros. A equipe de enfermagem é importante para segurança medicamentosa do paciente, já que está
    diretamente envolvida em todas as fases do processo medicamentoso, mais especificamente no preparo
    e administração de medicamentos. E por ser essa, uma atividade complexa, pode estar sujeita a erros
    no desenrolar das respectivas ações. Tais erros podem assumir dimensões significantes e impor custos
    relevantes ao sistema de saúde, pois podem causar efeitos deletérios como reações adversas, lesões
    temporárias e permanentes e até morte. Assim sendo, é importante que essa práxis seja abordada,
    observada e discutida, o que viabiliza a identificação dos possíveis erros, fatores relacionados, bem
    como a obtenção de subsídios para adoção de medidas de prevenção e controle, visando a excelência na
    assistência medicamentosa e a segurança do paciente. Trata-se de estudo de revisão integrativa, cujo
    buscou responder a seguinte questão norteadora: Quais são as evidências disponíveis na literatura sobre
    as estratégias de Enfermeiros para a promoção de boas práticas no preparo e administração de
    medicamentos? Dentre os nove estudos selecionados, a maioria das publicações utilizadas neste estudo
    foram publicadas em português e tiveram sua origem no Brasil, o que pode ser consequência das
    políticas públicas de saúde inclusas no Sistema Único de Saúde (SUS), dentre elas o Programa
    Nacional de Segurança do Paciente, cujo vem sendo intensamente institucionalizado, como ferramenta
    de gestão da qualidade, nos serviços de saúde mediante as metas de segurança do paciente . Quanto aos
    níveis de evidência verificou-se a predominância de estudos de nível VI com enfoque em estudos
    descritivos não experimentais diante da temática. No entanto, apesar disto pôde-se identificar dois
    estudos internacionais com nível de evidência III. Os principais resultados dos estudos selecionados
    nesta revisão foram organizados segundo similaridade semântica e deram origem a duas categorias
    temáticas: Estratégias voltadas para a promoção das boas práticas no preparo e administração de
    medicamentos; Experiências exitosas da utilização de tecnologias para mediar as boas práticas no
    preparo e administração de medicamentos. Evidenciamos que apesar de poucas produções
    identificadas, estratégias educativas e tecnologias em saúde estão sendo utilizadas e tendo significância
    para a promoção da meta de segurança do paciente, espera-se que esta revisão possa fomentar o
    desenvolvimento de novos estudos acerca da temática.

  • NATHERCIA DE FREITAS MEIRELLES
  • AUTISMO NO PARÁ: rede atual, situação e desafios

  • Data: 28/07/2021
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  • O direito à saúde foi garantido pela Constituição Federal de 1988 e materializado pela
    instituição do SUS, por meio da Lei Orgânica nº 8.080 de 1990. Em paralelo ao movimento da
    Constituinte tivemos o processo social complexo da Reforma Psiquiátrica, propondo mudanças
    na assistência mediante novos pressupostos técnicos e éticos, tendo validação jurídica e legal
    da nova ordem. O autismo ou TEA – Transtorno do Espectro do Autismo - como hoje é descrito,
    é caracterizado por uma tríade de comprometimentos em três áreas do desenvolvimento:
    interação social, comunicação e comportamentos restritos e estereotipados. Sua etiologia é
    multifatorial e muitos avanços já foram alcançados a partir de pesquisas, assim como, no
    aspecto das legislações. As conquistas foram importantes para o diagnóstico e tratamento
    precoce. O SUS com pouco mais de trinta anos também avançou para atender ao cuidado
    quanto ao que é proposto por diretrizes e princípios fundamentais da universalidade,
    integralidade e equidade, quando estabelece pela Portaria nº 4.279/2010 a organização de
    Redes de Atenção às Saúde. O objetivo desse estudo foi desenvolver uma pesquisa
    documental sobre organização da Rede de Atenção Psicossocial- RAPS e Rede de Cuidado à
    Pessoa com Deficiência no Estado do Pará, que atendem o público infanto-juvenil com TEA,
    utilizando-se como unidades de análise as Regiões de Saúde propostas pela SESPA, no Plano
    Estadual de Saúde. Foram analisadas legislações federal, estadual e municipal, dados
    disponíveis nos Planos Estadual e Municipal de Saúde e informações recebidas por e-mail do
    Ministério da Saúde. Foram realizadas análises descritivas dos pontos de atenção especializada
    e o georreferenciamento desses pontos. Os resultados levantados foram: a rede de cuidados a
    saúde no Pará está composta de 82 pontos de atenção especializada: 72 CAPS, 06 CER e 06
    Serviços de Reabilitação distribuídos nas 13 regiões de saúde do Estado. Dentre os CAPS , 03
    são CAPS Infanto-juvenil, dentre aos centro de Reabilitação 06 atendem na categoria de CER II
    nas modalidades física e intelectual, 02 na categoria de CER III nas modalidades física,
    intelectual e auditiva, 02 na categoria CER IV nas modalidades física, intelectual, visual e
    auditiva, 01 Serviço de reabilitação com a modalidade intelectual e 01 serviço de reabilitação
    com modalidade neurológica. Observou-se maior concentração dos serviços nas regiões mais
    populosas. Concluindo-se que os pontos de atenção especializada para a população infanto-
    juvenil têm distribuição não equânime, que reflete em vazios assistenciais.

  • MARIA LUIZA RODRIGUES DOS SANTOS
  • A Comunicação Interprofissional e sua Contribuição para Notificação de Eventos Adversos na Terapia Intensiva

  • Data: 28/07/2021
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  • A comunicação efetiva nas instituições de saúde é, atualmente, considerada
    uma importante ferramenta utilizada no cuidado e segurança do paciente. Devido a sua
    importância, é uma das ações dispostas dentro das competências do Comitê de
    Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, cuja criação surgiu em
    decorrência de estudos que evidenciaram elevada ocorrência de Eventos Adversos como
    consequência do cuidado ao paciente. O CTI é o local onde os riscos e danos acabam
    sendo mais graves pelas suas características próprias. É dentro do CTI que estão os
    pacientes mais críticos, e onde se utilizam equipamentos e tecnologias mais específicas,
    de monitoramento e de diagnóstico. Procedimentos invasivos são realizados,
    medicamentos específicos são mais utilizados. É, também, onde a equipe é mais
    diversificada nos seus saberes, experiências e competências, o que pode criar algumas
    dificuldades de comunicação entre os profissionais e, portanto, levar a equipe a não
    convergir para a segurança do paciente. Portanto, o objetivo desta pesquisa é avaliar a
    comunicação interprofissional e a notificação de eventos adversos como estratégia de
    promoção do cuidado e segurança do paciente. Consiste em um estudo descritivo
    exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi segmentada em
    dois artigos que estão expostos ao decorrer do trabalho.

  • TAYANA CAROLINA SANTOS SILVA
  • Prevalência e fatores associados à sarcopenia e desnutrição em idosos ambulatoriais

  • Data: 26/07/2021
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  • A sarcopenia e a desnutrição são condições comuns nos idosos e estão independentemente associadas a consequências negativas para a saúde, incluindo aumento da morbidade e mortalidade, diminuição da qualidade de vida e funcionalidade, aumento da hospitalização e dos custos de saúde. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência e os fatores associados à sarcopenia e desnutrição em pacientes idosos ambulatoriais. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal realizado com idosos de ambos os sexos atendidos em um hospital universitário, no município de Belém, Pará. A sarcopenia foi identificada com base nos critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People 2 e o estado nutricional foi avaliado por meio da Mini Avaliação Nutricional. Foram levantadas características sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Participaram do estudo 156 idosos, em sua maioria do sexo feminino (70,5%). A prevalência de sarcopenia foi de 37,1% (n = 58), e a de desnutrição ou risco de desnutrição foi de 20,5% (n = 32). A sarcopenia e a desnutrição ou risco de desnutrição coexistiam em 11,5% da amostra estudada. Na análise multivariada, a sarcopenia foi diretamente associada com idade ³ 80 anos (OR: 4,72; IC 95%: 1,49-14,94) e inversamente associada a escolaridade ³ 8 anos (OR: 0,22; IC 95%: 0,07-0,67) e excesso de peso (OR: 0,06; IC 95%: 0,02-0,21). A desnutrição ou risco de desnutrição foi significativamente associada a escolaridade < 8 anos (OR: 0,28; IC 95%: 0,10-0,79) e ³ 8 anos (OR: 0,32; IC 95%: 0,10-0,99), hospitalização no último ano (OR: 2,87; IC 95%: 1,01-8,15) e estar eutrófico(OR: 0,10; IC 95%: 0,03-0,32) ou com excesso de peso (OR: 0,03; IC 95%: 0,01-0,12). A sarcopenia e a desnutrição ou risco de desnutrição foram condições prevalentes na população estudada. A idade avançada foi associada à sarcopenia e a hospitalização à desnutrição ou risco de desnutrição. A escolaridade e o IMC foram associados a ambas condições.

    Palavras-chave: Sarcopenia. Desnutrição. Idoso. 

  • CHRISTINE ELIZABETH LOBATO BEMERGUY
  • Avaliação da Regulação de Acesso por Profissionais do Setor da Urgência e Emergência em Oftalmologia em um Hospital Universitário em Belém, PA

  • Data: 16/07/2021
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  • As urgências oftalmológicas são uma das principais causas de morbidade e
    cegueiras preveníveis, sendo um dos grandes problemas de saúde pública, devido a
    pouca oferta de serviço especializado. A regulação de acesso nos serviços
    oftalmológicos, quando estruturada com processos, protocolos e fluxos bem
    estabelecidos garante a organização do acesso, da oferta e da demanda dos serviços,
    oferecendo qualidade e resolutividade na assistência em tempo hábil a população. Para
    isso, buscou-se identificar a Regulação do acesso à assistência das Urgências e
    Emergências Oftalmológicas sob a ótica dos profissionais do setor em um Hospital
    Universitário em Belém, PA. Foi realizado um estudo quali-quantitativo e descritivo no
    setor de Oftalmologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS). Para
    coleta de dados, utilizou-se um questionário próprio com 15 perguntas abertas e fechadas
    aplicado com 29 profissionais atuantes no setor de Oftalmologia. A análise quantitativa
    foi realizada com base na estatística descritiva, cujos dados numéricos captados serão
    armazenados em bancos de dados numéricos do Microsoft Excel 2007. A maioria dos
    entrevistados tinha como tempo de atuação de 1 a 5 anos na Oftalmologia do HUBFS
    (75%). Segundo os entrevistados, 58,6% acredita que exista um espaço adequado para o
    atendimento do paciente em situação de U/E no HUBFS, 61,5% disseram desconhecer
    protocolo assistencial para o atendimento de um paciente em situação de U/E no
    HUBFS. Quanto a priorização do atendimento de U/E em relação aos pacientes
    ambulatoriais, 82,7% afirmou acontecer. E 71,4% afirmaram que o serviço de
    Oftalmologia tem acesso imediato ao Centro Cirúrgico em situações que necessitam de
    intervenção cirúrgica de U/E. A U/E Oftalmológicas atendidas no HUBFS, houve uma
    frequência de 30% com relatos de trauma. Quanto ao conhecimento dos profissionais
    sobre U/E Oftalmológicas no HUBFS, 68,9% acreditam que o HUBFS tem capacidade
    de atender U/E nas 24 horas, 82,7% desconhecem o número de U/E em Oftalmologia
    atendidos mensalmente no HUBFS e 51,7% tem conhecimento do fluxo externo de
    demanda do atendimento U/E Oftalmologia. Para os profissionais, as mudanças para a
    melhoria do atendimento da U/E Oftalmológicas devem ser nos aspectos de estrutura

    Pessoal e Física. Conclui-se que a maioria dos profissionais do setor reconhecem a
    importância das U/E Oftalmológicas para comunidade, desconhecem os protocolos,
    porém destacam a necessidade de melhorias nos processos de trabalho.

  • LUCIANA MARIA FURTADO FERNANDES
  • O conhecimento dos Profissionais de saúde e sua influência na segurança do paciente: uma revisão sistemática 

  • Data: 15/07/2021
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS), define segurança do paciente como a redução do  risco e danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. Avaliar, por um modelo de uma revisão sistemática, se estratégias de capacitação dos  profissionais de saúde têm impacto na segurança do paciente. Foi realizado um estudo de revisão sistemática, sem metanálise, registrada no PROSPERO sob o protocolo número: CDR 42021258660. Os dados foram coletados juntos as bases de dados, MEDLINE,  LILACS, COCHRANE, EMBASE e Periódicos CAPES. Mediante seleção dos descritores: profissionais de saúde, segurança do paciente, conhecimento. Foram identificados 4265  artigos, a amostra final resultou em 05 artigos escritos no idioma inglês. Houve a  participação de 982 profissionais de saúde. Este estudo apresenta um alto risco para viés e  alto nível de evidência, para esta análise utilizou-se as ferramentas, Risk of Bias in  Systematic Reviews (ROBIS 2.0) e Sistema Grading of Recommendations Assessment,  Development and Evaluation (GRADE), respectivamente. Demonstra que as capacitações, treinamentos e educação em serviço tem um impacto positivo no conhecimento dos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre à segurança do  paciente. A limitação encontrada foi a falta de ECR e estudos nacionais. Por fim, verifica-se  que o investimento em conhecimento sobre segurança do paciente, para os profissionais de  saúde multidisciplinares, reflete nos ganhos em atos seguros para a Instituição de saúde,  profissionais e sobremaneira à saúde da população. 


  • MARLY DE SOUZA CAMPOS
  • PESQUISA DESCRITIVA-DIAGNÓSTICA DA INCORPORAÇÃO DE APARELHO DE RADIOGRAFIA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DO BRASIL COM RECURSO DE CAPITAL/INVESTIMENTO DO REHUF

  • Data: 05/07/2021
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  • A incorporação de tecnologia em saúde busca solucionar muitos problemas que
    se avolumam diariamente na gestão de hospitais universitários, entre os quais
    estruturas insuficientes no atendimento de média e alta complexidade, além de
    problemas de gestão, segurança estrutural (do paciente) e central de energia.
    Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi descrever a incorporação de
    tecnologia em saúde no Programa Nacional de Reestruturação desenvolvido em
    Hospital Universitário no Norte do Brasil, no período de 2011 a 2018. De modo
    específico se buscou analisar a matriz da distribuição de recursos financeiros de
    capital do REHUF ao HU, e ainda avaliar o alcance das metas e os critérios de
    compra de equipamentos médico-hospitalares, os impactos da incorporação do
    aparelho de radiografia Axion Iconos MD 07721819º, a partir de preceitos da
    economia em saúde. Foi feita uma pesquisa bibliográfica, documental,
    descritiva, com abordagem quantitativa, focada na incorporação de tecnologia
    em saúde e na avaliação custo-efetividade. Os resultados apontaram, após
    analisar os valores da produção aprovada de média e alta complexidade, que no
    3º ano de uso do equipamento, o retorno do investimento foi efetivo,
    confirmando o impacto financeiro, social e ambiental positivo na receita do HU.

  • SHIRLEY VANIA BONFIM DOS SANTOS
  • Estratégias de promoção à saúde para trabalhadores de enfermagem durante a pandemia do COVID-19

  • Data: 05/07/2021
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  • A Covid-19 é uma doença de caráter global, uma pandemia, que para os profissionais de saúde, em especial enfermeiros, que lidam de forma intimista com pacientes, gerou uma série de problemas físicos e psicológicos, ao qual, inviabilizaram uma parte destes profissionais de efetuarem suas tarefas da forma a qual gostariam, o estudo desta problemáticas é de suma importância para gerar conteúdos que visem ajudar a conhecer os efeitos e minimizá-los mediante a estes profissionais. Com a sobrecarga de trabalho acometida pela equipe de saúde, em destaque a equipe de enfermagem e o triste cenário que aflige as unidades de saúde o qual esses profissionais estão presente diariamente com grande número de sofrimentos e demasiada de perdas de paciente por conta da pandemia do coronavírus, muitos tendo que isolar-se da própria família para não correr o risco de contamina-las, pois sabem que estão em contato direto com o vírus, sendo esse de fácil contagio, vem afetando a rotina e a vida dos mesmos. Trata-se de estudo de revisão integrativa que tem por escopo caracterizar as evidências disponíveis na literatura sobre as estratégias de contenção do acometimento da saúde dos trabalhadores de Enfermagem durante a pandemia do Covid-19, para tanto seguiram-se as fases seleção da pergunta de pesquisa; definição dos critérios de inclusão e exclusão de estudos e seleção da amostra; estudos selecionados; considerando as características; análise crítica dos achados; interpretação dos resultados e reportar, de forma clara, a evidência identificada. Foram selecionados seis (n=6) estudos, dentre os quais cinco foram produzidos no Brasil e publicados em periódicos nacionais, apenas um artigo encontrado foi de origem internacional, quanto aos níveis de evidência, todos os artigos inclusos nesta revisão foram classificados com nível de evidencia V, por possuírem a abordagem descritiva como método. Para a discussão dos resultados foram criadas as categorias de análise de conteúdo: Estratégias utilizadas para garantir a seguridade física de trabalhadores de enfermagem durante a pandemia do COVID-19; Estratégias utilizadas para garantir a seguridade psicológica de trabalhadores de enfermagem durante a pandemia do COVID19. Os estudos incluídos nessa revisão vêm a caracterizar as dificuldades encontradas por enfermeiros no cenário da pandemia, bem como as estratégias adotas por organizações (a exemplo de sindicatos), das instituições hospitalares, ou até mesmo da sensibilidade de outros profissionais integrantes da equipe multiprofissional, para o cuidado físico e psicológico da equipe de enfermagem. Espera-se que os resultados deste estudo venham a contribuir com a reflexão, reprodução e com o estímulo destas estratégias e de novos estudos que abordem a cultura da saúde do trabalhador.

  • RUTH HELENA LOPES RODRIGUES
  • INTERVENÇÕES EDUCATIVAS DESENVOLVIDAS POR ENFERMEIROS PARA PESSOAS COM DIABETES MELLITUS

  • Data: 05/07/2021
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  • O diabetes é uma condição clínica definida como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção ou na ação da insulina. A nível mundial o diabetes tem prevalência entre 8,8% e 14,2%, com expectativa de aumento nos próximos anos, enquanto no Brasil apresentou aumento na prevalência, que passou de 5,5% para 7,4%, especialmente entre mulheres e pessoas adultas com 65 anos ou mais. Os pacientes com diabetes Mellitus necessitam de cuidados de saúde especializados por se tratar de doentes crônicos, com propensão a desenvolvimento de complicações da doença, a baixa escolaridade, a prevalência desta doença em pessoas com idade maior que 40 anos, bem como a associação do diabetes com outras comorbidades, são fatores primordiais para o desenvolvimento de complicações do diabetes, por conta das dificuldades que este público apresenta em realizar e compreender as ações de autocuidado em relação ao controle do diabetes. Nesse sentido é de fundamental importância a atuação do profissional de Enfermagem para o empoderamento dessas pessoas no diz respeito ao desenvolvimento de práticas de promoção e prevenção de complicações para a melhoria da qualidade de vida, e principalmente para a adaptação, reabilitação e enfrentamento destes pacientes diante da doença e das novas condições de vida mediante ao desenvolvimento de complicações. Trata-se de estudo de revisão integrativa que tem por escopo resumir as pesquisas já realizadas sobre as intervenções e tecnologias educativas desenvolvidas por enfermeiros para pessoas com diabetes Mellitus, para tanto buscou-se utilizar a estratégia PICO, dessa maneira, esse estudo buscou responder a seguinte questão norteadora: Quais são as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções e tecnologias educativas desenvolvidas por enfermeiros para a pessoa com diabetes Mellitus? Para a busca das evidências científicas utilizou-se os descritores: “Diabetes Mellitus” (em inglês: “Diabetes Mellitus”; em espanhol: “Diabetes Mellitus”); “Cuidados de Enfermagem” (em inglês: “Nursing Care”, em espanhol: “Atención de Enfermería”), “Educação de Pacientes como assunto” (em inglês: “Patient Education as Topic”, “em espanhol: “Educación del Paciente como Asunto”). O período temporal de busca definido foi de artigos publicados no período de 2017 a 2020. As buscas ocorreram nas seguintes bases de dados que são Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval Sisten On-line (MedLine)/ PubMed (via National Library of Medicine); SCielo e BDENF. Dez estudos foram incluídos nesta revisão, estes foram compreendidos no período de 2016 a 2020, a maioria das publicações utilizadas neste estudo (n=6) foi publicado em português e teve sua origem no Brasil, o que demonstra certa fragilidade e lacuna na publicação internacional em relação à temática. Quanto aos níveis de evidência verificou-se a predominância de estudos de nível V com enfoque em estudos descritivos não experimentais diante da temática. No entanto, apesar disto pôde-se identificar um estudo nacional com nível de evidência III. Os principais resultados dos estudos selecionados nesta revisão foram organizados segundo similaridade semântica e derem origem a duas categorias temáticas: Experiências educativas exitosas voltadas a pessoas com diabetes; Recursos tecnológicos utilizados para mediar o processo educativo de pessoas com diabetes. A revisão das produções acerca da temática evidenciou que os estudos desenvolvidos por enfermeiros sobre a educação do paciente diabético como tema de pesquisa, ainda é pouco explorada em níveis de maior evidência científica. Necessitando de aprofundamento nos métodos de pesquisa para as produções desenvolvidas com esta temática. Um dos pontos positivos encontrados nesta revisão, é o fato de que as produções nacionais foram predominantesneste estudo, o que pode ser justificado pelo cuidado dessas pessoas ser instituído pelas políticas públicas de atenção à saúde do idoso e pela instituição do programa HIPERDIA no âmbito da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Como contribuições para a pesquisa em enfermagem e em saúde pública espera-se que esta revisão integrativa, venha a embasar futuros estudos que abordem a proposição de atividades e de tecnologias educativas voltas para o cuidado de pessoas com diabetes Mellitus e principalmente para fundamentação da prática educativa e clínica de enfermeiros para a realização de ações de promoção, prevenção e da instituição de políticas públicas para a minimização das complicações advindas do diabetes Mellitus.

  • GEISA FERNANDA MELO PIMENTEL
  • Ações educativas e preventivas de enfermeiros à pessoa submetida ao exame de colonoscopia

  • Data: 05/07/2021
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  • As doenças gastrointestinais se desenvolvem como resultado de anormalidades dentro ou fora do intestino, cuja gravidade pode variar de distúrbios que causam sintomas leves e nenhuma morbidade de longa duração, até transtornos com sintomas incontroláveis e/ou prognósticos desfavoráveis. Para o diagnóstico das patologias do aparelho digestivo, utilizam-se diversos tipos de exames, entre eles, a colonoscopia. A colonoscopia na prática clínica reformulou a abordagem diagnóstica para as patologias colorretais, assim como possibilitou procedimentos terapêuticos endoscópicos. Os profissionais de enfermagem são atores de fundamentais para o exame de colonoscopia, uma vez que deve-se garantir um preparo de cólon numa condição ótima, a fim de que haja agilidade no diagnóstico de doenças do sistema digestório identificáveis através do exame. Por outro lado, para a saúde coletiva, esse papel se torna relevante ao ponto que possibilita, o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento de doenças graves como o câncer colorretal, por meio de ações preventivas e educativas em saúde, além de cuidados de enfermagem nos exames de colonoscopia. Trata-se de estudo de revisão integrativa, o qual buscou responder à questão norteadora: Quais são as evidências disponíveis na literatura sobre as ações educativas e preventivas de enfermagem ao paciente submetido a colonoscopia? Foram selecionados sete estudos para compor a revisão, dos quais cinco (n=5) foram publicados na língua inglesa, o que demonstra certa fragilidade e lacuna na publicação nacional em relação à temática. Quanto aos níveis de evidência verificou-se uma disparidade entre os estudos desenvolvidos por enfermeiros estrangeiros e enfermeiros brasileiros, onde a produção nacional acerca do tema ainda está centrada na realização de estudos com evidências mais baixas (estudos de nível VI) com enfoque em estudos descritivos não experimentais diante da temática. Já quanto aos estudos internacionais conseguimos identificar a predominância de estudos com maiores níveis de evidência (um estudo com nível I e quatro estudos com nível II). os principais resultados dos estudos selecionados nesta revisão foram organizados segundo similaridade semântica e derem origem a três categorias temáticas, apresentadas a seguir: Fatores a serem considerados para o Planejamento da Assistência de Enfermagem à Pessoa Submetida ao Exame de Colonoscopia; Ações Educativas de Enfermeiros à Pessoa Submetida ao Exame de Colonoscopia; Atuação de Enfermeiros em Programas de Rastreio de Câncer Colorretal. Espera-se que os resultados desta revisão venham a contribuir com a reflexão da atuação de enfermeiros nos setores de diagnóstico por imagem, principalmente daqueles que lidam com a vídeo colonoscopia, a fim de que incorporem, reproduzam e/ou desenvolvam ações educativas, as tecnologias, novas abordagens ao usuário, e principalmente, venha a pôr em evidência a necessidade de discussão científica sobre a ampliação do papel de Enfermeiros na prevenção do CCR.

  • RAISSA TEREZA CASSEB OLIVEIRA
  • Influência de fatores sociais, demográficos e clínicos em nascidos vivos com espinha bífida no Brasil: um estudo ecológico de 21 anos

  • Data: 21/06/2021
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  • Introdução: A espinha bífida é um defeito congênito que ocorre quando os ossos da coluna não se formam completamente, resultando em uma abertura na região posterior da coluna, geralmente no final da coluna (região sacral). No Brasil, não existem estudos abrangentes que descrevam a associação de características sociais, demográficas e clínicas em relação à espinha bífida.
    Objetivos: Este estudo visa verificar possíveis associações de fatores sociodemográficos e clínicos em nascidos vivos com espinha bífida.
    Delineamento e Métodos: Foi realizado um estudo analítico (descritivo e inferencial), ecológico e retrospectivo com base em dados secundários de 11.308 nascidos vivos com espinha bífida registrados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) no Brasil de 1999 a 2019. Dados sócio-demográficos os fatores analisados foram a idade, escolaridade, estado civil das mães e a região geográfica. Os fatores clínicos analisados foram a duração, o tempo de gestação, o peso ao nascer e o número de atendimentos pré-natais.
    Resultados: Há um aumento no número de casos de espinha bífida nos últimos anos no Brasil com variação percentual anual de 3,52%. Porém, no período de 2005: 2009 apresentou redução de nascidos vivos com espinha bífida. Os estados com maior incidência foram: Rondônia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Porém, nas unidades da federação a maior incidência foi nas regiões Sul (São Paulo) e Sudeste (Rio Grande do Sul). O risco aumentou em mães nascidas após 1980, com idade superior a 30 anos e alto nível de escolaridade. O risco aumentou em nascidos vivos: brancos e negros, gravidez dupla e peso corporal inferior a 3.000 gramas. A ausência do pré-natal resultou em maior incidência.
    Conclusão: Assim, os fatores sociodemográficos e clínicos apresentam características específicas que podem predizer Espinha bífida em recém-nascidos no Brasil.

  • SÂMELA STEFANE CORREA GALVÃO
  • O ACESSO À ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE SOB A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO RIBEIRINHO DA AMAZÔNIA 

  • Data: 15/06/2021
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  • O estudo teve como objetivo compreender a percepção do usuário ribeirinho que vive as margens dos rios de um município do estado do Pará, sobre acesso aos serviços ofertados na Atenção Primária à Saúde – Estratégia de Saúde da Família Ribeirinha. Realizou-se um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, em uma unidade de saúde da família ribeirinha localizada as margens do rio Arumanduba, no município de Abaetetuba (PA), realizaram-se 30 entrevistas semiestruturadas individuais com usuários que estavam à procura de algum serviço na unidade no dia da entrevista. Para análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Os participantes compreendem a ESFR como o primeiro serviço de saúde que devem procurar em caso de necessidade, o que está diretamente relacionado ao fato de a unidade de saúde estar localizada em sua comunidade e ao vínculo criado com os profissionais de saúde, o que é importante para a promoção do cuidado e efetivação do acesso como o atributo essencial da APS.  Porém há barreiras organizacionais e estruturais que precisam ser superadas para a garantia da integralidade da atenção como o horário reduzido, falta de energia elétrica, ausência de serviços como a imunização, ausência de profissionais médicos, falta de medicamentos. Evidenciou-se no estudo a necessidade de fortalecer a capilaridade da APS por meio da Estratégia Saúde da Família nos territórios líquidos da Amazônia e a importância disso no impacto do acesso à saúde da população ribeirinha.

  • JUCILENE MAGALHAES ALVES SOUSA
  • CONTROLE SOCIAL NO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: DESAFIOS E POTENCIALIDADES NO CONTEXTO AMAZÔNICO

  • Data: 14/06/2021
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  • Em decorrência do processo de descentralização da gestão das políticas
    públicas, fez-se necessário a participação da sociedade civil nas tomadas de decisões e na
    fiscalização da utilização de recursos públicos, resultando, no âmbito do Programa
    Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na exigência da composição do Conselho de
    Alimentação Escolar (CAE). Assim, esse estudo objetivou caracterizar a atuação, os
    desafios e potencialidades dos conselheiros de alimentação escolar, por meio de
    indicadores de controle social e análise de conteúdo de conselheiros atuantes em 04
    municípios paraenses. Estudo documental, descritivo de delineamento transversal, a
    partir da análise documental de Relatórios Técnicos referentes às atividades de assessoria
    e monitoramento executados pelo CECANE/UFPA, no ano de 2019, adotando uma
    abordagem quali-quantitativa. As informações qualitativas foram obtidas a partir da
    análise das entrevistas com os conselheiros, sobre os possíveis obstáculos e/ou
    potencialidades vivenciados por eles. Os dados quantitativos foram tabulados e
    analisados no Programa Microsoft Excel versão 2016 e Epi Info versão 7.2.4. Foi
    utilizada a estatística descritiva, a partir da elaboração de gráficos e tabelas com
    frequências absolutas e relativas. No que se refere à análise das entrevistas, foram
    utilizados os preceitos da Análise de Conteúdo clássica, proposto por Bardin. A partir
    dos resultados, observou-se que a maioria era mulheres, estavam na faixa etária de 40 a
    49 anos, média de 42,2 (±7,8), tinham mais de 12 anos de estudo e representavam o
    segmento de pais de alunos, seguido de representantes de entidades de trabalhadores da
    educação e discentes. Os conselhos estão funcionando conforme determina as legislações
    vigentes, assim como, os conselheiros estavam desempenhando suas atribuições dentro
    do esperado e possuem conhecimento sobre o papel fundamental que desenvolvem na
    execução dessa política promotora da SAN no Brasil. Entretanto, identificou-se alguns
    entraves para o desenvolvimento e articulação de algumas atividades que competem aos
    conselheiros de alimentação escolar, principalmente no que se refere ao processo de
    composição, funcionamento e infraestrutura do CAE. Dessa forma, evidencia-se a
    importância de participação dos conselheiros em ações estratégicas de formações e
    capacitações continuadas sobre aspectos gerais de execução do PNAE e suas atribuições.

  • MARCELA DO SOCORRO TAVARES DE MELO
  • ADAPTAÇÃO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO FAMILIAR PARA ANÁLISE DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS:

    UMA EXPERIÊNCIA COM POPULAÇÕES DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 29/05/2021
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  • Os modelos de desenvolvimento centrados apenas no crescimento econômico e
    acumulação de capital, partem de uma visão excludente, individualista e constituído em
    políticas de dominação. O processo histórico de exclusão e negação de direitos, se reflete
    no desenvolvimento de comunidades quilombolas, que perpassa o reconhecimento da
    importância da terra, das tradições e do modo de vida, que possui uma simbologia e uma
    representação muito significativa para essa população. Visualiza-se a partir disto, a
    importância de analisar como se caracteriza o desenvolvimento das famílias quilombolas
    do estado do Pará. O objetivo deste estudo é testar a aplicabilidade do Índice de
    Desenvolvimento da Família-Modificado (IDFM) como indicador de desenvolvimento
    das famílias Quilombolas. A metodologia utilizada foi a adaptação do Índice de
    Desenvolvimento da Família (IDF) em IDFM, com a simplificação e redução de
    variáveis de estudo, e o teste deste novo instrumento em um banco de dados de projetos
    contínuos - “Determinantes Socioecológicos e Biológicos da Obesidade, Diabetes e
    Hipertensão Arterial em Populações Afrodescendentes da Amazônia: buscando respostas
    concretas para a ontogenia de doenças complexas”, “Corpo Presente: representações
    entre quilombolas e políticas públicas” envolvendo diversas comunidades do estado do
    Pará. Os resultados indicam que é possível utilizar o IDFM sem qualquer prejuízo no
    cálculo e análise do padrão de desenvolvimento. As comunidades quilombolas analisadas
    foram classificadas em desenvolvimento médio e baixo, com índices que variam de 0,45
    a 0,52. A ampliação da utilização do IDFM para outras comunidades, permitirá
    corroborar a utilidade deste instrumento em estudos futuros.

  • DANIELLE DO SOCORRO PINTO DA SILVA
  • ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS E RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
    TRANSMISSÍVEIS (DCNT's) EM INDÍGENAS ADULTOS DAS ETNIAS
    SURUÍ/AIKEWARA, TUPAIU E TEMBÉ, PARÁ-BRASIL.

  • Data: 14/05/2021
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  • ESTE ESTUDO SE DIRECIONA PELAS TEMÁTICAS DA ALIMENTAÇÃO, DA SAÚDE E DA CULTURA. TEM COMO PROPOSTA DE ESTUDO A COMPREENSÃO DAS PRÁTICAS ALIMENTARES EM UMA COMUNIDADE INDÍGENA NO SUDESTE PARAENSE. AS PRÁTICAS ALIMENTARES REPRESENTAM UMA AÇÃO CONCRETA DE INCORPORAÇÃO TANTO DAS CATEGORIAS PARA OS DIFERENTES ALIMENTOS COMO DO ESTABELECIMENTOS DE SEUS SIGNIFICADOS, PERMEADA POR TROCAS SIMBÓLICAS, ENVOLVENDO UMA INFINIDADE DE ELEMENTOS E DE ASSOCIAÇÕES CAPAZES DE EXPRESSAR E CONSOLIDAR A POSIÇÃO DO SUJEITO SOCIAL EM SUAS RELAÇÕES COTIDIANAS. O OBJETIVO DA PESQUISA É COMPREENDER COMO SE CONFIGURAM AS PRÁTICAS ALIMENTARES E DE QUE FORMA ELAS SE RELACIONAM COM A SAÚDE E A CULTURA DOS SUJEITOS ENVOLVIDOS NO CONTEXTO DA COMUNIDADE INDÍGENA SURUÍ/AIKEWARA; CARACTERIZAR O CONTEXTO SOCIODEMOGRÁFICO E AMBIENTAL DESSA ALDEIA, CONSIDERANDO SEU PROCESSO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO; CONHECER AS MEMÓRIAS FAMILIAR E COMUNITÁRIA DAS PRÁTICAS ALIMENTARES, OBSERVANDO AS MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS AO LONGO DE UM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO; OBSERVAR E ANALISAR AS PRÁTICAS ALIMENTARES A PARTIR DAS FALAS DOS PARTICIPANTES ENVOLVIDOS, COMPREENDENDO SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE E A CULTURA DESSE GRUPO. TRATA-SE DE UM ESTUDO DE ABORDAGEM QUALITATIVA, DO TIPO DESCRITIVO E EXPLORATÓRIO E A PERSPECTIVA TEÓRICA INTERPRETATIVISTA PARA FUNDAMENTAR A ANÁLISE. A CONSTRUÇÃO DOS DADOS SERÁ POR MEIO DE LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO E DOCUMENTAL, BEM COMO ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO E ENTREVISTA DO TIPO SEMIESTRUTURADA E GRAVADAS CONFORME O CONSENTIMENTO DOS ENTREVISTADOS, ESTABELECENDO UMA CONVERSA AMIGÁVEL. A INTERPRETAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS POR MEIO DAS INFORMAÇÕES RELATADAS PELOS PARTICIPANTES SERÁ PELA ADAPTAÇÃO DA ANÁLISE DE CONTEÚDO, USADO COM O OBJETIVO DE DESCREVER E INTERPRETAR O CONTEÚDO A PARTIR DAS NARRATIVAS DE MORADORES DA COMUNIDADE. A POPULAÇÃO ESTUDADA SERÁ COMPOSTA POR MORADORES DA COMUNIDADE INDÍGENA SURUÍ AIKEWARA E PETENCENTES A TRÊS DIFERENTES GERAÇÕES, ENCONTRADOS NO MOMENTO DA VISITA, QUE ACEITAREM PARTICIPAR DO ESTUDO MEDIANTE À APRESENTAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE).

  • LEILIANE DE CARVALHO CORDEIRO
  • AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA NORMA BRASILEIRA DE
    COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE
    PRIMEIRA INFÂNCIA, BICOS, CHUPETAS E MAMADEIRAS EM
    ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS EM BELÉM – PARÁ (MULTI-NBCAL).

  • Data: 07/05/2021
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  • A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e crianças de primeira infância, bicos, mamadeiras, chupetas e protetores de mamilos (NBCAL) foi criada pela Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006 e se trata de um conjunto de regras e diretrizes destinadas a direcionar promoções comerciais e rotulagem dos produtos por ela abrangidos, a fim de garantir que tais produtos não influenciem negativamente a prática do aleitamento materno (AM), contribuindo assim para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de lactentes e crianças de primeira infância. Apesar dos esforços crescentes, apenas 35% das crianças de 0 a 6 meses de idade são exclusivamente amamentadas no mundo. Os profissionais de saúde exercem papel fundamental no que se refere à promoção, proteção e apoio ao AM por diversos fatores, dentre eles, a importância para o cumprimento da legislação que regulamenta a comercialização de alimentos infantis e produtos de puericultura, haja vista sua responsabilidade com relação à fiscalização, disseminação e efetivação da mesma, que é de extrema importância para a saúde coletiva. Entre os fatores identificados como determinantes para o desmame precoce e para a introdução prematura de alimentos na rotina das crianças, é importante destacar as práticas mercadológicas adotadas pela indústria para a comercialização de alimentos substitutos do leite materno (LM). No entanto, um conhecimento insuficiente dos profissionais sobre a NBCAL é demonstrado ao analisar os resultados de estudos sobre o tema. O objetivo da pesquisa foi analisar o conhecimento dos gerentes e farmacêuticos de estabelecimentos comerciais de Belém – PA sobre a NBCAL. Trata-se de um estudo transversal que compõe um inquérito epidemiológico multicêntrico - Multi–NBCAL, realizado por meio de triangulação dos métodos quantitativos e qualitativos, objetivou avaliar o cumprimento da NBCAL em todas as regiões do país. A população estudada foi composta por profissionais responsáveis pelos estabelecimentos comerciais (gerentes, sendo eles farmacêuticos ou não) encontrados nos ambientes no momento da visita, que aceitaram participar do estudo mediante à apresentação de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram realizadas 199 entrevistas com os profissionais de 202 estabelecimentos comerciais pesquisados.

  • JORGEANE PEDROSA PANTOJA
  • INTEGRALIDADE E AUTONOMIA NA ATENÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO SEGMENTO INFÂNCIA: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL

  • Data: 20/04/2021
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  • O objetivo geral desta pesquisa consiste em identificar a evolução das abordagens acerca da autonomia
    em crianças com deficiência mediante a análise dos principais documentos oficiais dedicados a pessoas
    com deficiência. Os documentos analisados são: Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência
    (Portaria no 1.060, de 5 de junho de 2002), Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência
    (Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009), Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência –
    Plano Viver sem Limite (Decreto no 7612, de 17 de novembro de 2011), Estatuto da Pessoa com
    Deficiência – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146, de 6 de julho de
    2015), Guia de Atuação do Ministério Público: Pessoa com deficiência – Direito à acessibilidade, ao
    atendimento prioritário, ao concurso público, à educação inclusiva, à saúde, à tomada de decisão apoiada
    e à curatela (2016). A escolha de tais documentos teve como critério o impacto das diretrizes legislativas
    sobre a autonomia em crianças com deficiência, a integralidade e o arranjo de programas de saúde
    voltados para o cuidado desse segmento. Propõe-se discutir a presença e abrangência dos seguintes
    aspectos nos referidos documentos oficiais: o arranjo de programas e políticas públicas que se voltam
    para o acompanhamento e o cuidado de crianças com deficiência; a presença do princípio de integralidade
    e das ações promotoras de autonomia em crianças com deficiência; a menção a noções de proteção e
    autonomia relativas a tais crianças. Além da análise desses documentos, são apresentados, a título de
    exemplo, os dados relativos ao perfil da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Estado do Pará
    relativos ao ano de 2010. Pautada pela análise documental, a metodologia empregada é de natureza
    qualitativa e de caráter exploratório. Em relação ao campo legal brasileiro, a pesquisa mostra que os
    dispositivos constitucionais e infraconstitucionais que visam a proteger os direitos fundamentais das
    pessoas com deficiência são tratados nos documentos selecionados de modo muito fragmentado. Ainda
    que tenha evoluído nas duas últimas décadas, a agenda governamental brasileira não contempla de modo
    sistemático e suficiente as ações requeridas por crianças com deficiência no que respeita à autonomia e ao
    princípio de integralidade. Não obstante a estrutura robusta do Sistema Único de Saúde e os avanços por
    ela conquistados, a escassez de contratação de profissionais e de recursos financeiros compromete
    sobremaneira que as diretrizes legislativas sejam instrumentos efetivos de mudança social para as
    pessoas, em particular as crianças, com deficiência.

  • FABIO DA COSTA FERREIRA
  • AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À HIPERTENSÃO E DIABETES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NA PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS

  • Data: 20/04/2021
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  • A hipertensão e o diabetes, caracterizam-se atualmente entre as condições crônicas mais prevalentes. Esse cenário é preocupante e impõem a necessidade de investimentos em melhorias na qualidade do manejo dessas morbidades. Embora os debates estejam acontecendo, ainda são limitados os estudos na literatura referentes a esta temática com foco na pessoa com condição crônica, o que justifica a realização deste estudo. Destaca-se que a busca pela qualidade dos serviços de assistência em saúde no Brasil tem recebido grande de interesse do Ministério da Saúde, com ênfase para a atenção ao indivíduo idoso, haja vista a sua relevância na adequação das políticas públicas as necessidades desse grupo etário. Considera-se que a detecção precoce, acompanhamento e controle, reforçado por tecnologias de atenção à saúde são as principais estratégias para prevenir e/ou postergar o início e a evolução das complicações e das incapacidades decorrentes a hipertensão e diabetes.  Desta forma tem-se o objetivo de avaliar a qualidade da assistência prestada ao hipertenso e/ou diabético no ESF de acordo com a percepção dos usuários do distrito sanitário do município de Ananindeua-Pará. Trata-se de uma avaliação investigativa com abordagem qualitativa em três eixos de pesquisa, utilizando a triangulação de método. Avaliação da assistência prestada aos hipertensos e diabéticos, a luz de uma Revisão Integrativa da Literatura; Avaliação normativa das ações preconizadas em documentos oficiais coletados da biblioteca do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde que tratam da Atenção à Saúde em hipertensão e diabetes; E avaliação da assistência prestadas aos portadores de hipertensão e diabetes na percepção dos usuários que vivenciam os cuidados prestados no programa ESF.

  • ANA DE FATIMA MORAES BRITO
  • Análise da Política de Contratualização pelo Ministério da Saúde nos Hospitais de Ensino no Brasil.

  • Data: 19/04/2021
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  • Analisar a Política de Contratualização do Ministério da Saúde nos Hospitais de Ensino
    no Brasil possibilitará o desenho de um parâmetro bibliográfico dos avanços, das
    propostas de intervenções e perspectivas para o ensino, pesquisa, assistência e gestão do
    SUS nesses espaços institucionais. A experiência de contratualização com os hospitais,
    no SUS, iniciou-se em 2004, com o programa de reestruturação dos hospitais de ensino e
    dos hospitais filantrópicos.
    A política de contratualização é estabelecida pelo Ministério da saúde como um processo
    em que o gestor municipal/estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) e representante
    legal do hospital, estabelece indicadores, metas quantitativas e qualitativas de atenção à
    saúde e de gestão hospitalar, formalizadas por meio de um instrumento contratual.

    É necessário resignificar a prática de fazer a gestão, tornando-se imperativo o
    estabelecimento de instrumentos gerenciais e técnico-científicos que permitam qualificar
    a gestão, com o objetivo de garantir sua sustentabilidade, para atender as necessidades de
    saúde da população referenciada, ofertar serviços e agilizar a assistência ao usuário do
    SUS, contribuindo assim na organização do sistema. Para isso, é de grande importância a
    utilização de mecanismo e instrumento como o Documento Descrito, a Programação
    Físico - orçamentário (FPO) e os relatórios da produção de serviços para subsidiar a
    prática da gestão. O Documento Descrito instrumento constituído no processo de
    contratualização (Ministério da Saúde, 2010).

  • JUAN ANDRADE GUEDES
  • A MALÁRIA E O USO E A COBERTURA DA TERRA NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ, ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 09/04/2021
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  • A malária é uma doença infecciosa, febril aguda, de caráter sistêmico, causada por
    protozoários do gênero Plasmodium, sendo transmitidos ao homem através da picada de
    mosquitos fêmeas do gênero Anopheles. Esta doença é considerada um grave problema de
    saúde pública, sobretudo na Amazônia brasileira, devido sua ampla difusão na região, alta
    incidência e difícil controle. Esse estudo objetivou analisar a produção ambiental da malária
    no município de Cametá, estado do Pará, no período de 2013 a 2019. Os dados
    epidemiológicos foram obtidos junto ao Ministério da Saúde. Os dados cartográficos e
    demográficos foram levantados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados
    ambientais sobre desmatamento e uso e cobertura da terra foram obtidos no Instituto Nacional
    de Pesquisas Espaciais. Já os indicadores de vegetação foram desenvolvidos
    laboratorialmente. Após o processo de depuração dos dados, os mesmos foram analisados
    com técnicas estatísticas descritivas e espaciais. Foram analisados 12.052 casos notificados
    de malária, sendo os indivíduos mais acometidos do sexo masculino, adultos, pardos, baixo
    nível de escolaridade, moradores da zona rural, ocupação extrativista e de agricultura, com
    parasitemia de duas cruzes, espécie Plasmodium vivax, o tipo de exame gota
    espessa/esfregaço e o tipo de detecção passiva. A análise espacial mostrou uma distribuição
    não homogênea da doença associada a uma autocorrelação espacial direta com os diferentes
    níveis de desmatamento e de uso da terra. Além disso, foi verificada uma distribuição
    desigual dos serviços de saúde no município. A malária se constituiu um grande e complexo
    problema de saúde pública em Cametá e sua distribuição está diretamente relacionada à
    fatores de riscos ambientais e a precariedade da política pública de saúde no município.
    Ressaltamos a necessidade de ampliação das ações de vigilância epidemiológica e ambiental
    da doença.

  • MESSIAS LEMOS
  • ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL

  • Data: 31/03/2021
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  • Introdução: A Atenção Primária à Saúde assume o desafio de organizar e articular as Redes de Atenção à Saúde. Notam-se diferenças distintas na forma de organização e condução do processo de trabalho das equipes de APS, bem como dificuldades na adoção de ferramentas gerenciais para a condução das atividades em relação às diversas realidades de atuação determinadas pela localização das equipes. Objetivo: Analisar o processo de trabalho das equipes de atenção básica dos municípios brasileiros. Metodologia: Pesquisa de natureza avaliativa de caráter exploratório com abordagem quantitativa, utilizando os dados secundários do 3º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Foram utilizadas as variáveis relativas à Avaliação externa, “Módulo II –Entrevista com o profissional da saúde” e a Classificação Rural-Urbano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ambos de acesso aberto. Foram incluídas no estudo as equipes que participaram de todos os momentos da avaliação externa correspondendo a 37.350 equipes. Após a obtenção dos bancos de dados no site do Ministério da Saúde, foi realizada a organização das informações em uma matriz de dados no Software Microsoft® Office Excel® 2016 e realizado linkage entre a base de dados do IBGE e a base de dados do PMAQ-AB. Utilizando o software SPSS Statistics (v.20, IBM SPSS, Chicado IL) foi realizada a análise descritiva das variáveis segundo a classificação rural-urbano em 3 eixos: Territorialização, Planejamento das ações e Monitoramento e Autoavaliação. Em seguida, verificou-se as relações entre os eixos de variáveis e a classificação rural–urbano utilizando uma Análise de Correspondência Múltipla. Resultados: Foi observado que os municípios rurais adjacentes possuem o menor percentual de equipes com população descoberta no território (21,0%), os municípios urbanos mostraram maior percentual de equipes com população de referência acima de 3.500 pessoas/equipe (43,0%). O planejamento das ações não é realizado por 15,1% das equipes participantes, sendo o maior percentual de realização observado no estrato urbano (85,7%). A realização de monitoramento e análise dos indicadores é realizada por 87,9% das equipes, com aproximação dos valores entre os estratos municipais com características de localização semelhantes, já a realização de autoavaliação apresentou maior percentual no estrato intermediário adjacente (90,4%). A Análise de Correspondência Múltipla possibilitou a identificação de três grupos de equipes com características distintas de territorialização e dois grupos em relação à realização de planejamento, monitoramento e autoavaliação. Conclusão: Os resultados apresentados neste estudo sugerem que existem diferenças importantes no processo de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde que variam de acordo com características do município nos quais se localizam

  • ANA MARIA BAIA CARDOSO
  • A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO PROCESSO DE TRABALHO EM

    HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

  • Data: 05/03/2021
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  • Políticas públicas são conjuntos de medidas e procedimentos que promovem e orientam atividades do Estado de acordo com as necessidades do interesse público. O campo que relaciona as políticas nacionais de saúde, vem dispor de orientações para a melhoria das condições da população, de forma a promover proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e do coletivo. Com a expansão da rede do Sistema Único de Saúde e os novos desafios para a melhoria da qualidade na atenção ao cuidado, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS), constituindo estratégias no sentido de contribuir para qualificar as práticas de saúde e os processos formativos, a partir da identificação dos problemas na realidade do trabalho, evidenciando a necessidade de mudança na formação dos profissionais de saúde, objetivando transformar os processos de trabalho e a organização dos serviços. Compreendida como uma prática pedagógica que relaciona ensino, trabalho e docência, a EPS é norteada nas ações de desenvolvimento profissional dos trabalhadores de saúde e nas transformações das práticas no trabalho, voltado para as necessidades da população, configurando uma metodologia de gestão participativa. Assim, esta pesquisa objetivou analisar como a EPS acontece com os profissionais de saúde de um Complexo Hospitalar Universitário. Trata-se de estudo do tipo exploratório, descritivo, de abordagens qualitativa e quantitativa, com revisão de literatura narrativa, análise documental de dados públicos secundários e aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas. Como ferramenta de apoio para a análise dos dados foi utilizado o software IRAMUTEQ, de Pierre Ratinaud (2009), utilizado a abordagem de análise de conteúdo de Bardin (1977) e por fim criado o pré-desenho do Modelo Lógico (ML) (APÊNDICE A), como proposta de intervenção. Este estudo ocorreu no Complexo Hospitalar Universitário (CHU) da Universidade Federal do Pará (UFPA) o qual contempla dois hospitais universitários, ambos localizados na região metropolitana de Belém, Pará, são regulados pela Secretaria Municipal de Saúde (SESMA). A população do estudo foi composta pelos trabalhadores de saúde do CHU, das áreas administrativa e assistencial. Para a etapa de análise documental foram considerados os relatórios dos 1373 trabalhadores de saúde do CHU, deste total de trabalhadores, apenas 391 aceitaram responder ao questionário, participando livremente da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como critérios de inclusão participaram os trabalhadores que possuem vínculo empregatício com as instituições Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e UFPA, como critério de exclusão os indivíduos de outros vínculos.

    Os dados secundários foram extraídos dos relatórios de capacitações realizadas pelos 1373 trabalhadores de saúde do CHU da UFPA no período de 2014 a 2019. Os dados quantitativos tiveram tratamento descritivo e os qualitativos foram submetidos a análise com o uso do software IRAMUTEQ. Como resultados, evidenciou-se a importância de capacitações como ações estratégias de melhoria nas práticas do trabalho. Identificou-se que os trabalhadores de saúde desejam melhora na comunicação e divulgação de oferta de cursos de capacitação, bem como a ampliação de vagas a todas as categorias profissionais. A maior parte dos respondentes considera a prática da EPS como fundamental para manter a qualidade nos processos de trabalho. Por fim, conclui-se que é importante e fundamental que todos os trabalhadores sejam envolvidos nas estratégias de EPS, inclusive gestores e que a EPS traga reflexão e atitude a cada um dos atores envolvidos, proporcionando transformações tanto pessoais quanto institucionais, em seus processos permanentes de capacitação.

  • RODRIGO JUNIOR FARIAS DA COSTA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA TUBERCULOSE E SUA RELAÇÃO COM CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS E DEMOGRÁFICAS NO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA, PARÁ, BRASIL 

  • Data: 05/02/2021
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  • Introdução: A Tuberculose, doença bacteriana de alta endemicidade no Brasil, ainda se mantém como um grande problema de saúde pública principalmente na região norte, contudo o município de Ananindeua tem apresentado disparidades em relação a incidência regional da doença. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e temporal da Tuberculose e sua relação com as características socioeconômicas e demográficas no município de Ananindeua-PA, no período de 2010 a 2017. Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico e transversal tendo como base os dados dos Sistemas de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde e do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram analisadas variáveis socioeconômicas, demográficas e epidemiológicas. Para o perfil epidemiológico foi utilizado o teste estatístico qui-quadrado de aderência, com o software BioEstat 5.3. Foram confeccionados mapas temáticos para visualizar a distribuição da doença no espaço urbano do município, onde foram utilizadas técnicas de geoprocessamento. Resultados: Foi observada uma tendência decrescente do número de casos de Tuberculose. O perfil dos indivíduos mais acometidos foi do sexo masculino (59,41%), faixa etária adulta (83,18%), com nível fundamental incompleto (36,14%), raça parda (75,06%) e com desfecho de cura (64,92%). A análise também mostrou que a doença está distribuída de forma não homogênea no município e mostra evidências de um silêncio epidemiológico em determinados espaços geográficos. Conclusão: Este estudo proporcionou uma melhor compreensão do perfil epidemiológico dos casos de Tuberculose do município de Ananindeua-Pa. Foi observado que a Tuberculose ainda é um grande problema de saúde pública, precisando de mais programas de promoção e prevenção à saúde.

  • RAFAEL ALEIXO COELHO DE OLIVEIRA
  • A PRODUÇÃO AMBIENTAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM DOIS MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO SUDESTE PARAENSE

  • Data: 29/01/2021
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  • A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma antropozoonoze considerada um grave problema de saúde pública, que apresenta distribuição em todo território nacional. No estado do Pará, na mesorregião sudeste, a LTA possui grande relevância epidemiológica por sua endemicidade pois seus municípios apresentam características socioeconômicas e ambientais, que condicionam o estabelecimento da doença. Este estudo objetivou analisar a produção ambiental da LTA nos municípios de Tucuruí e São Félix do Xingu, no estado do Pará, no período de 2012 a 2016. Os dados epidemiológicos foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretária de Saúde Pública do Pará. Os dados cartográficos, demográficos, das unidades de conservação e de terras indígenas foram levantados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados ambientais sobre desmatamento e uso e cobertura da terra foram obtidos do Programa de Desflorestamento da Amazônia e no projeto TerraClass, respectivamente. Os municípios de Tucuruí e São Félix do Xingu tiveram 286 e 183 casos confirmados. Os indivíduos mais acometidos em ambos municípios foram sexo masculino, adultos, pardos, baixo nível de escolaridade e moradores da zona urbana em Tucuruí e rural em São Félix do Xingu. A análise espacial mostrou diferentes níveis de desmatamento em Tucuruí e do uso e cobertura da terra e São Félix do Xingu, com uma distribuição não homogênea dos casos, que formaram aglomerados nos municípios. A LTA é um grande e complexo problema de saúde pública em Tucuruí e São Félix do Xingu, relacionado à fatores de riscos ambientais observados, que foram condicionados pela insuficiência de políticas públicas nos municípios. Ressaltamos a necessidade de ampliação das ações de vigilância epidemiológica e ambiental da doença, em ambos os municípios.

2020
Descrição
  • SIMONE DORA SILVA DA SILVA
  • Cumprimento da NBCAL quanto a comercialização de fórmulas infantis: Um estudo comparativo entre Belém e São Paulo

  • Data: 30/11/2020
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  • A amamentação é fundamental para o pleno desenvolvimento da criança, garantindo que
    o indivíduo atinja todo o seu potencial de evolução. Sendo assim é fundamental defender
    a amamentação através da proteção legal, para que assim mãe e bebê tenham assegurado
    o seu direito ao amamentar. Este estudo teve como objetivo avaliar as formas mais
    frequentes de infração a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
    Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de
    Mamilos - NBCAL, quanto à venda de fórmulas infantis cuja a promoção comercial é
    proibida. Realizou-se um estudo transversal em 2019, em farmácias e supermercados nas
    cidades de Belém e São Paulo, que comercializam os produtos abrangidos pela NBCAL,
    entrevistadores capacitados na NBCAL utilizaram formulário eletrônico estruturado para
    observação direta dos estabelecimentos, com o intuito de verificar as infrações presentes
    nestes estabelecimentos. A descrição dos dados foi feita pela frequência absoluta, relativa
    e IC95%. Foram avaliados 200 estabelecimentos em Belém e 199 em São Paulo, dos
    quais 11% apresentavam infração na cidade de Belém e 9,5% infringiram a Norma em
    São Paulo. As infrações mais frequentes foram: promoção de preço (52%) em Belém,
    (46,2%) e São Paulo, e exposição especial (10%) em belém e (35,9%) em São Paulo, foi
    possível verificar ainda a ocorrência simultânea das duas infrações em (38%) Belém e
    (17,9%) em São Paulo. Apesar de transcorrido 32 anos, desde a instituição da NBCAL,
    ainda encontram-se infrações recorrentes a Legislação em produtos cuja a promoção
    comercial é proibida, o presente estudo reforça a necessidade de maior fiscalização em
    estabelecimentos comerciais e as Empresas que comercializam os produtos objetos da
    NBCAL.

  • ANDRÉA CRISTINA MARASSI LUCAS
  • ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA OFERTADA PELAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL

  • Data: 03/11/2020
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  • Resumo: No Brasil, apesar da expansão gradual das equipes e serviços de saúde bucal no SUS a partir da criação e fortalecimento das políticas públicas de saúde bucal, ainda podem ser observados entraves em relação à assistência odontológica, o que interfere na saúde bucal e na qualidade de vida da população. Neste sentido, a avaliação em saúde é importante na identificação de problemas, monitoramento, planejamento e na elaboração de propostas de intervenção. A avaliação em saúde bucal é objeto recente de pesquisas, com considerável aumento após as avaliações nacionais do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da atenção básica e dos centros de especialidades odontológicas (PMAQ-AB e PMAQ-CEO) conduzidos pelo Ministério da Saúde (MS). Assim, objetivou-se, com o presente estudo, avaliar como se dá o acesso e o fluxo assistencial da APS para os serviços especializados em todo o Brasil, utilizando-se de estudo descritivo, de corte transversal, a partir de dados do 3º ciclo do PMAQ-AB extraídos do sistema E-gestor, referentes à fase de avaliação externa das equipes de Saúde Bucal (ESB) participantes. Como resultados desta pesquisa foram elaborados dois artigos científicos, o primeiro comparando a assistência odontológica entre as regiões do Brasil e o segundo relacionando as práticas assistenciais das ESB(s) no estado do Pará com o desempenho no processo avaliativo. Identificou se que apesar do aumento da oferta de serviços especializados de Odontologia no Brasil, do apoio prestado pelos CEO(s) e da melhoria do acolhimento na APS pelas ESB(s), persistem ainda entraves no processo de trabalho, o que impacta negativamente no desempenho das equipes. Os principais resultados apontam falhas na organização da demanda e no fluxo assistencial dos usuários, principalmente por falta de protocolos e de capacitação profissional, em especial no Norte, dificultando o acesso e a continuidade do cuidado e portanto, a conclusão dos tratamentos odontológicos. No Pará, as ESB(s) que vivenciaram práticas de oferta de consultas especializadas e apoio dos CEO(s) apresentaram mais que o dobro de chance de obter melhor desempenho na certificação. O segundo na construção do Modelo lógico (ML) mostrou se como importante proposta de intervenção no reordenamento do sistema de encaminhamentos para os CEOs, através do agendamento online para os serviços especializados. Logo, conclui-se que é importante incorporar a prática da avaliação em saúde qualificada com apoio da gestão, através do ML, para tomada de decisão e construir fluxos assistenciais hierarquizados e regulados que permitam a integração entre os níveis de atenção e a participação comunitária, considerando as especificidades e disponibilidade das redes de atenção à saúde loco-regionais.

  • ÍTALA SUZANE DA SILVA FIGUEIREDO
  • REPÚBLICA TERAPÊUTICA DE PASSAGEM: uma dispositivo que transforma a exclusão em afetos e (re)conexões

  • Data: 03/11/2020
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  • A República Terapêutica de Passagem (RTP) é um serviço de acolhimento temporário que abriga pessoas com transtornos mentais que tiveram um conflito com a lei. Essa instituição tem como finalidade a ressocialização dos egressos do Hospital Geral Penitenciário (HGP) que cumpriram uma medida de segurança no estado do Pará. O objetivo geral do referido estudo é compreender as vivências dos egressos do HGP durante o cumprimento da medida de segurança nesse hospital e compará-las às vivências na RTP, um serviço substitutivo à internação prolongada. Tratar-se-á de um estudo qualitativo de perspectiva etnográfica a ser realizado na RTP de agosto de 2018 a maio de 2019. A pesquisa será composta por seis interlocutores, sendo dois gestores, dois moradores e dois cuidadores. Os dados serão obtidos por meio de observação participante, registrada em diário de campo, e aplicação de entrevistas semiestruturadas, gravadas e posteriormente submetidas a análise de conteúdo. Os resultados esperados são o de que esta pesquisa contribua para a emancipação de novos conhecimentos na área da saúde mental e a efetivação de novas políticas públicas neste contexto.

  • DIEGO BESSA DANTAS
  • PREDITORES SOCIODEMOGRÁFICOS DE MORTALIDADE POR CÂNCER UTERINO NO BRASIL

  • Data: 28/08/2020
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  • O câncer de colo e de corpo de útero são problemas recorrentes no sistema urogenital
    feminino. De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da
    Saúde, a incidência deste tipo de câncer é crescente nas últimas décadas no Brasil. Entender
    os fatores que podem estar associados ao óbito por doenças do sistema urogenital pode
    favorecer o desenvolvimento de políticas públicas que proporcionem um melhor acesso e a
    criação de estratégias adequadas para a prevenção, detecção precoce e tratamento, de forma a
    diminuir o número de óbitos no país. Esta pesquisa busca encontrar os fatores
    sociodemográficos que podem estar associados à ocorrência desse desfecho no Brasil, de
    forma a oferecer dados consistentes para a criação e direcionamento de políticas em saúde
    baseadas em evidência. Essa pesquisa é construída em formato de artigos que serão
    apresentados ao longo do trabalho.


  • TAIANA MOITA KOURY ALVES
  • DESAFIOS DA REGULAÇÃO DO ACESSO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, EM UMA METRÓPOLE NORTE BRASILEIRA: sob a ótica dos usuários e gestores

  • Data: 13/08/2020
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  • Estudar o SUS com ênfase na Regulação da Assistência à Saúde é uma forma de aperfeiçoar criticamente as estratégias de gestão em saúde pública. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar o processo da regulação do acesso à assistência hospitalar no SUS, em Belém do Pará, a partir de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa. As fontes de evidências foram documentais, constituída por elementos normativos sobre regulação assistencial, artigos científicos, livros com a mesma temática e entrevistas com roteiro semiestruturado, com gestores e usuários SUS. Foram realizadas sete entrevistas, sendo 4 com gestores em saúde que trabalham em regulação do acesso e 3 usuários do SUS, que estiveram internados no mesmo período. A partir da análise de conteúdo das entrevistas, foram extraídas as seguintes subcategorias para os gestores SUS: Necessidade de consolidar a Regulação Assistencial na RAS; Operacionalizar os fluxos regulatórios entre estabelecimentos de saúde da RAS, baseados nas contratualizações e pactuações vigentes e Carência de leito hospitalar para as necessidades do usuário. Para os usuários SUS foram extraídas as seguintes subcategorias: Tempo de espera por leito e Percepção do usuário sobre o atendimento recebido. Os resultados deste estudo suscitaram reflexões acerca de mudanças necessárias nas estratégias de saúde pública do município. Entendendo que as possibilidades de superação de dificuldades incluem a identificação de diferentes aspectos envolvidos, esta pesquisa, propõe três sugestões de melhorias para regulação do acesso à assistência hospitalar em Belém, a prática de educação permanente em saúde, com temáticas relacionadas à regulação do acesso, oferecidas as equipes assistenciais e de gestão em saúde do SUS; promoção de encontros seriados envolvendo os estabelecimentos de saúde que participam dos fluxos regulatórios da RAS do SUS, a fim de discutir, dimensionar e qualifica-los, dando mais dinamismo ao ato de regular; e por fim, o monitoramento e avaliação sequencial dos serviços ofertados, a partir da opinião do usuário do SUS, objetivando melhorias destes, para atender plenamente as necessidades da população.

  • TULIO GONCALVES GOMES
  • INFRAÇÕES À NORMA BRASILEIRA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS INFANTIS, BICOS, CHUPETAS E MAMADEIRAS NA CIDADE DE BELÉM

  • Data: 04/03/2020
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  • O aleitamento materno, exclusivo até 6 meses de idade e associado à alimentação complementar adequada de 6 meses até 2 anos ou mais, é a prática alimentar ideal, capaz de diminuir mortalidade infantil, promover crescimento e desenvolvimento satisfatórios e garantir diversos fatores de proteção para mães e filhos. No entanto, o comércio de alimentos substitutos do leite materno, impulsionado por poderosas estratégias mercadológicas, desde a década de 1970 vem sendo apontado como um dos principais fatores associados à baixa prevalência de aleitamento materno no mundo. Como resposta, a Organização Mundial da Saúde publicou, em 1981, o Código Internacional de Comercialização de Alimentos Substitutos do Leite Materno. No Brasil, o marco legal mais importante em defesa da amamentação é a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), regulamentada em 2006, que tem por objetivo regulamentar a publicidade, rotulagem e marketing dos produtos em questão. O “Estudo multicêntrico de avaliação do cumprimento da NBCAL (Multi-NBCAL)” foi realizado em estabelecimentos comerciais e hospitais com maternidade de 7 cidades brasileiras em 2017 e 2018. Para o presente trabalho, foram considerados apenas os dados referentes ao município de Belém (PA), coletados em Dezembro de 2018, quando 145 farmácias foram avaliadas em 33 bairros, os locais foram mapeados pela internet e através da Vigilância Sanitária Municipal. Em 72% dos estabelecimentos foi evidenciado algum tipo de infração: 74 farmácias ofereciam desconto, 75 infringiram as regras de exposição espacial e 48 cometeram ambos. A elevada taxa de infrações encontrada reforça que, em Belém (PA), as políticas públicas para promoção do aleitamento materno devem, obrigatoriamente, incluir o aumento da fiscalização dos estabelecimentos comerciais quanto ao cumprimento da NBCAL.

  • NALU DE MORAES RIBEIRO
  • FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES ESCOLARES BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR -PENSE.

  • Data: 02/03/2020
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  • O excesso de peso na adolescência representa um dos mais graves problemas de saúde

    pública no Brasil e no mundo. Os adolescentes estão expostos a diversas situações de risco nessa fase, como a adoção de hábitos alimentares e comportamento alimentar inadequado, sedentarismo e inatividade física, que podem atuar diretamente no desenvolvimento de excesso de peso e comorbidades, podendo repercutir negativamente nas suas condições de saúde a curto e longo prazo. Diante deste cenário, este estudo tem como objetivo identificar a prevalência e os fatores associados ao excesso de peso em adolescentes escolares matriculados nas redes pública e privada de ensino do Brasil. Trata-se de um estudoanalítico, observacional, de delineamento transversal que será realizado a partir de dados secundários obtidos na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, ano de 2015, realizada junto a adolescentes de escolas públicas e privadas do país. Os dados foram coletados por meio de questionário eletrônico. Para verificar a associação entre a variável dependente e as variáveis explicativas foi utilizado o teste de Qui-quadrado e Regressão Logística, estimando-se a razão de prevalência com intervalos de confiança de 95%, com auxílio do programa Stata versão 14.0. De acordo com a Tabela 2, outras prevalências significativas ocorreram com os adolescentes alunos com excesso de peso e que não consumiam feijão regularmente (27,15%), que consumiam verduras/legumes regularmente (27,61%), consumiam frutas regularmente (26,42%), não consumiam salgados fritos regularmente (25,98%), não consumiam guloseimas regularmente (27,74%), não consumiam refrigerantes regularmente (25,76%), não consumiam alimentos ultraprocessados regularmente (26,16%), e não consumiam fast food regularmente (25,51%). A partir dos resultados da regressão logística simples, verificou-se por meio das razões de prevalência brutas que as variáveis associadas ao excesso de peso foram: Região geográfica; Dependência administrativa da escola; Faixa etária (em anos); Escolaridade materna; Consumo regular de café da manhã; Consumo de feijão; Consumo de verduras/legumes; Consumo de salgados fritos e Consumo de guloseim

  • IANE RAQUEL BARATA GUIMARAES
  • Associação entre a insatisfação da imagem corporal e comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes brasileiros: PENSE, 2015

  • Data: 02/03/2020
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  • INTRODUÇÃO: A imagem corporal é a percepção que o individuo tem de si mesmo, a imagem do seu corpo formada na mente. Na adolescência, o olhar do outro passa a ser seu espelho e a influência da família, da mídia e até mesmo dos amigos podem conduzir o adolescente a desenvolver uma imagem corporal diferente do seu real corpo, o que é chamado de distorção da imagem corporal, ou a rejeição de seu corpo, denominado insatisfação com a imagem corporal. Pesquisas encontraram associação entre insatisfação com a imagem corporal e o sexo, idade, escolaridade, estado nutricional, prática ou não de exercício físico, tabagismo, elitismo, doenças crônicas não transmissíveis, entre outros. OBJETIVO: Verificar a associação entre insatisfação com a imagem corporal e comportamentos de riscos para doenças crônicas não transmissíveis, entre adolescentes brasileiros. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, analítico, com amostra populacional e de base dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do ano de 2015. A Imagem Corporal foi selecionada como variável dependente, as variáveis independentes serão informações sociodemográficas, como: sexo, escolaridade, composição familiar e escolaridade materna; enquanto que as variáveis de comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis serão: comportamento e consumo alimentar, sedentarismo, tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. Será realizada uma análise descritiva por meio de frequências relativas e absolutas para caracterização dos sujeitos. Para verificar a associação entre a variável dependente e as variáveis explicativas foi utilizado o teste de Qui-quadrado e Regressão Logística, estimando-se a razão de prevalência com intervalos de confiança de 95%. O nível de significância será de 5% e o programa estatístico utilizado será o Stata, versão 14.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou-se que a maioria dos adolescentes residiam na região sudeste; (43,70%) se autodeclaram raça/cor parda, 40,42% dos do sexo masculino e 46,96% do feminino. Em relação à idade, a maioria dos adolescentes estavam na faixa etária de 13 a 15 anos, com 62,49% e 61,09%, respectivamente. Observou-se por meio das razões de prevalência brutas que entre as variáveis associadas à insatisfação com a imagem corporal estavam o sexo feminino; os que não consumiam de feijão regularmente; os que consumiam alimentos ultraprocessados de forma regular; que não realizava o consumo regular de café da manhã; que não tinham o hábito regular de almoçar/jantar com mãe/ pai/ responsável; eram inativos fisicamente e estavam com excesso de peso. A pesquisa também mostrou o aumento sensível de alunos que consumiram álcool e fumaram nos últimos 30 dias.

    CONCLUSÃO: Dessa forma, de acordo com as análises realizadas neste estudo, observou-se que fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis estão intimamente relacionados com os fatores de risco e proteção para a satisfação da imagem corporal, nos levando a refletir acerca da importância de se ter uma autopercepção da imagem corporal satisfatória.

2019
Descrição
  • ROSENDO SOUZA BARATA
  • A MENINGITE CRIPTOCOCICA: EPIDEMIOLOGIA, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E FATORES DE RISCO NO ESTADO DO PARÁ / AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 16/12/2019
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  • A meningite Criptocócica vem se caracterizando como uma das doenças fúngicas invasivas emergentes que causa um extraordinário fardo para saúde pública, tendo no seu agente causador um dos patógenos que mais produzem infecções em humanos, situação esta devido a um aumento de hospedeiros susceptíveis incluindo os portadores de HIV, levando a uma morbidez grave e mortalidade elevada em escala mundial, além de sua insurgência com surtos contínuos em indivíduos sem defeitos imunológicos aparentes. Algumas espécies de fungos podem comprometer hospedeiros humanos com alguma imunossupressão, enquanto outras podem atingir pacientes Imunocompetentes e nesta esfera surge o gênero Cryptococcus sp. que esta intimamente ligado a principal causa de doenças em ambas as populações, podendo ser desencadeada por diferentes fatores, é um destes são os relacionados ao hospedeiro tendo no Cryptococcus gattii e neoformans excelentes espécies de interesse para saúde pública global. Devido ao seu caráter de cronicidade as doenças fúngicas invasivas mantem a sua morbimortalidade de forma mais lenta que os demais agentes infecciosos, sendo potencialmente letais devido a uma maior resistência ao tratamento, elevando o seu custo devido ao tempo disponibilizado para cura que varia de meses a anos e sua forma de contágio que muito pouco tem despertado interesse nas autoridades de saúde pública, repercutindo de forma negativa ou subinformada quanto a sua incidência e prevalência diante de outras afecções em que o contagio é muito mais imediato. O número de mortes causadas por esta doença quando associada principalmente com pacientes HIV é extraordinariamente alto e mesmo com a utilização do tratamento antirretroviral esta afecção tem demonstrado um avanço inaceitável com uma estimativa de 220.000 casos por ano no mundo, com 181.000 mortes/ano sendo elencada como um das causas mais frequentes de óbitos em pacientes adultos e mais recentemente em pré-púberes como os identificados no estado do Pará. Assim sendo, politicas publicas especificas para esta doença fúngica devem ser mais bem planejadas e empregadas principalmente na região paraense, devido ao seu vasto território, circundados por diversos rios, que torna o seu diagnostico e tratamento oneroso para os governantes públicos, entretanto para se corrigir os danos causados por esta enfermidade, requer-se uma mudança de comportamento com a participação das autoridades de saúde, comunidade cientifica e principalmente o usuário do SUS, elemento este que definirá as mudanças necessárias para o ambiente onde o mesmo vive e que ações serão necessárias para manutenção de sua saúde enquanto cidadão.

  • LAIS DO ESPIRITO SANTO LIMA
  • Acessibilidade das mulheres com câncer do colo do útero: Do diagnóstico aos níveis assistenciais

  • Data: 14/11/2019
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  • Considerações iniciais: A acessibilidade aos serviços de saúde para o câncer do colo do útero se
    constitui como um dos principais entraves para o sucesso do controle desta neoplasia. Objetivo:
    Conhecer a acessibilidade das mulheres com câncer do colo do útero aos níveis assistenciais. Método:
    Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Resultados: As mulheres do estudo
    encontravam-se na faixa etária de 33 a 49 anos correspondendo a 65% do total, apresentando como
    média 46.75 anos. Quanto religião 50% das mulheres são evangélicas, 35% são solteiras, 30% possuem
    três filhos, 55% com ensino fundamental incompleto, tendo estudado até a quinta série. No tocante a
    ocupação, 35% são “do lar”. A renda familiar 30% das mulheres mantinham sua família com um salário
    mínimo, 45% das mulheres moravam até 100 km de distância do centro de tratamento. O histórico de
    câncer na família representa 70%, sendo que 6 das 14 mulheres especificaram que genitora, irmãs ou
    primas foram acometidas pelo câncer do colo do útero. Discussão: As categorias que emergiram: Acesso
    a baixa e média complexidade no Sistema Único de Saúde: “Eu ia morrer e não ia conseguir”; Acesso a
    alta complexidade e demora diagnóstica: demora demais e o trabalho fora do domicílio só trouxe, O
    Enfermeiro nos níveis assistenciais: me explicou como seria o processo. Considerações finais: A
    realidade verbalizada para a garantia do acesso aos níveis assistenciais de saúde pelas participantes
    deste estudo se assemelha a de tantas outras mulheres que vivem distantes dos grandes centros das
    cidades do Norte do Brasil. A Atenção Primária que deveria ser a coordenadora e ordenadora do cuidado
    não se demonstrou como primeira escolha para a obtenção de cuidados de saúde face aos sinais de
    adoecimento. Na atenção secundária, há uma escassez de unidades com serviços de biópsia, tornando
    as mulheres reféns dos serviços particulares ou do deslocamento do seu município de residência para a
    capital. O acesso ao nível terciário de saúde, além de caracterizado pela migração para a capital em
    busca de recursos de alta complexidade, desvelou-se na análise do discurso das participantes como um
    campo de batalhas seja na busca do auxílio do tratamento fora do domicílio e as casas de apoio, mais do
    que um local para hospedaria, são referências de unidade de cuidado e suporte em meio a tanta
    desatenção do poder público nas minúcias que é estar longe do seu lugar de origem. A Enfermeira, nesta
    conjuntura, embora tenha sido pouco mencionada nos níveis primário e secundário de saúde, é
    fundamental para assistir, guiar o percurso assistencial no atendimento dos princípios e diretrizes
    inerentes do Sistema Único de Saúde. Cabe ao Enfermeiro assistir, guiar o percurso assistencial e
    sensibilizar as mulheres sobre seus direitos, e garantir o atendimento no Sistema Único de Saúde.

  • ANA CARLA PINTO DA SILVA
  • ESTUDO SOBRE O PERFIL SOCIOCOMPORTAMENTAL  E DEMOGRÁFICO COMO FATOR DE RISCO PARA O ADENOCARCINOMA GÁSTRICO EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PA

  • Data: 05/11/2019
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  • A nível mundial, o câncer ainda é um problema de saúde pública presente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. O CG é considerado o quinto tipo mais frequente e a terceira causa de morte por câncer no mundo.A frequência de casos de CG é elevada no país, sendo que na região norte este tipo de câncer ocupa a segunda posição, excluindo-se os tumores de pele não-melanomas. A estimativa para o biênio de 2018-2019 é de 740 novos casos de CG no estado do Pará sendo 260 só na capital. OBJETIVO: Analisar o Perfil epidemiológico e a tendência de consumo alimentar em pacientes com adenocarcinoma gástrico (ADNG) atendidos em um hospital de referência. METODOLOGIA: A população de estudo será uma subamostra do projeto multicêntrico denominado “Epidemiologia dos Adenocarcinomas”, localizada em 3 capitais brasileiras do Centro Integrado de Diagnóstico, Tratamento e Pesquisa do Centro de Câncer. Serão aplicados dois questionários, um sobre questões epidemiológicas(dados sócio-demográficos, histórico médico pessoal e familiar, consumo de álcool e tabaco) e outro sobre frequência alimentar. O questionário de frequencia alimentar (QFD) será aplicado para avaliar o consumo alimentar pregresso dos pacientes. Como parâmetro avaliativo será utilizado o método proposto por Sichieri, 1998.  A.C.CAMARGO.RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se que após a análise dos dados, encontre-se associação entre o perfil epidemiológico e a tendência do consumo alimentar da população em estudo. Espera-se ainda que se possa divulgar mais informações sobre o perfil epidemiológico do ADNG no Estado do Pará e que estas sirvam de base para a recomendação de políticas públicas de prevenção, controle e diagnóstico precoce da doença no Estado

  • SANDRA MARIA DA CONCEICAO MOURA ALVES
  • Violecia institucional na sala de aula: repercussão na vida de universitarios

  • Data: 02/10/2019
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  • O presente estudo aborda as possíveis ocorrências de práticas violentas manifestadas no espaço relacional da sala de aula cujo objetivo consiste em conhecer a violência institucional apresentada em sala de aula e as repercussões na vida de universitários. Estudou-se, ainda, a influência do fenômeno violência, identificando-se as possíveis manifestações mais frequentes da violência, propondo-se, ainda, a gerar subsídios para realização de medidas de promoção e prevenção que favoreçam um ambiente de estudo e preparação profissional mais acolhedor e saudável. Trata-se de uma pesquisa de base mista (quantitativa e qualitativa), na qual se utilizou questionário e entrevista como forma de coleta de dados. A análise foi realizada por intermédio de estatística descritiva, representada por gráficos e tabelas, e análise de conteúdo, conforme Bardin (2011), a partir de categorias emergidas das informações fornecidas pelos participantes da pesquisa. Como resultados, a sala de aula no ambiente da universidade mostrou experienciar violência, e apesar de ser considerado um local pouco violento, o fenômeno faz-se presente e latente neste meio e nas relações interpessoais, seja por meio de presenciamento, experiência própria ou prática por seus discentes. Neste estudo, a violência verbal evidenciou-se demasiadamente marcante e expressiva, apesar de outras formas de manifestação também fazerem-se presentes. A relação discente-discente mostrou-se a mais afetada por atitudes/atos de violência, seguida da relação discente-docente, sendo essas manifestações violentas capazes de acarretar em impactos negativos diversos na vida dos discentes, bem como em seus estudos e relações com família e amigos. Portanto, a sala de aula no âmbito institucional universitário configura-se como um ambiente passível de se deflagrar violência, podendo conduzir a consequências nocivas à natureza humana. Dessa forma, ações e medidas de cunho preventivo podem ajudar na minimização dos efeitos originados pelo fenômeno

  • RODRIGO ALEXANDRE DA CUNHA RODRIGUES
  • Consumo de sal no litoral norte do Brasil e associações com determinantes sociais, hábitos alimentares, índice de massa corporal e monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas 

  • Data: 13/09/2019
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  • O consumo excessivo de sal é um dos principais fatores de risco para a hipertensão arterial. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de menos de 5g de sal por dia, porém, na maioria dos países se consome mais que o dobro do recomendado. No Brasil, o consumo médio de sal é de 12g por dia e em torno de um quarto da população adulta é hipertensa. Bragança é um município brasileiro com cerca de 120.000 habitantes, localizado no nordeste do Estado do Pará, que apresenta peculiaridades sociais, econômicas e culturais em virtude de suas características litorâneas. Devido intensa atividade pesqueira marítima, espera-se que a sua população apresente elevado nível de consumo de sal e, consequentemente, alta prevalência de hipertensão arterial. O objetivo da pesquisa foi medir o consumo de sal no município de Bragança-PA, investigar a influência dos determinantes sociais e hábitos alimentares, além de avaliar a sua associação com o índice de massa corporal e a pressão arterial da população. Para tanto, realizou-se estudo do tipo transversal, através de inquérito domiciliar, cuja amostragem foi aleatória e estratificada por setor censitário, sexo e faixa etária. No período de março a agosto de 2018 foram pesquisados 393 indivíduos de todos os 108 setores censitários, homens e mulheres, com faixa etária entre 30 e 59 anos. O consumo de sal e a pressão arterial foram avaliados por meio da excreção urinária de sódio em urina de 12 horas noturnas e da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA), respectivamente. A maioria da população do estudo apresentava baixa escolaridade e situação socioeconômica insatisfatória, principalmente entre os participantes da zona rural. Os homens apresentaram renda e taxa de ocupação significativamente maior que as mulheres. O consumo de salada crua e suco natural foi maior na zona urbana, que, por outro lado, também consumia mais embutidos, refrigerantes e tempero industrializado. Consumo de peixe salgado e uso do salgamento como técnica de conservação foi maior na zona rural. Homens consumiam mais salgados e refrigerantes e adicionavam mais sal à mesa que as mulheres, que, por sua vez, consumiam mais suco natural. Em relação ao IMC, 63,6% da população de Bragança estava acima do peso. Não houve diferença entre os sexos, porém, o IMC na zona urbana foi maior que na zona rural. A mediana do consumo de sal foi 10,8g/dia, tanto na zona urbana quanto na rural, sendo maior entre os homens (11,1g/dia) que nas mulheres (10,4g/dia). A prevalência de hipertensão arterial foi de 17,8%, sendo 11,7% entre os que consumiam até 9,9g/dia, e 21,6% naqueles com consumo maior ou igual a 10g/dia. Concluiu-se que o consumo de sal no município de Bragança-PA é maior que o dobro do recomendado pela OMS, embora dentro da faixa de consumo encontrada em outros levantamentos realizados no Brasil e no mundo. A prevalência de hipertensão arterial se elevou com o aumento do consumo de sal, no entanto, esse aumento foi menor nos participantes mais jovens, do sexo feminino, moradores da zona rural, com IMC menor que 25, com consumo de potássio maior ou igual a 2g/dia e com descenso noturno da pressão arterial sistólica ou diastólica maior ou igual a 10%.  

  • RONDINEI SILVA LIMA
  • MIBARAIÓ NA AMAZÔNIA: um estudo de caso-controle sobre associação entre diabetes mellitus e comprometimento cognitivo leve em idosos

  • Data: 05/09/2019
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  • Verificar a associação entre Diabetes mellitus e comprometimento cognitivo leve em idosos da comunidade. Método: Estudo observacional, do tipo caso-controle, realizado com pessoas de 60 anos ou mais de um serviço ambulatorial na cidade de Belém do Pará, com levantamento de dados de participantes com entrada entre 2014 e 2017. Trata-se de uma análise de banco de dados secundário, contando com uma população de 1.569 idosos. Foram considerados elegíveis para o estudo 1.185 pacientes. A análise contou com 302 casos com comprometimento cognitivo leve, e 883 controles sem este diagnóstico. Os dados foram coletados e analisados pelo software estatístico IBM SPSS Statistics 20. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, para avaliar a normalidade da distribuição para a variável idade. Seguidamente, foi utilizado o teste de Mann Whitney para a distribuição não paramétrica das variáveis contínuas. Para a análise das variáveis categóricas foi realizado o teste de Qui quadrado corrigido. Foram considerados estatisticamente significantes os valores com probabilidade de significância (p-valor) menor que 0,05. Após análise univariada, foi realizada regressão logística com as variáveis com significância estatística. O nível de significância para a regressão foi considerado menor que 0,05. Resultados: Não houve associação entre diabetes mellitus e comprometimento cognitivo leve (p=0,307), na análise univariada. Na análise de regressão, Houve associação significativa entre CCL e a idade (p=0,0001), a circunferência de panturrilha (p=0,002), a força de preensão palmar (p=0,025) e a prática de atividade física (p=0,005). Conclusão: Houve associação entre CCL e fatores de riscos ligados ao diagnóstico da Sarcopenia, levantando a possibilidade da relação entre as duas doenças. Em adição, os resultados encontrados apontam para a possibilidade dessas variáveis fazerem parte de critérios objetivos no diagnóstico de CCL..

  • TAMILIS FEITOSA LEAL
  • OS SENTIDOS DE FAZER EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE  NO MUNICIPIO DE BELÉM - PA

  • Data: 23/08/2019
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  • xxxxx

  • PAULO ALTEMAR M DO NASCIMENTO
  • IMPACTOS NA SAÚDE NO ESPAÇO DA BARRAGEM DE REJEITOS DE UMA MINERADORA EM BARCARENA/PA.

  • Data: 30/07/2019
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  • O presente trabalho tem como objetivo analisar os impactos na saúde decorrentes da poluição ambiental na comunidade Bom Futuro, localizada nas proximidades do espaço da barragem de rejeitos industriais de uma empresa mineradora em Barcarena, Estado do Pará. A cada acidente ambiental os impactos na saúde dessas populações são agravados, provocando também ações contingenciais para atendimento das comunidades atingidas. Na pesquisa, os impactos em saúde serão identificados e analisados a partir de uma perspectiva da saúde coletiva, utilizando as técnicas de entrevista semiestruturada e observação participante, bem como, da análise dos relatórios da vigilância ambiental e dos institutos que realizaram ações de saúde no local. Foram entrevistados seis informantes-chave, que são trabalhadores de saúde que tiveram atuação direta no período após o extravasamento da barragem de rejeitos e que pudessem prestar informações relevantes para a pesquisa. O tratamento dos dados coletados seguiu as etapas de descrição, análise e interpretação qualitativa, sendo utilizada a abordagem da análise de conteúdo, a partir da categorização das respostas e análise baseada em referencial teórico relacionado ao tema. Na análise dos resultados foi possível concluir que ocorreram vários sinais e sintomas prevalentes como dores abdominais, cefaleia, alterações de pele, diarreia, náuseas e vômitos, dentre outros. No entanto as ações emergências de assistência à saúde e preventivas de saúde ambiental efetivadas na área contribuíram para que a situação não se tornasse mais grave, porém, a comunidade ainda aguarda respostas quanto aos exames e encaminhamentos especializados

  • BARBARA DE ALENCAR OLIVEIRA
  • Pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 atendidos no Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém-IPAMB: Aspectos Epidemiológicos e genéticos.

  • Data: 18/06/2019
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  • XXXXXXX

  • ILA IANDARA ARAÚJO DE SOUZA
  • FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, ESTILO DE VIDA E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ASSOCIADOS À DEFICIÊNCIA FÍSICA NA PESSOA IDOSA BRASILEIRA: ANÁLISE DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE.

  • Data: 26/04/2019
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  • Introdução: Com o aumento da idade, vários são os fatores de risco associados à saúde que sofrem consequências e mudanças. Além da tendência natural de declínio das funções orgânicas do corpo, há ainda aumento das doenças crônicas não transmissíveis, fatos que podem gerar déficits funcionais importantes e posteriores deficiências físicas. Estudos sugerem que o envelhecimento tem enorme influência sobre as tendências referentes às deficiências físicas. Objetivo: Identificar os fatores sociodemográficos, o estilo de vida e o diagnóstico autorreferido de doenças crônicas não transmissíveis associados à presença ou ausência de deficiência física em idosos no Brasil, segundo os dados da PNS. Metodologia: Estudo Transversal, de base populacional, realizado por meio de dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2013. Utilizou-se amostra de n= 11.177 indivíduos com 60 anos ou mais de idade e selecionada amostra com algumas deficiência física (n= 382), sendo excluídos 21 que apresentaram deficiência física congênita, totalizando um n=361 idosos com deficiência física, para análise dos módulos G (Pessoas com deficiências), P (Estilos de Vida) e Q (Doenças Crônicas Não Transmissíveis). As variáveis utilizadas foram: idade, sexo, raça/cor da pele, estado civil, escolaridade; uso abusivo de bebidas alcoólicas, hábito de fumar e prática de atividade física. Além de diagnóstico autorreferido para hipertensão arterial, diabetes, acidente vascular cerebral, infarto e doenças respiratórias crônicas. Os idosos com deficiência física foram considerados a variável desfecho com intervalo de confiança (IC) de 95%. Foi calculada a prevalência de idosos com deficiência física e sem deficiência, segundo as variáveis estudadas. Resultado: As variáveis: sexo, prática de atividade física regular e as DCNT: Diabetes Mellitus e Acidente Vascular Cerebral mostraram-se fatores associados tanto para os idosos com deficiência física como para os sem deficiência física. Por sua vez, a variável escolaridade e a DCNT infarto, apresentaram associação apenas aos idosos com deficiência, o que não ocorreu com qualquer variável em relação aos idosos sem deficiência. Conclusão: As variáveis idade, sexo, escolaridade, prática de atividade física regular, e Diabetes Mellitus, Acidente Vascular Cerebral e Infarto apresentaram associação aos idosos com deficiência física. Quando comparadas as prevalências entre os dois grupos, houve associação direta no sexo masculino e as deficiências físicas, assim como mostrou que idosos com deficiência física são mais inativos do que os sem deficiência. Quando comparadas as DCNT, observou-se que apenas a Diabetes Mellitus e o Acidente Vascular Cerebral apresentaram diferenças significativas de prevalências entre os grupos com e sem deficiência, estando assim, essas variáveis, associadas às deficiências físicas. O Acidente Vascular Cerebral, por sua vez, foi três vezes mais frequente nos idosos com deficiência física do que em idosos sem deficiência.

  • FABRICIO MORAES PEREIRA
  • PERCEPÇÕES, VIVÊNCIAS E PERSPECTIVAS DE PROFESSORES SOBRE A SAÚDE ESCOLAR E O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA.

  • Data: 25/04/2019
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  • Este trabalho busca compreender o funcionamento do Programa Saúde na Escola e do andamento da saúde escolar em escolas públicas municipais de Belém, PA, a partir da percepção de seus professores. Para tal, foi realizada a construção de referencial teórico do projeto, sorteio proporcional das escolas pactuadas, por distrito administrativo, submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa do Instituo de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará e pesquisa qualitativa, utilizando-se questionário e entrevista como ferramentas de análise. Anteriormente aos sujeitos de pesquisa, foi realizado estudo piloto com sujeitos semelhantes, para ajuste do roteiro de entrevista. Posteriormente, foram realizadas as incursões nas escolas, totalizando 22 entrevistados participantes da pesquisa. O perfil dos entrevistados foi maioria composta por mulheres, com diferentes formações na área educacional e pós-graduação em nível de especialização, com médias de 43,4 anos de idade, 19,9 anos de tempo de serviço total, 239,3 horas de trabalho mensais. As entrevistas serão analisadas através do método de análise de conteúdo

  • DEISIANE AMORIM DA SILVA
  • INTERFACE ENTRE A SAÚDE COLETIVA E A SAÚDE MENTAL NO ENFOQUE DAS MULHERES AFETADAS PELO VÍRUS DA ZIKA

  • Data: 02/04/2019
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  • O presente trabalho reflete sobre o surto causado pelo Zika vírus que atingiu a população brasileira e acabou gerando consequências não somente físicas como também emocionais para todos os envolvidos. Há um grupo particular que tem de lidar todos os dias com as dificuldades dessa nova realidade imposta: as mulheres. A abordagem do tema parte do pressuposto da necessidade de conhecer, compreender e apreender as questões psicossociais em um contexto mais amplo. Assim, torna-se necessário adentrar um contexto relativamente novo que atingiu principalmente mulheres negras, pobres e com baixa escolaridade, a fim de oferecer assistência sobretudo à saúde mental das afetadas em decorrência da nova realidade. Ademais, conhecer-se-á a realidade das mulheres que tiveram filhos com diagnóstico de microcefalia em virtude do Zika vírus. Para tanto, foi realizado um estudo de abordagem qualitativa, de cunho etnográfico, sendo o local de estudo a instituição Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA). A pesquisa analisou que as mulheres nessa situação não foram ouvidas ou cuidadas, além do atendimento normatizado para um pós-parto. Concluiu-se que, apesar dessa falta, a saúde mental dessas mulheres é afetada desde o início da gravidez. Logo, o contexto familiar e social torna-se importante para fomentar discussões sobre as práticas de saúde e as representações que o Zika acarreta para as mulheres que tiveram sua vida alterada pela situação que provocou um grande alarme em toda a sociedade.

  • ADRIANO AUGUSTO REIS SOUZA
  • KATUANA DA AMAZÔNIA: Consumo alimentar e associação com o risco cardiovascular em população urbana

  • Data: 28/03/2019
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  • Objetivos: Geral: Avaliar o padrão de consumo alimentar e a sua associação com o risco de doença arterial coronariana em população urbana acima de 30 anos. Específicos: descrever o perfil do risco cardiovascular pelo escore de Framingham; verificar os alimentos e grupos de alimentos consumidos na população em estudo; analisar a associação entre o consumo alimentar com os grupos de alto e baixo risco pelo escore de Framingham. Metodologia: Estudo transversal que abrangeu 267 indivíduos, de área da periferia do município de Belém do Pará. Aplicou-se questionário sobre características socioeconômicas no domicílio e um questionário de frequência alimentar (QFA), realizou-se coleta de amostras biológicas para exames bioquímicos e medidas de peso, altura e pressão arterial. O risco cardiovascular foi calculado a partir dos dados clínicos e bioquímicos e utilizando a escala de risco cardiovascular de Framingham, classificando os indivíduos em dois grupos de alto e baixo risco cardiovascular. O consumo alimentar foi medido por meio de questionário de frequência alimentar (QFA) e o consumo dos alimentos analisados em diário e não diário. Resultados: 22,5% do grupo apresentou alto risco para desenvolver doença arterial coronariana e 77,5% baixo risco, segundo o escore de Framingham. Da população que apresentou alto risco, 65% eram mulheres,  91,7%  apresentavam a cor predominante parda ou preta; 68,3% pertenciam às classes B e C; a mediana de renda per capta era de R$300,70; a mediana de idade foi de 47 anos; a mediana de anos de estudo era de 8 anos; 65,9%  mantinham um relacionamento conjugal; 76,7% apresentaram excesso de peso e 41,7% estavam com circunferência da cintura aumentada. Quanto ao consumo alimentar diário da população estudada, 62,9% consumiam leite integral, 13,9% carne vermelha, 50,2% margarina, 65,5% farinha de mandioca, 8,6% refrigerante, 10,5% leite desnatado, 38,6% feijão e 15,7% consumiam cinco porções diárias de frutas legumes e verduras. Conclusão: O presente estudo observou que a população pesquisada apresentava uma alimentação bastante homogênea, provavelmente devido às semelhanças de poder aquisitivo e de hábitos alimentares. Desse modo, este estudo não encontrou associação estatística entre o risco cardiovascular e o consumo alimentar nesse grupo populacional.

  • VICTOR VIEIRA DE OLIVEIRA
  • ADOLESCENTES RURAIS: COMPORTAMENTOS DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 15/03/2019
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  • OLIVEIRA, V. V. Adolescentes Rurais: Comportamentos de Risco Para Doenças Crônicas
    não Transmissíveis em um Município do Interior do Estado do Pará. 2019. 110f. Dissertação
    (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente
    e Sociedade na Amazônia, Belém, 2019.
    Estudos recentes vêm demonstrando a transição epidemiológica e aumento da ocorrência das
    Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente entre os adolescentes dos
    países menos desenvolvidos residentes em áreas mais pobres, pois embora se reconheça que
    estas doenças sejam mais comumente percebidas em indivíduos em i dade adulta, suas
    manifestações são resultantes da interação de fatores de risco adquiridos ainda em idade
    precoce. Diante disso, buscou-se identificar os determinantes de risco para DCNT em
    adolescentes da zona rural de um município do nordeste do Estado do Pará, assim como
    apresentar os fatores de risco para DCNT por meio das seguintes variáveis: atividade física,
    uso de tabaco, consumo de álcool, Índice de Massa Corporal, circunferência da cintura e
    pressão arterial. Além disso, buscou-se identificar as possíveis associações entre estas
    variáveis com as condições sociodemográficas, socioeconômicas e com os marcadores
    comportamentais e alimentares. Realizou -se um estudo epidemiológico transversal,
    observacional, em amostra representativa de estudantes de a mbos os sexos, com idade
    compreendida entre 15 e 19 anos, matriculados no ensino médio regular de seis escolas
    públicas da zona rural do município de Ipixuna do Pará. Os dados foram obtidos através de
    questionário e de avaliação clínica, sendo analisados por meio de análise explanatória e de
    regressão logística univariada e múltipla, considerando nível de significância de 5% (p< 0,05)
    e intervalo de confiança (IC) de 95%. A amostra foi composta em sua maioria por indivíduos
    do sexo feminino, com idade média de 17 anos, insuficientemente ativos, que já
    experimentaram álcool e tabaco, pertencentes às camadas socialmente mais vulneráveis e que
    se alimentavam com dietas pobres em fibras e ricas em gorduras e açúcar. O sedentarismo se
    relacionou significativamente com o sexo feminino, enquanto que o risco de pressão arterial
    alterada e experimentação do tabaco relacionaram-se significativamente com o sexo
    masculino. As condições socioeconômicas demonstraram influenciar principalmente no
    aumento da pressão arterial, experimentação do tabaco e elevação da circunferência da
    cintura, enquanto que a maior idade demonstrou ser um fator de proteção para a obesidade
    abdominal. Do mesmo modo, o consumo e experimentação de álcool e tabaco demonstraram
    ter seu uso combinados, assim como a presença de obesidade abdominal com o excesso de
    peso. A alimentação inadequada, por sua vez, associou-se ao maior risco do adolescente ser
    insuficientemente ativo. Assim, este estudo evidencia a necessidade de políticas públicas mais
    eficazes que objetivem a conscientização da necessidade de um estilo de vida mais saudável
    entre os adolescentes de áreas rurais.

  • CAMILA AGUIAR DA FONSECA
  • COMPORTAMENTO ALIMENTAR E INATIVIDADE FÍSICA COMO FATORES DE RISCO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA

  • Data: 27/02/2019
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  • A prevalência mundial de obesidade mais do que duplicou entre 1980 e 2014. As crescentes alterações metabólicas que incluem sobrepeso e obesidade, associadas ao comportamento alimentar inadequado, inatividade física e excessivo tempo gasto em frente de telas, gerou interesse em investigar sobre essas variáveis relacionadas à adolescentes de escolas públicas e privadas domunicípiode Belém/Pa. Metodologia: É um subprojeto do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes (ERICA), estudo multicêntrico, transversal, em âmbito nacional, com adolescentes de 12 a 17 anos que frequentam escolas públicas e privadas em cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. As variáveis utilizadas para o presente subprojeto foram sobre aspectos sociodemográficos, avaliação da atividade física e comportamento alimentar. Resultados: No universo de 1.259 adolescentes, verifica-se maior prevalência de alunos de 15 a 17 anos.  Foi encontrado, na escola privada, cerca de 25% do sexo masculino com sobrepeso/obesidade, e no sexo feminino mais ou menos 17%, valores maiores do que na escola pública, que apresentou como mais recorrente o baixo peso. Verificou-se uma prevalência maior em alunos do sexo feminino com atividade física inativa (67,22%) e em alunos do sexo masculino prevalece a atividade ativa (52,30%). Foi encontrada maior prevalência em alunos (ambos os sexos) de escola privada que não costumam nem almoçar; e nem jantar com os responsáveis; Já em relação em assistir TV/Jogar vídeo game/usar computador comendo petiscos, houve maior prevalência em alunos do sexo masculino de escola pública com 30,47% , valor muito próximo encotrado entre as alunas (29,39%) do mesmo tipo de escola. As adolescentes deixam mais de tomar café da manhã e são mais inativas fisicamente do que o sexo masculino. Foi encotrado um tempo excessivo de permanência em frente às telas influenciando negativamente seus hábitos alimentares e o sedentarismo. Os adolescentes com menor IMC são predominantemente da predominante das classes B/C - em detrimento dos de escola privada, que apresentaram maior IMC - obesidade, sendo das classe e A/B.

  • MAURICIO SOARES CARNEIRO
  • Perfil Epidemiológico de Pacientes Portadores de Insuficiência Cardíaca Atendidos em um Hospital de Referência em Belém-PA

  • Data: 04/02/2019
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  • A insuficiência cardíaca se mantém como uma epidemia crescente. No Brasil, são escassos os
    estudos que avaliam de forma compreensiva e prospectiva características demográficas,
    clínicas e prognósticas de pacientes que são admitidos com diagnóstico clínico da doença.
    Este estudo objetiva descrever as características demográficas e clínicas de pacientes
    admitidos com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca em um hospital público de referência em
    Belém, Pará. O estudo é observacional, descritivo, a população faz parte do I Registro
    Brasileiro de Insuficiência Cardíaca. Os pacientes deste estudo foram internados através do
    setor de emergência cardiológica da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar
    Vianna com diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca descompensada, no período de
    janeiro a dezembro de 2017. Foram inclusos na pesquisa pacientes maiores de 18 anos, que
    atingiram mais do que 7 pontos nos critérios de Boston para diagnóstico da doença, de acordo
    com método escolhido e que completaram pelo menos 24h de internação. Para comparar as
    causas de descompensação foi aplicado o teste do Qui-quadrado nas variáveis qualitativas e o
    teste de Kruskal-Wallis, com pós-teste de Dunn, para comparar as variáveis quantitativas. O
    processamento estatístico foi realizado no programa BioEstat versão 5.3 e o planejamento da
    análise de dados foi realizado na tecnologia Statistical Analysis Model. Foram incluídos 65
    pacientes, com idade mediana de 64 anos, 56,9% eram homens. Os principais fatores de risco
    para IC foram hipertensão arterial 66,2% dos pacientes, tabagismo (70,8%) e sedentarismo
    (63,1%). As principais etiologias foram cardiopatia hipertensiva (23% dos casos), cardiopatia
    isquêmica, cardiomiopatia idiopática e doença valvar (18,5% cada). As principais causas de
    descompensação observadas foram disfunção valvar (26,1%) e infecção (15,3%). Metade dos
    pacientes fazia uso de beta-bloqueador no momento da admissão hospitalar, 49% tomavam
    IECA ou BRA e 35,4% usavam Espironolactona. Após 24h da admissão a prescrição de
    medicamentos recomendados pelas diretrizes ficou abaixo do desejável. Devem ser tomadas
    medidas para incentivar a prescrição e o uso de medicamentos recomendados por evidências
    científicas que comprovadamente reduzem a morbi-mortalidade da IC. Populações maiores
    devem ser analisadas para melhor conhecimento da epidemiologia, diagnóstico e tratamento
    da IC na região Norte do Brasil.

  • ADAIR DA SILVA ELLERES
  • Subdiagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutivo Crônica em hospital de Referência em Belém-PA

  • Data: 31/01/2019
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  • Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é um importante problema de saúde pública, com alta morbimortalidade e causando grande impacto econômico, social e com perda da qualidade de vida dos portadores da doença. O subdiagnóstico da DPOC constitui um dos maiores agravos da doença. O desenvolvimento de um modelo simples de risco para estratificar e predizer a comorbidade respiratória ajudaria a prevenir o subdiagnóstico e a progressão da doença. Objetivo: Identificar a prevalência da DPOC, identificar comorbidades não pulmonares associadas a prevalência dessa doença entre os pacientes atendidos em um ambulatório de doenças cardiovasculares, desenvolver uma ferramenta para predizer fatores do risco para DPOC em pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Métodos: Estudo exploratório, transversal e prospectivo de pacientes portadores de cardiopatias vasculares atendidos no ambulatório de cardiologia de hospital de referência em Belém-PA, de julho de 2018 a setembro de 2018, foram selecionados os pacientes com sintomas respiratórios, de ambos os sexos, idade igual ou maior de 40 anos com história de tabagismo, história de exposição a fatores de risco para DPOC e aqueles já com diagnóstico prévio de DPOC. Os pacientes excluídos foram aqueles com diagnóstico prévio de outras doenças respiratórias crônicas, doenças alérgicas e a pacientes impossibilitados de realizar espirometria. O diagnóstico de DPOC foi dado através da espirometria, obedecendo os critérios de GOLD, onde a relação fixa do VEF1/CVF <0,70 ou pela relação VEF1/CVF abaixo do limite inferior da normalidade. A análise estatística foi realizada pelo teste Qui-quadrado Resultados: Dentre os avaliados,76 pacientes tinham critérios para DPOC; destes, 2 já tinham tido o diagnóstico de DPOC previamente e 35 pacientes foram diagnosticados como tendo DPOC à partir do presente estudo. A prevalência de DPOC foi 48,68% e o subdiagnóstico foi de 46,05%, dentre os pacientes com fator de risco para a doença. Comparou-se o grupo Com diagnóstico de DPOC com o grupo Sem diagnóstico de DPOC quanto às variáveis sociodemográficas, sintomas respiratórios e as comorbidades. A distribuição do Sexo (p =0.1159, não significante) mostrou que no grupo Com DPOC houve 78,4% do sexo masculino e no UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE, AMBIENTE EM SOCIEDADE NA AMAZÔNIA. Praça Camilo Salgado, nº 1, Umarizal, Belém, Pará, CEP 66.050-060, Belém, PA. Fone: (91) 3201-6806 grupo Sem DPOC foram 59%. A distribuição da Escolaridade (p=0.1012, não significante) mostrou que no grupo Com DPOC houve 67.6% com ensino fundamental incompleta e no grupo Sem DPOC foram 41%. A distribuição do Tabagismo (p=0.1642, não significante) mostrou que no grupo Com DPOC houve 78.4% de ex-tabagistas e no grupo Sem DPOC foram 59%. A comparação da idade não apresentou real diferença entre os grupos: Com DPOC (67.1± 8.6 anos) e no grupo Sem DPOC (63.3± 10 anos). A comparação do IMC não apresentou real diferença entre os grupos: Com DPOC (28.6± 5.3 kg/m2) e no grupo Sem DPOC (29.5 0± 5.0 Kg/m²). A comparação da Carga Tabágica não apresentou real diferença entre os grupos: Com DPOC 44.4± 50.5) e no grupo Sem DPOC (49.6 ± 51.2). A comparação da Saturação de Oxigênio não apresentou diferença entre os grupos: Com DPOC (97.5±1.6) e no grupo Sem DPOC (97.3± 1.7). A comparação da escala de dispneia mostrou que no grupo Com DPOC foi mais frequente a categoria Grau 3 (43%) e no grupo Sem DPOC foi mais prevalente a categoria com Grau 1 (48.1%), entretanto o teste estatístico mostrou que não há real diferença entre os grupos (p=0.0827). Na avaliação da gravidade da DPOC baseado em valores espirométricos a maioria encontrava-se em estágio Gold 1-leve (p-valor=0.0365). As comorbidades mais prevalentes nos pacientes com DPOC foram HAS (89,2%), Dislipidemias (67,6%), Cardiopatia Isquêmica (64,9%) e Diabetes Mellitus (29,7%). Devido a alta prevalência do subdiagnóstico de DPOC e sua associação com comorbidades não pulmonares, se fez necessário o desenvolvimento de um escore preditor para predizer a comorbidade respiratória. Conclusão: O estudo mostrou alta prevalência do subdiagnóstico de DPOC entre os pacientes portadores de doenças cardiovasculares, alertando para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado.

  • LUIZ ALBERTO ROLLA MANESCHY
  • DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA: Existe diferença entre sexos na mortalidade de pacientes submetidos à angioplastia em um hospital público de referência no estado do Pará?
  • Data: 31/01/2019
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  • A Doença Arterial Coronária(DAC) é uma das mais prevalentes no mundo moderno, cuja causa é multifatorial, havendo importantes disparidades no mecanismo fisiopatológico desta cardiopatia em homens e mulheres, inclusive no que se refere à morbimortalidade. OBJETIVOS. Analisar a mortalidade por Doença Arterial Coronária em mulheres submetidas à angioplastia coronária, em um hospital público estadual, localizado na cidade de Belém/Pará, no período de março/2015 a fevereiro/2017. MATERIAL E MÉTODOS. Pesquisa descritiva, do tipo transversal e retrospectivo, com abordagem quantitativa, através da investigação dos formulários de registro da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC), sendo levantados os dados de todos os pacientes que fizeram angioplastia coronária, na Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FPEHCGV), no período do estudo. RESULTADOS. O levantamento dos formulários constantes nos prontuários revelou que foram realizadas 537 angioplastias, das quais 45,44% foram em mulheres, com idade média de 64 anos (+/-10 anos). O fator de risco com maior prevalência foi hipertensão arterial sistêmica (8,8%), seguido do tabagismo (3,7%) e diabetes. As mulheres demonstraram maior chance de apresentar a associação de 2 fatores de risco (HAS+diabetes) do que os homens (p=0.0342). 90% dos pacientes não tinham histórico de cardiopatia isquêmica prévia. A forma de apresentação mais comum da DAC foi o IAM (83%), sendo p=0,0001 entre os sexos quando se tratava de IAM sem uso prévio de fibrinolítico. 37% dos pacientes apresentaram comprometimento em três vasos coronarianos. O percentual de mulheres com déficit ventricular foi maior. 95% dos pacientes tiveram a aterosclerose como etiologia provável para a DAC. As emergências fluxo TIMI-1 foram as condições mais comuns de implante de stent (55% dos casos). Mais de 97% das intervenções foram exitosas. Houve diferença significativa (p=0,0187) entre sexos no que se refere às causas de insucesso dos procedimentos. Ocorreu também diferença estatística significante (p=0,0232) nas complicações maiores, mulheres apresentaram maior chance de óbito do que homens; o mesmo aconteceu em relação ao desfecho/evolução clínica dos pacientes, o sexo feminino teve maior probabilidade de morte (12,7%) frente ao sexo masculino (p=0,0441/OD=1,88). CONCLUSÃO. A doença arterial coronária está fortemente atrelada à ocorrência dos fatores de risco, sendo o sexo feminino o grupo com pior evolução clínica, de forma que o estudo constatou uma superioridade na taxa de óbitos ocorridos em mulheres após o procedimento. A mortalidade feminina por DAC é maior do que a masculina no local do estudo.

  • ALEXSANDRO SILVA DE ARAUJO
  • FATORES DE RISCO SOCIODEMOGRÁFICO, COMPORTAMENTAIS E DE SAÚDE ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS EM UM MUNÍCIPIO DO ESTADO DO PARÁ. BRASIL, 2013.

  • Data: 14/01/2019
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  • A síndrome metabólica (SM) é definida como o conjunto de alterações metabólicas inter-relacionadas presente no organismo que incluem resistência à insulina, resistência à glicose, dislipidemia, gordura abdominal aumentada e hipertensão arterial sistêmica. Visto que a adolescência é um período muito especial no desenvolvimento humano, considerada a transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por intenso crescimento e desenvolvimento que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais.  Hábitos alimentares inadequados na adolescência podem ser fatores de risco para a presença de doenças crônicas não transmissíveis, tanto na vida atual como na futura. A presença de alterações metabólicas na infância e adolescência pode contribuir para o desenvolvimento deste processo, já que estudos longitudinais clássicos mostram uma forte associação entre o excesso de peso nas primeiras décadas de vida e a alta taxa de morbimortalidade na vida adulta por doenças cardiovasculares. Assim, torna-se necessário, a partir da proposta de estudo, o conhecimento da prevalência da SM em nossa população de adolescentes, que frequentam escolas pública e privada pertencentes no município de Belém do estado Pará a partir dos fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde associados à SM em escolares, com idade entre 12 e 17. Os dados foram coletados por meio de três questionários: um destinado aos alunos, um para os responsáveis e outro referente à escola. Trata-se de um estudo transversal, realizado a partir de dados secundários obtidos no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes – ERICA, realizado junto a adolescentes em escolas públicas e privadas, no município de Belém do Pará

2018
Descrição
  • SILVIO SILVA DE OLIVEIRA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E ESPACIAL DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS DE IDADE, NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 18/12/2018
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  • A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, curável, contudo, com grande potencial para gerar incapacidade física. Conhecer o impacto da hanseníase em menores de 15 anos permite estimar o nível de transmissão, a intensidade da endemia e avaliar a efetividade dos serviços de saúde em combater essa enfermidade, que é mais prevalente em populações pobres e representa ainda um problema de saúde no Estado do Pará. Este estudo analisou o perfil epidemiológico da hanseníase em menores de 15 anos de idade, e a cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família, na Região Metropolitana de Belém, estado do Pará, no período de 2006 a 2015. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, com desenho de estudo ecológico, em uma série histórica de casos de hanseníase notificados nos anos de  2006 a 2015, utilizando dados secundários do banco de dados dos Sistemas de Informação de Agravos Notificáveis e de Atenção Básica do Ministério da Saúde, referentes ao Estado do Pará, Brasil. Dos 675 casos, a maioria (58,96%) foi detectada através de encaminhamento, com predominância no sexo masculino (55,70%), na cor preta+parda (81,63%) e com ensino fundamental incompleto (77,48%). A faixa etária de maior ocorrência (65,09%) foi de crianças entre 10 a 14 anos, com predomínio das formas paucibacilares, apesar da maior frequência da forma clínica dimorfa.  A evolução da taxa média, padronizada, de detecção da hanseníase em menor de 15 anos, apresentada geograficamente, apontou muito hiperendemicidade nos municípios de Castanhal, que tinha cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família consolidada e de Marituba com cobertura intermediária. Apresentou-se com hiperendemicidade no município de Santa Bárbara do Pará também como cobertura consolidada e endemicidade muito alta nos municípios de Ananindeua com cobertura intermediária, Belém com cobertura incipiente, Benevides e Santa Izabel do Pará com coberturas consolidadas. As áreas de autocorrelação espacial para a transmissão da doença se apresentaram formando dois clusteres, o primeiro envolvendo os municípios de Ananindeua, Belém e Benevides e o segundo formado pelo município de Castanhal localizado opostamente ao primeiro. As maiores densidades de taxas médias de detecção, foram observadas nos municípios de Marituba que se espraiou para os municípios de Ananindeua e Benevides e assim como no município de Castanhal, representando de certa forma as áreas de maior risco para a transmissão da doença. No município de Belém, capital do Estado do Pará, a cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família, era incipiente na maioria dos bairros, entretanto em alguns da Ilha de Mosqueiro se apresentava de forma consolidada, contraditoriamente se antepondo, sendo essas áreas as de maiores densidades de taxas médias de detecção. A magnitude da endemia, a força da morbidade e a tendência da doença, apontadas pelos indicadores de acompanhamento epidemiológico permaneceram elevadas e a cobertura da Estratégia Saúde da Família, embora consolidada na maioria dos municípios não se distribuiu de forma homogênea a garantir cobertura universal aos territórios, implicando de certa forma com essa situação epidemiológica, a afirmar que a hanseníase é um sério problema de saúde pública na Região Metropolitana de Belém.

  • ROMENIA VIDAL DE FREITAS ESTRELA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE EXCESSO DE PESO E TABAGISMO NA POPULAÇÃO ADULTA DO BRASIL: VIGITEL 2016

  • Data: 17/12/2018
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  • As Doenças Crônicas Não Transmissíveis estão na agenda global como um dos maiores problemas de saúde e desafio do século XXI, e vários fatores modificáveis estão associados a elas, como: tabagismo, alimentação inadequada, inatividade física e álcool. A má alimentação e as mudanças no estilo de vida contribuíram para o aumento da prevalência da obesidade. Estudos sugerem que existe uma associação entre a obesidade e o hábito de fumar, este, muitas vezes sendo utilizado como alternativa no controle do peso, por acreditarem que o hábito de fumar influencia no peso. Objetivo: Verificar a associação entre o excesso de peso e o tabagismo, considerando os fatores sociodemográficos e comportamentais, na população adulta do Brasil, a partir dos dados do VIGITEL 2016. Metodologia: Estudo transversal, de base populacional, a partir de dados do ano de 2016, do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) com adultos (≥ 18 anos de idade), residentes nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A amostra total foi de 53.210 pessoas entrevistadas, mas para este trabalho serão utilizados apenas dados de pessoas com idade ≥ 20 anos e ≤ 59 anos, e serão excluídas mulheres grávidas no momento da entrevista, pessoas que não souberam informar seu peso e/ou sua altura atual, assim como pessoas que se declaram indígena e/ou amarelo. As variáveis utilizadas serão: excesso de peso, comportamento tabágico, idade, escolaridade, união conjugal, consumo de bebidas alcoólicas, atividade física, comportamento sedentário, consumo alimentar e hipertensão arterial, diabetes, colesterol ou triglicerídeos elevados. O excesso de peso será considerado a variável desfecho (dependente), classificada com IMC ≥ 25 Kg/m2, derivado do peso e altura autorrelatados. O comportamento tabágico será a variável explanatória (independente), em que será considerado: fumante atual, ex-fumante e nunca fumante. As variáveis serão estratificadas por sexo, e calculada a distribuição da população (total e por sexo), considerando todas as variáveis estudadas, ambas considerando o intervalo de confiança (IC) de 95%. Será aplicado o teste do Qui-quadrado para todas as variáveis e serão selecionadas as variáveis com p < 0,02 para a análise multivariada utilizando Regressão de Poisson. Será utilizado o software STATA versão 12.0 para a análise dos dados. O VIGITEL tem a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos do Ministério da Saúde e o consentimento livre e esclarecido foi obtido verbalmente no momento do contato telefônico com as pessoas entrevistadas (BRASIL, 2016; 2017).

  • SILVIA HELENA SILVA DO NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO ESTADO PARÁ: CONVERGÊNCIA DA PESQUISA NA IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS EM HEMODIÁLIS

  • Data: 07/12/2018
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  • A terapia dialítica no decorrer da história tem passado por diversas mudanças tanto em avanços tecnológicos como nas legislações que regulamentam os serviços tornando a modalidade muito mais segura, no entanto ainda não podemos garantir ser um tratamento livre de riscos para os pacientes que dependem deste tratamento. Em unidades de hemodiálise existem numerosos fatores de risco que aumentam a probabilidade de ocorrência desses eventos, os riscos precisam ser identificados e gerenciados pela equipe afim de se evitar eventos adversos, os processos de melhoria contínua devem fazer parte do dia de modo a garantir a segurança dos pacientes e proporcionar um cuidado de qualidade. Este trabalho objetivou analisar a segurança do paciente através da identificação dos riscos em hemodiálise. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, desenvolvida com o método de pesquisa convergente assistencial (PCA). Foram analisadas 57 entrevistas, realizadas com os profissionais que atuam nos serviços de diálise do SRTS e CHML vinculados a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna em Belém –Pará. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos (CEP) do ICS/UFPA, sob o parecer consubstanciado nº 3.004.759, CAAE: 95992718.5.0000.0018. Os resultados foram organizados em duas categorias, sendo que a categoria 1 gerou duas subcategorias: 1. O saber da equipe acerca dos riscos que permeiam a realização da hemodiálise (subcategoria 1: Exposição dos pacientes aos riscos assistenciais; subcategoria 2: Exposição a Riscos Ocupacionais entre os profissionais da hemodiálise); 2. Relação entre as metas de segurança do paciente e os riscos assistenciais.

  • PAULO ROBERTO SANTOS WANDERLEY
  • O PROCESSO HABILITATÓRIO DE SERVIÇOS EM HOSPITAIS GERAIS DA ÁREA METROPOLITANA I DO ESTADO DO PARÁ JUNTO AO SUS: CONTEXTUALIZAÇÃO SOB A ÓTICA DOS GESTORES

  • Data: 06/12/2018
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  • O processo de habilitação de serviços de saúde é o ato do Gestor Federal que ratifica o credenciamento do Gestor Pleno do Sistema Municipal ou Estadual do SUS, devidamente encaminhado ao Ministério da Saúde pelo respectivo Gestor Estadual. O presente estudo está centrado na verificação de supostas dificuldades para habilitar serviços de média e alta complexidade em hospitais na área Metropolitana I do Estado do Pará, que funcionam como serviços referenciados em saúde pública, sendo importante compreender e realizar uma abordagem integrativa das variáveis que intervém na habilitação, na implantação ou ainda na expansão de serviços a serem financiados pelo estado. Desta forma foi feito um levantamento bibliográfico sistemático sobre o assunto e posteriormente uma pesquisa de campo através de entrevistas semi-estruturadas em 4 hospitais, sendo 2 públicos e 2 privados, utilizando uma metodologia descritiva e analítica, sobre os dados qualitativos coletados na pesquisa de campo. Observou-se que existem serviços funcionando sem cobertura de financiamento e que são a consequência direta e concreta da ruptura prática do processo habilitatório, fazendo emergir, por consequência, outros problemas secundários, das mais diversas ordens – e não menos graves que o primeiro. A dificuldade para habilitação dos serviços junto ao SUS deve ser considerado um grande problema, especialmente por ainda vigi um modelo de organização e funcionamento autocentrado, baseado no controle dos meios e sem o devido acompanhamento dos fins. Tal descompasso entre os ideais e objetivos nacionais declarados, ao menos em forma nominal, incitam a avaliação quanto ao modo de operação da máquina pública, não raramente marcada por fragilidade regulatória das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, baixa incorporação tecnológica, e consequente corrosão da capacidade de ofertar serviços de qualidade e integrais, inclusivos e transversais, à população brasileira.

     

  • EMANUELE DE JESUS SILVA DE LIMA
  • KATUANA QUILOMBOLA: CONSUMO DE AÇAÍ E RISCO CARDIOVASCULAR EM ALGUMAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Data: 31/10/2018
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  • A associação entre dieta e doenças cardiovasculares vem sendo amplamente investigada no mundo há anos. Entretanto, há poucos estudos realizados na Amazônia na literatura, sobretudo em populações tradicionais, como os quilombolas, assim como a respeito do impacto do consumo de açaí sobre a saúde dessas populações. Nesse contexto o presente estudo, objetiva avaliar o consumo do açaí nas comunidades remanescentes de quilombo em Salvaterra, ilha do Marajó, Pará, e verificar sua associação com fatores de risco cardiovascular em pessoas de ambos os gêneros com idade a partir de 30 anos. Para tal, será realizado um estudo transversal em uma população de 312 indivíduos, distribuídos em 8 comunidades quilombolas. Será feita visita domiciliar, em que os participantes serão georreferenciados e em que serão aplicados questionários padronizados socioeconômicos e sobre consumo diário de açaí. Neste momento, será também colhido material biológico para mensuração de glicemia em jejum, triglicérides, colesterol total e HDL, assim como medidas antropométricas e de pressão arterial. Como resultados parciais, já foram obtidos os dados completos de 216 indivíduos. Dentre eles, 62,5% são mulheres, 25,5% referiram ter finalizado o ensino fundamental e 36,1% sobrevivem com auxílio do programa de bolsa família. Em relação a doenças, 25,5% informaram ter HAS e 8,3% DM2, entretanto, apenas 17,6% e 6,0% informaram utilizar medicamento para essas doenças, respectivamente. Os participantes foram agrupados segundo o consumo diário de açaí em três grupos: sem consumo de açaí, consumo de até 100g de açaí por dia e acima desse valor. Não se observou diferença estatisticamente significante entre as variáveis, consumo diário de açaí, idade, pressão arterial sistólica e diastólica, IMC, circunferência abdominal e glicemia capilar. As próximas etapas do estudo serão analisar a associação entre a ingestão de açaí e níveis plasmáticos de glicose e lipídeos

  • CLAUDIA DZIMIDAS HABER
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO ESTADUAL

  • Data: 30/10/2018
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  • Pacientes com doenças cardiovasculares podem ter a Qualidade de Vida alterada como consequência de sua saúde, seja em razão de suas deficiências físicas ou psicológicas. OBJETIVO: Avaliar a Qualidade de Vida de pacientes com doenças cardiovasculares internados em hospital de referência em cardiologia. MÉTODO: Estudo prospectivo analítico transversal realizado no período de abril a maio de 2018 através da aplicação dos questionários do Perfil Sociodemográfico e Clínico e Escala SF-36 “Medical Outcomes Short-form Health Survey”. A Escala SF36 é um instrumento genérico constituído por 36 questões que abrangem oito domínios ou dimensões com pontuação que varia de 0 (pior estado de saúde) a 100 (melhor estado de saúde) e que medem a Qualidade de Vida. Os domínios são identificados por: Capacidade funcional, Aspectos físicos, Dor, Estado geral da saúde, Vitalidade, Aspectos sociais, Aspectos emocionais e Saúde mental. A amostra correspondeu a 70 pacientes entrevistados de forma aleatória e voluntária, internados na Clínica Cardiológica. RESULTADOS: Dos 70 pacientes entrevistados, 70% (49/70) dos indivíduos era do sexo masculino, 32,8% (23/70) com idade acima de 70 anos, 44,3% (31/70) casados e 35,7% (25/70) com estudo até o ensino primário incompleto. Apesar de 62,9% (44/70) possuir diagnóstico prévio da doença cardíaca, apenas 40% (28/70) realizava algum tratamento medicamentoso. O infarto agudo foi diagnosticado em 54,3% (38/70) dos pacientes e a insuficiência cardíaca em 12,9% (9/70), sendo que os outros pacientes tiveram diagnósticos variados para doenças cardiovasculares. Fatores de risco como tabagismo (55,7%), hipertensão (47,1%) e diabetes (31,4%) foram relatados. Os valores médios para os domínios do questionário SF-36 que medem a Qualidade de Vida situaram-se entre 40 e 50. A Saúde mental recebeu a maior média (62,6) e menor foi para Limitação por aspectos físicos (23,6) e Limitação por aspectos emocionais (23,6). O diagnóstico prévio da doença foi relatado por 36 indivíduos, sendo que 9 tinham menos de dois anos de doença e apresentaram melhor Qualidade de Vida. Comparado há um ano, 24 pacientes classificaram sua saúde como quase a mesma de um ano. CONCLUSÃO: O estudo permitiu caracterizar o perfil sociodemográfico dos pacientes internados e identificar as variáveis clínicas. A avaliação da Qualidade de Vida dos pacientes verificou que os domínios Limitação por aspectos emocionais e Limitação por aspectos físicos foram os mais comprometidos seguidos da Limitação por aspectos sociais. Os domínios Estado geral e Vitalidade foram mais preservados. Os indivíduos com menos de dois anos de diagnóstico da doença cardiovascular apresentaram melhor qualidade de vida do quê os pacientes com diagnóstico maior que três anos. Quando comparada a saúde atual e há de um ano, a maioria referiu que é quase idêntica de um ano atrás.

  • ELIZABETH DAS DORES SILVA
  • FUNCIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL COMO GARANTIA DA POLITICA DE SAÚDE MENTAL NO MUNICÍPIO DE BELÉM

  • Data: 18/10/2018
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  • Esta dissertação tem por objetivo avaliar se a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município de Belém (PA) é uma garantia da Política da Reforma Psiquiátrica no Brasil. O estudo é do tipo qualitativo, de acordo com as proposições de Minayo (2001) no campo da saúde. A pesquisa de campo foi realizada na Emergência Psiquiátrica (EP) da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FPEHCGV), hospital geral de referência estadual em urgência e emergência psiquiátrica. Participaram da pesquisa cinco usuários familiares de pacientes que tiveram mais de três internações em um período de um ano nessa Emergência Psiquiátrica. Foram utilizados os seguintes instrumentos: pesquisa documental e bibliográfica, além de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. Com o aprofundamento da leitura e da reflexão acerca das condições da produção dos discursos, foram definidas as categorias de análise. Os resultados da pesquisa mostram que a Rede de Atenção Psicossocial do município de Belém é incipiente, exigindo mudanças individuais, sociais e institucionais, para cumprir o estabelecido na Política de Saúde Mental. Deve ser adotado um novo modelo de atendimento, mais humanizado e estabelecido na comunidade, com a territorialização dos serviços. Os resultados deste estudo poderão contribuir para uma garantia mais efetiva dos direitos trazidos pela Reforma Psiquiátrica para a pessoa em sofrimento psíquico

  • VITOR NINA DE LIMA
  • OUTRAS NISES: MULHERES EM CLÍNICAS, ARTES E PEDAGOGIAS INSURGENTES ÀS POLÍTICAS DA MORTE EM BELÉM, ENTRE 2014 E 2018

  • Data: 08/10/2018
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  • Comover Cuidado: amor, arte e indisciplina para a saúde das comunidades

  • SILVANA RODRIGUES GOUVEIA
  • DETERMINAÇÕES DA ALIMENTAÇÃO EM UMA COMUNIDADE CABOCLA AMAZÔNICA NA PERSPECTIVA ESPAÇO-TEMPORAL

  • Data: 01/10/2018
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  • Este trabalho propôs-se a estudar fatores determinantes e condicionantes na construção da história alimentar de uma comunidade cabocla denominada Nova Vida em Barcarena/PA, a qual passou por impactos socio-ambientais: dois deslocamentos compulsórios e exposição a poluentes de mineração, os quais provocaram rupturas e adaptações nas estratégias de acesso a alimentação, marcando a especificidade da história alimentar da comunidade. A abordagem qualitativa e a entrevista semi-estruturada com moradores da comunidade que vivenciaram os processos de deslocamentos foram essenciais para a obtenção das experiências alimentares. A partir dos relatos evidenciou-se que as estratégias de acesso à alimentação em Ponta da Montanha e em Curuperé são bem delimitadas. Todas as famílias praticavam a agricultura de subsistência, extrativismo vegetal na floresta, coleta de pescados na praia, cultivo de plantas frutíferas nos quintais. Já a caça na floresta, a criação de animais domésticos para consumo alimentar, a pesca ‘fora’, foram estratégias restritas a alguns moradores. No entanto, em Nova Vida, o terceiro local de ocupação desta comunidade, a aquisição da alimentação ocorre, na maior parte, via monetária. A forma de organização geopolítica e econômica em Barcarena, ecossistema amazônico, as escolhas individuais e familiares são fatores determinantes da história alimentar da comunidade. Essa comunidade demonstra processos de mudanças e permanências, especificidades e similaridades loco-regionais, onde no cenário socioespacial convivem o local e o global, porque há permanência da cultura alimentar do caboclo amazônico e um processo de mudança, ainda que tardio, em relação a outras partes do país, para uma alimentação mais industrializada, globalizada. Assim, a alimentação se inscreve, neste contexto, como um marcador que indica as macroestruturações políticas e as transformações sócioespaciais em Barcarena, mas, sobretudo, as adaptações desenvolvidas e as ressignificações da história de vida individual e coletiva.

  • VÂNIA MARIA SEGURADO PIMENTEL
  • Avaliação do Risco Cardiovascular em Médicos de um Hospital Público de Referência em
    Cardiologia

  • Data: 26/09/2018
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  • As doenças cardiovasculares são responsáveis por altas taxas de
    morbimortalidade em todo mundo e os médicos vêm se tornando vítimas frequentes
    desses agravos. Foi realizado um estudo transversal, analítico, exploratório, com
    objetivo de identificar os fatores de risco cardiovasculares em médicos do quadro de
    profissionais da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna -
    FPEHCGV, referência em Cardiologia, no Estado do Pará. Participaram da pesquisa
    148 profissionais médicos efetivos e contratados, em atividade na FPEHCGV,
    localizado em Belém/PA, com idade média de 45±10 anos (28 a 72 anos), com
    predomínio do sexo feminino (60.8%) e mais de 20 anos de formado (47,3%) com
    boa auto avaliação da saúde (62.8%). Observou-se alta prevalência de sobrepeso e
    obesos, bem como de pré diabéticos. Após análise estatística por regressão
    univariada e múltipla que as medidas antropométricas (IMC, CC e RCE) tiveram
    correlação positiva com a maioria das variáveis, sendo bons preditores de risco
    cardiovascular. A proteína C reativa de alta sensibilidade apesar de alterada em
    grande parte (62,1%) dos médicos mostrou pouca correlação com as variáveis
    clinicas e metabólicas estudadas. Médicos pré-hipertensos e hipertensos
    apresentaram maior risco de obesidade e hiperglicemia. Neste estudo, portanto,
    ficou bem demonstrado a alta prevalência de fatores de risco modificáveis para
    doenças cardiovasculares entre os profissionais médicos da Fundação Pública
    Estadual Hospital das clinicas Gaspar Vianna (FPPEHCGV) com destaque para
    obesidade, sobrepeso, sedentarismo hipertensão arterial e risco aumentado de
    desenvolver DM. Os médicos como profissionais de saúde esclarecidos devem estar
    mais atentos as suas condições de saúde e conscientes de que a alteração do estilo
    de vida trará resultados efetivos no risco de desenvolvimento de doenças
    cardiovasculares.

  • JULIANA DE FREITAS MAGNO PANTOJA
  • Processo de trabalho da equipe de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família no município de Belém

  • Data: 11/09/2018
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  • O processo de trabalho das equipes de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família(ESF) compreende um modo de produzir cuidado diferente daquele praticado nos modelos assistenciais tradicionais com a visão biomédica e hospitalocêntrica do processo saúde doença. Contudo, diversos fatores dificultam a real transformação dessas práticas. A Política Nacional de Saúde Bucal(PNSB)  serve de suporte para as ações a serem desenvolvidas nesse novo processo de trabalho. O objetivo deste trabalho foi analisar o processo de trabalho das Equipes de Saúde Bucal pertencentes à Estratégia de Saúde da Família, verificando sua consonância com PNSB. Metodologia: O presente estudo avaliou o processo de trabalho das equipes de saúde bucal que pertencem à Estratégia de Saúde da Família no município de Belém a partir de dados oriundos do II ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade- Atenção Básica, realizado em 2013. As variáveis analisadas foram sobre formação e qualificação profissional, plano de carreira, planejamento, apoio institucional, apoio matricial, integração com as redes de atenção à saúde, resolubilidade das ações e visita domiciliar. Resultados: Os resultados mostraram que 60% dos profissionais tinha mais de 5 anos  de atuação na Atenção Primária e 20% tinham educação continuada em saúde coletiva.Não existia plano de carreira e a integração da equipe de saúde bucal com o restante da equipe que compõe a ESF era inexpressiva. O apoio da gestão para as ações de saúde bucal era fraco e dos 81,25% procedimentos realizados pela equipe de saúde bucal,grande parte eram de natureza curativa. Em relação ao planejamento e visita domiciliar, os resultados mostraram que essas ações eram realizadas por 100% das equipes investigadas. O sistema de referência e contra referência era utilizado por 80% das equipes, sem garantia, contudo, da multidisciplinaridade do atendimento por não receberem apoio de outras áreas da saúde. Conclusão: Apesar da Estratégia de Saúde da Família vislumbrar um novo olhar sobre o modo de produzir cuidado na odontologia, no município de Belém observou-se que o processo de trabalho realizado pelas equipes de saúde bucal estava divergente do que é preconizado pela PNSB. Citem-se fatores culturais, de governança e políticas públicas ineficazes como aqueles que contribuem para essa diferença. Assim, observar os nós críticos do processo de trabalho é essencial para que aconteça a efetiva substituição do antigo paradigma de atenção à saúde consolidando a saúde bucal como parte integrante e indissociável da saúde como um todo

  • KELLY LENE LOPES CALDERARO EUCLIDES
  • A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOB A PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

  • Data: 04/09/2018
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  • A promoção de saúde prevê o envolvimento de todos os atores do fazer e ser saúde, de modo a serem protagonistas e partícipes ativos de sua concretização e continuidade no cuidado. A promoção em saúde traz novo olhar que envolve aspectos políticos, sociais, éticos, culturais, espirituais para garantir a saúde de forma universal, equível e integral. A eficaz e eficiente implementação de sua política na atenção primária incide em mudanças de conduta no tratamento dos usuários, através de ações que tendem a alcançar a saúde completa do indivíduo, considerando os determinantes de saúde que compõem este universo. Na atenção primária faz-se essencial a ação coletiva, onde todos são protagonistas para a produção de saúde. Para esta ação se tornar concreta os profissionais de saúde precisam ter consciência do processo de promoção de saúde aos usuários, produzindo suas ações com consciência, promover realmente saúde e não cumprimento de agenda e/ou assitencialismo, como dignosticado com este estudo. É urgente a real mudança da práxis e paradigmas dos modelo de atenção à atenção a saúde, destacando-se a importância da intersetorialidade e trabalho multiprofissional na lógica da totalidade da promoção da saúde, seus conceitos e funcionamento devem ser capilarizados aos profissionais e fazedores do SUS em todas as suas atividades e níveis de atuação e/ou gerenciamento.

  • CLEYBISMAR BEGOT DA RESSURREIÇÃO
  • INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA A CATETER VESICAL EM HOSPITAL GERAL: CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE GENES DE RESISTENCIA ANTIMICROBIANA PARA ESBL EM ENTEROBACTERIACEAE.

  • Data: 28/08/2018
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  • As infecções do trato urinário (ITU) são importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados e a maioria dos casos é causada por bactéria da família Enterobacteriaceae, especialmente Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Estas bactérias têm desenvolvido e disseminado mecanismos de resistência antimicrobiana, em especial enzimas betalactamases de espectro estendido (ESBL), que as torna resistentes a cefalosporinas de amplo espectro e monobactâmicos. O uso de cateteres vesicais é um dos principais fatores de risco para ITU relacionadas a assistência em saúde, aumentando a morbidade e os custos do tratamento. Serão abordados aspectos microbiológicos, clínicos, moleculares e sanitários da crescente ameaça da resistência antimicrobiana. Este trabalho pretende descrever a casuística de ITU em pacientes adultos internados em um hospital público em Belém, região norte do Brasil, no período de de janeiro de 2011 a dezembro de 2016, bem como suas variaveis sexo, idade, presença e indicação de cateterismo vesical, sinais e sintomas associados, óbito durante internação, presença de comorbidades , microrganismo isolado na cultura e o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos de uso corrente, e no período de maio a outubro de 2017, isolados de cepas de E. coli e K. pneumoniae obtidos de urina de maiores de 18 anos e avaliados fenotipicamente para a caracterização de ESBL. Será realizado caracterização por técnica de Reaçao de Cadeia de Polimerase (PCR) para determinar se os genes blaTEM, blaSHV e blaCTX-M1 estavam presentes nos microorganismos. 

  • WADIH BRAZÃO E SILVA
  • ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS NORMATIVOS REGULADORES DA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DESTINADOS À MERENDA ESCOLAR MUNICIPAL BELENENSE APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64/10: Comparação entre a práxis e a garantia social estabelecida pela “Constituição Cidadã

  • Data: 28/08/2018
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  • Tomando como referência a comprovação científica de que a alimentação inadequada resulta em variados problemas de saúde, bem como o fato de que a alimentação foi, a partir de 2010, alçada à categoria de direito social disposto na Constituição Federal por meio da Emenda Constitucional nº 64, o presente estudo é voltado para a pesquisa acerca da efetiva observação desse direito em relação à população estudantil que recebe merenda escolar no município de Belém a partir do ano de vigência da referida Emenda, delimitando o período de fevereiro/2010 a fevereiro/2018. Para tanto, assumiu como premissa que a plena efetivação do direito social à alimentação somente ocorre caso o alimento possua valor nutricional e que tal condição seja observada na elaboração dos instrumentos normativos (Editais de Licitação e Editais de Chamada Pública) que regem a aquisição dos alimentos destinados à merenda escolar no município. O estudo enfocou a problemática acerca da baixa qualidade da merenda escolar em alguns estabelecimentos de ensino em Belém, analisando os instrumentos normativos de aquisição pública municipal dos alimentos destinados à merenda escolar à luz dos critérios de qualidade preconizados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e das disposições da legislação vigente, e propõe alternativas para a mitigação da problemática apontada.

  • THAÍS DO SOCORRO DA LUZ SILVA
  • Perspectivas de integralidade em saúde no modelo assistencial na percepção de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e usuários da equipe de estratégia Saúde da Família no município de Belém.

  • Data: 27/08/2018
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  • XXXXX

  • JULIANE COSTA LEITE
  • INSEGURANÇA ALIMENTAR EM FAMÍLIAS DE CRIANÇAS MATRICULADAS NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL, BELÉM-PA.

  • Data: 20/08/2018
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  • Estudo analítico, observacional de delineamento transversal que objetivou estimar a
    prevalência de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) entre as famílias de crianças
    matriculadas na rede municipal de educação infantil, Belém-Pa. Como instrumentos para
    essa mensuração foi utilizada a Escala Brasileira de medida de Insegurança Alimentar
    (EBIA), e, para avaliar o perfil familiar, utilizou-se formulário sócio demográfico.
    Procedeu-se também à avaliação antropométrica das crianças para análise do estado
    nutricional. Foram pesquisadas 368 famílias do município de Belém-Pa, distribuídas
    proporcionalmente entre seis distritos administrativos. A técnica de amostragem
    considerou um erro de 5% e foi do tipo aleatória estratificada proporcional. Na análise
    estatística da associação entre indicadores sócio demográficos e insegurança alimentar,
    utilizou-se os testes Qui-quadrado e teste G. Para estimar os valores de razões de chance
    (Odds ratio) e respectivos intervalos de confiança (IC 95%), usou-se a regressão logística
    múltipla considerando a categoria de desfecho insegurança alimentar de acordo com a
    EBIA. Em todos os testes foi adotado o nível de significância (α) igual a 5%. O programa
    estatístico usado nas análises foi BioEstat 5.3. Como resultado, encontrou-se prevalência
    de IAN de 85,6%, que se distribuiu, de acordo com o gradiente de severidade, em 36,4%
    de IAN leve, 28,8% moderada e 20,4% grave. Verificou-se associação estatisticamente
    significativa entre insegurança alimentar e renda familiar per capita (p = 0,0001), 

    escolaridade do chefe da família (p=0,0040), recebimento do Bolsa Família (p=0,0540) e
    tipo de material empregado na construção do domicílio (p=0,0370). No modelo de
    regressão logística múltipla, observou-se que a renda familiar per capita menor que meio
    salário mínimo e a condição de não possuir trabalho remunerado pelo entrevistado,
    associou-se, respectivamente, a chances 6 e 2 vezes maiores de a família apresentar
    insegurança alimentar. O estudo se apresenta como um instrumento importante na
    identificação do público pesquisado como um grupo de risco, no que se refere a IAN,
    para o qual estratégias de intervenção e enfrentamento devem ser prioritárias e, também,
    favorece a criação e a análise de políticas públicas municipais de promoção de segurança
    alimentar e nutricional, além de permitir o reconhecimento das causas contemporâneas
    do problema investigado.

  • SANDRA REGINA MONTEIRO FERREIRA
  • AS NECESSIDADES DE CUIDAR DO FILHO ESTOMIZADO: NA PERSPECTIVA  DA TEORIA COMUNICATIVA

  • Data: 14/08/2018
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  • As crianças podem adquirir estomas urinários ou gastrointestinais por diversas
    causas, logo após o nascimento ou em qualquer momento de sua vida. As causas
    mais frequentes são as anomalias congênitas e traumas ocorridos durante o
    desenvolvimento e, em sua maioria, são temporários. Estima-se que um em cada 33
    bebês nasce com problemas congênitos no mundo. Objetivo: Conhecer os desafios
    enfrentados pelas mães para o cuidado com o filho estomizado. Método: Trata-se
    de um estudo descritivo com abordagem qualitativa tendo por suporte teórico a ação
    comunicativa de Habermas. O cenário do estudo foi o Serviço de Atenção à Pessoa
    com Estomia, situado na Unidade de Referência Especializada Presidente Vargas
    em Belém do Pará. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas
    semiestruturadas com mães de crianças estomizadas devidamente cadastradas no
    Serviço. A análise dos dados foi realizada utilizando-se a técnica de conteúdo de
    Bardin. Resultados: Foram entrevistas 12 mães, sendo que duas residem no
    município de Belém e as demais do interior do Estado. A faixa etária das crianças foi
    entre 8 meses a 8 anos, sendo a doença congênita o principal diagnóstico para a
    confecção da estomia e o tipo de estomia mais incidente foi a colostomia, em
    relação ao sexo seis crianças eram do sexo masculino e seis do feminino, tempo de
    estomia variou entre um mês de vida a dois anos. A faixa etária das genitoras variou
    entre 18 e 46 anos, quanto ao grau de escolaridade, duas possuíam ensino médio
    completo, uma ensino médio incompleto, cinco ensino fundamental completo e
    quatro ensino fundamental incompleto. Discussão: Os resultados do estudo
    indicaram que as mães não são orientadas adequadamente quanto aos cuidados
    com a estomia de seus filhos, revelando o medo e a angústia como os maiores
    desafios para desempenhar a troca e o manuseio dos equipamentos. coletores. A
    criança estomizada necessita de cuidados especializados por parte da equipe
    multiprofissional e principalmente do enfermeiro que é o profissional responsável
    pela educação em saúde, cabendo a orientação quanto aos cuidados e ensino aos
    pais quanto a troca do equipamento e os cuidados necessários com a pele
    periestomal da criança, preparando-os para o momento do retorno ao lar com a
    mínima condição de cuidar de seu filho. Considerações Finais: As mães vivenciam
    as falhas na prestação de cuidados aos filhos com estomias e revelam o medo como
    principal desafio na prestação de cuidados. Constatou-se como inadequada as
    ações educativas prestadas pelos enfermeiros as mães quando se trata de orientar
    os cuidados à criança estomizada, ocasionando o despreparo das mães e
    contribuindo para a inabilidade em realizar a assistência esperada no domicílio.
    Espera-se que a construção de um material educativo voltado para os cuidados à
    criança estomizada possa contribuir tanto com as mães quanto com os profissionais
    de enfermagem a fim de proporcionar uma assistência com vistas a qualidade de
    vida e com a reabilitação da criança portadora de estomia

  • THIAGO HELENO RODRIGUES FERREIRA
  • ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MODELOS DE GESTÃO HOSPITALAR POR ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE SAÚDE E A REALIZADA POR UMA FUNDAÇÃO PÚBLICA, NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 27/04/2018
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  • A partir dos anos 90, predominaram na gestão pública no Brasil as políticas de privatizações, de parcerias público-privadas e de terceirizações de serviços e da própria gestão. Na área da saúde, isso se deu através da implantação da gestão por Organização Social de Saúde (OSS), sendo que no estado do Pará, adotou-se este modelo para a maioria dos hospitais da rede pública estadual, ainda que existam hospitais de referência, gerenciados pela administração pública indireta. Diversos autores e o próprio Estado argumentam que a gestão por OSS tende a ser melhor às demais, já que é menos burocrática. Mediante este contexto, torna-se imprescindível avaliar e comparar estes tipos de gestão hospitalar no SUS, sendo que, nesta pesquisa, utilizou-se como ferramenta o Roteiro de Padrões de Conformidade em Unidade Hospitalar, avaliando-se dois hospitais públicos estaduais da região metropolitana de Belém, sendo um gerenciado por OSS e outro por uma fundação pública estadual. Este roteiro avalia a gestão, através da classificação do risco sanitário de hospitais, atribuindo-se vinte pontos para cada item classificado como risco severo, dez para risco relevante e cinco para risco provável. Ao final, o hospital deve atingir pontuação de risco menor ou igual a 10% do total, para receber uma pontuação favorável. Os itens selecionados para a avaliação foram: Gerenciamento da Qualidade; Condições Organizacionais; Gestão de Pessoal; da Infraestrutura; e de Tecnologia e Processos. Os resultados apontaram que o hospital gerenciado por OSS contemplou 100% dos itens presentes no questionário, indicando pontuação favorável a este estabelecimento. Já o gerenciado pela fundação pública apresentou pontuação de risco de 37,5% para o gerenciamento da qualidade; 3,7% para as condições organizacionais; 19% para a gestão de pessoal; 10,8% para a gestão da infraestrutura; e não houve pontuação de risco para a gestão de tecnologia e processos. A média entre dos valores citados é de 14,2%, significando uma pontuação desfavorável a este hospital. Portanto, a OSS avaliada atendeu às exigências sanitárias em vigor, fator este não observado no hospital gerenciado pela fundação pública estadual, principalmente quanto à gestão da qualidade e de pessoal. Certamente, a inexigibilidade de realização de licitações e de concursos públicos é um fator a favor da gestão por OSS. Mas, a exigência legal destes pleitos não justifica a falta de qualidade nos serviços públicos, em geral, prestados pelo Estado
     
  • ANA LYDIA LÉDO DE CASTRO RIBEIRO CABEÇA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL EM TERAPIA DIALÍTICA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL.

  • Data: 11/04/2018
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  • A doença renal crônica é considerada um problema de saúde pública no mundo. É
    pouco conhecida a associação entre as terapias dialíticas e aspectos geográficos dos
    pacientes em terapia renal substitutiva (TRS) no Brasil, e correlações entre
    epidemiologia e distribuição espacial da doença renal crônica terminal (DRCT),
    especialmente na região Norte. Foi realizado estudo prospectivo, descritivo,
    transversal de abordagem quantitativa, com objetivo de analisar a distribuição espacial
    e epidemiológica de pacientes com DRCT em terapia dialítica no estado do Pará. A
    pesquisa foi desenvolvida em pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde
    oriundos do estado Pará e atendidos, em novembro de 2017, em três serviços de TRS
    localizados no município de Belém -PA, através da aplicação de questionário
    semiestruturado e análise de prontuários. Variáveis demográficas, cartográficas e de
    políticas públicas em saúde foram obtidas, respectivamente, do CENSO 2010, do
    sistema Milionésimo Digital do IBGE e do Sistema de Cadastro Nacional dos
    Estabelecimentos de Saúde. Foi elaborado um Banco de Dados Geográfico, através
    do georreferenciamento laboratorial dos dados de 329 pacientes incluídos no estudo,
    a partir do inter-relacionamento de dados epidemiológicos, socioeconômicos, clínicos,
    demográficos, cartográficas e de políticas públicas, indexados pelas coordenadas
    geográficas obtidas através do Sistema de Projeção LAT/LONG com DATUM WGS84,
    com a utilização dos softwares ArcGis 10.2 e TerraView 4.0., mediante técnicas de
    Geoprocessamento de Kernel, de Buffer, de análise de fluxos e da álgebra de mapas.
    Predominaram indivíduos de 50 a 59 anos (29,2%), etnia parda (63,5%), com
    escolaridade de nível fundamental (56,2%) e renda familiar de até 1 salário mínimo
    (59,6%). As principais causas de DRCT foram hipertensão arterial (78,6%) e diabetes
    melitus (43,2%). Os pacientes procederam de 59 (41%) municípios do estado; sendo
    82% da região metropolitana de Belém, 81% da mesorregião do Marajó e 67% da
    Nordeste Paraense. Os municípios com os maiores acessos aos serviços de TRS
    estavam localizados à curta (20,69%) e à média (62,07%) distâncias dos mesmos e
    41,03% dos pacientes residiam a mais de 50 Km do local de atendimento. Foi
    observado aglomerado de casos na Região Metropolitana de Belém, com muitos
    municípios de origem para poucos locais de oferta de serviços. As mesorregiões com
    os maiores percentuais de casos atendidos foram a Metropolitana de Belém (63,22%),
    a Nordeste Paraense (27,36%) e a Marajó (7,90%), respectivamente. Evidenciado
    silêncio epidemiológico em termos de serviços de alta complexidade em nefrologia na
    maioria dos municípios do estado e distribuição espacial não homogênea dos casos
    em relação aos municípios de origem, com a formação de uma transversalidade de
    fluxo da demanda reprimida para a região metropolitana. O estudo concluiu que o
    georreferenciamento pode permitir melhor planejamento para a implantação de
    serviços de TRS, ampliando o acesso ao tratamento. Novos estudos são necessários
    para o conhecimento dos determinantes sociais e geográficos, e sobre a existência
    de redes de tratamento dialítico no estado, a fim de contribuir para a formulação e
    implementação de políticas públicas na área da nefrologia

  • RENATA MARIA COUTINHO ALVES
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA DA CARDIOPATIA CONGÊNITA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 11/04/2018
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  • As cardiopatias são as mais frequentes entre as malformações congênitas e apresentam alta mortalidade no primeiro ano de vida, constituindo importante problema de saúde mundial. Este estudo ecológico, descritivo, retrospectivo, de base populacional, objetivou descrever o perfil clínico-epidemiológico e o padrão de distribuição espacial dos casos de cardiopatia congênita atendidos em hospital de referência no estado do Pará – Brasil. Foram utilizados dados do cadastro dos pacientes atendidos no período entre janeiro de 2012 e dezembro de 2016, e para decodificação das informações dos municípios de procedência usou-se base de dados do Censo de 2010 e do sistema milionésimo do IBGE. Todos os pacientes tiveram diagnóstico confirmado pelo menos por ecocardiograma. As variáveis observadas foram: gênero, idade, tipo de cardiopatia, tratamento realizado, tempo de espera e distribuição espacial. Dos 905 casos observados, 52% tinham mais de 01 ano de idade ao diagnóstico, 75,1% apresentaram cardiopatia acianótica, tendo sido a mais frequente a comunicação interventricular (21%). Entre as cardiopatias cianóticas, a Tetralogia de Fallot foi a mais frequente (12%). Não houve predomínio de gênero. No momento da avaliação, 55,7% dos pacientes encontravam-se aguardando tratamento, 33,8% haviam sido submetidos a cirurgia, 5,3% haviam sido operados e submetidos a tratamento hemodinâmico e 5,2% haviam sido submetidos exclusivamente a tratamento hemodinâmico. A letalidade durante o período estudado foi de 9,61%, dos quais 83,9% haviam sido submetidos a tratamento cirúrgico. A distribuição espacial dos casos não foi homogênea, com formação de aglomerados nas áreas mais próximas ao hospital de referência, implicando em diferentes tipos de fluxos e, permitindo concluir que existem dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento, sobretudo nos municípios mais distantes da capital do estado.

  • AURICELI DA SILVA SOUZA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NÃO DIALÍTICA E SEUS FATORES DE RISCO NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 11/04/2018
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  • A DRC em seus estágios iniciais é de progressão insidiosa e silenciosa, além disso, os serviços de saúde que oferecem este atendimento ainda não estão totalmente estruturados com base nos determinantes e condicionantes de saúde desta população, sendo a doença sub-diagnosticada e consequentemente atenuado sua possibilidade de intervenções preventivas gerando uma inadequabildade dos cuidados de saúde prestados aos pacientes com DRC nesta fase. As técnicas de geoprocessamento em saúde possibilitou uma análise espacial da doença renal pré-dialítica nos municípios paraenses trazendo maior visibilidade para confecção de uma rede de atenção em nefrologia. Este trabalho objetivou a realização de análise espacial da DRC pré-dialítica e seus fatores de risco no estado do Pará. Trata-se de estudo epidemiológico de caráter transversal, descritivo através do SIG com suporte dos softwarers Arcgis 10.2 e TerraView 4.0. Foram analisadas 221 pacientes com DRC nos estágios 1 ao 5ND  em acompanhamento conservador  no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna , em Belém –Pará realizados entre os anos de 2012 e 2016. Houve  predomínio  do gênero masculino com  faixa etária superior a 60 anos e  de cor parda  51,1% ;50,2% e  58,8%  respectivamente .As principais causas da doença foram por   HAS com  (85) 38,4% e  (73)33%  por  diabetes melittus .Os estágios 2 foram os mais presentes com 24,4%(54) seguidos de  44( 19,9%)no estágio 3B. Destes, 73 (33%) % estavam com peso normal e 71 (32,1%) pré obesos.  Dos pacientes estudados 185 (83,7%) não fumam. Com 137(83,7% proteínúria) acima de 150mg/dl e 127 (72%) dos pacientes com pressão arterial igual ou acima de 130x80 mmHg. A análise da distribuição espacial dos casos mostrou-se heterogênea, evidenciando através da técnica de kernel aglomerados na mesorregião metropolitana de Belém. As grandes distâncias e dificuldade de acesso e deslocamento parecem ser os obstáculos na prestação da assistência à saúde para população estudada. Os municípios do estado do Pará com pouca cobertura de APS distantes de centros de referência especializada em nefrologia estão mais vulneráveis e expostas a fatores de riscos para doença renal o que gera maior dificuldade para o alcance do controle da doença em seus estágios iniciais. Portanto, foi observada a necessidade de implementação de rede de atenção à nefrologia no estado do Pará baseado na regionalização e com estratégias que garantam acesso á saúde e atendimento integral a todas regiões e microrregiões , pautadas nas características regionais além do fortalecimento  de investimento  em programas em saúde voltadas ao manejo e rastreamento da doença renal na atenção primária , através de contratação e capacitação da equipe multiprofissional e realização de matriciamento. 

  • ALISSON BRUNO LEITE LIMA
  • Perspectiva dos Profissionais de Saúde e dos Gestores sobre o Programa Mais Médicos no Estado do Pará.

  • Orientador : HILTON PEREIRA DA SILVA
  • Data: 03/04/2018
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  • O Programa Mais Médicos (PMM) foi instituído em outubro de 2013, um de seus intuitos era o de fortalecer a Atenção Primária e reduzir as iniquidades no acesso aos serviços de saúde, para isso uma das medidas foi o incremento de recursos humanos. Após a baixa adesão de médicos brasileiros nas primeiras chamadas, foram disponibilizadas vagas para médicos estrangeiros, dentre estes, os médicos intercambistas cubanos. Ao longo dos últimos anos foram realizadas diversas pesquisas sobre o PMM, porém, ainda são poucos os estudos que tratam sobre a percepção dos outros profissionais de saúde e dos gestores frente aos médicos cooperados do Programa. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a percepção dos profissionais de saúde e dos gestores em relação aos médicos cooperados cubanos no estado do Pará. Neste trabalho faz-se uma análise de conteúdo de entrevistas realizadas com 32 profissionais de saúde e 16 gestores, que foram realizadas em duas etapas, em 2015 e 2016, como parte do subprojeto 5 “estudo de casos em 32 municípios inscritos” que está incluso no projeto multicêntrico  nacional “Análise da Efetividade da Iniciativa Mais Médicos na Realização do Direito Universal à Saúde e na Consolidação das Redes de Serviços de Saúde”. Os resultados dessa análise são apresentados na forma de dois artigos científicos, o primeiro abordando sobre a percepção dos gestores, em que os resultados destacam que houve melhoria do acesso, da resolutividade da APS e o provimento de médicos em caráter de dedicação exclusiva para os municípios. Pode-se afirmar que os gestores entrevistados estão satisfeitos com o Programa Mais Médicos e com os médicos cooperados, e que é possível realizar uma Atenção Primária a Saúde com qualidade no Brasil. E, o segundo abordando sobre a percepção dos demais profissionais de saúde, onde encontrou-se que há boa relação interprofissional entre os médicos cooperados e os profissionais de saúde, a percepção de um atendimento mais humanizado por parte dos médicos cooperados, melhorias como a presença do médico na comunidade, a tentativa de resolução dos problemas de saúde nas unidades básicas, encaminhando somente quando necessário e a precisão dos diagnósticos. A partir desses resultados, pode-se dizer que as percepções dos profissionais e dos gestores frente aos médicos cooperados são boas e que o Programa Mais Médicos proporcionou resultados muito bons para a APS no Brasil.

  • ROSEANE BITTENCOURT TAVARES
  • Análise sobre a Formação Profissional e Experiência dos Médicos Cooperados do Programa Mais Médicos no Brasil

  • Data: 03/04/2018
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  • O Programa Mais Médicos (PMM) foi instituído em 2013, devido a diversas pressões sociais e um de seus objetivos é atrair profissionais médicos para áreas de difícil acesso, para atuar na Atenção Básica, devido a insuficiência desses profissionais no Sistema Único de Saúde. Porém, nas primeiras chamadas para participação no Programa, houve um boicote de médicos brasileiros. Uma das soluções para a continuidade do Programa foi a realização de um acordo de cooperação realizado entre Brasil e Cuba por meio da Organização Pan-americana de Saúde. Assim, milhares de médicos cubanos vieram para o Brasil para atuar no PMM. No entanto, a vinda destes foi muito criticada pelas associações médicas, pois estas afirmavam que os profissionais cubanos não possuíam a formação necessária para atuar no Brasil. Em vista disso, o objetivo deste trabalho é analisar a formação profissional e a experiência prévia dos médicos cooperados participantes do PMM no Brasil. Para isto foram utilizados dados oriundos da Pesquisa multicêntrica “Avaliação da implementação do Projeto Mais Médicos para o Brasil (Subprojeto: Análise da efetividade da iniciativa Mais Médicos na realização do direito universal à saúde e na consolidação das Redes de Serviços de Saúde)”, coordenado pela Universidade de Brasília. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas feitas com os médicos cooperados em diferentes regiões do Brasil. Realizou-se a análise de conteúdo dessas entrevistas e foi feita a comparação dos currículos de medicina cubano e brasileiro, observando-se suas similaridades e diferenças. A partir desses dados, observou-se que os médicos cubanos possuem formação adequada para a prática medica no país, possuem experiências em outros países, devido sua premissa internacionalista, todos possuem algum tipo de pós-graduação e, além disso, os currículos acadêmicos de Cuba são, em geral, similares aos do Brasil. Assim, não há motivos para criticar estes profissionais, oriundos de um país muito conhecido por sua medicina e pela forma como exercem a medicina. É preciso sim aprender com eles, com seu tratamento mais humanitário, não só para com a população cubana, como para as populações de qualquer parte do mundo. 

  • BRUNO SOUZA BRABO
  • SAÚDE MENTAL NA AMAZÔNIA: MORTALIDADE POR SUICÍDIO E COBERTURA DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO ESTADO DO PARÁ DE 2006 A 2015.

  • Data: 28/03/2018
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  • Com o objetivo de identificar características do suicídio no estado do Pará, bem como
    estudar a correlação dos casos com a cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial
    (CAPS), dados obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Cadastro
    Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e
    Estatística (IBGE) foram utilizados para cálculo das taxas de suicídio e de cobertura de
    CAPS entre os anos de 2006 a 2015. Observou-se que o suicídio ocorre em uma relação
    4:1 entre os sexos masculino e feminino, que um terço das mortes se concentra na faixa
    etária de adultos jovens, dos 20 aos 29 anos, que a maioria é de raça/cor parda e de estado
    civil solteiro. O enforcamento foi o método de suicídio mais utilizado (65%) em ambos
    os sexos, seguido por disparo de arma de fogo (16,7%) entre os homens e intoxicação
    exógena (24,3%) entre as mulheres. As taxas de suicídio do estado como um todo tiveram
    aumento de 44%, saindo de 2,25 (óbitos/100 mil hab) em 2006 para 3,24 (óbitos/100 mil
    hab) em 2015, mais que o dobro do aumento nacional no mesmo período. Fato que
    ocorreu apesar da significativa melhora da cobertura de CAPS no estado, que era de 0,48
    (CAPS/100 mil hab) em 2006, considerado de nível regular/baixo e passou a ser de 1,06
    (CAPS/100 mil hab) em 2015, melhor nível de cobertura segundo critérios do Ministério
    da Saúde (MS). A distribuição cartográfica, entretanto, revelou que o fenômeno não é
    homogêneo dentro do estado. Alguns municípios apresentaram crescimento ou
    mantiveram altas taxas de suicídio apesar da melhoria na cobertura de CAPS; outros,
    apresentaram redução na taxa de suicídio com a melhora da cobertura de CAPS; e alguns,
    mesmo com altas taxas de morte por suicídio não receberam nenhum investimento no que
    diz respeito a cobertura de CAPS. Por isso, não se pode generalizar a afirmação de que
    as taxas de suicídio no estado do Pará cresceram mesmo com a significativa melhora na
    cobertura dos serviços de atenção à saúde mental, uma vez que o fenômeno se deu de
    forma diferente entre os municípios paraenses.

  • IE REGINA GONCALVES BENTES
  • AVALIAÇÃO DO USO RACIONAL DOS HEMOCOMPONENTES EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE ALTA COMPLEXIDADE NA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM-PA

  • Data: 27/03/2018
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  • FERNANDEZ, Iê Regina Bentes. Avaliação do uso racional dos hemocomponentes em hospitais públicos de alta complexidade na área metropolitana de Belém-PA. 2018. Dissertação (Mestrado em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia) - Universidade Federal do Pará.

     

    INTRODUÇÃO. O processo transfusional tem se modificado continuamente sob a égide das legislações vigentes, pautado na segurança e qualidade destas práticas. A transfusão é desencadeada pelo prescritor após avaliação clínica e laboratorial do paciente, e deve ser adequada ao uso racional dos hemocomponentes, assim como, a ficha de solicitação de sangue precisa estar corretamente preenchida, respeitando o caráter do atendimento, e bem justificada para análise e liberação do produto hemoterápico pelo serviço de hemoterapia. OBJETIVOS. Avaliar a adequação das solicitações de hemocomponentes quanto ao uso racional do sangue e ao caráter de atendimento. Verificar se as fichas transfusionais estavam sendo preenchidas em sua totalidade e se a justificativa utilizada para indicar a transfusão continha dados suficientes para análise no serviço de hemoterapia. MATERIAL E MÉTODOS. Foram analisadas 636 fichas de solicitação de hemocomponentes transfundidos em dois hospitais públicos da região metropolitana de Belém no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. Aplicada a ficha protocolar, e feita análise estatística utilizando métodos estatísticos descritivos e inferenciais.  RESULTADOS. Quanto ao preenchimento, obteve-se 79.7% de fichas incompletas. Houve uma tendência ao uso inadequado do caráter de atendimento em 49.2% sendo o principal representante deste grupo os pedidos caracterizados como urgência (79.9%). Quanto ao uso racional, o estudo mostrou que os prescritores não seguiram o uso restrito em suas solicitações para transfusão de concentrados de hemácias (73.3%), concentrado de plaquetas (72.2%) e plasma fresco congelado (81.6%).  As justificativas continham dados para análise e estavam adequadas em: 62.7% das indicações para concentrado de hemácias, 59.7% para concentrado de plaquetas e 68.4% para plasma fresco congelado. CONCLUSÃO. Embora existam legislações que orientem quanto ao preenchimento completo das fichas de solicitação de hemocomponentes e diretrizes que norteiam o uso racional do sangue, os resultados apresentados mostraram um alto percentual de falha do prescritor nestas práticas. Portanto, faz-se necessário o planejamento de ações e desenvolvimento de ferramentas para melhoria do processo transfusional sob a ótica da qualidade e segurança do paciente.

  • MARIZETE SANTOS ARAUJO
  • PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM ENDOCARDITE ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA: ESTRATEGIAS DE ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO

  • Data: 06/03/2018
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  • ARAÚJO, Marizete Santos. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com endocardite atendidos em hospital de referência: Estratégias de enfermagem para o autocuidado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia, Belém, 2018.

    A Endocardite Infecciosa (EI), ainda se mantém com a morbimortalidade significativa, muito embora as tecnologias disponíveis na área da saúde apresentem alta resolutividade, auxiliando para o diagnostico preciso. Consequentemente tem contribuído para uma ação mais efetiva, no sentido de proporcionar atendimento eficiente para os pacientes nos diversos segmentos da sociedade. No entanto, alguns fatores tendem a dificultar a definição do diagnostico, essa ação mais efetiva, como no caso da dificuldade de acesso e a precariedade dos serviços de saúde. A endocardite ainda é um desafio ao qual vem se mantendo a morbimortalidade ainda com taxas bastante elevadas. Na presente pesquisa procurou-se caracterizar o perfil de pacientes internados, considerando o perfil clínico epidemiológico traçando estratégias de acompanhamento técnico e de autocuidado de pacientes com endocardite, elencando possíveis variáveis demográficas e clínicas, descrevendo o perfil clínico epidemiológico e propondo nota técnica com recomendações de alta e acompanhamento ambulatorial, além de indicar um protocolo de recomendações para o autocuidado em um hospital de referência na área cardiológica em um período de sete anos. Material e Métodos: Foram realizado levantamento de dados baseado na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10, observando o Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) Levando em consideração o seguinte agrupamento (I30-I52) Outras formas de doença do coração dentre estas somente foram incluídas, I33 Endocardite aguda e subaguda; I38 Endocardite de valva não especificada, parte. Resultados: A faixa etária estudada vai de ≤ 19 a <60 anos, Sexo masculino, 53 (61,63%) e feminino 33 (38,37%). Estado civil: solteiros(as), 40 (46,61%), casados(as), 25 (29,07%), 13 (15,12%) tinham união estável e separados(as) e viúvos(as) 4 (4,65%). procedência: 49 (56,96%), Região Geográfica Imediata Belém, Instrução: fundamental incompleto, 51 (59,31%). médio completo, 17 (19,77%) médio incompleto, 8 (9,30%) 5 (5,81%). Religião: católico, 41 (47,67%), superior incompleto, 2 (2,33%) fundamental completo 3 (2,33%). analfabeto, e sem informação 1 (1,16%), cor parda, 68 (79,07%), branca, 13 (15,12%) preta evangélicos, 38 (44,19 %) e sem religião 7 (8,14%).Comorbidades outras DCV, 27 (31,40%), nenhuma comorbidades, 22 (25,58%), outras doenças, 9 (10,47%), HAS/DM/IRC, 8 (9,30%), HAS, 4 (4,65%), IRC, 4 (4,65%), HAS e outras DCV, 3 (3,49%), HAS/IRC, 3 (3,49%), HAS/DM, 2 (2,33%), cardiopatia reumática, 1 (1,16%), DM/IRC), 1 (1,16%), Doença Reumática, 1 (1,16%), IRC e Outras DCV 1(1,16%). Hemocultura: 49 (56,98%), não realizada, 31 (36,05%) negativo, 2 (2,33%) Acinetobacter, 1 (1,16%), K. pneumonie, P. auereginosa, Streptococcus. Sanguinis e Streptococcus bovis, alta, 59 (68,61%) melhorado, 23 (26,74%) óbito, 3 (3,49%), a pedido e 1 (1,16 %) evasão. vegetação aórtica, 32 (37,21%), 19 (22,09%) nenhuma, 14 (16,28%) vegetação mitral, 11 (12,79%) tricúspide, 7 (8,14%) mitral e aórtica e 3 (3,49%) pulmonar. Conclusões: O perfil clínico epidemiológico pode ser observado e traçado no presente estudo, cuja população estudada permitiu a visualização do que está sendo tratado, e que o hospital não atende exclusivamente a área cardiológica, mas também as áreas de nefrologia, psiquiatria e obstetrícia, que podem estar relacionadas com a cardiologia. A presença de comorbidades especificas leva à um quadro mais grave da EI, salientando os devidos cuidados que podem ser aplicados pelo Enfermeiro(a),desde à atenção primária, obedecendo sempre os critérios de prevenção a saúde

  • MARLUCE ROCHA BEZERRA
  • PRÁTICAS TRADICIONAIS DE SAÚDE EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA/PARÁ

  • Data: 23/02/2018
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  • O presente trabalho visa conhecer, descrever e analisar as principais práticas de cuidado, manutenção e restauração da saúde. Como estas práticas são determinadas a partir da interação entre o ambiente, a cultura e o acesso a informação. E descrever a percepção dos cuidadores locais sobre a situação de saúde em comunidades ribeirinhas do município de Abaetetuba (Pará). Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com base na pesquisa qualitativa, realizado a partir de um roteiro de entrevista, com tópicos e questões norteadoras, e um diário de campo. Os sujeitos do estudo foram 12 cuidadores tradicionais, com especialidades e experiência em práticas populares diversas de cuidados e de cura para variados quadros de saúde e doença, entre eles; benzedores, puxadores, parteiras, pajés/xamãs, além do uso de plantas medicinais. Os resultados demonstram a importância e a riqueza de saberes que essas práticas detém, e que as mesmas consistem na reaplicação de conhecimentos e técnicas aprendidas, na troca de experiências e na racionalidade sobre determinadas crenças ou superstições. Acredita-se que esses conhecimentos não são suficientes para sanar as enfermidades e agravos enfrentados por esses povos, mas são de imensurável valor na resolução de situações cotidianas, alem de serem utilizadas de forma ora isolada ora complementar e simultânea à biomedicina. Observou-se também uma grande dificuldade de acesso a serviços de saúde nessas comunidades. e a necessidade de um maior entendimento, adequação e aplicação de estratégias e mecanismos em saúde capazes de promover a integração de ações pertinentes à realidade desses povos. Logo, é necessário desenvolver estudos e meios que colaborem com o processo de inclusão e inserção social em saúde nessas e em inúmeras outras áreas com perfil similar na Amazônia, com especial atenção ao respeito a diversidade sociocultural, econômica e às práticas cotidianas dessas comunidades, de modo que permitam a coexistência ou integração de diferentes conhecimentos, saberes e práticas de cuidado

  • BIANCA DA CONCEIÇÃO CABRAL
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE ASPECTOS NUTRICIONAIS E ANEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM MALARIA VIVAX NA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

  • Data: 20/02/2018
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  • A malária é uma das principais doenças infecciosas que pode levar a morte, acometendo, principalmente, crianças menores de cinco anos de idade. Entretanto crianças maiores e adolescentes de áreas endêmicas também podem apresentar complicações que merecem atenção do sistema de saúde. A nutrição, além da função fisiológica, desempenha um papel importante na recuperação do indivíduo infectado por malária. Assim, o presente estudo tem por objetivo estudar os aspectos nutricionais e hematológicos de crianças e adolescentes diagnosticados com malária por Plasmodium vivax no município de Anajás do Estado do Pará. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal analítico realizado durante o período de janeiro de 2014 a dezembro de 2016 com crianças  e adolescentes, divididos em dois grupos: grupo 1 “com malária” e grupo 2 “sem malária”. Os dados sociodemográficos e epidemiológicos foram registrados em protocolo de pesquisa semiestruturado. Foram coletado dados de antropometria, peso em kg e altura em m, e de consumo alimentar por meio do Questionário de Frequência de Alimentos (QFA), a coleta sanguínea ocorreu após um período de 12 horas em jejum. Os dados foram analisados nos programas WHO AnthroPlus, versão 1.0.3,  Epi Info 3.5.1. e Bio Estat 5.0. O nível de significância aceito foi de p<0,05. Resultados: Participaram do presente estudo 144 indivíduos, sendo 66,67% crianças e 33,33% adolescentes. Do total, 69 pacientes foram diagnosticados com malária e 75 eram do grupo 2. As responsáveis pelos participantes eram as mães (87,50%) com média de idade de 31,16 anos (±7,62). Foi encontrada alta porcentagem de mães analfabetas (17,39%) entre os pacientes infectados, com p <0,0001entre os dois grupos. Também foi encontrada diferença estatística (p <0,0001) entre a situação de emprego, apesar de a maioria dos responsáveis do grupo 1 e 2 declararem-se “do lar”, 81,16%           e 42,67% respectivamente, houve um percentual de 41,33% de empregado/aposentado para o grupo 2, ressaltando que 72,46% do grupo 1 possuíam Renda Familiar menor que um salário mínimo, sendo que 88,41% recebiam o benefício do Bolsa Família. Mais da metade dos pacientes com malária já haviam apresentado quatro ou mais episódios de malária (p<0,0001), estando o nível de parasitemia entre 501-10.000 mm3. Com relação ao estado nutricional, verificou-se que 17,71% do total de crianças estavam com estatura baixa para idade, sendo 18,60% do grupo 1 e 16,98% do grupo 2 e para os adolescentes a baixa estatura foi presente em 19,23% e 4,55%, respectivamente para os grupos 1 e 2. O Índice de Massa Corporal-para-Idade evidenciou uma alta frequência de excesso de peso para o grupo 2, tanto para crianças (20,75%) quanto para adolescentes (22,73%), sem diferença estatística. A média geral de hemoglobina foi 11,37 (±1,63) g/dL para o grupo “com malária” e 12,20 (±1,30) g/dL para o segundo grupo (p= 0,0011), também com diferença estatística significativa crianças (p= 0,0116) e adolescentes (p= 0,0028) dos dois grupos. Do grupo “com malária” 50,72% estavam com anemia, destes 74,29% do tipo moderada e para o grupo “sem malária” 20,00%, sendo 60,00% do tipo leve (p= 0,0002).

2017
Descrição
  • ANA CRISTINA ÁLVARES GUZZO
  • VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA PERINATAL: a perspectiva dos/das profissionais de saúde

  • Data: 04/12/2017
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  • assistência dada ao parto e nascimento determina as muitas formas de nascer e os fatores temporais, culturais, econômicos e sociais contribuem para a qualidade dessa assistência, cujas vivências repercutem para o resto da vida da mulher e da criança. No Brasil, nos últimos quarenta anos, a atenção obstétrica e neonatal vem sofrendo intervenções importantes da evolução tecnológica, seguindo a tendência mundial, contudo, a morbidade e a mortalidade evitáveis de mulheres e bebês ainda estão inaceitavelmente elevadas, traduzindo a grande desconexão identificada entre o conhecimento científico disponível e a prática clínica, constituindo o que os estudiosos do tema nomearam de Paradoxo Perinatal Brasileiro (LANSKY,2014). A violência obstétrica, que também inclui a violência institucional praticada contra os bebês, embora isso fique pouco evidente na maioria dos trabalhos e conceitos desse fenômeno, também tem feito parte do cenário do parto e nascimento no Brasil e no mundo, e é considerada grave desrespeito aos direitos humanos de mulheres e crianças, contribuindo com o agravamento dos riscos para morbidades e mortalidade de ambos. Nesse contexto, buscou-se, nessa pesquisa qualitativa, conhecer a percepção de profissionais de saúde que atuam em maternidades da Região Metropolitana de Belém-Pará, sobre a violência praticada contra os bebês durante a assistência obstétrica e neonatal. Considerou-se como participantes da pesquisa 11 profissionais com formação em medicina e enfermagem, que atuam em obstetrícia e neonatologia e desenvolvem atividades de assistência ao parto e ao recém-nascido nessas maternidades. Espera-se que este estudo contribua para conhecer a percepção dos profissionais sobre as práticas adotadas no parto e nascimento que se constituem em violência obstétrica perinatal a que os bebês são, ou podem vir a ser submetidos durante as etapas do trabalho de parto, no momento do parto e nos primeiros dias de vida. E também para caracterizar os principais tipos de violência perinatal. Espera-se ainda poder contribuir para a efetivação das políticas voltadas às condições mais humanizadas de assistência ao parto e nascimento, visto que o estudo permitirá difundir as vozes dos operadores da ponta sobre os múltiplos fatores associados à violência obstétrica perinatal.

  • MARIA DE NAZARE BARBOSA TEIXEIRA
  • AVOZ DO SERVIDOR PÚBLICO DA UFPA: um estudo sobre os sentidos acerca da promoção da saúde no local de trabalho.

  • Data: 21/09/2017
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  • A Política Nacional de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Federal (PASS) se consolidou como política de Estado, sendo um instrumento legal das ações de promoção e vigilância a saúde entre os órgãos públicos da Administração Pública Federal do executivo. A PASS norteia-se por três eixos: assistência à saúde do servidor; perícia em saúde e vigilância e promoção à saúde. Esse último eixo preconiza que sejam desenvolvidas ações transformadoras nos contextos de trabalho, capazes de repercutir em ganho de saúde para os servidores. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório; abordagem de pesquisa qualitativa, com aporte teórico-metodológico das práticas discursivas de Spink (2010). A pesquisa se constituiu de entrevistas semiestruturadas e teve como objetivo investigar os sentidos dos servidores públicos acerca da promoção da saúde no local de trabalho. Participaram da entrevista 17 (dezessete) servidores públicos federais do quadro de pessoal da UFPA. Resultado e discussão: A análise das entrevistas ocorreu por meio de dois processos distintos: o conhecimento dos servidores acerca da “saúde” e da “promoção da saúde”, evidenciado por meio de termos/palavras, e o da elaboração de quatro categorias que emergiram a posteriori, das falas dos participantes, sendo: 1- os sentidos acerca da promoção da saúde no local de trabalho; 2- ganhos de saúde no trabalho com a promoção da saúde; 3 promoção, vigilância e intervenção em saúde; e 4- informação, a base para o ganho de saúde. As categorias foram interpretadas a partir das narrativas, à luz dos parâmetros dos cinco campos centrais de ação da promoção da saúde propostos na carta de Ottawa, das diretrizes que integram o conjunto de ações da PASS e do referencial teórico. O resultado da pesquisa apontou a necessidade de avançar nas discussões acerca de saúde, riscos, vulnerabilidade, território, intersetorialidade, autonomia crítica, empoderamento e participação social entre outros, como um caminho para o enfrentamento de situações que impedem o ganho de saúde. É a partir de novas posturas socioambientais, de interação social e de reorientação do serviço de saúde que os interlocutores almejam ganhos de saúde. Das falas emergiu a necessidade que o planejamento institucional priorize programa e projetos com o propósito de: melhorar a infraestrutura do campus da UFPA em Belém; promover a qualidade de vida no trabalho; e de capacitar os servidores com foco na política de atenção à saúde e segurança do trabalho do servidor (PASS), incluindo as ações de vigilância aos ambientes e processos de trabalho e promoção à saúde do servidor. Conclusão: No serviço público, as ações de promoção da saúde têm como finalidade a melhoria dos ambientes, da organização e do processo de trabalho, de modo a promover uma cultura de valorização da saúde por meio das mudanças de hábitos e determinadas atitudes comportamentais no nível individual e/ou coletivo que implica na redução da morbimortalidade no mundo do trabalho. Contudo, para que isso ocorra, são necessárias mudanças de posturas socioambientais, de interação social e de reorientação do serviço de saúde. Além disso, no planejamento institucional deve constar programas e projetos de melhoria da promoção da qualidade de vida no trabalho e de capacitação do trabalhador no sentido de desenvolver suas habilidades pessoais favoráveis ao ganho de saúde

  • PAULA VALENTE LEAO
  • PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ATUAÇÃO DE NUTRICIONISTAS NA REGIÃO NORDESTE PARAENSE
  • Data: 06/09/2017
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  • O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) possui como objetivo contribuircomocrescimentoeodesenvolvimentobiopsicossocialemelhoradorendimento
    dosestudantesnoperíododasaulas,paraissoénecessárioumaalimentaçãosaudávelque
    respeiteoshábitosalimentareseaçõesquepossibilitemarticulaçãoentretodososatoresdo
    PNAE,bemcomoatividadesquecontribuamparaobomdesempenhodosestudantesnas
    escolas. Metodologia: Esta dissertação inclui duas análises importantes para que o PNAE
    sejacumprido deforma adequada.Trata-se deum estudotransversal, descritivo equantitativo
    queanalisouocumprimentodasatribuiçõespelosnutricionistasemcincomunicípiosdo
    Nordeste Paraense, onúmero deprofissionais presentesemMoju/PA eos cardápios ofertados
    aoEnsinoFundamentalI(6a10anos)eII(11a15anos)noanode2015nestemunicípio.
    Resultadose Discussão: Foram avaliados dois eixos de pesquisa que são: Avaliação da
    atuaçãodonutricionistanoProgramaNacionaldeAlimentaçãoEscolarnaRegiãoNordeste
    ParaenseeAnálisedoscardápioselaboradosemummunicípiodoNordesteParaense.O
    primeirodizrespeitoaoprofissionalnutricionista,oqualrepresentapapelfundamentalno
    programa. Sendo assim, este estudo possui como objetivo analisar os dados
    sociodemográficos, econômicos e profissionais ea execução das 13 atribuições obrigatórias
    dosnutricionistasemexercícionoPNAEemcincomunicípiosdoNordesteParaensepor
    meio de questionário aplicado in loco.Constatou-sequetodososprofissionaiseramdosexo
    femininoequehouvedescumprimentonamaioriadasatribuições,comoausênciade
    DiagnósticoNutricional eManualdeBoas Práticas, ausênciadeFichaTécnica ePlanoAnual
    pelamaioriadasnutricionistas,alémdequadrotécnicoinsuficienteemtodososmunicípios,
    entre outras inadequações. Em relação ao segundo eixo, o objetivo foi avaliar as adequações
    dosnutricionistas,segundoonúmerodealunosedoscardápiosofertadosparaoEnsino
    Fundamental no município de Moju/PA. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e
    quantitativoqueanalisouonúmerodenutricionistaspresentesemMoju/PAeoscardápios
    ofertadosaoEnsinoFundamentalI(6a10anos)eII(11a15anos)noanode2015.Para
    avaliaro número adequadodenutricionistas, obteve-secomoreferência aResolução nº
    465/2010.Quantoacomposiçãonutricionaldoscardápios,oferta defrutas ehortaliças,doces
    epreparaçõesdocesealimentosrestritos,aResoluçãonº26/2013.Osoftwareutilizadofoi
    Excel com base de dados da TACO e IBGE. Foi identificado 1 nutricionista atuante no
    municípioe38cardápios,sendo23paraáreaurbanae15paraárearural.Quantoa
    composiçãonutricional,todososcardápiosestavaminadequados,comvaloresabaixopara
    macroemicronutrientes,comexceçãodosódio,cujosvaloresestavamsuperioresao
    recomendado.Constatou-seconsumobaixodefrutasnoEnsinoFundamentalUrbanoe
    ausência desses alimentosna área Rural. Aoferta de hortaliças atingiu a recomendação
    mínimaapenasnomêsdemarçonaáreaurbana.Quantoaosdocesepreparaçõesdoces,o
    consumoadequadoocorreunomêsdemarçoparaaárearuraleurbana(1,5porçãona
    semana) e em abril para o ensino Fundamental Urbano (2 porções na semana).Conclusão:
    Consideramosqueestetrabalhotrarácontribuiçõespositivasnaáreadaalimentaçãoescolar,
    considerandoquebuscaravaliaraformadeplanejamento,gestãoeexecuçãodoprofissional
    nutricionista,atorimportanteparaquealegislaçõesvigentesdoPNAEsejamcumpridas,
    juntamente com a participação dos demaisatores envolvidos no programa.
  • ISAMERILIAM ROSAULEM PEREIRA DA SILVA
  • Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): Panorama do abastecimento de gêneros alimentícios da agricultura familiar em municípios do Nordeste Paraense

  • Data: 05/09/2017
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  • Com a criação da Lei nº 11.947/09, tornou- se obrigatório à aquisição de produtos da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em no mínimo 30% do recurso total repassado para a alimentação escolar. Com isso, o presente estudo buscou relatar na perspectiva dos agricultores familiares, em dois municípios localizados na região Nordeste do Estado do Pará, as dificuldades e oportunidades no processo de abastecimento para PNAE. Foram realizadas entrevistas e aplicação de instrumentos, com os agricultores familiares que já acessavam o PNAE. Para obtenção de dados sobre a compra para PNAE, foi analisado o processo de chamada pública fornecidos pelas Entidades Executoras (EEx) dos municípios estudados. De acordo com os resultados, observou-se que em um deles o processo de aquisição da agricultura familiar, ainda ocorria em divergência com a lei. Além disso, constatou-se que as dificuldades estavam relacionadas principalmente às questões de logística de abastecimento e articulação entre os atores envolvidos na execução do programa. Ademais, as oportunidades destacam-se principalmente no que se trata ao fortalecimento da agricultura familiar e a garantia de alimentação saudável nas escolas. Com isso, há necessidade de maior visibilidade neste cenário para que a política seja executada visando atingir seus objetivos

  • ANDREA DOS SANTOS MENDES
  • CONHECIMENTO DE CUIDADORES SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 05/09/2017
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  • O câncer gástrico compreende uma das principais causas de morte no mundo, ocupando posições de destaque entre homens e mulheres. Trata-se de um importante problema de saúde pública, uma vez que a doença está intimamente ligada ao estilo de vida adquirido, o qual quando não realizado adequadamente contribui para com a aquisição da doença. Medidas de ação em saúde devem ser implementadas a fim de promover a difusão de conhecimentos sobre a doença e as formas de prevenção da mesma. Este estudo possui como objetivos analisar o conhecimento de cuidadores de pacientes com câncer gástrico, identificar os principais fatores associados para o desenvolvimento do câncer gástrico em cuidadores de pacientes institucionalizados e propor ações de educação em saúde junto aos familiares cuidadores sobre o câncer gástrico. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em um hospital público referência em oncologia que atende pacientes diagnosticados com câncer gástrico, a pesquisa aconteceu com os cuidadores de pacientes com câncer gástrico. A coleta de dados foi realizada por meio da entrevista semiestruturada, pois a mesma pode proporcionar um bom nível de informações. A análise dos dados deu-se por meio da análise de conteúdo fundamentada na proposta de Bardin, a qual é constituída de três fases fundamentais: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Foi solicitada a prévia autorização junto à coordenação da instituição onde ocorreu a pesquisa de maneira a atender todos os critérios éticos e legais inerentes a pesquisa científica. Participaram do estudo 30 cuidadores, sendo a maioria do sexo feminino, filhas dos pacientes, católicas, com idade entre 18 a 30 anos, casadas, com ensino médio completo, oriundas da região metropolitana de Belém e com renda familiar predominante de 1 a 2 salários mínimos. Os conhecimentos dos cuidadores sobre a prevenção do câncer gástrico foram aglutinados em quatro unidades temáticas, sendo elas: “A percepção positiva dos cuidadores sobre a prevenção do câncer gástrico”, “A falta de conhecimento sobre a prevenção do câncer gástrico”, “Principais fatores de risco para o surgimento de câncer gástrico em cuidadores” e “Ações de promoção a saúde para a prevenção do câncer gástrico em cuidadores”. Foi possível observar que os entrevistados possuíam conhecimento insuficiente sobre a prevenção de câncer gástrico, levando a aquisição de hábitos não saudáveis, que comprometem a saúde. Observou-se que é necessário a implementação de ações educativas em todos os níveis de atenção a saúde e cabe as profissionais informar a população sobre as formas de prevenção do câncer gástrico, melhorando o entendimento dessas pessoas sobre a doença. Por outro lado, cabe aos usuários a tomada de decisão sobre a mudança de comportamentos que gerem saúde, abandonando hábitos que contribuam para a aquisição de doenças, dessa forma, será possível a longo prazo mudar o panorama da região norte de forma positiva, por meio da diminuição da incidência de câncer gástrico

  • EVERSON VANDO MELO MATOS
  • TECOBÉ NO MARAJÓ – TENDÊNCIA TEMPORAL DA HANSENÍASE E O PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA – BOLSA FAMÍLIA

  • Data: 30/08/2017
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  • Composta por 16 municípios, a região do Marajó está localizada na Amazônia Oriental, povoada por uma população tradicional da Amazônia, com economia basicamente extrativista, fragilizada com altas taxas de pobreza, analfabetismo e renda. Estas características a tornam um ambiente propício para o surgimento de várias doenças associadas. Objetivo: analisar a tendência temporal da Hanseníase na Região do Marajó, no período de 2004 a 2014. Metodologia: estudo epidemiológico, onde foram calculadas as taxas de detecção de uma série histórica, os dados foram obtidos pelo SINAN. Foram elaboradas tendências, também foram utilizados os diagramas de dispersão das taxas de detecção dos anos de estudo, evidenciando sua relação com o tempo. Utilizou-se os modelos de regressão polinomial, calculados com auxílio do software SPSS 24.0Resultados: 1860 casos novos foram notificados no período do estudo nos 16 municípios que compõem a região do Marajó, os dados foram divididos em municípios com crescimento da tendência (7), declínio (4), com poucos casos notificados na série (3), e estável (2). Discussão: os municípios que apresentaram crescimento da taxa de detecção possuem baixas condições socioeconômicas, educacionais e de saúde. A maioria dos municípios possui IDHM considerado baixo e muito baixo, refletindo diretamente com a alta incidência de doenças infecciosas na região. Os planos de eliminação instituídos pelo governo federal obtiveram forte influencia na vetorização da tendência em grande parte da série histórica, elevando a taxa de detecção nestes períodos. Estas políticas são fundamentais para o combate do agravo, porém, por si só não são suficientes para eliminar a hanseníase em populações que possuem alta desigualdade social e baixos índices de desenvolvimento humano

  • WIRLLEY QUARESMA DA CUNHA
  • A fragmentação da saúde: um estudo teórico-reflexivo sob a ótica da Teoria da Complexidade

  • Data: 29/08/2017
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  • Em face dos desafios do SUS apontados pela literatura acadêmica, que impossibilitam a consolidação do ideário da reforma sanitária, chama-nos atenção a recorrente referência à fragmentação na saúde. Diante disto, este estudo busca aprofundar a reflexão sobre esta problemática a fim de compreender como e em qual dimensão do sistema de saúde brasileiro o problema vem sendo identificado. Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica do tipo narrativa a partir do levantamento de artigos que reportam a fragmentação na saúde, nas principais bases de dados da área. A partir da leitura e interpretação dos textos foi possível perceber que, apesar da variedade de expressões empregadas para relatar o problema, há convergências entre o que é referido pelos autores, emergindo três categorias interpretativas: processo de trabalho, linha de cuidado e rede assistencial.

  • MARCIA MILENE JACOB CASTELO BRANCO
  • TECOBÉ NO MARAJÓ: AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA E DE ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A PARTIR DO PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA- PMAQ DE 2012 2014.

  • Data: 29/08/2017
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  • Avaliar estrutura física e a implantação do acolhimento nas unidades de saúde da atenção primária nos municípios da região de saúde do Marajó, utilizando os dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica- PMAQ. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa avaliativa realizada com base em dados secundários pertencentes ao componente de Avaliação Externa disponíveis no banco de dados do PMAQ-PA. Para esse estudo serão utilizados os dados do Primeiro (2012-2013) e Segundo Ciclo (2014) do PMAQ, referente às avaliações realizadas na região de saúde do Marajó, sendo 16 municípios no Primeiro Ciclo e 9 municípios no Segundo Ciclo. Para avaliar a estrutura física das unidades serão utilizados os dados do módulo I do primeiro e segundo ciclo do PMAQ com itens que correspondam a “Identificação da Modalidade e Profissionais da Equipe de Saúde”, “Infraestrutura da Unidade” (divisão interna da unidade em salas, consultórios, banheiros, etc.) em 16 unidades no período de 2012-2013 e 9 unidades em 2014. Para avaliar a estrutura de acolhimento nas unidades de saúde serão utilizados os dados do módulo II do primeiro e segundo ciclo do PMAQ, com itens que correspondam a “Acolhimento à demanda espontânea (se está implantado; se atende à demanda espontânea; se os profissionais se encontram capacitados para avaliação de riscos e vulnerabilidades do usuário) no período de 2012-2013 e 2014, respectivamente. Na análise comparativa entre o primeiro (2012-2013) e segundo (2014) ciclo do PMAQ serão utilizados os dados de somente 9 municípios. Resultados Parciais: No primeiro ciclo foram avaliadas 133 unidades de atenção primária constantes no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, onde o município da região de saúde do Marajó que apresentou maior quantidade de unidade de saúde foi Breves com 22 unidades.  Algumas das 133 unidades abrigam 81 Estratégias de Saúde da Família, onde a maioria dispõe de atendimento em saúde bucal. Na maioria dos municípios o número de consultórios clínicos é inferior ao número de unidades, indicando que existem unidades sem consultórios. Consultório odontológico não existe na maioria das unidades. No que concerne a estrutura física interna de salas, sala de recepção, espera, curativo e vacina, existem na maioria das unidades; sala específica para acolhimento, procedimento, observação, nebulização, esterilização, lavagem, expurgo e local para lixo comum não existem na maioria das unidades. Referente a estrutura adequada de banheiros, estes se apresentam em menos da metade das unidades, dando destaque para uma quantidade ínfima de sanitários adaptados para pessoas com deficiência, observados em apenas 3 unidades. Em relação aos resultados para o acolhimento tem-se no primeiro ciclo a maioria das unidades com acolhimento implantado e com atendimento efetivo as necessidades de saúde em demandas espontâneas; e a minoria das equipes de saúde foram capacitadas para avaliação de riscos e vulnerabilidades das famílias.

  • VICENTE BELISÁRIO DE SOUSA NETO
  • “Avaliação da adesão ao tratamento da Hipertensão no distrito DAGUA, no Município de Belém-PA”

  • Data: 28/08/2017
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  • As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. Não há uma causa única para estas doenças, mas vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. O tratamento da Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é longo, e exige comprometimento, responsabilidade, compromisso e participação ativa do portador. Com o objetivo geral de estudar a adesão ao tratamento da hipertensão arterial dos moradores do distrito DAGUA no município de Belém, e específicos de averiguar a adesão ao tratamento segundo o questionário Martín-Bayarre-Grau (MBG), bem como identificar relações entre variáveis sociodemograficas com a adesão ao tratamento e identificar os ações de controle da hipertensão com maiores e menores frequências de realização, segundo o questionário MBG. Foi realizado um estudo com abordagem quantitativa, transversal, no período de 01 de abril a 30 de maio de 2017, no distrito administrativo DAGUA, em BelémPA. Participaram do estudo 288 hipertensos, destes  62,15% do sexo feminino, 50,35% de cor parda, 39,24%  aposentados,  45,14%  solteiros, 33,68% com idade entre 58 e 68 anos de idade, 57,9% com escolaridade de ensino fundamental incompleto e, 67, 36% de pessoas com renda familiar de até 2 salários mínimos. Segundo o questionário MBG, a maioria dos participantes da pesquisa foram classificados como “aderidos parciais”, com pontuação entre 18 e 37 pontos, As variáveis, sexo, renda, escolaridade quando associadas com a adesão ao tratamento, não apresentaram diferenças significativas, , no entanto, foi observada diferanças na associação  com cor ou raça, estado civil, com relação entre os participantes que vivem com um companheiro ou não, consumo de álcool, tempo de tratamento e conhecimento sobre os medicamentos de uso contínuo. A adesão ao tratamento engloba diversos fatores que necessitam de atenção, e é de grande relevância que se desenvolvam mais estudos a fim de proporcionar conhecimento e novas técnicas ou estratégias de enfrentamento da não adesão  e destaca-se como pontos a serem estudados, os motivos de não se praticar atividade física e o desenvolvimento de técnicas e estratégias de enfrentamento da comunicação ou relação ineficiente e distante entre profissionais e pacientes. 

  • MAYARA SABRINA LUZ MIRANDA
  • ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE FLUORETAÇÃO DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DA CIDADE DE BELÉM

  • Data: 28/08/2017
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  • A política de fluoretação das águas de abastecimento público é considerada uma das dez maiores conquistas da saúde pública do século XX. Sua importância enquanto medida de intervenção é pela prevenção em até 60% da cárie dentária. Além disso, é uma política inclusiva, pois proporciona também o acesso à água tratada, que pode ser considerada como uma das ações mais importantes da saúde pública. O objetivo desse estudo será analisar a governança da política de fluoretação das águas de abastecimento público na cidade de Belém- PA. Para analisar a governança da política, será realizado um estudo transversal qualitativo, com a realização de entrevistas semiestruturadas a partir de um roteiro com perguntas abertas. A amostra será constituída dos gestores de saúde bucal do estado e do município de Belém, dos responsáveis pelo sistema de fluoretação da água de abastecimento nas companhias de saneamento do estado e do município, e dos dirigentes das entidades da classe odontológica. O tratamento dos dados será feito por meio da técnica de análise do conteúdo proposta por Bardin. Através desse estudo espera- se conhecer a percepção dos principais atores envolvidos no processo e, de que forma a governança vem sendo desenvolvida no planejamento, execução e controle da fluoretação das águas de abastecimento público em Belém

  • ARTHUR CARNEIRO BERNARDES
  • DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE BELÉM - PARÁ, NO PERÍODO DE 2009 A 2016

  • Data: 28/08/2017
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  • O uso de técnicas de geoprocessamento e Sistemas de Informação Geográfica aplicados à análise espacial de doenças e agravos à saúde tem se revelado uma poderosa ferramenta, pois faculta à vigilância epidemiológica o monitoramento da situação de saúde em espaços e tempos, pois contribui no acompanhamento da forma como se comportam as variáveis determinantes e intervenientes que constituem o processo Saúde x Doença, o que facilita a descrição do comportamento de agentes patogênicos e a delimitação de áreas de risco ou de influência destes agentes. Neste estudo foi analisada a distribuição espaço-temporal da tuberculose (TB), no município de Belém - Pará, entre os anos de 2009 e 2016, com base em dados secundários do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (SINAN). Tomou-se por objetivo determinar o perfil sociodemográfico da população com a doença, analisar a evolução temporal dos casos e, identificar e caracterizar fatores e possíveis áreas de risco de transmissão da TB. Para tanto, foi construído um banco de dados geográfico (BD_GEO), com informações sociodemográficas e ambientais. Foram utilizadas bases cartográficas de setores censitários, aglomerados subnormais, bairros, limites municipais e sedes, além de dados alfanuméricos da Base de Informações do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e suas estimativas para os anos subsequentes. Após depuração, os dados epidemiológicos contidos no SINAN, foram agrupados por bairros e associados aos dados do BD_GEO, resultando em um banco de dados georreferenciado dos casos de TB no município de Belém (N=10.493), o que permitiu a aplicação de algoritmos geoestatísticos que viabilizaram a observação do comportamento das variáveis na área de estudo. Foi calculado o índice de Moran Global (I.C.-95% e α=5%), que apontou autocorrelação espacial positiva para TB em todos os anos do estudo. Foi utilizado o teste c2-Quadrado (I.C.-95% e α=5%), que indicou tendência significativa na distribuição das variáveis sociodemográficas em relação à TB. A doença foi provavelmente mais significativa em indivíduos do sexo masculino, entre 20 e 59 anos de idade, da raça/cor parda, que completaram os estudos até o ensino médio e que vivem em áreas com determinado grau fragilidade social. Para analisar a forma e a intensidade com que a TB se expressa na área de estudo foram utilizados dois métodos: O de Estimativa de Densidade Kernel (EDK) que é um método estatístico de interpolação que identifica uma superfície contínua de densidade, formando clusters (aglomerados) nas áreas de maior ocorrência de casos de TB, e o de Razão de Kernel (RDK), que se comporta de maneira semelhante, no entanto, pondera a ocorrência dos casos de TB e a população das localidades na área de estudo, formando clusters nas áreas de maior incidência da doença. O EDK e a RDK, resultaram em clusters em áreas específicas ao longo de todo o período estudado, o que permitiu tanto analisar a evolução temporal da doença, que se apresenta de maneira padronizada no espaço gerográfico, como indicar quais áreas oferecem maior probabilidade de risco de transmissão da TB. Assim, é possível inferir que a doença permanece recrudescente em locais de alto adensamento populacional, com pessoas vivendo em situação de baixa renda e na presença identificada, na maioria dos casos, de condições de desvantagem, risco ou vulnerabilidade social. Classicamente, fatores iníquos que contribuem para a perpetuação da TB além dos estigmas sociais envolvidos e a própria condição, de certa forma segregativa que é impetrada pelo agravo, auxiliam na manutenção desta cadeia. Sob esta perspectiva, conclui-se que a realização de estudos usando o poder elucidativo e direcionador das técnicas de geoprocessamento permitiu determinar o perfil sociodemográfico dos acometidos, analisar a evolução espaço temporal da TB e identificar e caracterizar fatores, delimitando as possíveis áreas de risco de transmissão.

  • SUELEN TRINDADE CORREA
  • “AMANDABA NO CAETÉ: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O AUTOCUIDADO DE PORTADORES DE DIABETES MELLITUS BASEADA NOS CÍRCULOS DE CULTURA DE PAULO FREIRE”

  • Data: 28/08/2017
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  • A Atenção Primária à Saúde deve utilizar estratégias que superem o modelo tradicional de educação em saúde, que não considera relevante o conhecimento, a experiência e a cultura do usuário, pois se observa que a prática de educação em saúde ainda é centrada no profissional, que tem atitudes prescritivas enfatizadas na doença. Identifica-se a necessidade de uma educação em saúde problematizadora, centrada no usuário, considerando seus aspectos sociais e culturais e não só a doença, incentivando as pessoas com diabetes mediante ao diálogo, a escuta ativa e reflexões, a um manejo adequado da glicemia e do autocuidado frente à doença. Assim, este projeto tem como objetivo avaliar se a educação em saúde realizada por meio dos Círculos de Cultura de Paulo Freire melhora o conhecimento sobre o autocuidado de pacientes com Diabetes Mellitus. Trata-se de um ensaio clínico randomizado a ser desenvolvido com usuários com diabetes mellitus, de 30 a 60 anos, de ambos os sexos, acompanhados nas unidades das Estratégias Saúde da Família do município de Bragança, Pará. Os participantes do grupo controle serão orientados a realizar as consultas de rotina, a cada três meses, recebendo orientações individuais dos profissionais que trabalham nas Estratégias Saúde da Família. Os participantes do grupo de intervenção serão submetidos às atividades de educação em saúde baseada no método Círculo de Cultura e também serão orientados a continuarem seu atendimento individual na Estratégias Saúde da Família, como de rotina, a cada três meses. Os círculos de cultura se desenvolverão nas fases: levantamento temático realizado pelo pesquisador que utilizará conversas informais e a análise das respostas dos questionários aplicados individualmente para levantar e selecionar os temas geradores mais usados pelos participantes referentes ao diabetes; escolha dos temas geradores pelo grupo, a partir da reflexão da pergunta: quais são os desafios em se ter diabetes?; Problematização das situações vividas pelo grupo, por meio da codificação e descodificação dos temas geradores debatidos pelos participantes e para gerar os debates serão usados fotos, desenhos sobre os temas;
    desvelamento crítico, que ao tomar consciência crítica da vivência no diabetes, transformam sua realidade. Uma avaliação dos círculos de cultura será realizada por meio da dinâmica ”Árvore do Autocuidado”. Será aplicado um questionário sociodemográfico e o Questionário de Atividades de Autocuidados com o Diabetes-QAD, e coletado a glicemia capilar, medida do peso e altura para o cálculo do Índice de Massa Corporal, circunferência abdominal e pressão arterial. O softwear SPSS 20.0 será utilizado para as análises estatísticas, em que serão considerados estatisticamente significantes os valores de p<0,05. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará e se orienta pelos princípios éticos da Resolução 466/2012, com aprovação em 05/07/2016 com a CAEE 57049416.9.0000.0018. Um projeto piloto foi realizado com sete usuários com diabetes de uma Estratégias Saúde da Família, sendo seis mulheres e um homem, com média de idade de 50 anos, que participaram de quatro Círculos de Cultura. Primeiramente houve o levantamento de sete temas geradores pela pesquisadora. Esses temas foram apresentados ao grupo no 1º círculo, que escolheram três temas: diabetes/complicações, alimentação e cuidado com os pés. Os temas foram problematizados e desvelados no 2º, 3º e 4º círculo, com utilização de fotos de complicações do diabetes, ilustrações de EVA da corrente sanguínea, pâncreas, insulina e glicose, desenho de prato saudável, pirâmide alimentar com réplicas de alimentos, fotos de pés com complicações. O grupo debateu e refletiu sobre os temas geradores, problematizando situações vividas no tratamento com diabetes:“Muito caro comida integral”; “Tem sapato que dá uns calo, mas uso assim
    mesmo”. Desvelaram criticamente os temas e construindo assim, um olhar diferenciado frente ao autocuidado com o diabetes:“Se eu já me cuidava, vou cuidar ainda mais né pra não ter
    essas complicações”; Eu sei que não vou tirar assim a farinha, de uma vez, mas vou comer
    mais verdura e fruta pra compensar”. Ao avaliarem os círculos de cultura, os participantes relataram a importância do usuário na construção do saber: “Nunca tinha participado de
    círculo, foi bom a senhora pedi pra gente falar o que pensa e conversar com os colegas”. Realizar o projeto piloto nos moldes dos Circulo de Cultura foi de suma importância, já que possibilitou o diálogo, a escuta e a interação entre os usuários e a pesquisadora, contribuindo para que os participantes fossem sujeitos ativos nos debates, refletindo sobre os temas geradores escolhidos e aumentando o conhecimento sobre o autocuidado relacionado ao diabetes

  • AMANDA DE NAZARE ALVES FRANCO
  • PREVALÊNCIA DOS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM QUILOMBOLAS MARAJOARAS 2016

  • Data: 22/08/2017
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  • O presente estudo tem por objeto avaliar o consumo alimentar de uma população negra e identificar os aspectos nutricionais e suas relações com o desenvolvimento de enfermidades crônicas não transmissíveis em indivíduos adultos residentes na comunidade remanescente de Quilombo Mangueiras, do município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, Pará.

    Trata-se de um estudo observacional, transversal, de base populacional. A população de estudo é constituída de adultos e idosos de ambos os sexos, que residem na comunidade remanescente de Quilombo Mangueiras localizado no município de Salvaterra, na Ilha do Marajó (PA), e foi realizado nos meses de setembro e outubro do ano de 2015, na comunidade remanescente de quilombo de Mangueiras. A amostra foi obtida pela técnica de amostragem não probabilística por conveniência. Os dados foram coletados por meio de um questionário de pesquisa. A análise estatística foi feita por meio do teste Z de proporções e do teste qui-quadrado, em ambos os testes foi utilizado o nível de significância α = 5%. No que diz respeito à frequência do consumo alimentar dos residentes da comunidade quilombola, os alimentos mais ingeridos, via de regra, são os que estão na safra, são mais acessíveis financeiramente e estão disponíveis em larga escala. Existe um amplo consumo de peixe fresco (63,56%), alho/cebola (97,25%), açaí (44,96%), farinha de mandioca (87,17%), arroz (85,17%), refrigerante (40,74%) e café (94,44%). O estudo expos a frequência baixíssima no consumo de frutas, verduras e legumes e o raro consumo de alimentos regionais e típicos, como por exemplo, maniçoba e tacacá

  • EDER MARTINS DA ROCHA
  • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DOS HOMICÍDIOS OCORRIDOS NO PERÍODO DE 2005 E 2013 NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PARÁ

  • Data: 18/08/2017
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  • O homicídio é um fenômeno danoso a qualquer sociedade, o Brasil tem perdido seus jovens de forma trágica e cada vez mais precoce pelas mãos de outrem, demandando, portanto, estudos no tocante à temática em questão, sobretudo no município de Belém-PA, que ainda carece de dados estatísticos e políticas públicas mais eficientes a respeito dos homicídios locais. O presente estudo teve por objetivo analisar a distribuição espacial e temporal dos homicídios ocorridos no período de 2005 e 2013 no município de Belém-Para, de modo a identificar os seus principais determinantes socioeconômicos e traçar um perfil epidemiológico. Estudo ecológico, observacional, descritivo/analítico e retrospectivo. Os dados foram obtidos na Secretaria de Estado de Saúde Pública/Departamento de Epidemiologia (SESPA) disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade - SIM, que posteriormente foram georreferenciados para análises da Geoestatística. Foram notificados 5.487 homicídios, o sexo predominante foi o masculino (94%), com a idade média de 22 anos, de cor da pele preta/parda (77%), com ensino fundamental (74%), hora do homicídio (turno da noite), dia da semana (sábado) e local do óbito (via pública), o correlação linear de Pearson apresentou uma forte correlação (r=0,93 e p=0,001) entre taxa de homicídio e índice de condição de vida (ICV), com base em modelo regressão linear verificou as tendências e as oscilações significativas das taxas de incidência por 100 mil habitantes. As técnicas de estatística e de Geoestatística revelaram que o bairro do Guamá e Terra Firme (D´ÁGUA) apresentaram taxa de homicídio muito alta e ICV baixo, enquanto que no DAMOS dos 19 bairros somente dois apresentaram taxa de homicídio muito alta (Farol e Maraú) ambos com ICV baixo. A série temporal estudada demonstrou uma crescente e alarmante taxa média de homicídios no município de Belém, tendo sido superior às taxas médias do Estado do Pará, Região Norte e Brasil, e dos valores preconizados pela OMS. Além disso, elas demonstraram um padrão de sazonalidade associado às festividades e uma relação inversa com as condições de vida da população, com maior predominância de ocorrências entre homens jovens. Assim, sugerimos que os próximos autores avaliem diferentes estratégias em segurança pública, visando à redução dos eventos de homicídios, com o importante uso da metodologia do geoprocessamento.

  • CLAUDIA NAZARÉ DE SOUZA ALMEIDA TITAN MARTINS
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL  DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ASSOCIADO À  INFECÇÃO DO  HPV, ATENDIDO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ONCOLÓGICA NA  MESORREGIÂO METROPOLITANA DE BELÉM

     

  • Data: 16/08/2017
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  • A epidemiologia tem sido essencial para o conhecimento do câncer, doença maligna descrita desde a antiguidade. O controle do câncer do colo do útero (CCU) nas últimas décadas passou a ser prioridade das políticas públicas de saúde no Brasil, devido à sua alta incidência, morbidade e mortalidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi a análise da distribuição espacial e temporal sobre a incidência de casos do CCU associados à infecção pelo HPV, na Região Metropolitana de Belém, atendidos em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).O estudo foi do tipo descritivo transversal, retrospectivo, baseado em método quantitativo, ecológico de base populacional, partindo da coleta de dados do Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Ophir Loyola, no período de 2011 a 2015, a partir de 542 prontuários e de exames citopatológicos de mulheres. A análise espacial mostrou que no ano de 2011, os municípios de Castanhal, Belém, Marituba, Santa Izabel, Ananindeua e Benevides foram os mais incidentes. Em relação as características socioeconômicas, foi observado que em Belém a maioria dos casos (52,96%) estavam dentro da faixa etária de 40 a 60 anos, (56,4%) tinham ensino fundamental completo ou incompleto. A cor mais encontrada foi a parda (81,6%) em Belém, com exceção do município de Castanhal, onde a maioria das mulheres declararam-se de cor preta (42, 3%) Em Benevides a maioria das mulheres (50%) eram trabalhadoras informais. Quanto ao estado conjugal foi observado que a maioria das mulheres estudadas (51,5%) se diziam casadas ou com união consensual Dos fatores de risco analisados, (62,5%) afirmaram ser ex-consumidoras de álcool, (49,5%) ex-fumantes, e (43,36%) possuíam histórico familiar. A principal alteração neoplásica encontrada foi a do carcinoma escamocelular em todos os anos estudados mostrando que no diagnóstico da doença quando é tardio há uma alta incidência deste tipo histológico que tem uma evolução rápida e progressiva. Havendo um aumento percentual dos números de casos de carcinoma in situ na classificação de Papanicolau em quase todos os anos da série em estudo, fatos estes que acredita-se estar relacionados com a execução de políticas públicas em saúde nos municípios estudados

  • SUELLEM CARLA NUNES NOBRE
  • NASF MUDANÇAS E PERSPECTIVAS: na visão da equipe multiprofissional de apoio do distrito dagua em Belém/Pa.

  • Data: 19/06/2017
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  • O Núcleo de Apoio à saúde da Família (Nasf) é uma estratégia da Atenção Básica (AB) que tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. Graças a sua importância na atenção Primária, especialmente no município estudado cuja a implantação deste serviço só aconteceu em 2014, foi importante conhecer a visão dos da equipe multiprofissional do NASF sobre  as mudanças ocorridas desde sua implantação, com intuito de compreender a opinião deles sobre o Nasf, suas atividades, processo de educação permanente em saúde e relação entre equipes. Para isso foi realizada abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, com uma entrevista semi-estrutura com os profissionais dos Nasf do Distrito Dagua de Belém/Pa e observação participante de suas práticas. O tratamento dos resultados foi feito por meio da análise de conteúdo das respostas, na modalidade temática. Os resultados indicaram que os profissionais compreendem o Nasf como um dispositivo importante para a AB, capaz de dar suporte nas ações de prevenção e promoção da saúde no território de abrangência, ressaltam que as capacitações são necessários e acontecem, porém o processo de educação permanente em saúde deixou muito a desejar enquanto prática e entendimento da equipe. Destacam que o trabalho em equipe multi é uma construção diária que traz benefícios para o processo de trabalho, porém tem muitos desafios a serem superados. Os dados apontam ainda que os profissionais avaliam como positivas suas ações, relevando que os usuários aderem as diversas atividades, ações, atendimentos e acompanhamentos propostos, destacando principalmente os atendimentos grupais com objetivos de promoção da saúde e qualidade de vida

  • BRUNO VINICIUS DA SILVA PINHEIRO
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS, EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 12/05/2017
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  • Nos últimos anos as organizações Mundial, Pan Americana e o Ministério da Saúde, têm priorizado para suas políticas de combate à endemia hansênica, áreas geográficas definidas com alta detecção de casos e de determinantes sociais que aumentam o risco de adoecimento de seus habitantes. Este estudo terá como enfoque, caracterizar a doença, suas variáveis epidemiológicas e operacionais, sócio-demográficas e as políticas desenvolvidas para o seu controle e eliminação. Nesse sentido, será desenvolvido um estudo transversal, retrospectivo, descritivo, de base populacional com análise temporal e espacial de casos novos de hanseníase, associada à condição de renda da população, e nível de atenção dos serviços de saúde em dois municípios do estado do Pará: Ananindeua e Marabá. Utilizando a base cartográfica digital e dados socioeconômicos de cada município, produzidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a morbidade registrada no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), serão caracterizados os casos novos diagnosticados no período de 2010 a 2015, por setor censitário, visando a subsidiar a análise, assim como, estratégias de intervenção. Para a aplicação dos testes estatísticos serão utilizado os softwares Epi Info 7 e Bioestat 5.0, onde será levantada a hipótese de que existe uma relação positiva entre as variáveis epidemiológicas, e as demais. Os casos serão georreferenciados em campo utilizando um receptor GPS (Sistema de Posicionamento Global) e espacializados utilizando um SIG (Sistema de Informação Geográfica). Para fins da análise espacial será aplicado o método de estimação de Kernel, a fim de evidenciar áreas de maior densidade de casos e também onde encontramos os melhores níveis de atenção aos pacientes. Com a técnica de Buffer, será analisado o risco real de ocorrência de hanseníase em cada área, a partir da incidência em menores de 15 anos e de casos multibabacilares. Considerando a problemática e a utilização de métodos e técnicas anteriormente mencionados, serão gerados um acervo de tabelas e gráficos dos principais indicadores e da magnitude da prevalência oculta da hanseníase, e uma variedade de imagens digitais que expressam a análise espacial da doença. Os resultados, serão demonstrados em mapas temáticos, afim de revelar a distribuição da hanseníase nos territórios, evidenciando as áreas de maior e menor risco e permitindo identificar aquelas que poderiam ser tomadas como prioritárias pelo Programa de Controle da Hanseníase.

  • LUCIANA MELO DE MELO
  • ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA, PARÁ.

  • Data: 12/05/2017
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  • A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecto-parasitária, não contagiosa de caráter antropozoonótico, de evolução crônica, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, e transmitida pela picada de diferentes espécies de insetos denominados flebotomíneos do gênero Lutzomyia, que são os vetores da doença. A LTA constitui um crescente problema de saúde pública por ser considerada uma das endemias de interesse prioritário, pelo risco de ocorrência de deformidades que pode produzir no homem, com envolvimento psicológico, refletindo no campo social e econômico. No Brasil a LTA está distribuída em todo território nacional, tendo grande relevância na região Norte do país. O Estado do Pará possui excepcionais características para o desenvolvimento da doença devido aos altos índices de degradação ambiental. O município de Bragança, situado na região Nordeste do estado do Pará apresenta transmissão da doença relacionada à maioria das vezes com atividades extrativistas, desmatamento e processos de ocupação desordenada, assim o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal da LTA no município de Bragança, no estado do Pará, e sua relação com variáveis epidemiológicas, sociodemográficas e ambientais, no período de 2010 a 2015. O método partiu de um estudo transversal, ecológico, retrospectivo de caráter descritivo a partir de dados secundários do SINAN, da SESPA, da SEMUSB/SEVEP e da FUNASA de Bragança-PA. Após a depuração e consequente georeferenciamento dos dados e a partir das técnicas de geoprocessamento, os mesmos foram agregados às bases cartográficas. No período em estudo foram notificados 187 de LTA dos quais 72,19% das infecções foram no sexo masculino, 75,94% na faixa etária entre 18 a 59 anos, 81,82% dos indivíduos são da cor parda, 73,80% tem somente ensino fundamental, 80,75% com atividades laborais na lavoura, 80,75% residentes na zona rural, 99,47% dos casos são da forma cutânea da doença e 93,05% evoluíram para a cura da doença. O maior número de casos foi registrado em 2013 (32,09%) e o mês de maior ocorrência foi abril (15,51%). De acordo com os mapas temáticos gerados a partir das técnicas de geoprocessamento pode-se concluir que no município de Bragança-PA a distribuição de casos de LTA ocorre de forma não homogênea, ssendo encontrado casos nos seis (6) distritos do município todos ligados a sede do município por estradas.

  • RODOLFO MARCONY NOBRE LIRA
  • FATORES RELACIONADOS AO ABANDONO DO TRATAMENTO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA.

  • Data: 11/05/2017
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  • A hanseníase é uma doença infecciosa de grande importância para a saúde pública. Causada pelo Mycobacterium leprae – bacilo que atinge principalmente a pele e nervos periféricos e, em alguns casos, gânglios linfáticos, olhos e testículos – é uma doença que acomete todas as classes sociais, porém com maior prevalência nas populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O diagnóstico e tratamento da hanseníase são oferecidos pelas unidades de saúde da rede básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); a duração do tratamento varia de seis meses a um ano dependendo da classificação operacional da doença. O início precoce do tratamento, instituído por uma combinação de antibióticos denominada PQT (poliquimioterapia), é fundamental para a cura da doença e para impedir que o bacilo seja transmitido para indivíduos saudáveis. O objetivo do estudo é identificar e analisar os fatores relacionados ao abandono de tratamento da hanseníase no município de Belém/PA. Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter documental e estatístico-descritiva. Serão abordados usuários, residentes em Belém/PA, que estão em situação de abandono da PQT e que foram diagnosticados entre os anos de 2010 a 2014. A coleta de dados será feita através da aplicação de um questionário contendo trinta perguntas fechadas de múltipla escolha, através das quais se buscará identificar e analisar o perfil sócio demográfico dos participantes, seus hábitos e estilo de vida, estigma social causado, qualidade do acesso ao serviço e da equipe de saúde, assim como fator(es) relacionado(s) ao abandono do tratamento, na perspectiva do paciente. Também serão analisadas as fichas de notificação dos sujeitos da pesquisa, após devolução do questionário preenchido. O objetivo desta etapa será a delimitação do perfil clínico de cada sujeito a partir de informações relacionadas às características gerais da doença (data do diagnóstico; forma clínica; classificação operacional e grau de incapacidade). Esta etapa será desenvolvida após a devolução do questionário preenchido pelo participante.

     

  • LUCIA DI PAULA MOREIRA DA COSTA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PRESTADOS AOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA.

  • Data: 24/04/2017
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  • O Diabetes Mellitus (DM) configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O manejo do diabetes deve ser feito dentro de um sistema hierarquizado de saúde, sendo sua base o nível primário. O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) é identificado como ação estratégica para o enfrentamento da crise pela qual passam os Sistemas de Saúde. O Ministério da Saúde (MS) tem priorizado a execução da gestão pública com base em ações de monitoramento e avaliação de processos e resultados. O presente estudo teve como foco a avaliação da qualidade dos serviços de saúde prestados na atenção primária aos portadores de diabetes, alicerçada na Teoria Donabediana, com enfoque na estrutura e no processo como determinantes da qualidade. Constatou-se que as Unidades Básicas de Saúde e as Estratégias Saúde da Família do distrito DAGUA do Município de Belém, apresentam qualidade Intermediária dos serviços prestados aos portadores de Diabetes Mellitus, identificando debilidade em diversas categorias analisadas que caracterizaram tais dimensões. Pelo enfoque da dimensão Estrutura, identificou-se uma fragilidade na infraestrutura e nos recursos humanos nos dois tipos de serviços abordados, com maior comprometimento na qualificação das ESF. Por conseguinte, pelo enfoque da dimensão Processo de atendimento, configurou-se maior comprometimento no modelo assistencial apresentado pelas UBS, que alcançou uma classificação incipiente na maioria dos indicadores avaliados. Os achados da pesquisa permitem a conclusão, e concordância com Donabedian, que uma estrutura de boa qualidade não garante qualidade no processo de atendimento, porém pode tornar-se influenciável. Na abordagem qualitativa foi identificado a falta de consenso entre os profissionais em relação a linha de cuidados tanto nas UBS quanto nas ESF, estabelecendo diversidades de plano de ações com impactos nem sempre expressivos para melhoria de resultados de indicadores de saúde.

  • ROSIANE PINHEIRO RODRIGUES
  • Análise das ações e serviços voltados à saúde indígena nos planos regionais de redes de atenção à saúde do Pará: transversalidade ou equidade?

  • Data: 20/04/2017
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  • O início do debate acerca das redes de atenção ocorre a partir da necessidade que existe acerca da não resolutividade que o modelo atual de saúde não responde em relação à transição demográfica, que é demonstrada pela tripla carga de doenças, composta pelas doenças crônicas, doenças infecciosas e pelas doenças provocadas por causas externas. Os povos indígenas são habitantes originais do Pará. E um importante grupo a ter acesso às ações e serviços das RAS são os indígenas, que a partir da criação da Secretaria de Atenção à Saúde Indígena- SESAI em 2012 vem somando esforços junto aos municípios e ao estado para ofertar assistência a essa população de acordo com os aspectos sociais e étnico-culturais que permeiam essa clientela. O objetivo desse estudo é analisar a inserção de ações e serviços voltados para atenção à saúde indígena nos planos das RAS, que abrangem os municípios que compõem o DSEI GUATOC/Pará. Para analisar a inserção dessas ações e serviços, será realizado um estudo de natureza qualitativa e descritiva, com análise documental. O método para a obtenção dos dados para a pesquisa será dividido em duas etapas: a primeira será a análise dos planos regionais das redes de atenção à saúde (rede cegonha, urgência e emergência, psicossocial, pessoa com deficiência e pessoa com doenças crônicas) e aplicação de entrevista semi-estruturada aos coordenadores estaduais das redes, apoiadora do DSEI, coordenadora estadual da saúde indígena. O tratamento dos dados será feito por meio da técnica de análise do conteúdo proposta por Bardin. Através desse estudo espera- se verificar quais as ações e serviços em saúde do DSEI GUATOC é prioritário nos planos das RAS e identificar em que Redes de Atenção à Saúde, a população indígena é contemplada em suas especificidades étnico-culturais.

  • CAMILA DE VASCONCELLOS ROCHA MAIA
  • IMPACTO DA SAÚDE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA EM UMA POPULAÇÃO DE ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA.

     

  • Data: 10/02/2017
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  • Este estudo avaliou o impacto da cárie dentária e da doença periodontal na qualidade de vida de adolescentes e adultos jovens de comunidade urbana e de duas comunidades ribeirinhas da Amazônia, localizadas a diferentes distâncias do centro da cidade. A ocorrência da cárie dentária e da doença periodontal foram examinadas através dos índices CPO-D/ ICD (Índice da Condição Dentária) e CPI (Índice Periodontal Comunitário). O impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida foi examinado através do questionário OHIP-14 (Oral Health Im5pact Profile), em sua versão simplificada. Os dados coletados em 212 indivíduos (15-25 anos) residentes na área urbana de Abaetetuba– Pará foram comparados aos de 186 habitantes de comunidade ribeirinha mais próxima (Maracapucu) e outra (n=166) mais afastada do centro urbano (Rio Tucumanduba). Foi analisada a qualidade de vida como desfecho dependente e a cárie dentária, sangramento, cálculo, bolsas rasa e profunda, além do sexo e idade, como variáveis independentes através da análise de multinível e Poisson. Nas comunidades ribeirinhas foram encontrados os piores indicadores de qualidade de vida e os maiores escores de CPO-D. No modelo multivariado ajustado, a variável contextual (localização da escola), e as individuais demográficas (sexo e a idade), o CPO-D e a presença de bolsas periodontais apresentaram relação significante com o OHIP. Mulheres (IRR 1.19; p<0.0001), idade (IRR 1.04; p<0.0001), e os estudantes das escolas ribeirinhas reportaram uma pior qualidade de vida (IRR 1.33; p<0.0001), principalmente os pertencentes à escola mais remota, quando comparadas às crianças do centro urbano (p<0.001). Os resultados deste estudo ratificam que a cárie dentária e a doença periodontal impactam negativamente na qualidade de vida, entretanto estas doenças parecem impactar os indivíduos de comunidades remotas de forma mais significativa.

  • CAMILO EDUARDO ALMEIDA PEREIRA
  • O CONHECIMENTO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE BELÉM SOBRE A BUSCA ATIVA DO SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO

  • Data: 02/02/2017
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  • A presente dissertação tem como objetivo analisar o conhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde sobre a busca ativa do Sintomático Respiratório . Visto que, esse profissional é o principal ator social responsável em fazer a busca ativa do sintomático respiratório durante a visita domiciliar, contribuindo assim para um diagnóstico precoce. Metodologia: A investigação seguiu á trajetória descritiva, adotando um estudo de abordagem qualitativa. Participaram do estudo 12 agentes comunitários de saúde do município de Belém, sendo três profissionais por estratégia saúde da família escolhida, que resultou em 57 visitas domiciliares. A Coleta de dados foi através do diário de campo e entrevista semi-estruturada. Utilizou-se para análise de dados o método proposto pela Bardin da análise de conteúdo. Resultado e Discussão: Os resultados foram agrupados em 4 eixos. O 1º eixo foi sobre determinantes sociais de saúde corelacionado com a tuberculose, o qual aferimos a relação das condições de moradia, renda per capita, saneamento básico e hábitos pessoais (Álcool, tabagismo e drogadição), apesar dos determinantes sociais identificados, ficou perceptivo que os agentes não trabalharam com a lógica de grupo de vulnerabilidade para tuberculose. No 2° eixo de abordagem e conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre a busca ativa do sintomático respiratório, pode-se se aferir que a visita domiciliar do agente comunitário de saúde é focado no grupo de idoso portador de Doenças Crônicas não Transmissíveis, e que o mesmo não faz uma relação desse grupo com a tuberculose, sobre a busca ativa do sintomático respiratório é limitada, pois apenas um profissional realizou , sendo forma restrita a único membro da família, essa busca ineficaz pode ser reflexo do conhecimento desses profissionais sobre a temática, pois apesar deles identificarem a tosse como principais sintomas da tuberculose ainda existem profissionais que não sabem sobre periodicidade e o tipo, além de não saberem conceituar o que é a busca ativa do sintomático. Já o último eixo que é relacionado a importância da educação em saúde na busca ativa do sintomático respiratório, foi realizada a educação em saúde de acordo com a Metodologia da Problematização, utilizando as cinco etapas do Arco de Maguerez, que possibilitou uma aprendizagem significativa junto com agentes comunitário de saúde, de forma que o mesmo pudesse vislumbrar a importância da busca ativa do sintomático respiratório na área, de acordo com necessidade de cada usuário/família/comunidade. Diante desses 3 eixos emergiram 3 manuscritos que são:  O reflexo da visita domiciliar do agente comunitário de saúde  na busca ativa do sintomático respiratório; os saberes dos agentes comunitários de saúde  de um município da Amazônia sobre a busca ativa do sintomático respiratório  e O caminhar do enfermeiro com o agente comunitário de saúde : busca ativa do sintomático respiratório de tuberculose. Conclusão: Consideramos que este estudo trará significativa contribuição para uma análise dialética e reflexiva sobre o processo de trabalho do agente comunitário de saúde relacionado a busca ativa do sintomático respiratório, bem como para a importância desse profissional para o controle da tuberculose,  de forma que possa ser um agente transformador, dialogando com os determinantes sociais existentes na comunidade, conseguindo assim fortalecer a participação social, fundamental para o controle efetivo da tuberculose

2016
Descrição
  • LIDIANE ASSUNCAO DE VASCONCELOS
  • AVALIAÇÃO DO ACESSO E UTILIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
    NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ANANINDEUA

  • Data: 22/12/2016
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  • Busca avaliar o atributo acesso primeiro contato da atenção primária em saúde da Comunidade Quilombola do Abacatal em Ananindeua-PA, com objetivo identificar o serviço de referência da Atenção Primária reconhecido pela comunidade como dispositivo assistencial, avaliar utilização e a acessibilidade da Estratégia de Saúde da Família utilizando o PCATool para a população adulta da referida comunidade. O estudo transversal descritivo, de caráter quantitativo teve a participação de 92 moradores da Comunidade Quilombola do Abacatal, maiores de 30 anos, que responderam, após consentimento, o Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool) versão adulto, em que se constitui de 87 itens divididos em dez componentes relacionados aos atributos da Atenção Primária à Saúde (APS), para o estudo foram utilizadas três dimensões: Grau de afiliação (5 itens) que buscou avaliar o grau de afiliação, ou seja, o quanto o pacientes e sente “pertencente” ao
    serviço;
    seháumserviçodesaúdegeralmenteprocuradoquandohánecessidade;seháumserviçoqueconhec
    emelhoro usuário e se há um serviço que é considerado como o responsável pelo
    atendimento do usuário, primeiro contato – utilização (3 itens), que buscou avaliar se o médico ou enfermeiro da ESF indicado no componente grau de afiliação é o primeiro a ser procurado para uma consulta de revisão; se o serviço referido é o primeiro local que o entrevistado procuraria caso possua um problema de saúde que ainda não havia se apresentado ou novo episódio de um problema crônico, e se o serviço em avaliação é o único meio de encaminhamento para um especialista ou serviço especializado, e Acessibilidade (12 itens) que buscou avaliar se o usuário consegue acesso nos finais de semana e noturno ao serviço referido; se a ESF atende seus usuários com agilidade quando eles têm doença aguda ou agudização de um problema crônico ou por telefone nessas circunstâncias ou para dúvidas quanto a sua situação de saúde/tratamentos; se possui um meio de comunicação quando este serviço está fechado, não incluindo outros serviços que o entrevistado possa acessar; se o médico/enfermeiro ou alguém do serviço em avaliação atenderia o paciente durante o final de semana ou à noite; avaliar o tempo gasto na sala de espera, até o paciente ser atendido em consulta pelo médico ou enfermeiro; se há dificuldade para o atendimento médico; se precisa faltar no trabalho ou escola no dia da consulta. Os resultados mostram que a maioria dos moradores recorre à ESF quando fica doente ou precisa de conselhos sobre a sua saúde; e alguns declararam utilizar outros serviços, avaliando de forma negativa o atributo utilização. Quanto a disponibilidade dos serviços, atendimento e comunicação com a ESF, as repostas tiveram maioria negativa. Conclui-se que não há o reconhecimento da comunidade sobre a ESF local como sua porta de entrada, por não a considerar resolutiva, o estudo contribuiu no sentido de que, ao se avaliar, indicase pontualmente onde é preciso avançar para o alcance de uma assistência integral e de qualidade. A partir dessas constatações, é também preciso militar para que as políticas se instaurem, se concretizem

  • VANIA CRISTINA CAMPELO BARROSO CARNEIRO
  • "TECOBÉ NO MARAJÓ: ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL EM UMA REGIÃO DA AMAZÔNIA ORIENTAL, ENTRE 2013 E 2015".

  • Data: 31/10/2016
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  • Este estudo objetivou avaliar o desempenho da Estratégia de Saúde da Família após implementação do Programa Mais Médicos (PMMB) no território do Marajó-Pa-Brasil, através da série histórica de seis indicadores de cuidados primários durante 2011-2015: cobertura populacional, proporção de nascidos vivos de mães por consulta pré-natal (considerando sete ou mais consultas pré-natal, 4-6 consultas pré-natal, sem nenhuma consulta pré-natal), taxas de internação condição sensível a atenção primária (ICSAP), taxas de internação condição sensível a atenção primária (ICSAP) em menores de 5 anos, taxa de mortalidade infantil e taxa de mortalidade em menores de 5 anos. A tendência de melhora foi evidente após implantação do PMMB em 2013, alcançando uma cobertura de 42,8% em 12/2015. Em 04/2014 todos os 16 municípios tinham equipes implantadas com médicos. A proporção de nascidos vivos cujas mães tiveram sete ou mais consultas pré-natais apresentou tendência crescente na maioria dos municípios, aumentando em média 97%, predominando 7 ou mais consultas e reduzindo a proporção de mães vivos nascidos sem consulta pré-natal. Os resultados demonstraram ainda que o PMMB foi potencialmente relevante para a redução das ICSAP e ICSAP em menores de 5 anos, especialmente por gastroenterites infecciosas e suas complicações. A taxa de mortalidade infantil obteve tendência de queda a partir dos resultados 2014. A expansão e consolidação da ESF na região do Marajó possibilitada pelo PMMB sinalizam melhoria da atenção primária, a partir dos indicadores selecionados.

  • BARBARA GUERREIRO AMÉRICO GOMES
  • RELAÇÃO ENTRE A DOENÇA PERIODONTAL, O EDÊNTULISMO E AS VARIAÇÕES GENÉTICAS DA INTERLEUCINA 10 NA POPULAÇÃO INDÍGENA XIKRIN DO CATETÉ, PARÁ, BRASIL.

  • Data: 04/10/2016
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  • Este estudo investigou a suscetibilidade à periodontite crônica, o edêntulismo e sua a associação entre polimorfismos no gene da IL10 na população indígena das aldeias Xikrin do Cateté. A saúde bucal é parte integrante e essencial da saúde geral e, sendo assim, é um fator determinante para qualidade de vida. A periodontite crônica tem uma progressão lenta, similar a doenças com natureza complexa e crônica. Os fatores ambientais que mais se relacionam com a doença são o tabagismo, o etilismo e o estresse, e os fatores genéticos. De alguma forma os genes ou grupo de genes modificam a resposta periodontal aos fatores etiológicos ambientais e essenciais para a periodontite. A comunidade pesquisada caracteriza-se por ser uma população acometida precocemente pela perda dentária e pelo edentulismo. Há relação entre o aumento da idade com a presença da doença periodontal e o edentulismo. A questão do sexo foi decisiva para o curso da doença, tanto o sexo masculino, quanto o feminino apresenteram a doença, no entanto o sexo masculino apresentou um percentual maoir de indivíduos com doença periodontal 62,5% e o feminino com 52,3 % individúos edêntulos. Tanto o fumo quanto o diabetes tiveram impacto no curso da doença periodontal, no entanto observou que o hábito de fumar aumenta as chances de desenvolver a doença periodontal (22,4%) e também a perda dental.(24.5%). A diabetes está relacionada à perda do elemento dental, elevando o risco para o edêntulismo em 43,36%. Há associação da mutação genética na IL-819 estudada com a presença da doença periodontal na população indígena Xikrin do Cateté, onde o genótipo do alelo mutante (de risco) é observado em 81% da amostra. Ou seja,a IL -819 é um SNP de risco para o desenvolvimento da doença periodontal e posterior perda dental. Mais estudos são necessários para que possa comprovar a ação e a relação dos polimorfimos genéticos existentes com a doença periodontal na população indígena dos Xikrin do Cateté. Na saúde bucal indígena, há necessidade de fomentar pesquisas acerca desses povos, na intenção de gerar informações para o planejamento e organização dos serviços de saúde, com o intuito de garantir o estabelecimento do atendimento no programa de saúde bucal, com o caráter não-mutilador, universal, integral, e que considere os valores culturais relacionados as práticas de higiene, dietéticas do povo Xikrin do Cateté.

  • HALLESSA DE FATIMA DA SILVA PIMENTEL
  • A INFLUÊNCIA DO AÇAÍ NOS COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA EM COMUNIDADE RIBEIRINHA DAS ILHAS DO COMBÚ, PAPAGAIO E MURUTUCUM, BELÉM-PA-BRASIL”

  • Data: 30/09/2016
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  • Projeções para o ano de 2030 apontam um aumento de 55 milhões de mortes decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e mais de 23 milhões de pessoas morrerão de doenças cardiovasculares (OMS, 2014). Diante da importância no contexto das DCNT, a síndrome metabólica (SM) destaca-se por ser um complexo de disfunções metabólicas e hemodinâmicas que resultam na anormalidade mais comum atualmente (PINHO et al., 2014). Oliveira et al. (2010) realizaram um estudo onde houve a indução da síndrome metabólica em ratos e observaram que no grupo alimentado com açaí (Euterpe oleracea) ocorreu uma redução da síndrome metabólica. Objetivos: Verificar a associação entre os componentes da SM e o consumo de açaí na população ribeirinha das ilhas do Combú, Murutucum e Papagaio, localizadas no município de Belém, Pará, Brasil; Calcular a frequência dos componentes da síndrome metabólica e consumo de açaí nessa população. Metodologia: O estudo é transversal, correlacional e faz parte do projeto “Katuana do Combú - vulnerabilidade ao DM2 e HAS no Arquipélago do Combú". A população alvo do estudo são indivíduos a partir de 30 anos, ambos os gêneros, residentes no Arquipélago do Combú, localizado na Baía do Guajará, município de Belém – Pará, totalizando 655 pessoas, cuja amostra consiste de 214 indivíduos. Um questionário padronizado foi aplicado em domicílio; houve coleta de material biológico; antropometria e avaliação da pressão arterial e da frequência do consumo de açaí através de um questionário de frequência alimentar.  A definição da SM foi dada segundo critérios da International Diabetes Federation (IDF). Todas as variáveis serão testadas para a distribuição normal com o Kolmogorov-Smirnov. Os participantes serão categorizados em “portadores” ou “não portadores” de SM e distribuídos em grupos por categoria de consumo de açaí utilizando quartis para permitir que os componentes da SM sejam comparados. O software IBM SPSS Statistics 20 será utilizado para a análise dos dados. Resultados Esperados: Espera-se medir a associação entre o consumo de açaí e a presença de Síndrome Metabólica entre os participantes e assim, avaliar seu possível efeito protetor.

  • PAULA SOUSA DA SILVA ROCHA
  • "AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE PACIENTES PORTADORES DE TB-MR NO ESTADO DO PARÁ".

  • Data: 28/09/2016
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  • A presente dissertação teve por objetivo avaliar a evolução de pacientes com

    tuberculose resistente a múltiplos fármacos (TB-MR), no Estado do Pará a partir da

    avaliação dos indicadores da doença no sistema de dados da Secretaria Estadual de

    Saúde do Pará (SESPA) e de prontuários de pacientes internados em um hospital

    de referência no Estado, o Hospital Universitário João de Barros Barreto. Esta

    pesquisa ocorreu em etapas: na primeira buscou-se fundamentação em estudos

    acerca do tema em pesquisa, onde se deu origem a uma revisão integrativa de

    literatura, na segunda etapa realizou-se uma série histórica da TB-MR no Pará nos

    anos de 2005 a 2014 e observou-se a redução da porcentagem de altas por cura e

    no ano de 2006 houve o maior índice (92,6%) e em 2014 o menor (46,7%).

    Observou-se também um aumento na porcentagem no abandono do tratamento no

    período analisado. A falência apresentou a porcentagem mais alta em 2013 (8,8%),

    seguido do ano de 2014 (6,7%). Em relação aos óbitos, o pico se deu em 2008

    (18,9%) seguido do ano de 2007 (13,6%). O coeficiente de incidência da doença

    mostrou-se reduzido ao longo do período analisado, na terceira etapa, desenvolveuse

    uma pesquisa acerca da evolução clínica de pacientes com TB-MR atendidos em

    um hospital universitário no período de 2010 a 2014 a partir de informações

    constantes em prontuários, com predominância do sexo masculino e a faixa etária

    mais acometida foi a que está na fase mais produtiva (18 a 55 anos), a forma

    secundária da doença esteve presente em 94,1% dos casos, o tempo de diagnóstico

    e o início do tratamento para TB-MR de 1 a 10 dias, o perfil de resistências às

    drogas que prevaleceu foram a rifampicina, isoniazida e a estreptomicina e a

    comorbidade mais associada foi o diabetes. Na quarta e última etapa realizou-se o

    levantamento do perfil de resistência a tuberculostáticas destes pacientes atendidos

    no centro de referência no período de 2010 a 2014, onde a maioria das amostras

    eram de homens, da faixa etária entre 18-55 anos, a maioria não era HIV positivo, a

    cura foi o maior desfecho (77,4%), o padrão de resistência a maioria apresentou

    resistência a 3 drogas (41,9%) e destes, o padrão que mais se apresentou foi o de

    rifampicina (R), isoniazida (H) e etambutol (E) (16,13%), a droga mais utilizadas nos

    tratamentos foi o E com 28 tratamentos e o esquema mais utilizado foi a que contém

    levofloxacino (Lfx), terizidona (Trz), E, amicacina (Am) e metronidazol (Mtr) com

    22,6% dos esquemas. Com a realização da pesquisa foi possível traçar o perfil da

    doença no Estado, demonstrando o quanto a doença ainda incide de maneira

    negativa nos indicadores o que denota a necessidade de políticas públicas mais

    efetivas no combate e controle da doença e também mais investimentos em

    tratamentos mais eficazes e de curta duração.

  • MARIANA RODRIGUES DA SILVA DE MENEZES
  • RISCO CARDIOVASCULAR DE RIBEIRINHOS DO ARQUIPÉLÁGO DO COMBÚ.

  • Data: 19/09/2016
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  • No Brasil as doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior
    contingente de óbitos. Dentro do conceito atual de prevenção cardiovascular, mais
    importante do que simplesmente taxar um indivíduo como portador de DM, HAS ou
    dislipidemia, é caracterizá-lo em termos do seu risco cardiovascular. O escore de
    risco de Framingham, utiliza variáveis de idade, gênero, tabagismo, diabetes, níveis
    de pressão arterial, colesterol total e frações; este estima a probabilidade de ocorrer
    IAM ou morte por doença coronariana em 10 anos, classificando em risco baixo
    (risco inferior a 10%), risco intermediário (entre 10 e 20%) ou elevado (risco superior
    a 20%). Portanto, foi avaliado o risco cardiovascular em ribeirinhos do arquipélago
    do Combú, de acordo com o escore de risco de Framingham. Foi realizado um
    estudo transversal com método quantitativo em participantes ribeirinho com idade de
    30 anos ou mais. O estudo fez parte do projeto “Katuana do Combú - vulnerabilidade
    ao DM2 e HAS no Arquipélago do Combú". O Katuana foi aprovado pelo Comitê de
    Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde/UFPA conforme parecer CAAE
    06029712.3.0000.0018 e atende a Resolução nº 466/2012. Todos os participantes
    receberam explicação verbal e escrita e aceitaram participar do estudo assinando o
    termo de consentimento livre e esclarecido- TCLE. Para quantificar a amostra foi
    realizada a frequência simples dos fatores de riscos utilizados pela coorte de
    Framingham, além de categorizar segundo os valores de referencia do escore. O
    nível de significância estatística estabelecido foi de 5% (p<0,05). Todas as variáveis
    contínuas foram testadas para a distribuição normal com o Kolmogorov-Smirnov. A
    diferença entre as médias de dois grupos independes com distribuição normal f oi
    analisada pelo teste t-Student e não paramétricas pelo teste Mann-Whitney. Para
    variáveis categóricas foi utilizado o teste do Qui-quadrado para 2 grupos e de
    Pearson para 3 ou mais grupos. O software IBM SPSS Statistics 20 foi utilizado para
    a análise dos dados. Foram analisadas 178 pessoas, com idade média de 47,10
    (DP±12,90) anos, predomínio de mulheres. A média de LDL- c foi igual a 110,11
    (DP± 37,770) mg/dL, colesterol total (CT) 173,70 (DP± 40,397) mg/dL, HDL- c 37,94
    (DP± 9,591) mg/dL, triglicerídeo 132,96 (DP± 63,642) mg/dL, PAS 131,86
    (DP±22,124), PAD 76,09 (DP± 15,536), DM 7 (3,9%), HAS 43 (24,2%). Segundo o
    escore de risco de Framingham 98 (55,10%) dos participantes apresentaram alto
    risco (risco de 10% ou mais) para evento coronariano em 10 an os. No perfil
    ribeirnhos os participantes com 4 anos ou mais de tempo de estudo, classe
    econômica D e E (n = 75; 60,50%), negros e pardos (n = 79; 57,20), casados ou com
    união estável (n = 69, 54,80%), portadores de DM (n = 5, 71,40%), HAS (n = 30,
    60,80%), etilistas (n = 31, 57,40%) e tabagistas (n = 52, 65%) foram classificados
    como alto risco. Portanto, os ribeirinhos apresentaram alto risco para evento
    coronariano em 10 anos e os ribeirinhos que apresentavam comorbidades
    associadas se mostraram como o fator sinérgico ao risco de evento coronariano em
    10 anos.

  • CAMILA MAISA SANTOS MONTEIRO
  • SITUAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES QUILOMBOLAS NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL.

  • Data: 19/09/2016
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  • SITUAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES QUILOMBOLAS
    NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL.
    Comunidades de remanescentes quilombolas constantemente vivem à margem das pesquisas
    de abrangência nacional, o que dificulta a construção de indicadores epidemiológicos,
    resultando em uma carência de dados acerca da realidade em que vivem essas populações.
    Principalmente considerando a situação constante de vulnerabilidade sócio-ambiental por elas
    enfrentada. Tais dificuldades se refletem nas diversas faixas etárias e acabam por gerar
    consequências negativas, em especial nas primeiras etapas da vida, infância e adolescência,
    períodos em que ocorrem as principais transformações que projetarão as potencialidades do
    individuo na vida adulta. Já é reconhecido que a transição nutricional atinge também
    populações tradicionais, incluindo o aumento da freqüência de excesso de peso, conforme
    demonstrado na epidemiologia mundial. Porém, são escassos ainda os estudos que investigam
    o estado nutricional de adolescentes quilombolas na Amazônia. Monitorar a condição
    nutricional nesta idade, procurando adaptar as ferramentas já utilizadas em outras populações
    para a realidade local dos adolescentes quilombolas é uma forma de entender as possíveis
    causas do surgimento do excesso de peso durante a adolescência e sua persistência na idade
    adulta, além de fornecer subsídios para o planejamento de políticas de saúde. Este estudo tem
    como objetivo principal analisar a ocorrência de excesso de peso em adolescentes
    quilombolas paraenses, verificando a influencia das condições sócio-demográficas no estado
    nutricional desta população. Foi realizado estudo transversal envolvendo 150 adolescentes
    entre 10 e 19 anos, com média de 14,37 (±3,02) anos de idade. Estes pertenciam a 54 famílias
    de nove comunidades quilombolas localizadas em três municípios - Oriximiná, Cametá e
    Ananindeua – onde foram aferidos peso, altura e composição corporal, além da aplicação de
    um questionário socioeconômico por família. Os quilombos pertencentes ao município de
    Oriximiná estão localizados as margens do rio Trombetas e Erepecuru, sendo acessível
    somente por via fluvial. Quanto às comunidades de Cametá e Ananindeua, há o acesso
    terrestre, porém as vias não possuem asfaltamento, com bastante declives, não há transporte
    coletivo, sendo as motos o principal meio de condução utilizado. Em todas as comunidades, a
    agricultura de subsistência, baseada na mão de obra familiar, com a produção de farinha, atua
    como a principal fonte de renda, complementada pelos auxílios financeiros recebidos do
    governo. Somente 9,3% das casas apresentavam algum tipo de saneamento e quanto à
    escolaridade do chefe de família, a maioria (55,3%) possui até três anos de estudo.
    Residências com luz elétrica compreenderam 44,67% da amostra. Quanto à situação
    nutricional, 22% da população dos adolescentes apresentaram excesso de peso, havendo,
    ainda 16,7% de déficit estatural entre os jovens, sugerindo uma condição de desnutrição
    pregressa. Em relação à composição corporal dos adolescentes, foi encontrado que 83,65%
    apresentam porcentual de gordura corporal dentro da média Pela análise de correspondência
    verificou-se indicador que o IMC/I possui associação com todas as condições
    socioeconômicas investigadas (Comunidade, renda, escolaridade do chefe de família, renda
    familiar e saneamento), no entanto o indicador E/I não sofreu influencia das variáveis renda e
    saneamento (p= 0,165 e p=0,345, respectivamente). A pesquisa realizada, mesmo não usando
    uma metodologia que verifique a situação clinica e integral de saúde dos adolescentes
    corrobora com outros estudos que apontam a vulnerabilidade da população de remanescentes
    quilombolas.

  • JAMILIE SUELEN DOS PRAZERES CAMPOS
  •  

    FATORES ASSOCIADOS AO ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO

    EM TRABALHADORES URBANOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM.

     

  • Data: 01/09/2016
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  • De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um percentual importante de indivíduos saudáveis que vivem em sociedades industrializadas desenvolverá alguma doença crônica no curso de sua vida, tendo os componentes alimentares uma grande contribuição na gênese dessas doenças. Considerando que o Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R) é um instrumento útil para mensurar variados fatores de risco dietético para doenças crônicas e que muitas empresas têm sido afetadas pelo aumento dos custos causados por essas doenças, este trabalho tem como objetivo identificar os fatores associados à qualidade da dieta de trabalhadores urbanos da região metropolitana de Belém-PA. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados secundários de 504 trabalhadores adultos de ambos os sexos, afim de testar a associação entre a qualidade da dieta e o perfil sociodemográfico, o estado nutricional e a ocorrência de SM. A partir de informações do recordatório de 24 horas, a dieta dos trabalhadores foi classificada em "inadequada", "necessita de modificação" e "saudável" segundo o IQD-R. O estado nutricional foi obtido a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal e para o diagnóstico da SM utilizou-se o critério estabelecido pela International Diabetes Federation. Foi observada uma média de escore total do IQD-R de 58,16 pontos. Menores médias de pontuação foram atribuídas aos grupos de cereais integrais e vegetais totais, enquanto que os grupos cereais totais e carnes, ovos e leguminosas tiveram médias mais elevadas. A maioria dos trabalhadores pertence ao sexo masculino, com idade entre 20 e 34 anos, estudou até o ensino médio, possuía companheira (o) e renda mensal entre 2 a 5 salários mínimos, com excesso de peso, sem SM e mantinha uma dieta que necessita de modificações. Não houve diferença significativa entre as médias de pontos do IQD-R em cada categoria das variáveis sociodemográficas. Porém, pela análise multivariada o IQD-R demonstrou dependência em relação a renda. Destaca-se que 34% dos indivíduos obesos e 24,1% dos eutróficos mantinham uma dieta saudável, enquanto que 87,5% daqueles com baixo peso apresentavam dieta que necessita de modificações. No entanto, não foi observada associação significativa entre o IQD-R e o estado nutricional e nem com a ocorrência de SM. Conclui-se que, apesar da maioria dos trabalhadores manter uma dieta que necessita de modificações e da relevante prevalência de excesso de peso e de síndrome metabólica, a qualidade da dieta não se mostrou um fator determinante para o perfil sociodemográfico, para o diagnóstico nutricional e nem para o desenvolvimento da SM nesta população.

  • ALCIONE FERREIRA PINHEIRO
  • “ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA LEISHIMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA, NO MUNICIPIO DE ULIANÓPOLIS-PA, NO PERÍODO DE 2010 A 2014”

  • Data: 30/08/2016
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  • No Estado do Pará, o município de Ulianópolis, localizado na mesorregião sudeste paraense, tem registrado alta prevalência de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) nos últimos anos. Com o intuito de conhecer a distribuição das localidades envolvidas na infecção, o objetivo deste estudo foi analisar de forma espaço-temporal a distribuição da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), no município de Ulianópolis, no período de 2010 a 2014. Foram obtidos dados do SINAM para as análises epidemiológicas, socioeconômicos e ambientais; realizado levantamento de bases cartográficos e de imagens de satélites, análises geoestatísticas com base no estimador de densidade kernel, técnica de interpolação e auto correlação espacial utilizando o índice de Moran. A prevalência da LTA foi mais elevada em indivíduos do sexo masculino (334/406), na faixa etária entre 15 a 45 anos, com baixa escolaridade (5ª a 8ª série incompleta) e predomínio da forma cutânea (99,26%). Quanto a distribuição dos casos de LTA, observou-se em todo o município de Ulianópolis, com um deslocamento da doença a longo dos anos. As localidades de Assentamento Nova Vida, Fazenda São Marcos, Colônia Bom Jesus e o Km 60 apresentaram maiores expressividades nos números de casos e em suas proximidades percebeu-se vegetação secundária, floresta, pastagem e agricultura. Diversos focos de ocorrências e clusters de LTA foram identificados em diferentes áreas do município durante o período de estudo, sugerindo que as condições ideais para os estabelecimentos e manutenção da transmissão são encontrados nestes locais e que o padrão de ocorrência de LTA não é estática e doenças podem ocasionalmente se espalhar para outras áreas do município. A utilização de ferramentas como as Geotecnologias proporciona entender a dinâmica epidemiológica da LTA que se estabelece em Ulianópolis, o qual possibilitará as prevenções e promoções de ações em áreas prioritárias.

  • RINALDO ANTONIO ALMEIDA GONÇALVES
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM PRONTUÁRIOS DE PACIENTES E PROCESSOS DE UM HOSPITAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA

  • Data: 26/08/2016
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  • Registrar informações em prontuários é ocupação e dever cotidiano de
    todos os profissionais da área de saúde. Objetivos: Avaliar e descrever as práticas
    de qualidade de uma amostra de prontuários e analisar os mecanismos de gestão
    da informação no Hospital Ophir Loyola. Metodologia: Estudo de natureza
    quantitativa e qualitativa com finalidade analítica e descritiva em informações coleta,
    utilizando o Método Quadripolar, que orientou a investigação na revisão de prontuários
    do estudo de base e entrevistas com 40 gestores para entender a cultura
    organizacional e as tecnologias da informação e comunicação produzidas e
    existentes nesta instituição de ensino e comparar com um hospital em Portugal. O
    tamanho amostral de prontuários considerando o nível de significância de 95%, com
    variância máxima e erro amostral, calculados, atingiram-se o “n” de noventa e nove
    (n = 99), estratificados por ano no período de 2000 a 2015. Foram aplicadas as
    técnicas de análise estatística Descritiva, organizadas para observar ou não a
    predominância das variáveis calculadas e analisadas e, Inferencial na aplicação do
    teste não paramétrico Qui-quadrado de Aderência considerando nível de
    significância α=0,05, e a estatística de Fisher para os questionários dos gestores na
    análise comparativa. Resultados: A qualidade dos prontuários foi considerada
    regular, detectado anotações fragmentadas de anamnese (80%), sinais vitais
    (66,6%); graves ausências de registros e fichas individualizadas para as equipes
    multiprofissionais (82,83%), incompletudes nos parâmetros fisiológicos e
    fisiopatológicos (80%) e itens com assertividades (90%) nos registros dos médicos
    como: identificação do paciente; diagnósticos; condutas e assinaturas, e, ainda
    cruzou informações acerca das tecnologias utilizadas na gestão da informação
    baseado em desenho qualitativo de gestores, que entendem a importância das
    tecnologias, porém com dúvidas e determinados conceitos equivocados.
    Conclusões: informações manuscritas indispensáveis estão deixando de ser
    registradas nos prontuários e aos sistemas de informações. Ressalta-se a
    importância da elaboração de medidas que visem melhorias na qualidade do
    prontuário do paciente, que irão refletir na qualidade da assistência ao paciente, na
    gestão da informação clínica e administrativa, nos aspectos legais, ensino e
    pesquisa.

  • LUÍS HENRIQUE ROCHA GUIMARÃES
  • ESTUDO ECOEPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔMICAS NO MUNICÍPIO DE BARCARENA - PA, NO PERÍODO DE 2007 A 2013.

     

  • Data: 26/08/2016
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  • A leishmaniose é causada por protozoários do gênero Leishmania com transmissão cujo vetor são insetos flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquito palha. Os diferentes aspectos clínicos da doença são representados sob duas formas: tegumentar ou cutânea e visceral ou calazar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, este agravo faz parte do grupo de doenças tropicais negligenciadas, ou seja, associada às precárias condições de vida e de iniquidades em saúde, sendo esta, uma doença de notificação compulsória no Brasil através do Sistema de Informações de Agravos de Notificação, que já registrou nos últimos dez anos

    mais de 200 mil casos. A leishmaniose é uma doença endêmica na Região Amazônica e demanda estudos que considerem variáveis ambientais e elevem a pesquisa ao nível da análise ecológica. Neste contexto o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial da leishmaniose no município de Barcarena - PA, no período de 2007 a 2013, considerando variáveis socioeconômicas e ambientais. Barcarena foi cenário da instalação de grandes projetos industriais e tem sofrido um fluxo migratório intenso, além de um grande processo de degradação ambiental. A execução deste estudo passou pela revisão da literatura técnicocientífica; aquisição e processamento de imagens de satélites, dados cartográficos, ambientais e socioeconômicos. Os dados epidemiológicos foram depurados, confirmados a localização em campo e georreferenciados. Na etapa laboratorial, foi testado o padrão de distribuição espacial, a detecção de aglomerados espaciais, a identificação de áreas de risco e a construção de um mapa de densidade de casos de leishmaniose. Posteriormente, os dados

    epidemiológicos foram processados juntamente com os dados ambientais para correlacionar a ocorrência da doença com a degradação na área de estudo e na sequencia foram agregados por setores censitários com variáveis socioeconômicas e testados com um método de análise multivariada de regressão múltipla na busca de evidência de interação com o agravo estudado.

    Foi construído um banco de dados geográfico e as técnicas de geoprocessamento utilizadas possibilitaram a geração de mapas temáticos com informações cartográficas, ambientais e epidemiológicas, sendo possível identificar as áreas com maior ocorrência de casos e um padrão aglomerado de distribuição da doença no município. O perfil epidemiológico observado foi de predominância rural (84%), de sexo masculino (71%) e com ocorrência a menos de mil metros de distancia em relação a focos de degradação (62,4%) dos 125 casos

    georreferenciados. Os testes de regressão múltipla apontaram variáveis socioeconômicas relacionadas à pobreza, saneamento e infraestrutura pública como três variáveis preditoras com correlação significativa para a ocorrência de casos de leishmaniose com uma confiabilidade do modelo em 32%, indicando uma média correlação. Os resultados deste estudo evidenciaram a importância do uso de geotecnologias e estatística inferencial na gestão

    e análise de informações de diversas origens e áreas do conhecimento possibilitando a identificações de tendências para o planejamento, avaliação, e interferências localizadas nas áreas mais afetadas.

  • RITA CRISTINA COTTA ALCÂNTARA
  • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NOS TERRITÓRIOS ADSCRITOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO DISTRITO ADMINISTRATIVO DE MOSQUEIRO, BELÉM-PARÁ, NO PERÍODO DE 2007 A 2013.

  • Data: 26/08/2016
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  • A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, que apesar de possuir relatos desde tempos bíblicos, persiste como problema de saúde pública em muitos países, incluindo o Brasil, com alto grau de endemicidade em territórios com más condições de vida e dificuldade de acesso a serviços de saúde, característicos de regiões que sofreram processos intensos e desordenados de ocupação, muito comuns na região amazônica. Nesse sentido este trabalho analisa a distribuição temporal e espacial da hanseníase nos territórios adscritos pela Estratégia Saúde da Família no distrito administrativo de Mosqueiro que faz parte do Município de Belém, Pará, entre 2007 e 2013. Para tal foi utilizado o banco de dados da Secretaria de Saúde do município de Belém dos casos notificados de hanseníase que foram notificados pelas equipes saúde da família que atuam no distrito de Mosqueiro, no período selecionado para o estudo. As variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade e zona de residência), bem como as variáveis clinico-epidemiológicas (classificação operacional, grau de incapacidade física, modo de detecção e modo de entrada) foram obtidas a partir da Ficha de Notificação do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Para o cálculo do índice que condição de vida (ICV), se utilizou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As variáveis selecionadas foram submetidas a análises estatísticas e geoestatísticas. A análise estatística mostrou que há uma tendência decrescente da taxa de detecção da doença nos territórios estudados, sendo esta tendência mais forte para o sexo feminino. A maioria dos casos notificados foi de casos novos, ocorrendo no sexo masculino, faixa etária economicamente ativa, residentes em zona urbana, com classificação multibacilar, grau zero de incapacidade física, diagnosticados através de encaminhamento. A prevalência mostrou-se maior no território que possuía menor cobertura de agentes de saúde. Na análise da distribuição espacial observou-se que a maioria dos territórios apresentava alto grau de endemicidade, atrelada ao índice de condição de vida muito baixo, com densidade maior de casos multibacilares.

  • MARIA AMELIA DOS SANTOS LEMOS GURGEL
  • SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE POPULAÇÃO IDOSA RIBEIRINHA DA AMAZÔNIA

  • Data: 23/08/2016
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  • A saúde e a qualidade de vida são dimensões da vida humana

    fortemente condicionada pelo contexto social. Para populações em situação de

    vulnerabilidade, como as comunidades ribeirinhas, é fundamental conhecer

    como os determinantes sociais se expressam na construção da percepção da

    saúde pelo indivíduo em seu meio. A saúde bucal é parte integrante da saúde

    geral do indivíduo, e, nos idosos, as condições orais influenciam as funções

    fisiológicas e psicossociais, e consequentemente, atuam para determinar a

    qualidade de vida. Esta pesquisa se propõe a avaliar os impactos da perda

    dentária na qualidade de vida, segundo o índice GOHAI, de idosos ribeirinhos

    da Ilha do Combu, Belém-PA. Trata-se de um estudo observacional com idosos

    acima de 65 anos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Combu.

    Foram avaliadas condições socioeconômicas através dos indicadores

    sóciodemográficos; a qualidade de vida, segundo o Índice Geriátrico de

    Determinação da Saúde Bucal (GOHAI); e o edentulismo através de exame

    bucal para uso e necessidade de prótese de acordo com o protocolo adotado

    pelo Levantamento Nacional de Saúde Bucal, SB Brasil 2100. Foram avaliados

    53 idosos com idade média de 71,6 anos (±6,68), até 5 anos de escolaridade e

    renda máxima de dois salários mínimos. Observou-se elevada prevalência de

    edentulismo: 58% dos idosos são edentulos totais e 42% tem perda de pelo

    menos um elemento dentário. Houve maior proporção de edêntulos dentre os

    idosos com idade acima de 70 anos e com menor escolaridade. A qualidade de

    vida foi considerada ruim, com pontuação média de 25,9 do GOHAI. Os idosos

    reabilitados apresentaram melhor qualidade de vida comparada aos não

    reabilitados. O aumento da expectativa de vida dos cidadãos brasileiros reporta

    um olhar especial aos problemas do idoso, como a elaboração de uma política

    de saúde bucal que contemple a preservação do elemento dentário e a sua

    reabilitação, para que possam viver com qualidade e melhor inclusão na

    sociedade.

  • ANA CRISTINA AGUIAR DE ALENCAR
  • INSTITUIÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA NO PARÁ: pesquisa, cenários e atores (1912-1921)

  • Data: 16/08/2016
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  • O estudo analisa como se deu a institucionalização de medidas profiláticas nas duas primeira décadas do século XX, entre os anos de 1912 a 1921, devido as doenças que acometiam a população paraense, mais especificamente, as enfermidades tratadas nos estabelecimentos de saúde: Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Pará (mortalidade infantil), Instituto Pasteur (raiva), Instituto Higiene de Belém (exames laboratoriais e produção de vacinas), Instituto de Profilaxia das Doenças Venéreas (sífilis, cancro mole, gonorreia e doenças de pele). Para compor o trabalho foram feitas buscas de documentos em diversos lugares: Academia Paraense de Letras, Biblioteca Pública Arthur Vianna, Faculdade de Medicina do Pará, Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, Hospital Ophir Loyola, onde ocorreram leituras de relatórios, estatutos, regulamentos, artigos de jornais, revistas, livros, dissertações e teses. Diante do que foi encontrado, discute-se acerca da terapêutica aplicada pela medicina acadêmica na primeira República, observando uma política nacional de higienização do espaço urbano e de tratamento oferecido ao indivíduo doente como modelo de educação sanitária.  As autoridades sanitárias do Estado implantaram um controle, regulado por preceitos e normas, intervindo socialmente no processo saúde e doença. Nem todas as medidas professadas pelos órgãos governamentais se deram de forma pacífica. Ao implantar os institutos, os médicos higienistas redigiram trabalhos voltados para atuação de sua profissão, publicaram textos em forma de artigos e livros. Além disso, proferiram palestras com o propósito de advertir a população sobre os cuidados que deveriam ter a respeito das incidências de doenças da época, por falta de uma alimentação adequada e sobretudo de higiene e do saneamento precário. As políticas de saúde desenvolvidas neste período no Pará foram intervenções que refletiram uma política nacional considerando haver poucos recursos e profissionais disponíveis na região

  • LEIDIANA DE JESUS SILVA LOPES
  • OS DESAFIOS PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO
    A SAÚDE: UM OLHAR SOBRE A REDE DE CUIDADO À PESSOA COM
    DEFICIÊNCIA

  • Data: 11/08/2016
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  • Trata sobre a Rede de Atenção à Saúde voltada para a pessoa com deficiência, com objetivo
    de analisar os desafios para o processo de formação da rede de cuidado à pessoa com
    deficiência a partir da política de saúde para a pessoa com deficiência no estado do Pará,
    identificar o estado atual da rede de atenção de cuidado à pessoa com deficiência a partir de
    seus componentes: Atenção Básica; Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física,
    Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências; e atenção hospitalar e de urgência e
    emergência, bem como analisar os processos de implementação, problemas e desafios em
    relação à política de cuidado preconizada pelo Estado a partir dos direitos estabelecidos em
    relação à pessoa com deficiência. Baseou-se em um estudo qualitativo com uma abordagem
    híbrida realizada por meio de análise de documentos, 8 entrevistas semiestruturadas com
    gestores das unidades de saúde referências em atenção à pessoa com deficiência e aporte de
    literatura crítica sobre o tema. A rede de atenção à pessoa com deficiência no Pará encontra-se
    pouco estruturada, além de identificarmos que se concentra na capital, fato que fragiliza a
    garantia de acesso aos serviços e tratamentos de saúde, além desfavorecer a inclusão social,
    bem como dificultar o cuidado integral a saúde das pessoas com deficiência. É uma rede
    significativa, mas ainda incipiente.

  • MARTA GIANE MACHADO TORRES
  • “ASSISTÊNCIA DOMICILIAR TERAPÊUTICA COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO À SAÚDE ÀS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS DA UREDIPE - UNIDADE DE REFERÊNCIA ESTADUAL EM DOENÇAS INFECCIOSAS PARASITÁRIAS ESPECIAIS NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.”

  • Data: 09/08/2016
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  • A pesquisa teve como objetivo conhecer a percepção dos usuários que vivem com HIV/AIDS sobre a integralidade da assistência no serviço da Assistência Domiciliar . Imbuída nos meios do então paradigma da promoção da saúde e os constituintes do Sistema Único da Saúde, os dados para o estudo, de abordagem descritivo-qualitativa, foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada com perguntas direcionadas para a questão de pesquisa. Participaram do estudo oito pessoas que vivem com HIV e recebem assistência no domicilio. Todas vinculadas à Unidade de Referencia Especializada em HIV/AIDS, de âmbito estadual situado em Belém. A fundamentação teórica se estabeleceu a partir dos referenciais em torno da concepção da saúde enquanto direito universal e de sua estruturação política e social na consolidação da luta pela saúde pública. Contando com a contribuição de áreas afins como da sociologia e antropologia.  As análises e interpretação dos dados viabilizados através da técnica de análise de conteúdo de Bardin resultaram na construção de um quadro conceitual, possibilitando interação com o processo de trabalho e nesse âmbito de sua direta ligação com os usuários. Dentre história de vida quando atingidos pelo HIV e de sua chegada e envolvimentos com a Atenção Domiciliar Terapêutica.  Os resultados apontam que a dinâmica do serviço para atenção integral à saúde das pessoas vivendo com HIV/AIDS é complexa e desarticulada. A estrutura e organização da atenção especializada do serviço que chega ao domicílio segue aos ditames da política de estado estabelecida na carta magna brasileira em consonância aos princípios e diretrizes do SUS. Apontam satisfação com a assistência. Contudo os problemas existentes, do que emergiu das falas, relacionados à violação dos direitos humanos, deficiência de recursos humanos, equipamento e transporte, por exemplo, podem comprometer os avanços gerados pela integralidade. Há o reconhecimento da fragmentação do trabalho em rede e da dificuldade de fazê-lo fluir entre os serviços. Foram apontadas falhas para garantir o fluxo de referência e contrarreferência. Da interseção entre suas vidas e da dinâmica do cuidado, serviços, práticas da saúde e do controle social, apontando sobremaneira do que vem ser a integralidade, esta enquanto eixo central do trabalho na saúde, consequente pilar do Sistema de Saúde vigente, pela formulação de políticas gerais e específicas de atenção aos usuários e à sociedade

  • JOSIVALDO SOARES DA SILVA JUNIOR
  • ANEMIAS E HEMOGLOBINOPATIAS NOS QUILOMBOS DO PARÁ, UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

  • Data: 24/07/2016
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  • A presente pesquisa retrata a saúde da população quilombola no estado do Pará,
    considerando as diretrizes e princípios estabelecido no SUS. Deste modo, analisa-se que
    são vários os aspectos a serem observados na construção da saúde de populações
    quilombolas, entre esses aspectos observamos a incidência de anemia como um importante
    fator a ser levado em consideração nessas populações, bem como a incidência de
    hemoglobinopatias que podem afetar a qualidade de vida. Portanto, buscou-se analisar a
    classificação dos parâmetros eritrocitários e a prevalência de hemoglobinopatias
    hereditárias em comunidades afrodescendentes de Óbidos e Oriximiná, região do baixoamazonas, Pará. A amostra foi composta de comunidades quilombolas de dois municípios
    do estado do Pará, Óbidos com três comunidades (239 indivíduos) e Oriximiná com nove
    comunidades (368 indivíduos). Elas foram categorizadas de acordo com o sexo e a faixa
    etária para analise e comparação dos dados. O município de Oriximiná teve um total de
    29,9% de sua população com quadro de anemia e Óbidos apresentou 7,5% com anemia,
    observando os valores de hemoglobina, sendo que 46,6% das crianças das comunidades de
    Oriximiná abaixo de 5 anos estavam com anemia e com um percentual maior em
    comparação com Óbidos; 58,1% das crianças entre 6 – 11 anos de Oriximiná e 25% em
    Óbidos apresentaram quadro de anemia. Com relação à distribuição das hemoglobinas
    variantes o maior percentual em Oriximiná foi observado para a HbAS com 5,2% da
    população, seguido de indivíduos com interação Talβ/S com 1,9%, foi observado 1,4% de
    casos sugestivos de Talassemia beta; a distribuição em Óbidos teve sua maior frequência
    também para HbAS com 4,2% da população, seguido de casos sugestivos de Talassemia
    beta e interação Talβ/S, ainda foi observado casos de HbC. Os percentuais observados
    apontam para a necessidade de politicas publicas para reverter esse quadro, contudo a
    saúde da população negra em nosso país perpassa por várias esferas e que estão
    correlacionadas entre si, levando a disparidade no que se diz respeito ao acesso à saúde e
    equidade. Portanto, além dos serviços de saúde a há necessidade de politicas que venham
    empoderar essas populações acerca de seus direitos como indivíduos inclusos na
    sociedade, bem como dos possíveis agravos de saúde que podem ocorrer em decorrência
    da sua origem ou composição genética.

  • CIBELLE CRISTINA OLIVEIRA DOS SANTOS
  •  

    O IMPACTO DA SAÚDE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA DE ADOLESCENTES DE COMUNIDADES RIBEIRINHAS E URBANA DA AMAZÔNIA E ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE MÁ OCLUSÃO.

  • Data: 30/06/2016
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  • Objetivo: avaliar o impacto da saúde bucal, em especial da má oclusão, na qualidade de vida de adolescentes pertencentes à comunidades ribeirinhas e urbana da Amazônia. Métodos: este estudo transversal envolveu 266 escolares, na faixa etária de 11 a 14 anos, habitantes de comunidades ribeirinhas e urbana do município de Abaetetuba/PA. Os participantes preencheram o questionário de qualidade de vida CPQ, e foram avaliados clinicamente para determinar a severidade da má oclusão através do índice DAI. A análise Multinível foi utilizada para avaliar a associação da qualidade de vida em dois domínios no primeiro nível (sexo e má oclusão) e um no segundo nível (escola). Resultados: o valor médio do índice DAI para os adolescentes da região das ilhas foi de 26,31 e da região urbana foi 23,81, demonstrando clinicamente a severidade da má oclusão variando de ausente e leve. O valor médio do índice de qualidade de vida foi semelhante para ambas as regiões, sendo igual a 10,68 para a área ribeirinha e 11,46 para a área urbana. Não houve impacto da má oclusão (RP=1 a 1,05) e da variável sexo na qualidade de vida dos adolescentes de ambas as regiões. Casos envolvendo má oclusão severa manifestaram-se preferencialmente na região ribeirinha. Adolescentes ribeirinhos reportaram melhor qualidade de vida em relação aos da área urbana (RP=0,38). Conclusão: não houve impacto da má oclusão na qualidade de vida de adolescentes da área urbana e rural do município de Abaetetuba/PA. Adolescentes ribeirinhos reportaram melhor qualidade de vida em relação aos da área urbana. A maioria dos casos de má oclusão severa encontra-se na região de ilhas, o que justifica a necessidade de inclusão desta comunidade nas políticas públicas de saúde.

  • ROSANA NAZARE LEAO SOUZA
  • SAÚDE MENTAL E TRABALHO: uma análise a partir do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal – SIASS, na Universidade Federal do Pará.

  • Data: 22/06/2016
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  • Saúde Mental e Trabalho apresenta uma análise a partir da implementação, na Universidade Federal do Pará, do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público – SIASS, responsável pela garantia dos eixos da Política de Assistência à Saúde do Servidor Público Federal – PASS que se encontra fundamentada nos eixos: a) Vigilância e promoção à Saúde; b) assistência à saúde e c) perícia em saúde. Na busca por uma melhor compreensão do tema, estudo foi realizado a partir dos documentos publicados sobre as ações e programas propostos pela Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida da Universidade Federal do Pará, destinados aos seus servidores. O objetivo geral foi descrever a implementação do SIASS e sua contribuição na organização da atenção à saúde dos servidores da UFPA, observando-se o alcance das ações propostas em número de servidores atendidos por esses programas. Tomou-se por especificidades identificar a demanda dos atendimentos no período de 2010 a 2014 oferecidos pela DSQV e suas coordenadorias desde a implementação do SIASS/UFPA e demonstrar as ações de caráter preventivo e curativo do mesmo período, oferecido aos servidores da UFPA, pelo Programa de Assistência Psicossocial – PAPS. A pesquisa é um estudo exploratório e descritivo, baseado em dados de fundamentação teórica a respeito do tema e documental, revisão bibliográfica e na coleta e sistematização de dados secundários e consolidados encontrados nos relatórios de Gestão da Pró Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal - PROGEP no período de 2010 a 2014, na Unidade do SIASS da Universidade Federal do Pará. Assume uma abordagem do método quanti-qualitativo. Os resultados apontam para ações desenvolvidas pelas coordenadorias que compõem a DSQV, com destaque para os programas e projetos de favorecimento a saúde e qualidade de vida dos servidores; as principais causas de afastamentos de servidores, por meio das variáveis fatores externos, doenças osteosmusculares e transtornos mentais e de comportamento; e a redução do absenteísmo

  • MARIANA BEZERRA DAS FLORES
  • "ANÁLISE COMPARATIVA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES DE ADOLESCENTES EM BELÉM E EM SÃO PAULO".

  • Data: 09/06/2016
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  • As doenças cardiovasculares iniciam-se na infância e adolescência e são influenciadas pelas mudanças comportamentais e de consumo alimentar oriundas do processo de globalização e urbanização das cidades. Este estudo objetiva comparar fatores de riscos cardiovasculares em adolescentes de escolas públicas e privadas na cidade de Belém (PA) e na cidade de São Paulo (SP). Trata-se de um estudo transversal parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) com adolescentes de 12 a 17 anos de idade, com representatividade para ambas as capitais (Belém n= 1.259 e São Paulo n= 1.920). Foram avaliados o nível de atividade física, o comportamento alimentar, o índice de massa corporal, a pressão arterial sistêmica, os níveis de colesterol total, LDL- colesterol, HDL- colesterol, triglicerídeos e glicose de jejum. Foram estimadas prevalências e intervalos de confiança de 95% para cada variável de acordo com o sexo e/ou cidade. Mais de 50% dos adolescentes em Belém e em São Paulo apresentaram inatividade física, com predominância do sexo feminino; em São Paulo, houve maior prevalência de adolescentes que não tomavam café da manhã (IC95%= 28,4 - 32,6) e não almoçavam na presença dos pais/responsáveis (IC95%= 18 - 21,6), com predominância no sexo feminino; a mesma cidade também apresentou maior prevalência em adolescentes que assistem TV comendo petiscos (IC95%= 28,5 - 32,7) e comem petiscos ao utilizar videogame/computador (IC95%= 18,2 - 21,9); em Belém e na capital paulista, o percentual de sobrepeso (16,3% e 18,5% respectivamente) e de obesidade (8,3% e 8,2% nessa ordem) não apresentou diferença, com sobreposição de intervalos de confiança. Também não houve diferença entre o percentual de alteração da PAS (10,3% e 8,5% respectivamente); houve maior prevalência de meninas com colesterol total e LDL-c alterado em ambas cidades; os meninos apresentaram maior prevalência de HDL-c baixo e São Paulo apresentou maior prevalência de glicose alterada (IC95%= 3 - 4,8). Logo, em ambas capitais a maioria dos adolescentes apresentou inatividade física. A cidade de São Paulo apresentou maior prevalência de adolescentes que não tomavam café da manhã, não almoçavam com os pais/responsáveis e comiam petiscos diante da tela. A cidade de Belém apresentou maior prevalência de HDL-c baixo e menores fatores de riscos cardiovasculares em relação a São Paulo

  • ALCINÊS DA SILVA SOUSA JUNIOR
  •  

    ECOEPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS, NO MUNICÍPIO DE BARCARENA, NO ESTADO DO PARÁ,NO PERÍODO DE 2007 A 2014

     

  • Data: 27/04/2016
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  • A doença de Chagas é endêmica na Amazônia, contudo sempre foi pouco documentada. O Pará foi o estado, desta região, que mais registrou casos desta doença nas últimas décadas, sendo a maioria procedente da microrregião de Belém. Neste contexto, este estudo objetivou desenvolver cenários desta doença no sentido de compreender a relação desta com variáveis ambientais e socioeconômicas, no município de Barcarena, localizado na microrregião acima citada, no período de 2007 a 2014. Este município foi escolhido devido, neste período, terem sido confirmados 83 casos da doença, com uma taxa de prevalência de 89,38 casos/100.000 habitantes. Assim sendo, foram desenvolvidos cenários da doença de Chagas para avaliar os fatores associados ao risco de ocorrência. Para tal, o município de Barcarena foi subdividido em 5 áreas de caráter político e administrativo, devido as diferentes características intra-regionais destas áreas, que são: Sede, Morucupi, Vila do Conde, Ilhas e Estradas. Foram inter-relacionadas bases de dados epidemiológicas, ambientais e socioeconômicas, todas depuradas e posteriormente indexadas com coordenadas geográficas obtidas em campo. Para as análises epidemiológicas e socioeconômicas foram utilizadas técnicas estatísticas, para as análises ambientais foi utilizada à técnica de classificação de imagens de satélites com Redes Neurais Artificiais e para a análise da autocorrelação espacial entre as variáveis acima citadas foram utilizadas técnicas Geoestatísticas. A série histórica da doença mostrou uma crescente evolução dos casos, com incidências máximas nos anos de 2013 e 2014 com 40,9/100.000 habitantes, também foi observado um padrão sazonal com maior notificação no segundo semestre. O perfil epidemiológico da doença foi masculino, adulto, etnia parda, analfabeto, residente em áreas urbanas e rurais. A transmissão oral foi a maior responsável pela infecção em áreas urbanas, como, nas regiões Sede, Morucupi e Vila do Conde e a transmissão vetorial foi maior em áreas rurais, como, nas regiões das Ilhas e Estradas, foi observado um padrão de aglomerados da doença em áreas onde ocorreram desmatamentos. O uso de técnicas Estatísticas e Geoestatísticas se mostraram satisfatórias e possibilitaram identificar regiões com diversos níveis de riscos. Considerando os resultados obtidos ressaltamos a importância da utilização destas técnicas aplicadas a estudos em Saúde Pública, pois a utilização das mesmas no âmbito deste trabalho contribuiu para a construção de possíveis cenários ecopidemiologico da doença de Chagas, fornecendo informações importantes para gestores e planejadores em saúde, no sentido do controle e vigilância deste agravo.

     

  • CLAUDIA CRUZ BARBOSA
  • AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E BIOQUÍMICOS, RELACIONADOS COM O PROCESSO DE TRANSIÇÃO NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO INDÍGENA XIKRIN DO KATETÉ.

  • Data: 15/04/2016
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  • A transição epidemiológica está relacionada com a mudanças econômicas e socioculturais que alteram a fecundidade e a morbimortalidade de uma população, modificando a forma de adoecer dessas pessoas, diminuindo os casos de doenças infecciosas e parasitárias e aumentando o número de doenças crônicas não transmissíveis, a transição nutricional faz parte deste processo, estas alterações modificam o padrão alimentar de uma população, contribuindo para o processo de transição epidemiológica. No Brasil apesar do decréscimo global e proporcional das taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, esta taxa ainda é considerada elevada e encontra-se aliada ao aumento das DCNT’s. Este estudo visa descrever a antropometria (Índice de massa corporal e Circunferência de cintura) e os exames bioquímicos (Glicemia de jejum, Hemoglobina glicada, Triglicerídeos e Colesterol) e a possível relação destas varáveis, participaram 293 indígenas sendo 130 homens e 163 mulheres, adultos Xikrins do Kateté maiores de 18 anos da etnia Kayapó, residentes na região da mata de cipó, no interior da jurisdição do município de Parauapebas, próximo ao núcleo urbano de Carajás, Pará, Brasil. Foram feitos testes para verificar se houve diferença significante nos resultados entre os sexos e a relação entre as variáveis.  Ocorreram resultados significante em relação ao sexo, entre as varáveis antropométricas (IMC e CC), 83,3% das mulheres estavam com excesso de peso, 47,1% estavam obesas e 95,3% estavam com a circunferência de cintura elevada, enquanto 69,6% dos homens estavam com excesso de peso, 24,5% obesos e 46,9% com a circunferência de cintura elevada. Nos resultados bioquímicos houve um grande número de glicemia de jejum alterada, 54,3 % dos indivíduos, havendo associação entre a o IMC e CC e entre glicemia e triglicerídeos. Os resultados sugerem que os Xikrins do Kateté estão passando por um rápido processo de transição nutricional, igual ao exposto em outros estudos com populações indígenas.

  • FABIO GIAN BRAGA PANTOJA
  • AVALIAÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES

    DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA

     

  • Data: 08/04/2016
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  • A Síndrome de Burnout é uma doença ocupacional que se expressa em três dimensões:

    exaustão emocional (EE), despersonalização (DP) e baixa realização pessoal (RP), causando

    prejuízos à saúde do trabalhador. Objetivos: avaliar os elementos que caracterizam a doença

    em trabalhadores de um hospital universitário do município de Belém, Estado do Pará-Brasil.

    Métodos: Estudo descritivo e observacional através de abordagem quantitativa de

    delineamento transversal. Foram aplicados 2 questionários, sendo um protocolo de

    caracterização sócio-ocupacional e o Maslach Burnout Inventory (MBI) com 62 profissionais.

    Para análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva e inferencial. A apresentação dos

    dados foi realizada por meio de distribuições de frequências absolutas e relativas. A estatística

    inferencial foi realizada pela aplicação do teste de Kruskal-Wallis, pois as amostras não foram

    gaussianas, conforme o resultado do teste de D'Agostino-Pearson . O teste do Qui-quadrado

    foi utilizado para avaliar as variáveis qualitativas. As variáveis quantitativas foram

    comparadas pela ANOVA de Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn, visto que não foram

    compatíveis com o padrão de normalidade. Considerou-se nível de significância (nível alfa)

    de 5%. Resultados: 48,3% apresentaram grau médio ou alto em EE; 40,03% médio ou alto

    em baixa RP e 38,7% apresentaram grau médio ou alto em DP, sendo que 45,16% dos

    trabalhadores apresentaram pelo menos uma das dimensões em nível crítico e 8,06%

    apresentaram todas as três dimensões críticas. Encontrou-se associações estatísticas

    significativas entre estado civil solteiro e maiores níveis de EE (p=0,0285) e RP (p=0,0082);

    renda acima de 10 salários mínimos e altos níveis de EE (p=0,0122) e DP (p=0,0498),

    desinteresse pela profissão e maiores níveis de RP (p=0,0011) e DP (p=0,0046) e outra

    atividade remunerada e altos níveis de EE (p=0,0373). Discussão: Embora alguns resultados

    não confirmem a literatura, deve-se ressaltar que a maioria das categorias profissionais ainda

    não haviam sido investigadas adotando a metodologia descrita, o que nos impediu de

    estabelecer comparações mais consistentes. Considerações finais: O índice de prevalência

    encontrado foi alto entre os trabalhadores. Como grande parte das associações estudadas não

    obtiveram significância estatística, é possível sugerir que as condições de trabalho podem ser

    as responsáveis pelos sintomas do burnout mais do que as características isoladas dos

    profissionais ou de seu ambiente de trabalho

  • JOANA DULCE CABRAL FORMIGOSA
  •  “SEGURANÇA TRANSFUCIONAL: USO RACIONAL DO SANGUE E REAÇÕES TRANSFISIONAIS IMEDIATAS, A EXPERIENCIA DE UM HOSPITAL DE PUBLICO NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 08/03/2016
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  • INTRODUÇÃO. Toda transfusão sanguínea deve ser rigorosamente indicada com base no uso racional do sangue, indicação clínica e na menor exposição do paciente a reações transfusionais, de forma a garantir a segurança transfusional do processo. OBJETIVOS. Analisar a segurança transfusional no que se refere ao uso racional do sangue e à notificação de reações transfusionais em um hospital público estadual de Belém/Pará, no período de outubro de 2013 a dezembro de 2014. MATERIAL E MÉTODOS. Pesquisa de caráter exploratório, descritivo, quantitativo, com dados provenientes de solicitações de transfusão sanguínea encaminhadas à Agência Transfusional, das Fichas de Notificação de Reação Transfusional, e da aplicação de questionário às equipes médica e de enfermagem dos setores com maior número de solicitações de transfusão da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FPEHCGV). RESULTADOS. O levantamento das requisições de transfusão de hemocomponentes (590) mostrou que 41% das solicitações eram provenientes do Bloco cirúrgico e de Unidades de Terapia Intensiva, sendo 40% em caráter de urgência, e apenas 68 estavam completamente preenchidas. A anemia e a reserva de hemocomponentes para procedimento cirúrgico foram as principais justificativas de transfusão, principalmente para pacientes idosos. A notificação de reações transfusionais foram apenas 07, sendo 05 por transfusão de concentrados de hemácias em pacientes adultos, por causas febris não-hemolíticas (04), alérgicas urticariformes (02) e sobrecarga volêmica (01). Em relação ao conhecimento dos profissionais (93) sobre transfusão sanguínea e reação transfusional constatou-se que 38% disseram ter aprendido noções de hemoterapia da vivência diária; 60%-70% informaram saber, com segurança, os critérios para indicação de uma transfusão e para o reconhecimento e registro dos sinais/sintomas de uma reação transfusional; 42% declararam que na ocorrência de um evento adverso suspenderiam a transfusão. Todos os entrevistados consideram necessária a implantação de programas de treinamento em hemoterapia na FPEHCGV. CONCLUSÃO. A análise indireta da segurança transfusional mostrou que os entrevistados tinham falhas na formação técnica-básica em hemoterapia, refletindo-se em falhas no preenchimento de informações clínicas importantes da ficha de solicitação de transfusão de hemocomponentes e, possivelmente, na redução do número de notificações de reações transfusionais. Sugerindo que estas condições podem ser fatores desfavoráveis ao uso racional de sangue e a segurança do paciente.

  • NADIA BARRETO DOS SANTOS
  •  

    ACOLHIMENTO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO DISTRITO ADMINISTRATIVO DO GUAMÁ, BELÉM, PARÁ: a visão de usuários idosos.

  • Data: 04/03/2016
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  • Este estudo teve como objetivo conhecer a percepção dos idosos de uma Estratégia Saúde da Família do Distrito do Guamá, Belém, Pará (ESF) sobre o acolhimento, bem como as dificuldades enfrentadas e suas expectativas, partindo do conhecimento destes usuários sobre o tema e observação da dinâmica de atendimento na ESF. Levando em consideração a realidade do número cada vez maior de idosos nos serviços de saúde e a necessidade de atendimento diferenciado, o Ministério da Saúde tem apontado como prioridade a expansão e qualificação da atenção básica por meio da Estratégia de Saúde da Família, bem como tem investido na formulação e implementação de políticas nesta direção. Em meio a esse contexto, o acolhimento tem um papel muito importante, pois ao possibilitar aos usuários a escuta de seus problemas e a resolução dos mesmos de forma qualificada, caracteriza-se como uma tecnologia que contribui para a organização do serviço, de forma a se garantir acesso universal e a resolutividade. É importante, portanto, a identificação de experiências sobre acolhimento no Sistema Único de Saúde. O desenho do estudo constituiu-se de abordagens quantitativas e qualitativas, realizado no período de junho a agosto de 2015, na ESF Parque Amazônia I do DISTRITO ADMINISTRATIVO DO GUAMÁ, Belém, Pará. Os dados quantitativos foram obtidos através de um formulário com informações referentes ao perfil sociodemográfico dos usuários, dos quais foi feita uma análise descritiva. Os dados qualitativos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e observação participante. Foram entrevistados 20 idosos. A análise qualitativa foi realizada através da Análise de Conteúdo Temática de Bardin. A maioria dos idosos era do sexo feminino, possuía entre 60 e 70 anos, com renda familiar de apenas um salário mínimo. 50% deles era analfabeto e a maioria possuía cônjuge. Através da análise qualitativa foram encontradas 11 categorias, que foram agrupadas em quatro temas: Acolhimento: o significado da palavra no olhar do idoso; Acolhimento como tecnologia para reorganização do serviço; Relação profissional de saúde-usuário: atitude empática que favorece o acolhimento; Acolhimento: tecnologia que contribui para a concretização de um modelo assistencial baseado na clínica ampliada. O conceito de acolhimento que emergiu das falas dos usuários traduziu-se no desejo de ser bem tratado; ser recebido com carinho, paciência, a boa convivência e o respeito. Estas são características que mostraram a face relacional do acolhimento e o quanto é importante a relação entre profissional de saúde e usuário. No campo das atitudes práticas, passando além do conceitual, foi relatada a longa espera para o atendimento e para agendamento de consultas e exames, espaço físico inadequado, falta de alguns remédios, fazendo com que tenham que se deslocar até outras localidades, tendo que superar obstáculos geográficos e financeiros, caracterizando-se como dificuldades à concretização do acolhimento. Além disso, infelizmente, a lógica reducionista – curativista – baseada na fartura de remédios e médicos está instalada não obstante todos os esforços para a transformação desse modelo assistencial no SUS. Logo, o acolhimento, se realizado de maneira efetiva, representa um instrumento que pode contribuir significativamente para essa grande revolução na concepção de cuidado em saúde, tendo em vista que, através dele, o usuário é colocado no centro, trazendo melhores resultados para a sua saúde. Portanto, o estudo possibilitou uma reflexão sobre conceitos e características relacionadas ao acolhimento que se evidenciam na prática, ou que ainda estão por melhorar, trazendo novas perspectivas para a melhoria do sistema de saúde à luz desta diretriz.

  • ANA LORENA LIMA FERREIRA
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    AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROJETO "ACADEMIA AO AR LIVRE" DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA

  • Data: 15/02/2016
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  • As determinações de instituições internacionais e nacionais, como a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil, preconizam desde 2006 o desenvolvimento de programas e estratégias que viabilizem a prática de atividade física e alimentação saudável. Contudo, altos níveis de inatividade física são percebidos no Brasil, o que é considerado um grave problema de saúde pública em função da influência que exerce na prevalência das doenças crônicas não transmissíveis. No município de Belém, existe desde o ano de 2009 o projeto de "Academia ao Ar Livre", que tem o objetivo de promover a prática de atividade física visando a melhora da qualidade de vida e da saúde da população. Sabe-se que o processo avaliativo é crucial para a percepção de efetividade de uma ação em saúde. Dados quanto a avaliação desse projeto são limitados ou não existem. Logo, teve-se como objetivo realizar uma avaliação diagnóstica do Projeto "Academia ao Ar livre" da Secretária Municipal de Esporte, Juventude e Lazer da Prefeitura de Belém, a partir da análise da estrutura (implementação, profissionais e equipamentos), do processo (relação entro o usuário e o profissional envolvido) e dos resultados (percepção de saúde dos usuários). Foi feito em estudo de caso e utilizou-se a triangulação dos métodos, com a combinação de abordagens quantitativas e qualitativas. Foram realizadas entrevistas: semiestruturadas com os gestores responsáveis pelo projeto e entrevistas estruturadas com profissionais atuantes nos polos e com os usuários. Percebeu-se que a distribuição das academias no território de Belém, não possibilitou acesso adequado a toda ou pelo menos a maioria da população. De acordo com os gestores o processo de avaliação existe, mas o mesmo não é formalizado e sistematizado e sim baseado no retorno verbal dos usuários e profissionais. Foi colocado pela maioria dos usuários que houve melhora da saúde após o ingresso na academia ao ar livre, com redução de quadros álgicos dentre outros. Porém, mesmo que os gestores tenham relatado que existe o planejamento e a aquisição de materiais para a implementação de 20 novas academias até 2017, e que existe verba voltada especificamente para a manutenção da infraestrutura, grande parte dos usuários apontou que a falta de manutenção dos maquinários era a maior necessidade do projeto. Sobre o ponto de vista dos profissionais, a maior limitação era quanto a inadequação dos espaços das AAL. Assim, apesar dos benefícios relacionados a saúde, referido pelos usuários, limitações relacionadas ao contexto de implementação e sustentabilidade, dentre outros pontos, parecem comprometer a efetividade do programa

  • RAISSA CECILIA ROSALINO GUIMARAES
  • Condições socioeconômicas , demográficas e o crescimento de crianças quilombolas no Pará".

  • Data: 12/02/2016
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  • Identificar os determinantes sociodemográficos e econômicos de populações quilombolas residentes no Estado do Pará e suas possíveis interferências no crescimento das crianças de 0- 3 anos de idade. Metodologia: A amostra analisada foi constituída por 120 crianças menores de 3 anos de idade e por 87 pessoas acima de 18 anos que representavam os pais e/ou responsáveis das crianças, totalizando 207 pessoas. O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados foi um questionário de visita domiciliar com perguntas qualitativas e quantitativas sobre aspectos socioeconômicos, dados de moradia e saneamento básico, obtidas por meio de entrevista com cada chefe de família e um questionário individual a fim de obter as medidas antropométricas das crianças. Os índices Peso para Idade (P/I), Estatura para Idade e Índice de Massa Corporal (IMC) para idade (IMC/I) foram os descritores do estado nutricional das crianças e para este estudo foi considerado como desfecho, ou seja, variável dependente, os valores de escore-z abaixo de -2 para estes índices e os determinantes sociodemográficos e econômicos se configuraram como variáveis independentes, que foram categorizadas para a realização do teste do qui-quadrado, cuja correlação é significativa para os valores que apresentem p ≤ 0,05. Resultados e Discussão: As comunidades quilombolas paraenses apresentaram resultados bastante expressivos, evidenciando a precária infraestrutura que ainda os caracteriza, marcados pela dificuldade de acesso à água potável e sistema de esgoto inexistente. O estado nutricional das crianças sugere o processo de transição nutricional, em que ainda há prevalência de crianças com baixo peso e déficit estatural, ao mesmo tempo em que se percebe a tendência do excesso de peso entre os menores de 3 anos. Conclusão: Este estudo mostra que não é somente a população com condições economicamente favoráveis que estão passando pelo processo de transição nutricional, mas que aquelas populações em situações mais precárias podem estar experimentando este processo também, e reforça a importância da realização de estudos com este tipo de delineamento em populações vulneráveis, como os quilombolas, que apesar de ser uma população expressiva no Brasil e principalmente na Amazônia, ainda são coadjuvantes nas pesquisas científicas e na literatura nacional e internacional.

  • GILZA BRENA NONATO MIRANDA
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    Integralidade no trabalho em saúde: dificuldades, possibilidades e perspectivas gerais da abordagem multiprofissional na visão dos trabalhadores de uma equipe da Atenção Primária de Belém-Pará

    BELÉM

  • Data: 04/02/2016
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  • MIRANDA, G.B.N. Integralidade no trabalho em saúde: dificuldades, possibilidades e perspectivas gerais da abordagem multiprofissional na visão dos trabalhadores de uma equipe da Atenção Primária de Belém-Pará. Dissertação (Mestrado em Saúde, Ambiente e Sociedade) - Programa de Pós-graduação e Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia da Universidade Federal do Pará, Belém – Pará, 2016.

    A integralidade, um dos princípios do SUS, é amplamente discutida por sua diversidade de significados, dentro os quais, destacamos a abordagem multiprofissional, um dos pilares dos processos de trabalho da Estratégia Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, enquanto ferramentas de reestruturação do novo modelo de atenção à saúde preconizado pela Atenção Primária. O Objetivo deste trabalho foi avaliar a rotina de um serviço de saúde, com ênfase nas práticas e concepções de uma equipe de ESF e NASF dentro da abordagem multiprofissional, à luz da integralidade do cuidado. O estudo foi realizado por meio da técnica da observação participante associada à aplicação de entrevistas semi-estruturadas, com posterior análise de conteúdo nas equipes da ESF Parque Amazônia I e NASF Terra Firme, no período de Junho à Agosto de 2015. Os profissionais demonstraram possuir conhecimento a respeito da integralidade e abordagem multiprofissional, no entanto apresentam dificuldades em praticá-los, devido desafios ligados, principalmente, a questões estruturais do serviço, especialmente os trabalhadores da ESF, citaram as visitas domiciliares e as ações educativas como principais práticas ligadas à abordagem multiprofissional, apontaram a união como aspecto positivo do trabalho em equipe, e sugeriram melhorias na infra estrutura para otimizar as ações dos trabalhadores. Percebe-se a necessidade de constantes capacitações e atualizações para o aperfeiçoamento dos profissionais que atuam neste nível de atenção, mas também suporte estrutural adequado por parte da gestão, para ofertar saúde de qualidade à população.

  • RAPHAELLA SANTOS LOUREIRO
  • INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA, AFASTAMENTO DO CONVÍVIO FAMILIAR E A PERCEPÇÃO DE SAÚDE ENTRE IDOSOS DE BELÉM-PA

     

  • Data: 02/01/2016
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  • O envelhecimento da população mundial, inclusive na Amazônia, é um fenômeno que faz

    com que pesquisadores, gestores de saúde e políticos precisem se debruçar sobre as demandas

    específicas de uma sociedade cada vez mais longeva. Este fato, juntamente com a mudança da

    dinâmica familiar atual, vem refletindo em um aumento no número de idosos residentes em

    Instituições de Longa Permanência (ILPI’s). A transferência do idoso de sua casa para a ILPI

    faz com que ele tenha de se adaptar a uma nova realidade, que inclui mudanças de hábitos,

    rotinas, ambientes e relações pessoais e sociais. Esta situação pode acarretar em modificações

    na saúde e qualidade de vida destes idosos, sendo este um tema relevante para a saúde

    pública. No Brasil, pouco tem sido investigado sobre o impacto do afastamento familiar na

    saúde da pessoa idosa institucionalizada. Este estudo tem por objetivo investigar as potenciais

    relações entre institucionalização, afastamento familiar e percepção de saúde. Trata-se de um

    estudo observacional e descritivo, utilizando uma abordagem qualitativa atrelada à

    perspectiva fenomenológica. Participaram 26 idosos, sendo seis homens e 20 mulheres, na

    faixa etária de 62 a 95 anos, residentes em duas ILPI’s, de Belém, PA. Foi aplicado um

    questionário de caracterização do idoso e realizada uma entrevista semi-estruturada com cada

    um, além da observação participante durante as atividades cotidianas. Os dados foram

    analisados segundo a técnica da análise de conteúdo. Observou-se que 50% dos idosos

    avaliam sua condição de saúde como boa, e que os homens apresentam aparente falta de

    interesse em relação a saúde; que as visitas familiares não ocorrem com frequência, mesmo

    entre aqueles que citaram ter convívio familiar, e que mesmo quando o próprio idoso opta

    pela institucionalização essa escolha é feita devido a alguma necessidade externa ao sujeito.

    Observou-se ainda que o afastamento do convívio familiar é entendido como agente de

    contentamento e/ou angústia, dependendo de cada sujeito e dos contextos vivenciados, o que

    interfere na percepção de bem-estar subjetivo. O estudo apontou que os idosos diferenciam

    condição de saúde e bem-estar, e que a saúde dos idosos institucionalizados além de ser

    influenciada por fatores físicos e biológicos próprios de sua idade é também afetada por sua

    percepção sobre o afastamento do convívio familiar. Outros fatores que potencialmente

    influenciam a percepção de saúde são as experiências pessoais e sociais, as expectativas, os

    fatores socioeconômicos e ambientais a que dispõe. Conclui-se que a autopercepção de saúde

    nos idosos institucionalizados resulta de um complexo conjunto de fatores que precisam ser

    levados em consideração quando se analisa a qualidade de vida dos residentes e quando se

    planeja políticas públicas voltadas a este segmento da população.

2015
Descrição
  • MARCELLA KAROLINE TAVARES DOS SANTOS
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    A INFLUÊNCIA DO PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO NA

     

    GOVERNANÇA: Um estudo de caso na Comissão Intergestores Regional de Saúde

     

    Metropolitana I

     

  • Data: 16/12/2015
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  • SANTOS, Marcella Karoline Tavares dos. A influência do planejamento regional integrado na governança: Um estudo de caso na Comissão Intergestores Regional de Saúde Metropolitana I. 2015. 147 f. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós- Graduação de Mestrado em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia) –Universidade Federal do Pará, Belém-PA, 2015.

    O Decreto 7.508/2011 causou mudanças na operação e na gestão do Sistema Único de Saúde. A regionalização da saúde foi enfatizada, trazendo consigo a gestão compartilhada e a articulação interfederativa. Agora, além do planejamento emâmbito individual, os entes federados devem fazê-lo em conjunto, reunidos em Comissão Intergestores Regional (CIR), de forma ascendente e integrada, através de momentos interdependentes e com instrumentos específicos para pactuar responsabilidades em Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde (COAP). Tal situação representa a vivência da governança, pois converge esforços e habilidades dos  overnantes para a implementação das ações e alcance de diretrizes, objetivos e metas regionais de saúde. A análise da influência do processo de planejamento regional integrado na governança vivenciada pela CIR Metropolitana I foi o objetivo geral deste estudo. Para isso, utilizou-se a Triangulação de Métodos, executando-se técnicas quantitativas e qualitativas à consecução de pesquisa avaliativa de análise de implantação e de estudo de caso, obtendo-se como resultado a verificação de CIR parcialmente implantada, ainda não executando todos os passos metodológicos do planejamento regional integrado indicado pelas legislações e sem COAP assinado, o que influenciou negativamente a governança vivenciada, uma vez que a respectiva CIR ainda não pactuou responsabilidades regionais à melhoria da saúde da população abrangida de forma a implementar as devidas políticas regionais de saúde. Apesar disso, apresentou movimentações positivas em prol deste processo, ensejando a continuidade do estudo em pesquisas futuras.

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