Dissertações/Teses

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2023
Descrição
  • EVERTON LUIZ POMPEU VARELA
  • EFEITO DO LICOPENO NA MALÁRIA EXPERIMENTAL

  • Orientador : SANDRO PERCARIO
  • Data: 21/11/2023
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  • A malária é uma doença potencialmente fatal. Sua letalidade está associada a elevada concentração de radicais livres indutores de estresse oxidativo no organismo hospedeiro. O estresse oxidativo pode ser prevenido pela ação de antioxidantes. Para confirmar esta hipótese, avaliamos os efeitos do fitonutriente licopeno (LYC) sobre as alterações oxidativas induzidas pelo Plasmodium berghei (Pb) em camundongos e comparamos aos efeitos da N-acetilcisteína (NAC). Para isso, camundongos Balb/c foram pré-tratados com uma dose de 3,11mg/kg de peso corporal/dia de LYC ou 62mg/kg pc/dia de NAC. Vinte e quatro horas depois, os animais foram infectados pela injeção intraperitoneal de 106 hemácias parasitadas. Os tratamentos continuaram diariamente até o dia anterior aos dias 1, 4, 8 ou 12 de infecção. Após esses períodos a parasitemia e a taxa de mortalidade foram avaliadas. Os animais sobreviventes foram submetidos a eutanásia e foram coletados o cérebro e pulmões para análises bioquímica de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), capacidade antioxidante pela inibição dos radicais ABTS (AC-ABTS) e DPPH (AC-DPPH), ácido úrico (UA) e óxido nítrico (NO). Os resultados demonstraram um aumento progressivo da parasitemia de 0.6%, 5.6%, 15.8% e 40% nos dias 1, 4, 8 e 12, respectivamente, e taxa de mortalidade elevada de 47% e 45% no 8° e 12° dia pós-infecção, respectivamente. As mortes ocorreram devido ao estresse oxidativo, que foi confirmado pelo aumento dos níveis de TBARS, AC-ABTS, AC-DPPH, UA e NO no cérebro e pulmões dos camundongos. O tratamento com LYC diminuiu a progressão da parasitemia para 19% e a taxa de mortalidade para 20% no 12º dia pós-infecção. O LYC também foi capaz de reduzir os níveis de TBARS, UA e NO comparado aos grupos Pb (p< 0.0001) e NAC+Pb (p<0.0001), atingindo valores semelhantes aos animais Sham. O LYC é um fitonutriente que impede o estresse oxidativo, devido a sua poderosa ação antioxidante. Esta ação pode ser a principal responsável pela redução da parasitemia e da taxa de mortalidade. Portanto, o LYC foi eficaz contra a infecção e alterações oxidativas induzidas por Pb, devido sua ação antioxidante. Assim, o LYC pode representar uma estratégia terapêutica promissora para a diminuição da morbidade e mortalidade causadas pela malária.

  • DANUBIA MARCELA PEREIRA VALENTE
  • Distribuição vertical e temporal de mariposas Arctiini (Erebidae), Saturniidae e Sphingidae (Insecta, Lepidoptera) na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil

  • Data: 29/09/2023
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  • Os lepidópteros (mariposas e borboletas) são uma das principais ordens de insetos de grande abundância, diversidade de espécies e empregados como bioindicadores para avaliação da qualidade ambiental. As mariposas Arctiini (Erebidae), Saturniidae e Sphingidae além de exibirem as qualidades supracitadas, são noturnas e bem amostradas através de armadilhas luminosas. O presente estudo objetivou gerar um suporte de informações sobre a fauna de Arctiini, Saturniidae e Sphingidae a respeito de sua distribuição vertical e temporal na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil. A metodologia utilizada na estratificação vertical consistiu na captura das mariposas com armadilhas luminosas instaladas nos estratos dossel (45 m), intermediário (23 m) e sub-bosque (2 m), no horário das 18 h às 7 h, no período de lua minguante/nova em três noites consecutivas mensais, entre maio de 2019 a fevereiro de 2020. Já a atividade horária de voo de mariposas empregou-se o mesmo período de amostragem do estudo de estratificação, porém em cada estrato as mariposas foram recolhidas da armadilha de hora em hora (19 h às 7 h). Os resultados desta tese são apresentados em seis capítulos. No primeiro e segundo capítulos, a estratificação vertical de Sphingidae e Arctiini foram avaliadas utilizando os parâmetros de abundância, riqueza, diversidade e dominância; e as análises de variância (ANOVA), a análise de variância permutacional multivariada (PERMANOVA) e a análise de escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS). Nos capítulos terceiro, quarto e quinto, a atividade horária de voo das mariposas Artctiini, Sphingidae e Saturniidae foram verificadas o padrão de distribuição da riqueza e abundância de espécies ao longo da noite pela análise circular e a relação destes parâmetros com a temperatura, umidade relativa e velocidade do vento empregando a correlação e a regressão linear. Nos estudos de estratificação a família Sphingidae totalizou 33 espécies e 775 espécimes e a maioria deles se concentraram no dossel, enquanto a tribo Arctiini registrou 180 espécies e 1.153 espécimes que tiveram preferência pelo estrato intermediário. As análises empregadas mostraram que a fauna de mariposas apresentou diferenças significativas em dois ou mais estratos. O padrão de atividade horária de voo apresentado por Arctiini teve pico de riqueza no horário inicial (20h) e abundância no final (5h), Sphingidae o pico de riqueza (3h) e abundância (5h) foram observados nos horários finais, e Saturniidae obteve desempenho inverso ao voo de Arctiini com maior riqueza nas últimas horas (4h) e abundância nas primeiras horas (21h). A riqueza de espécies de Arctiini, foi influenciada positivamente com a temperatura, a abundância e riqueza de saturnídeos com a velocidade do vento e a abundância de esfingídeos com todas as variáveis meteorológicas. No sexto capítulo a confirmação da ocorrência da espécie Tipulodes rubriceps Dognin, 1912 na Amazônia brasileira contribuiu para o conhecimento da biogeografia e diversidade de macrolepidópteros na Amazônia. Portanto, podemos concluir que a estratificação vertical, a atividade de voo e as variáveis meteorológicas exercem uma importante função na dinâmica e estrutura populacional destas mariposas; além de ampliar o conhecimento de lepidópteros e enaltecer a importância das unidades de conservação para o bioma Amazônia

  • JANAINA PINHEIRO GONCALVES
  • ETNOCONHECIMENTO E O MANEJO DA AGROBIODIVERSIDADE EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO NA AMAZONIA ORIENTAL: UM ESTUDO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA, PARÁ

  • Data: 31/03/2023
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  • Os remanescentes quilombolas possuem uma estreita relação com o ambiente natural onde a terra é um espaço de convivência, resistência e perpetuação dos conhecimentos ancestrais, o que define e marca sua identidade étnica e cultural. Essas interações e relações do manejo da diversidade entre e dentro de espécies, os conhecimentos tradicionais e o manejo de múltiplos agroecossistemas é o que define a agrobiodiversidade. Neste sentido, a presente tese objetivou compreender a dinâmica do manejo da agrobiodiversidade e o etnoconhecimento nas comunidades quilombolas de várzea e terra firme no município Abaetetuba, Pará e suas relações com as formas locais de organização da produção, do espaço e do trabalho. Inicialmente, foi realizada uma abordagem cienciométrica acerca dos estudos envolvendo agrobiodiversidade em comunidades quilombolas do Brasil, no período de 2002 a 2021, e paralelo a isso, realizou-se uma pesquisa de campo no Município de Abaetetuba, Pará, nas comunidades Ramal Bacuri e Rio Baixo Itacuruçá, situadas em área quilombola. Os dados foram coletados no período de dezembro de 2019 a abril de 2021, por meio de observação direta, entrevistas semiestruturadas e a técnica da turnê-guiada. As espécies vegetais e animais citadas foram agrupados em categorias de uso baseadas na classificação dada pelo interlocutor, com identificação por meio de coleta e herborização. Os dados foram tratados por meio de técnicas de estatística descritiva, determinação de frequências e para aferir diferença estatísticas entre as idades dos informantes nas duas comunidades utilizou-se o teste de Mann Whitney, haja vista que não houve normalidade nos dados, o teste foi realizado no programa R (R Development Core Team 2010). Os resultados parcialmente encontrados demonstram que no período analisado foram encontradas 39 produções acadêmico-científicas on-line, onde a maioria (17) foram dissertações, com pesquisas concentradas, principalmente, na região sudeste do país. Quanto às comunidades em estudo, foram entrevistadas 157 unidades familiares, com idades variando entre 19 e 89 anos, os quais já residem nas localidades há mais de 30 anos. Nestas comunidades, as plantas medicinais funcionam como primeiro recurso no auxílio à saúde, já que não há atendimento médico nas localidades. As espécies florestais foram presentes em apenas 34,3% das propriedades visitadas, com destaque para a família Fabaceae, com maior número de citações para acapú (Vouacapoua americana Aubl.) e sapucaia (Lecythis pisonis Cambess). Ao considerar o termo agrobiodiversidade e sua relação com as comunidades quilombolas no Brasil, é possível considerar que as pesquisas acadêmico-científicas ainda são pouco desenvolvidas e divulgadas na rede de internet, principalmente quando se compara a biodiversidade agrícola mantida por inúmeras comunidades quilombolas ao longo do território nacional. No que tange às comunidades quilombolas Ramal Bacuri e Rio Itacuruçá, as unidades familiares são formadas, predominantemente, por indivíduos nativos, residentes há décadas em seus locais, sobrevivendo por meio de suas atividades agrícolas e extrativistas o que favorece sua reprodução social e a conservação e valorização da agrobiodiversidade local.

  • RAYNON JOEL MONTEIRO ALVES
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA VOLÁTIL E BIOATIVIDADES DE BRIÓFITAS SOBRE Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) EM FOLHAS DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.)

  • Data: 16/02/2023
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  • As briófitas produzem compostos bioativos que podem ser utilizados em processos biotecnológicos para o controle de insetos-praga, conforme relatado na literatura mundial, inclusive, de Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797), que é uma das principais pragas da cultura do feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.). Diante disso, este estudo reportou o panorama cienciométrico relacionado às bioatividades de briófitas sobre insetos, a composição química volátil de Calymperes palisotii Schwägr. e Octoblepharum albidum Hedw. e as atividades biológicas de seus extratos etanólicos sobre S. frugiperda, em folhas de feijão-caupi. Por meio de uma abordagem cienciométrica, do período de 2000 e 2020, foram encontrados 19 trabalhos, em âmbito mundial, que estudaram 53 espécies de briófitas, cuja maioria apresentou efeito fagodeterrente e/ou inseticida e/ou inibidor de desenvolvimento sobre lepidópteros, coleópteros ou dípteros. Técnicas de engenharia genética, cultivo in vitro e criopreservação podem dar suporte à bioprospecção de briófitas para o controle populacional de insetos-praga. As composições químicas voláteis de C. palisotii e de O. albidum foram analisadas por cromatografia gasosa acoplada à espectometria de massa. Foram identificados 13 compostos em C. palisotti, com predomínio de hexanal, 3-metil-2-pentanona, E-nerolidol e fenilacetaldeído, e 12 identificados em O. albidum, sendo os majoritários o ácido hexadecanóico, ácido oleico E-isoeugenol, 1-octen-3-ol e ácido esteárico. Conforme a literatura, tais constituintes químicos apresentam bioatividades sobre insetos, sugerindo o uso potencial no manejo integrado de pragas. O extrato etanólico de cada uma dessas espécies de musgos foi testado em experimento com cinco tratamentos (2,0, 1,0, 0,5 e 0,25 mg/ml e o Controle) e cinco repetições, totalizando 25 bioensaios, cada um contendo uma larva de S. frugiperda e um disco foliar de feijão-caupi tratado com as concentrações do extrato e Controle. Os dados analisados foram a taxa de herbivoria e a mortalidade, durante 24, 48 e 72 horas, e, no caso de C. palisotii, também a mortalidade e a deformidade, nos pós-experimentos. O extrato de C. palisotii apresentou somente efeito fagodeterrente sobre lagartas de terceiro instar, sobretudo, nas concentrações de 2,0; 1,0 e 0,25 mg/ml, com diferenças significativas em relação ao Controle, em 24 e/ou 48 horas, e, nos pós-experimentos, houve o maior número de mortes de espécimes de sexto instar e, somente neste grupo, os sobreviventes apresentaram deformidades morfológicas. Houve efeito fagodeterrente também no extrato de O. albidum sobre lagartas-do-cartucho de terceiro instar, com diferenças significativas entre o Controle e 0,25 mg/ml, durante todo o experimento, e, em 72 horassomente entre o Controle e o 2,0 mg/ml. Foi constatado também a morte dos espécimes, principalmente, em 48 e 72 horas, e nas duas menores concentrações. Concluiu-se que estudos sobre essa linha de pesquisa ainda são pouco desenvolvidos pelo mundo, apesar dos resultados satisfatórios das pesquisas já realizadas e de técnicas biotecnológicas para esta bioprospecção. As espécies C. palisotti e O. albidum possuem compostos orgânicos voláteis promissores para a formulação de bioinseticidas, assim como seus extratos etanólicos foram bioativos sobre o ciclo biológico de S. frugiperda, em folhas de feijão-caupi, contribuindo com a área da fitoquímica e bioatividades de briófitas sobre insetos-praga.

  • Cintia da Cunha Soares
  • CONCESSÃO FLORESTAL NO PARÁ: O CASO DA FLORESTA ESTADUAL DO PARU

  • Data: 14/02/2023
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  • A gestão de florestas públicas de produção foi instituída pela lei federal n° 11.284, de 02 de março de 2006, para regulamentar o uso e gestão de florestas públicas para produção sustentável. A destinação de território as comunidades locais, a criação de unidades de conservação e a concessão florestal são instrumentos de gestão definidos para atender aos princípios da referida lei. Os dois outros instrumentos são requisitos fundamentais para a implementação da concessão florestal ocorrendo em unidade de conservação, e em florestas públicas não destinadas, as glebas públicas. Com o objetivo de analisar a gestão das concessões florestais estaduais no Pará, sob os aspectos ambiental, social e econômico, utilizou-se a Floresta Estadual do Paru como estudo de caso. Esta tese está organizada em três capítulos, no primeiro capítulo apresenta-se um contexto geral da concessão no estado do Pará em florestas públicas estaduais e o desempenho de gestão; no segundo capítulo, discorre-se sobre a implementação da concessão florestal na floresta estadual do Paru e no terceiro capítulo aborda-se a percepção dos atores sociais sobre a concessão florestal na Floresta Estadual do Paru. A implementação da concessão florestal na Floresta Estadual do Paru tem importância singular, pois é a única unidade de conservação, sob a gestão do estado do Pará com concessão florestal, com 332 mil hectares, contudo tem sido um enorme desafio para a gestão, uma vez que ainda não foi possível garantir estabilidade no cumprimento contratual, que gere segurança para sua continuidade. Por fim, deve haver o fortalecimento do manejo florestal sustentável de concessão florestal, o manejo florestal comunitário e familiar, incentivo a florestas plantas, recuperação de áreas degradadas, comercialização de créditos de carbono, considerando que o estado do Pará apresenta relevante potencial para o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, promovendo a sua bioeconomia.

  • WANDERCLEYSON UCHOA ABREU
  • ECOVIGILÂNCIA MOLECULAR E METAGENÔMICA VIRAL EM MORCEGOS DE AMBIENTES URBANOS DA AMAZÔNIA.

  • Data: 08/02/2023
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  • Estudos acumulados ao longo dos últimos anos, tem mostrado que os morcegos podem abrigar muitos vírus, inclusive espécies de importância médica que podem ser transmitidos a humanos e outros animais, e causar doença. Atualmente, o mundo sofre as consequências de um vírus, cuja origem ainda é desconhecida, porém, indícios tem reportado, como sendo um coronavírus de origem de morcegos. Assim, estudos moleculares e metagenômicos extensivos de amostras biológicas nesses animais, podem revelar um grande número de vírus, tanto aqueles já classificados como também, de vírus novos. Para tanto, com o objetivo de caracterizar molecularmente a diversidade viral de quirópteros da região urbana do Município de Santarém- Pará-Brasil, realizamos um estudo metagenômico e prospectivo a partir de amostras biológicas de sangue, swabs oral e anal e de diferentes órgãos (intestino, fígado, rins e baço). Foram coletadas amostras de 5 espécies: Noctilio albiventris – n=19, N. leporinus n=1, Artibeus lituratus n=15, Myotis sp. n=06 e Molossus molossus n=67, pertencentes a 4 Famílias (Phyllostomidae, Molossidae, Vespertilionidae e Noctilionidae). Para as análises, 376 amostras biológicas, pré-processadas para o sequenciamento, foram divididas em pools (SO=56, SA=56, S=56, I=52, F=52, R=52 e B=52) e submetidas ao SNG na Plataforma Illumina (NovaSeq6000). Foram gerados contigs de 16 famílias virais – Adenoviridae, Anelloviridae, Astroviridae, Bornaviridae, Circoviridae, Coronaviridae, Genomoviridae, Hespesviridae, Parvoviridade, Papillomaviridae, Picobirnaviridae, Picornaviridae, Polyomaviridae, Paramyxoviridae, Rhabdoviridae e Retroviridae. A maior variedade de nucleotídeos de famílias virais foi encontrada nos pools de baço e intestino (11 familias), seguidos das amostras de swab oral (10 famílias). Uma diversidade vírus de interesse em saúde pública e veterinária tiveram contigsmontados durante a metagenômica das amostras, incluindo Coronavirus, Retrovirus, Adenovirus, Parvovirus, Papilomavirus e outros. Um novo Chaphamaparvovirus (CHPV) foi identificado em pools de figado de M. molossus bem como novos Totivirus que se agruparam filogeneticamente e estão relacionados a outros Totivirus descobertos em outros invertebrados. Este estudo forneceu informações importantes sobre a diversidade viral das espécies de morcegos estudadas, onde pudemos registrar leituras de material genético de vírus classificáveis e novos nas diferentes amostras biológicas e que tais registros podem dar base para propor a vigilância contínua de vírus de potencial infeccioso a partir dos estudos de amostras biológicas dos morcegos da região.

  • THYAGO GONÇALVES MIRANDA
  • ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Neckeropsis undulata (Hedwig) Reichardt COM AÇÃO ANTIFÚNGICA SOBRE Puccinia xanthii Schwein. EM CULTURA DE JAMBU (Acmella oleracea (L.) R. K. Jansen)

  • Data: 16/01/2023
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  • A flora briofítica é a segunda mais rica no mundo, estando bem distribuída em quase todos os ecossistemas terrestres. Nos estudos com briófitas o conhecimento de sua composição química encontra-se pulverizada em periódicos, idiomas e abordagens diversas, que indicam uma variedade de possibilidades biotecnológicas a ser explorada. Portanto, o objetivo da presente tese é avaliar o potencial antifúngico de diferentes diluições de extratos de Neckeropsis undulata (Hedwig) Reichardt contra a ferrugem (Puccinia xanthii Schwein) do Jambu (Acmella oleraceae (L.) R.K. Jansen). Inicialmente, realizou-se um levantamento cienciométrico sobre atividade antifúngica de espécies de briófitas, em diversas bases de dados, com delimitação temporal (2000 e 2019), buscou se apenas artigos revisados por pares com bioensaios. Posteriormente, a composição volátil da N. undulata também foi investigada, em que a identificação dos componentes foi baseada no tempo e índice de retenção linear e comparados com as principais bibliotecas. Para a obtenção de imagens morfoanatômicas dos sintomas da ferrugem, foi utilizado um fotomicroscópio (Leica DM 750). A atividade antifúngica foi testada nesse sentido, produziu-se 4 diluições do extrato hexânico de N. undulata, o desenho experimental era composto por um grupo controle (sem aplicação de tratamentos) e 4 tratamentos (um para cada diluição), sendo que para cada teste tinham-se cinco repetições, totalizando uma amostragem de 25 experimentos. Mensurou-se o diâmetro dos halos de infecção e esses valores foram comparados através de uma ANOVA, na intenção de verificar se a aplicação dos tratamentos gera uma diferença no diâmetro dos sintomas. Em caso de diferença, um teste Tukey foi utilizado como post-hoc. O estudo cienciométrico indicou estudos em todos os continentes entre os anos analisados, com destaque para o baixo número de estudos nas Américas, sendo que nenhum foi registrado no Brasil. No que tange a composição química dos voláteis presentes na N. undulata, encontrou-se, no total, 10 constituintes químicos, que corresponde a 91,42% do total de constituintes do extrato pentânico. Os componentes primários foram 1-Octen-3-ol (35, 66%), α-Muurolol (21, 36%), naftaleno (11, 27%) e hexanal (9, 98%). No estudo de morfoanatomia dos sintomas identificou-se sete estágios de desenvolvimento dos sintomas, destacando o estágio cinco, onde, anatomicamente, ocorre o rompimento da epiderme foliar. Os extratos de apresentaram ação antifúngica, com destaque para as frações 1,0 mg/ml e 1,5 mg/ml, que tiveram reduções significativas (F = 7.0134; Pr(>F) = 0.0011) no diâmetro da infecção. Em suma, trabalhos que visem descrever os perfis químicos de outras espécies de briófitas e suas ações bioativas, deveriam ganhar mais destaque e continuidade, bem como estudos que utilizem como controle os antifúngicos tradicionais utilizados na agricultura, além da validação do potencial comercial dessas plantas como alternativa sustável aos agrotóxicos.

2022
Descrição
  • CAROLINE GOMES MACEDO
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO DE Piper marginatum Jacq. CONTRA Leishmania (Leishmania) amazonensis E A CÉLULA HOSPEDEIRA

  • Data: 09/12/2022
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada com diversas manifestações clínicas causada por protozoários do gênero Leishmania. A Leishmaniose Tegumentar Americana acomete pele e mucosas causando deformidades e estigma social nos pacientes. Seu tratamento, apesar de eficaz, é um pouco limitado, devido aos efeitos colaterais e a resistência parasitária, além de ser um tratamento dispendioso. Produtos de origem natural podem oferecer uma diversidade química com potencial terapêutico, com reações adversas menos intensas e menor custo durante o tratamento. Neste contexto, destaca-se a Piper marginatum comumente utilizada na medicina popular no tratamento de diversas enfermidades e com potenciais atividades biológicas. Recentemente, diferentes extratos dessa espécie evidenciaram sua atividade leishmanicida e baixa toxicidade para macrófagos. Assim, há uma necessidade de outros estudos in vitro e in vivo a fim de elucidar sua atividade leishmanicida. Portanto, o objetivo do estudo, foi avaliar os efeitos de Piper marginatum contra Leishmania (L.) amazonensis e a célula hospedeira. Foi realizado uma revisão sistemática da literatura abordando atividade leishmanicida do gênero Piper com base nas recomendações propostas no guia PRISMA. Para os ensaios in vitro, o óleo essencial (POE) e o extrato etanólico (PEX) foram obtidos de folhas de P. marginatum, e o perfil químico do POE foi elucidado por CG-EM. O composto majoritário da espécie, um fenilpropanóide (FEN), foi obtido comercialmente. Na revisão sistemática, a partir das análises dos artigos científicos, ressalta que as espécies do gênero Piper, são fontes alternativas para o tratamento da leishmaniose. As atividades dos compostos PEX e FEN, contra promastigotas de L. (L.) amazonensis, foi demonstrada in vitro através do método de Alamar Blue® e apresentaram redução da viabilidade celular em todas as concentrações testadas, 5, 10, 20, 50, 10, 250 e 500 μg/mL. A análise por microscopia óptica mostrouimportantes alterações morfológicas das promastigotas de L. (L.) amazonensis nas concentrações 50, 100 e 250 μg/mL com os compostos POE, PEX e FEN, como encurtamento do corpo celular, presença de vacúolos, processo de divisão celular atípica, encurtamento flagelar e múltiplos flagelos.

  • EDINA RUTH MENDES LEAL MAFRA
  • Avaliação de biomassas residuais de frutos amazônicos para obtenção de carvão ativado para a remoção de metais pesados em meio aquoso

  • Data: 28/11/2022
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  • Os resíduos da mineração de manganês podem provocar a contaminação das águas por Arsênio (As). Desta forma, torna-se necessária a remoção deste contaminante da água consumida pela população. Dentre as diversas tecnologias existentes, merece destaque o uso do carvão ativado (C.A) na adsorção deste contaminante, e podem ser usadas na produção do mesmo biomassas residuais, como a fibra da semente do açaí, a semente do patauá e a semente do murumuru, agregando valor a esses resíduos. Desta forma, este trabalho tem como objetivo produzir diferentes carvões ativados a partir de biomassa residual de fibra do fruto de açaí (Euterpe oleracea), semente de patauá (Oenocarpus bataua Mart.), casca da semente do murumuru (Astrocaryum murumuru), ativado quimicamente com H3PO4 (ácido fosfórico), KOH (hidróxido de potássio) e CH3OONa (acetato de sódio) e fisicamente com vapor d’água que sejam eficientes na remoção de Arsênio (As) em meio aquoso. Sendo assim, primeiramente, foi realizada a caracterização físico-química das biomassas, através de análise imediata, DRX, TG, teor de lignina, celulose e hemicelulose e densidade básica. Os resultados demonstraram que as sementes do murumuru e do patauá possuem elevada densidade básica, o que poderá em um alto rendimento em carvão no processo de pirólise. O murumuru apresentou uma umidade bem mais elevada que o patauá, o que não é interessante para sua aplicação em processos térmicos, pois demandará maior energia para a remoção dessa umidade. Ambas as sementes apresentaram um teor elevado de material volátil, o que favorece a formação de gases condensáveis e não-condensáveis e reduz o rendimento da fração sólida. A semente do murumuru apresentou um teor de lignina maior que a semente do patauá, o que aponta para um rendimento maior da fração sólida após aplicado o processo pirolítico, porém aponta para a obtenção de um carvão com área superficial específica menor e menor volume de poros. Conclui-se, portanto, de forma preliminar, que as biomassas possuem potencial para aplicação em processos de pirólise visando a obtenção de carvão ativado.

  • FRANCISCO ARIMATEIA DOS SANTOS ALVES
  • ANÁLISE DE BIOTOXINAS MARINHAS EM ÁREAS DE CULTIVO DE OSTRAS DO NORDESTE DO PARÁ (AMAZÔNIA - BRASIL).

  • Data: 23/09/2022
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  • As ficotoxinas marinhas são compostos orgânicos sintetizados por algumas espécies de microal-gaes, que se acumulam nos tecidos de organismos filtradores, como os moluscos bivalves. Essas toxinas podem causar episódios de intoxicação aguda em humanos, uma grave ameaça à aquicultura e à pesca. No Estado do Pará, Brasil, a ostreicultura tem bases comunitárias, artesanais e sustentáveis, utilizando manguezais como ambiente de cultivo e banco de sementes de ostras. Na produção em pequena escala, muitas vezes não existem métodos estabelecidos para proteger a saúde dos consumidores, elevando os riscos potenciais de surtos de intoxicação por mariscos. Nosso estudo avaliou a presença de ficotoxinas em ostras cultivadas em cinco municípios da região da Amazônia Atlântica (Pará, Brasil) avaliando a qualidade do produto final. Avaliamos ainda as microalgas, a qualidade da água e a variação espaço-temporal de fatores físicoquímicos na mesma área. As diatomáceas dominaram a composição das microalgas, seguidas pelos dinoflagelados, alguns dos quais são relatados como potencialmente tóxicos e produtores de toxinas paralíticas de mariscos. Pela primeira vez, descrevemos a ocorrência do dinoflagelado potencialmente tóxico Ostreopsis sp. na região amazônica. Além disso, pela primeira vez, toxinas foram detectadas em ostreicultura no nordeste do Estado do Pará, a saber, GTX2,3, STX e dc-STX, porém, com valores atóxicos. As toxinas identificadas representam uma ameaça potencial para os consumidores de marisco.

  • JONILSON RIBEIRO TRINDADE
  • PLANTAS ESPONTÂNEAS: ESTUDO DE CASO EM Senna reticulata (WILLD.) H. S. IRWIN & BARNEBY, “MATAPASTO” DA AMAZÔNIA.

  • Data: 26/08/2022
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  • Estudos em biodiversidade são importantes, sobretudo na Amazônia, uma região muito rica em organismos, marcada pela presença de atividades antrópicas, como agricultura e urbanização, e quando mal executadas, estas provocam diversas perturbações ambientais. Sendo que, para a região, há uma diversificada e pouco estudada flora de plantas espontâneas, também conhecidas como daninhas, inços, invasoras, matos etc., tais vegetais pertencem a vários grupos distintos e apresentam em comum a capacidade de crescerem espontaneamente em áreas antropizadas e em outros ambientes, sem serem cultivadas. Essas plantas podem interferir positivamente ou negativamente no ambiente, e no bem estar de humanos e outros seres vivos. Para um melhor aproveitamento dos recurso naturais da Amazônia, se faz necessário à obtenção de maiores conhecimentos de sua vegetação, seja de plantas espontâneas ainda pouco conhecidas e devidamente estudadas pela ciência, como no caso de matapasto (Senna reticulata (Willd.) H. S. Irwin & Barneby) o foco deste trabalho. Sendo assim, em quatro capítulos são apresentadas informações sobre os estudos com plantas espontâneas no Brasil, partindo para um foco em S. reticulata, abordando sua distribuição, biometria e composição fitoquímica. O capítulo I apresentou uma abrangente revisão de literatura sobre estudos com plantas espontâneas no Brasil. O capítulo II consistiu um levantamento florísticos das plantas espontâneas em importantes áreas de pastagem na Amazônia, sendo que matapasto (S. reticulata) é uma das espécies representadas na área. O capítulo III, se refere a determinação de aspectos biométricos do desenvolvimento de S. reticulata. Já no capítulo IV, trata da identificação dos compostos fitoquímicos presentes nas flores e folhas de S. reticulata, sendo geraniol um dos compostos majoritários, bem como outros de valor foram identificados. Os resultados demonstram que as plantas espontâneas podem apresentar aspectos de valores relativos (positivos ou negativos) em relação aos seres humanos e ao meio ambiente, de forma que tal variação ocorre conforme estas são manejadas

  • MEICIANE FERREIRA CAMPELO
  • FENOFASES, AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. E Ananas comus (L.) Merr. var. Erectifolius (L. B. Smith) Coppens & F. Leal

  • Data: 05/08/2022
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  • O objetivo deste estudo foi quantificar as fenofases, caracterizar morfologicamente acessos de Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. e de Ananas comosus (L.) Merr. var. erectifolius (L. B. Smith) Coppens & F. Leal. e avaliar o efeito do meio de cultura MS com diferentes concentrações de sais e o meio MS suplementado com Sorbitol na conservação in vitro da Carapichea ipecacuanha (Brot.), visando aumentar o intervaloentre subcultivos para até 12 meses, além de garantir estabilidade genética da espécie de Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. Para fenologia avaliou-se a ocorrência de floração e frutificação em 42 acessos, os dados foram coletados durante cinco dias porsemana de janeiro de 2015 a dezembro de 2019, os dados climáticos cedidos pela Estação Meteorológica da Embrapa Amazônia Oriental Belém-Pa. Para a avaliação foram utilizados sete caracteres morfológicos quantitativos: altura da planta; largura da folha; comprimento da folha; número de perfilhos na base, númerode perfilhos na base do fruto, número de perfilho no ápice e número de folhas. As medições foram realizadas com auxílio de régua e paquímetro. Para a conservação as avaliações foram realizadas a cada três meses, totalizando três avaliações no período 12 meses, avaliou-se o percentual de plantas que apresentaram: folhas verdes, brotos, somente folhas amarelas ou mortas, ápice morto, raiz e necessidade de repicagem (possui ao menos uma gema viva e folhas). Na espécie Ananas comosus evidenciou-se variações proeminentes para fenologia reprodutiva, com atividade  fenológica distintas entre os acessos, além de correlações com significância, intensidade e proporções desiguais para as variáveis analisadas nos grupos de acessos observados; os acessos possuem variabilidade morfológica de acordo com os sete caracteres quantitativos em estudo, sendo os caracteres comprimento da folha, altura da planta e número de folhas os que mais contribuíram para a divergência entre os acessos. O estudo fenológico da espécie Carapichea ipecacuanha evidenciou variações no padrão dos eventos fenológicos reprodutivos, atividade fenológica dissimilares entre acessos, além de correlações entre frutificação e variáveis climáticas com significância, intensidade e proporcionalidades desiguais entre os grupos de acessos observados; todos os caracteresmorfológicos avaliados apresentaram contribuição para diferenciação entre acessos, sendo largura da folha, comprimento do pecíolo e altura da planta os que respectivamente mais contribuíram para a divergência entre os acessos; é viável a conservação in vitro de Carapichea ipecacuanha (Brot.) sob crescimento lento em meio de cultura MS, aumentando ointervalo entre subcultivos para até 12 meses, além de garantir.

  • RUANNY KAREN VIDAL PANTOJA PORTAL MOREIRA
  • AVALIAÇÃO FENOLÓGICA E MORFOLÓGICA DE PILOCARPUS MICROPHYLLUS STAPF EX WARDLEWORTH

  • Data: 04/08/2022
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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar as fenofases e os descritores morfológicos em acessos de Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardleworth, conservados nas condições de Belém, Pará. No primeiro artigo foi avaliada a caracterização das fenofases vegetativa e reprodutiva de jaborandi pertencente ao Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Amazônia Oriental, correlacionando com os elementos meteorológicos como a precipitação pluviométrica e temperatura média do ar, com a intenção de indicar a época mais adequada para a coleta e utilização do material vegetal da espécie. Os resultados indicaram uma alta sazonalidade para esta espécie; e o índice de correlação de Spearman apontou uma correlação negativa significativa entre ocorrência das fenofases e a temperatura média do ar; indicando a coleta de material vegetal da espécie para fim medicinal de dezembro a fevereiro. Já no segundo artigo foi avaliado acessos de jaborandi, identificando os descritores morfológicos para a espécie. Sendo constatado que os acessos avaliados possuem variabilidade morfológica de acordo com os caracteres quantitativos: número de folíolos/folha, altura da planta; largura do folíolo, comprimento do pecíolo, comprimento da folha, largura da folha; comprimento do folíolo e comprimento da inflorescência, sendo os caracteres largura e comprimento da folha os que mais contribuíram para a divergência entre os acessos.

  • PAULA MARIA CORRÊA DE OLIVEIRA
  • PLANTAS DA FLONA DE CAXIUANÃ – PARÁ: ETNOFARMACOLOGIA E ESTUDOS FITOQUÍMICOS PARA O CONTROLE DO Aedes aegypti

  • Data: 29/06/2022
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  • Deefsa sob sigilo para patente

  • LIGIANA LOURENÇO DE SOUZA
  • ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE E VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS DO PROJETO DE ASSENTAMENTO RURAL ABRIL VERMELHO, SANTA BÁRBARA DO PARÁ (PA).

  • Data: 23/06/2022
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  • O termo “sustentabilidade” tornou-se muito importante a partir da década de 80, sobretudo por conta dos impactos da agricultura moderna. Nesse contexto, a implantação de sistemas agroflorestais surge como uma opção de sustentabilidade, podendo preservar e recuperar áreas alteradas, degradadas ou ambientalmente frágeis, garantindo o usosustentável do solo e benefícios aos agricultores. Partindo disto, este trabalho procurou analisaro nível de sustentabilidade do Assentamento Rural Abril Vermelho e a viabilidade econômica de seus sistemas agroflorestais. Para tanto, apresentou indicadores de sustentabilidade, avaliação do grau de sustentabilidade, análise da estrutura de custos dos sistemas agroflorestais e suas avaliações econômicas. A pesquisa desenvolveu-se em quatro etapas, sendo a primeira em uma perspectiva qualitativa, com levantamento de dados via observação participante, nos meses de novembro e dezembro de 2019, no assentamento supracitado; já a segunda assumindo uma abordagem quanti-qualitativa exploratória, de modo a aprofundar a temática, os dados e a revisão bibliográfica. A terceira consistiu na análise do nível de sustentabilidade que seguiu uma sequência de seis passos: desde a explicitação do conceito de Desenvolvimento Sustentável até a identificação do grau de sustentabilidade. Por último a quarta etapa, valeu-se da análise de viabilidade econômica através do uso da planilha eletrônica AmazonSAF. Os resultados obtidos mostraram que a criação dos indicadores de sustentabilidade do Abril Vermelho possibilitou o conhecimento de sua realidade, entendendo que, embora apresente um bom e excelente desempenho nos aspectos econômico e ambiental, vem atravessando fragilidades nosâmbitos social e institucional; e no que diz respeito a avaliação econômica dos Sistemas Agroflorestais do assentamento, constatou-se que são viáveis economicamente. Dados considerados importantes para a tomada de decisão de planejamento e execução de políticas públicas.

  • MARCOS DIONES FERREIRA SANTANA
  • ASPECTOS DA DIVERSIDADE, ECOLOGIA E BIOTECNOLOGIA DE FUNGOS GASTEROIDES (BASIDIOMYCOTA) DE UMA ÁREA DE FLORESTA AMAZÔNICA NO PARÁ, BRASIL.

  • Data: 19/04/2022
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  • Fungos gasteroides participam ativamente da manutenção dos ecossistemas, especialmente na reciclagem da matéria orgânica. Porém, apesar de sua importância, esses fungos foram e continuam pouco estudados, em muitas regiões do planeta, especialmente na Amazônia. Assim, o objetivo principal deste estudo foi ampliar o conhecimento sobre os fungos gasteroides na região Oeste do Pará e consequentemente na Amazônia. O estudo foi realizado em um fragmento de floresta amazônica, no entorno da Usina Hidrelétrica (UHE) Silvio Braga em Santarém, PA, onde 30 transectos de 250 m foram instalados para amostragem trimestral dos fungos gasteroides. As expedições ocorreram entre os anos de 2018 e 2019, incluindo o período chuvoso e de estiagem de cada ano. Os resultados desta tese são apresentados em oito capítulos. No primeiro são listados 11 gêneros de fungos gasteroides conhecidos para o Pará, incluindo Clathrus e Calvatia como novos registros para a Amazônia. No segundo e no terceiro capítulo é apresentada a distribuição de 12 novos registros para o Pará, incluindo Geastrum aculeatum, G. setiferum, Scleroderma dictyosporum e Sphaerobolus stellatus registrados pela primeira vez na Amazônia. No quarto capítulo são apresentados os aspectos da ecologia dos fungos gasteroides, cuja diversidade e abundância são influenciadas por características ambientais. No quinto capítulo são disponibilizadas informações ecológicas sobre dispersão de esporos de Phallus indusiatus. No sexto capítulo são disponibilizadas informações de obtenção de culturas mono e dicarióticas de Geastrum em diferentes meios, com destaque para o meio de Batata Dextrose Ágar (BDA) como o mais promissor. No sétimo capítulo é tratada a suplementação do meio de cultura BDA com diferentes concentrações de farelo de arroz e trigo para aumentar a produção de biomassa e estimular a produção e enzimas de interesse biotecnológico. No oitavo capítulo é apresentado, pela primeira vez, o potencial das cepas de Cyathus e Geastrum na degradação e redução da toxicidade do corante sintético Azul de Tripano. Este estudo ampliou significativamente o conhecimento sobre os fungos gasteroides na Amazônia, com informações valiosas sobre suas culturas miceliais, ainda raras na Amazônia, e com grande potencial biotecnológico. Reforçando assim a discussão mundial sobre a necessidade de conservação da Amazônia para manter a biodiversidade, suas relações ecológicas e seus bioprodutos.

  • ALESSANDRA CARLA GUIMARAES SOBRINHO
  • METABOLÔMICA COMO FERRAMENTA NA ANÁLISE DOS PERFIS DE METABÓLITOS EM Hibiscus sabdariffa L. APÓS CULTIVO IN VITRO.

  • Data: 06/04/2022
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  • Hibiscus sabdariffa L., conhecida popularmente como vinagreira, apresenta muitos compostos químicos com importância farmacológica, tais como antocianinas, flavonoides, ácido málico, ascórbico, hidroxicítrico, ácido clorogênico, ácido protocatecuico e ácido hibiscus. Algumas atividades já investigadas e comprovadas para a espécie são: antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória e a anticancerígena. O objetivo geral da tese foi investigar os perfis químicos da H. sabdariffa utilizando técnicas de metabolômica e avaliar o potencial de produção de substâncias bioativas através da cultura in vitro, com vistas à conservação e a produção sustentável da espécie. O artigo de revisão consistiu no levantamento bibliográfico dos aspectos químicos, farmacológicos da espécie. O capítulo I apresentou o estudo sobre os aspectos botânicos, morfológicos, germinação e desenvolvimento de plântulas. O capítulo II evidenciou os efeitos da contaminação na cultura in vitro. O capítulo III consistiu na elaboração de um protocolo para a produção de plântulas e indução de calos in vitro, visando o acúmulo de biomassa. O capítulo IV apresentou o CLAE-EM como ferramenta na identificação de ácido clorogênico em folhas e calos in vitro. O capítulo V propôs a metabolômica de CG-EM não direcionada para investigar os metabólitos secundários presentes nas folhas in natura e calos in vitro. Como resultados, foi possível observar no artigo de revisão as lacunas a respeito da espécie, apresentando sugestões cogentes de pesquisa que viabilizem a produção in vitro, através da aplicação de técnicas avançadas da biotecnologia vegetal. O capítulo I proporcionou a determinação de aspectos sobre os estágios de desenvolvimento da espécie. O capítulo II evidenciou as contaminações microbianas nas diferentes condições de cultura, em virtude da desinfestação insuficiente do explante. O capítulo III, resultou no estabelecimento de um protocolo eficiente para cultura in vitro e a maior produção de biomassa com a combinação de meio MS e reguladores de crescimento nas concentrações de 0,1 mg L-1 de 2,4 D e 0,1 mg L-1 de BAP. O capítulo IV, a técnica CLAE-EM, possibilitou a identificação o ácido clorogênico e a cultura de calos permitiu a produção desse composto. O capítulo V apresentou o ácido protocatecuico como composto majoritário nas folhas e nos calos in vitro. Os resultados são promissores para a espécie, proporcionando uma produção alternativa de metabolitos secundários com potencial biológico em ambiente controlado.

  • ACÁCIO DE ANDRADE PACHECO
  • SABERES TRADICIONAIS E CULTIVO EXPERIMENTAL DA UBAIA (Eugenia Patrisii VAHL. - MYRTACEAE) UMA ESPÉCIE NATIVA DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/03/2022
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  • A “ubaia” é um vegetal cujo fruto é de reconhecido uso na alimentação de habitantes de comunidades tradicionais amazônicas. Entretanto, esta espécie frutífera nunca foi cultivada de forma racional, ficando a produção restrita ao extrativismo esporádico. Assim esta pesquisa teve como objetivo investigar os saberes tradicionais sobre a espécie Eugenia patrisii e avaliar o manejo e o cultivo sistematizado visando entender seu desenvolvimento e produtividade. O estudo baseou-se na concepção de conservação, resgate de saberes populares e soberania alimentar. Utilizou-se de entrevistas orientadas como instrumentos de coleta de dados referentes aos saberes tradicionais de agricultores, analisadas pelo método de análise de conteúdo. Para o cultivo da espécie foi necessário identificar e localizar matrizes nativas para em seguida cultivar 180 indivíduos em uma unidade experimental na qual as mudas foram avaliadas quanto: altura, fenologia, diâmetro do caule e produção de frutos, em três tratamentos diferentes químico, orgânico e solo natural. O experimento foi realizado em blocos casualizados. Os resultados da pesquisa referente aos saberes tradicionais, apontam a existência de vínculo entre os agricultores e a espécie, sendo a mesma reconhecida popularmente pelo nome de muta. Os agricultores familiares possuem conhecimentos elaborados sobre a espécie E. patrisii referente ao período de frutificação, sabor, aroma, processamento, adaptação, seleção e memória afetiva. No cultivo experimental, a espécie obteve maior desenvolvimento e produtividade de frutos a partir do uso do substrato esterco bovino, apresentando as seguintes médias para as variáveis altura da planta 143cm ±19, Índice de Qualidade de Dickon de 217±28, e produção de 1317g planta¹ ±88. A espécie apresentou precocidade na produção, tolerância as condições de sequeiro e acidez do solo. Os resultados indicam a possibilidade de adaptar a espécie E. patrisii em áreas de cultivo na Amazônia, favorecendo a maior oferta de frutos para a alimentação humana, a diversificação de pomares, conservação e manejo da espécie.

  • CARLENA SINARA MARTINS DA SILVA
  • DESENVOLVIMENTO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM BIOCOSMÉTICO CONTENDO EXTRATO DE Myrciaria dubia (H.B.K.) Mcvaugh (MYRTACEAE), COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE.

  • Data: 18/03/2022
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  • O fruto de Myrciaria dubia é rico em bioativos, este apresenta alto teor de ácido ascórbico e compostos fenólicos, por este motivo, o fruto vem ganhando destaque pela sua capacidade antioxidante. O objetivo deste trabalho, foi desenvolver um biocosmético semissólido com potencial antioxidante, contendo o extrato glicólico e/ou hidroalcoólico da casca do fruto de M. dubia. Para tal, cascas pulverizadas foram submetidas a ensaios físico-químicos (índice de intumescência, granulometria e perda por dessecação, teor de cinzas totais, teor de cinzas insolúveis em ácido), para obtenção de extratos hidroalcoólicos e glicólicos. Nos extratos foram avaliados a prospecção fitoquímica, ácido ascórbico, teor de polifenóis totais e atividade antioxidante DPPH e ABTS+. Após o planejamento fatorial 23, foi desenvolvida uma formulação base semissólida, tipo gel, contendo goma xantana (1%), glicerina vegetal (6%), nipaguard® (0,25%) e água deionizada (q.s.p 100ml). A esta formulação base foi incorporado extratos de M. dubia a 10%. A formulação base (FB) e as formulações contendo os extratos glicólico (FG) e hidroalcoólico (FH) foram analisadas quanto a estabilidade preliminar e acelerada em condições de estresse a curto (15 dias) e longo prazo (90 dias). A ação antioxidante das formulações foram avaliadas pelos métodos de DPPH e ABTS+. Os extratos hidroalcoólico 70% (EHA) e glicólicos 10 e 20% (EG10 e EG20) foram obtidos de cascas a partir de um pó moderadamente grosso com perda por dessecação de 13,53%, cinzas totais de 1,95%, cinzas insolúveis em ácidos de 0,057%, pH 2,53±0,05 e índice de intumescência de 1,1ml. O EHA apresentou 7011±39 mg/100ml de ácido ascórbico e 7,75% de polifenóis totais, enquanto que, nos EG10 e EG20 o teor de ácido ascórbico foi 3034±0 e 6137±0 mg/100mL e de polifenóis totais de 2,65 e 3,55% respectivamente. Os extratos apresentaram capacidade antioxidante DPPH, com IC50 de 11,80, 48,95 e 25,26 μg/mL e ABTS+ de 92,91±0,205, 74,59±0,259 e 77,21±1,34% nos extratos EHA, EG10 e EG20, respectivamente. As formulações FB, FG e FH, apresentaram estabilidade frente aos parâmetros organolépticos (cor, aspecto e odor), pH, condutividade e densidade nas temperaturas de 5, 25 e 40º C. Ambas apresentaram um fluxo reológico não newtoniano com comportamento pseudoplástico e tixotropia. As FG e FH possuem capacidade de sequestro de radicais, com IC50 44,17±1,5 e 10,70±0,40 (tempo inicial) e 50,17±1,08 e 18,70±0,80 (tempo final de 90 dias) para DPPH e 23,45± 0,10 e 9,53 ±0,11 (tempo inicial) e 30,45±0,10 e 24,45±0,10 (tempo final de 90 dias) para ABTS+, respectivamente. Sendo assim, extratos com cascas de M. dubia podem ser usadas para desenvolvimento de biocosméticos com ação antioxidante devido principalmente seu alto teor de compostos polifenóis e ácido ascórbico.

  • ANDERSON DA SILVA COSTA
  • AVALIAÇÃO FENOLÓGICA E FITOQUÍMICA DA Copaifera spp. E O USO DO NDVI NA ANÁLISE DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO.

  • Data: 25/02/2022
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  • O conhecimento sobre a fenologia de uma espécie, aliado a sua caracterização fitoquímica, determina estratégias sustentáveis do seu uso, uma vez que permite conhecer a organização e distribuição temporal dos recursos de floração, frutificação e mudança foliar, bem como os elementos fitoquímicos presente na sua composição. Neste sentido, o objetivo principal desse estudo foi avaliar o comportamento fenológico (floração, frutificação e mudança foliar) da espécie (Copaifera Martii Hayne) correlacionando com dados climáticos (2018 a 2020) no fragmento florestal em Belém-PA e identificar os elementos fitoquímicos presentes no oleorresina da copaibeira (Copaifera reticulata Ducke) em Moju-PA, avaliando também a estrutura da vegetação através do índice de vegetação onde estão inseridas várias espécies florestais, em particular as copaibeiras. Os resultados apontaram que os meses de baixo índice de precipitação tende a ter maior porcentagem de queda foliar, ou seja, o desfolhamento ocorreu com maior força nos meses (junho a outubro) período de menor intensidade de chuvas na região (Belém-PA). Os dados de temperatura do mesmo período constataram que altas temperaturas e insolação total apontam para maior desfolhamento nas árvores estudadas. No que diz a respeito à fenofase brotamento em relação ao agente abiótico precipitação, observa-se que o percentual de brotamento acompanhou o período de altas chuvas, nos três períodos que compreendem os meses de janeiro a maio (2018, 2019 e 2020). Em relação a caracterização fitoquímica, apenas 3 arvores produziram oleorresina com um percentual de identificação de 96,1%, 86,6% e 70,7% correspondentes às árvores do inventário com numeração 96, 106 e 153 (arvores 6, 7 e 10) ocorrendo diferença na taxa de concentração e na composição fitoquímica dos óleos analisados, através do equipamento cromatógrafo que permitiu isolar e identificar os componentes químicos da espécie vegetal. Os elementos (E)-cariofileno, (E)-alfa-bergamoteno e beta-bisaboleno foram constantes nos óleos analisados e considerados os mais importantes quanto as suas atividades biológicas. O perfil da curva da vegetação extraído dos dados de índice de vegetação (NDVI) gerada através das imagens Pléiades apontou um comportamento positivo para os dois fragmentos florestais, sendo no intervalo de (0,401 a 0,654) para floresta manejada de Moju-Pa e de (0,736 a 0,849) para o fragmento da floresta secundária de Belém-PA. Neste sentido, os fragmentos florestais para estes dois ambiente onde as copaibeiras estão inseridas demonstram uma alta qualidade da vegetação, pois é um número que traduz a condição da vegetação natural. A obtenção das informações detalhadas das copaibeiras no que diz a respeito à fenologia, fitoquímica e índice de vegetação (através das imagens de satélites) é de suma importância para o manejo florestal sustentável, pois traz conhecimentos ecológicos ligados aos aspectos vegetativos e reprodutivos da espécie, colaborando com a conservação e utilização das copaibeiras, determinando ações estratégicas sustentáveis do seu uso. Haja vista que essas informações determinam a melhor época de utilização da espécie.

  • CLEISON CARVALHO LOBATO
  • PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE DERIVADOS DO ÁCIDO KÓJICO OBTIDOS POR MODIFICAÇÃO ESTRUTURAL E MODELAGEM MOLECULAR.

  • Data: 22/02/2022
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  • O ácido kójico (AK) é um produto natural produzido por muitas espécies de fungos e possui uma ampla gama de aplicações nas indústrias de cosméticos, medicamentos, alimentos, agricultura e química. Na literatura são relatadas diversas atividades biológicas, relacionadas ao ácido kójico e derivados, como bacteriostática, antibacteriana, anti-inflamatória, inseticida, citotóxica, antitumoral, antifúngica, antimicrobiana, antiviral e antileishmanial, sendo essas atividades relacionadas a sua capacidade quelante e antioxidante. Este estudo teve como objetivo planejar, desenvolver e avaliar a capacidade antioxidante de novos derivados do AK através de cálculos de otimização da geometria realizados com o método DFT usando B3LYP e os conjunto de base 6-311++G(2d,2p) e 6-311+G(3d,2p) para determinar valores de HOMO, LUMO, GAP, PI, EDLOH, HAT, SET, SPLET e densidade de spin. Esses dados foram utilizados para estabelecer a relação entre a estrutura química e a capacidade antioxidante do AK e seus derivados. Os derivados do AK foram propostos a partir da metilação, a partir de modificações funcionais, regioisomerismo do anel e hidroxilação, e a partir da modificação na posição metila do derivado 2-metil do ácido kójico por grupamentos fenilas para-substituídas e hidroxiladas. Os resultados mostraram que a metilação na posição 2 produziu o derivado com maior capacidade antioxidante em comparação ao maltol. Poucas modificações moleculares no álcool ou na posição do enol foram mais potentes do que o ácido kójico. O sistema de conjugação π entre as porções éter, alqueno e hidroxila pode estar envolvido nos efeitos de ressonância de compostos melhores. Um desempenho diferente foi observado nas modificações moleculares do álcool em relação à posição do enol. Todos os derivados lactona (regioisômeros do anel) foram mais potentes do que o ácido kójico nos mecanismos de transferência de elétrons e transferência de hidrogênio, e seus derivados hidroxilados foram mais potentes do que o ácido ascórbico. A adição das fenilas para-substituídas e hidroxiladas causou uma redução nos valores de PI e EDLOH, apresentando melhor capacidade antioxidante em diferentes mecanismos. Quando comparados com a quercetina, alguns destes derivados também
    apresentaram melhor capacidade antioxidante.

  • OBERDAN OLIVEIRA FERREIRA
  • ESTUDO QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPÉCIES DE Myrcia e Eugenia (MYRTACEAE) COM OCORRÊNCIA NA MICRORREGIÃO DO SALGADO, NORDESTE PARAENSE

  • Data: 17/01/2022
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  • Myrtaceae é considerada uma das principais famílias botânicas com espécies produtoras de óleos essenciais. Dentro desta família há dois gêneros que possuem grande destaque, que são Myrcia e Eugenia. Em virtude da grande representatividade desses dois gêneros, o referido estudo teve como objetivo avaliar a composição química, bem como determinar a capacidade antioxidante e o potencial antifúngico presente nos óleos essenciais de Myrcia e Eugenia. As amostras utilizadas nesta tese foram registradas no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SISGEN) com o número de cadastro: A6B3571. Inicialmente foi realizada uma revisão da literatura das espécies de Myrtaceae, no qual foi abordada a composição química, atividades antifúngicas e atividades antibacterianas. Os óleos essenciais dos espécimes (A e B) de Myrcia eximia, M. multiflora (A, B e C) e Eugenia florida (A e B) foram extraídos por hidrodestilação, e o espécime B de M. eximia por destilação a vapor (AV), e a composição química dos óleos essenciais foi analisada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM). A atividade antioxidante foi determinada por meio de ensaios da capacidade antioxidante pela redução do radical difenilpicril-hidrazil (CA-DPPH) e pela capacidade antioxidante equivalente de trolox (TEAC). Os rendimentos dos óleos essenciais foram calculados de acordo com a Base Livre de Umidade (BLU). Pelos métodos de disco-difusão em ágar e microdiluição em caldo (CIM) e (CFM), foi avaliado o potencial fungicida dos óleos essenciais contra cinco leveduras fungicas: Candida albicans INCQS - 40175, C. tropicalis ATCC 6258, C. famata ATCC 62894, C. krusei ATCC 13803, e C. auris IEC-01. Os rendimentos dos oléos essenciais variaram de 0,01 - 0,98 (v/w %). O óleo essencial de Myrcia eximia foi fortemente caracterizado pelos compostos: Hexanal (26,09%) e (E)-cariofileno (15- 20%). O perfil químico dos óleos essenciais dos espécimes (A e B) de Eugenia florida foi caracterizado respectivamente por limoneno (11,98%) e selina-3,11-dien-6a-ol (12,03%), por sua vez, os óleos essenciais dos espécimes (A, B e C) de Myrcia multiflora apresentaram os respectivos compostos majoritários: a-bulneseno (26,79%), (E)-nerolidol (44,4%) e (92,21%). Os óleos essenciais dos espécimes (A e B) de E. florida apresentaram, respectivamente, potencial antioxidante de (172%) e (214%) no DPPH, sendo que em ambos esta atividade foi superior ao padrão trolox. Em contrapartida, no TEAC estes percentuais foram inferiores ao padrão com 0,456% (espécime A) e 0,652% (espécime B). As espécies fúngicas foram sensíveis perante o óleo essencial de M. multiflora (B) (9-11mm), e a menor concentração inibitória (0,07%) foi observado no óleo essencial de M. multiflora (A) contra as leveduras de C. famata. A ação fungicida foi observada nos óleos essenciais de M. multiflora (A) e (C), contra C. albicans, C. famata e C. krusei. Os resultados encontrados neste estudo são promissores ao desenvolvimento tanto de antioxidantes naturais, quanto de fungicidas. No entanto, são necessários novos estudos para comprovar a eficácia e efetividade desses óleos essenciais.

2021
Descrição
  • NATALIA DO COUTO ABREU
  • CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS DA Solanum crinitum Lam. (SOLANACEAE) COMO ESTRATÉGIA ADAPTATIVA EM AMBIENTE DE CANGA NA AMAZÔNIA

  • Data: 29/12/2021
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  • As adaptações fenotípicas que determinadas plantas expressam são estratégias desenvolvidas em decorrência de fatores bióticos e/ou abióticos para garantir a perpetuação da espécie. Em áreas na Amazônia Oriental como na Serra dos Carajás, Pará, observa-se a existência de áreas com floresta densa, vegetação aberta e, a vegetação de canga em áreas de afloramentos de rochas férricas. Como essas áreas são as mais impactadas pela extração de ferro existe ameaças à conservação das plantas, principalmente nesse ecossistema. O objetivo geral da tese foi avaliar características fenotípicas da Solanum crinitum Lam. (Solanaceae) capazes de expressar estratégias adaptativas em ambiente de canga. Foram estabelecidos três objetivos específicos apresentados em capítulos. No primeiro fez-se um levantamento espacial de ocorrências da espécie em base de dados disponíveis e informações sobre a espécie na literatura, comparando-se com os dados coletados em campo na Serra dos Carajás. No segundo capítulo foi realizada a análise histoquímica e, no terceiro capítulo compararam-se as ocorrências de Solanum crinitum na Unidade de Planejamento Hídrico (UPH) à variáveis abióticas que evidenciassem possíveis estratégias adaptativas. Os resultados apontaram que há presença de idioblastos que armazenam amido no mesofilo, na nervura central e no pecíolo. Foram feitas descrições macroscópicas da morfologia externa, e análises anatômicas a partir da confecção de lâminas permanentes e semipermanentes, pelo método de corte à mão, uso de hidroxietil-metacrilato e parafina histológica. Identificou-se na Solanum crinitum o limbo uniestratificado e cutícula fina com presença na epiderme de tricomas pluricelulares, estrelados e pedicelados, tectores e glandulares, mesofilo dorsiventral, parênquima paliçádico uniestratificado, presença de idioblastos, a nervura central tem epiderme uniestratificada, colênquima angular e idioblastos, além do pecíolo apresentar feixes vasculares em formato de ferradura. Foram identificados no pecíolo compostos fenólicos e parede cutinizada que apontam informações inéditas da S. crinitum que podem subsidiar estratégias de inclusão dessa espécie em processos de restauração após a retirada do minério de ferro. Características abióticas como o déficit de pressão de vapor, tipologia climática, classes de solos e formação geológica podem explicar a capacidade adaptativa da espécie Solanum crinitum na nas áreas de vegetação de canga na Amazônia Oriental. 

  • RUBENS MENEZES GOBIRA
  • UTILIZAÇÃO DE LEVEDURAS NATURALMENTE OCORRENTE NA BIOTRANSFORMAÇÕES DE AÇÚCARES FERMENTESCÍVEIS DE FRUTOS AMAZONICOS APLICADAS NA PRODUÇÃO DE AGUARDENTE

  • Data: 15/12/2021
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  • Este trabalho tem como objetivo a obtenção e identificação de novas linhagens de leveduras capazes de transformar açúcares, presente na polpa de manga, em aguardente diferenciada em sabor e aroma. Serão analisados os parâmetros principais que conferirão qualidade durante a fermentação: quantificados teor de água, açúcares redutores totais, rendimento da hidrólise, voláteis totais, composição centesimal de fibras e teor de álcool. O monitoramento do consumo de substrato será realizado após a derivatização e análise por GC/MS dos açúcares fermentescíveis. A quantificação da aguardente será executada por um método adaptado por infravermelho. A extração de aromas, tanto da polpa do fruto quanto do produto será executada por SDE (EDS-Extração por destilação simultânea). As leveduras naturalmente ocorrentes serão isoladas da polpa do fruto e em seguida serão selecionadas, cultivadas em meio específico (GPY ou Sabouraud) e incubada à 30 C por 48 horas. As colônias puras serão selecionadas e separadas de acordo com suas morfologias e tipos representativos; em seguida serão cultivadas em meio submerso por 18 horas a 200 rpm e 28ºC. A fermentação será executada, inicialmente, em fermentadores de 5L em condições estáticas, contendo 4L de mosto a 30ºC por 18h. Os inóculos serão realizados com micro-organismos naturalmente ocorrente e o controle do processo será por meio de planejamento experimental e monitoramento constante do consumo de açúcares e formação dos produtos. Estudos de segurabilidade e qualidade do produto, relacionado a sabor e odor serão realizados por técnicas cromatográficas, seguindo a legislação vigente.

  • IVONEIDE MARIA MENEZES BARRA
  • APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DA METABOLÔMICA EM Crinum americanum L. (AMARYLLIDACEAE) PARA INVESTIGAR O POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE ALCALÓIDES IN VITRO E NA PLANTA SILVESTRE.

  • Data: 14/12/2021
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  • As espécies botânicas de Amaryllidaceae apresentam importantes aspectos econômicos, químicos, farmacológicos e ornamentais. Esta família está distribuída em regiões com predominância temperadas e tropicais e possui potencial de biossintetizar substâncias químicas da classe dos alcaloides, e que apresentam importantes atividades biológicas, incluindo contra a doença de Alzheimer, o que tem atraído a tenção de muitos pesquisadores. Neste trabalho, foram investigados os perfis metabolômicos presentes no bulbo, raiz e folhas de Crinum americanum L. silvestre. Adicionalmente, foram aplicadas técnicas de biotecnologia vegetal, especificamente, a cultura de calogênese in vitro para a indução e produção de metabolitos secundários e comparados ao perfil metabólico da planta silvestre. Técnicas de detecção das classes dos metabólitos foram realizadas através de cromatografia em camada delgada analítica com reação química (CCD-CR), cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG / EM) e Ressonância magnética nuclear (RMN) para análise do metabolôma dos sistemas estudados. Os resultados indicaram a presença das seguintes classes metabólicas: monoacilglicerol (MAG), diacilglicerol (DAG), triacilglicerol (TAG), ácidos graxos livres (AGL), esteróides (ET), terpenos (TP), fosfolipídeos (FL), tocoferóis (TF) e alcaloides. O ácido hexadecanóico é o principal metabólito encontrado na análise de lipidômica, variando de 16,00% a 23,44% da composição do extrato lipídico. Para os alcaloides, a principal substancia foi powellina seguida da crinina com 70% de sua composição no concentrado da folha. Por RMN e GC/EM, foi possível identificar a substância licorina que foi isolada do concentrado da folha, além de confirmar a presença do grupamento isoquinolinico em todos os concentrados. Na cultura in vitro foi gerada plântulas axênicas a partir de embriões zigóticos e produzidos calos através do explante de raízes. Para atividade biológica, o extrato etanólico obtido das folhas, apresentou atividade antimicrobiana discreta frente ao crescimento das cepas de Pseudomonas aeruginosa (P. aeruginosa) e de Escherichia coli (E. coli). Contudo, nos ensaios de citotoxicidade e multagenicidade em Allium cepa, o extrato inibiu o crescimento radicular de células meristemáticas, bem como interferiu no processo de divisão celular. Os resultados da análise multivariada de dados revelaram, por meio da análise de componentes principais (PCA) e heatmap, que os perfis metabólicos da espécie fornecem uma visão geral do conjunto de dados e possibilitam avaliar as semelhanças e diferenças dos perfis metabólicos entre os órgãos da planta e os calos cultivados in vitro. 

  • LAIS TATIELE MASSING
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E NANOEMULSÃO CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE Pectis elongata Kunth ASTERACEAE.

  • Data: 31/08/2021
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  • Pectis elongata Kunth, Asteracea, é uma planta herbácea, cultivada e comercializada em feiras livres de Santarém para uso medicinal ou na alimentação. O objetivo desse estudo, foi analisar a variação dos constituintes voláteis do óleo essencial de Pectis elongata em seus estágios de desenvolvimento e ciclo circadiano, bem como, investigar se o processo de nanuemulsificação aumenta o potencial antimicrobiano do óleo essencial contra bactérias contaminantes de alimentos.  Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica em relação ao uso tradicional, atividades biológicas e composição química do óleo essencial e extratos de Pectis. Os estudos mostram que existe pelo menos dois quimiotipos para Pectis elongata: citral e aldeído perila. As demais espécies de Pectis apresentam como principais constituintes voláteis citral, timol, aldeído cumínico, β-pineno, carvona, aldeído perila, limoneno, α-pineno e ρ-cimeno. Dados de atividades biológicas com Pectis mostram potencial larvicida, nematicida, vasodilatadora e antimicrobiana, além do uso tradicional para tratar gripes e resfriados, hipertensão e hipotensão, como digestivo, tônico, sedativo e para facilitar o parto. O óleo essencial de Pectis elongata, objeto deste estudo, foi obtido por hidrodestilação e analisado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. O potencial antibacteriano do óleo frente a microrganismos contaminantes de alimentos foi avaliado pelos métodos padrões de disco-difusão em ágar e microdiluição em caldo. A nanoemulsão óleo/água foi produzida pelo método de baixo aporte de energia. No óleo essencial de Pectis elongata, citral foi o composto majoritário, com teores entre 70 e 92,5% de acordo com o ciclo circadiano e estágio de desenvolvimento. O óleo possui atividade antimicrobiana frente aos microrganismos Escherichia coli (0,54 mg/mL), Staphylococcus aureus (1,09 mg/mL), Bacillus subutilis (4,38 mg/mL), Enterococcus faecalis (4,38 mg/mL), Salmonella typhimurium (1,09 mg/mL), Shigella flexinari (1,09 mg/mL) e Pseudomonas aeroginosa (2,19 mg/mL). O processo de nanoemulsificação, com formação de gotículas nanométricas de 140,73 a 177,07 nm, estáveis durante quinze dias, é efetivo pois mantém citral como composto majoritário e potencializa atividade antimicrobiana do óleo essencial. Devido ao alto teor de citral e consequente atividade antimicrobiana, Pectis elongata poderá ser usada na indústria de alimentos, principalmente quando associada à nanotecnologia.

  • CLENES CUNHA LIMA
  • ESTRESSE TÉRMICO EM SEMENTES DE Dalbergia spruceana Benth.: CONSEQUÊNCIAS FISIOLÓGICA E BIOQUÍMICA

  • Data: 30/06/2021
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  • Alterações climáticas, como a temperatura e a umidade, podem ser detectadas pelas células vegetais. O estresse causado por essas mudanças pode ser expresso através da viabilidade e do vigor das sementes, da mobilização de reservas e na atividade de enzimas antioxidantes durante a germinação. Dalbergia spruceana Benth. é uma espécie tropical e, portanto, com amplitude de tolerância térmica estreita. Esta pesquisa torna-se importante dada à necessidade de identificar o reflexo de fatores ambientais adversos no comportamento metabólico desta espécie. Para tanto, objetivou-se identificar alguns dos efeitos da temperatura e da umidade nos aspectos fisiológicos e bioquímicos de sementes e plântulas de D. spruceana Benth., através do estudo de viabilidade e vigor (Capítulo I), alterações nas reservas orgânicas (Capítulo II) e atividade enzimática antioxidante durante o processo germinativo (Capítulo III). Hipoteticamente, as sementes objeto deste estudo apresentam alterações fisiológicas e bioquímicas quando expostas em diferentes temperaturas, com capacidade metabólica de se desenvolver em condições específicas de temperatura. Os frutos foram coletados no município de Canaã dos Carajás, Pará, beneficiados e as sementes embaladas em sacos plásticos e mantidas em geladeira a 5 °C. Para o estudo de vigor e viabilidade, avaliou-se a influência de duas temperaturas (40 e 45 °C) e cinco períodos de envelhecimento acelerado - EA (0, 24, 48, 72 e 96 horas). Após cada período, foram realizados testes de germinação, emergência, condutividade elétrica e tetrazólio. A mobilização de reservas e a atividade antioxidante foram avaliadas à 20, 25, 30, 35 e 40 °C, durante 10 dias. O vigor foi afetado pelo EA, com maiores alterações na formação de plântulas normais e taxas de emergência, principalmente a 45 °C. Ocorreu aumento da condutividade elétrica a partir de 24 horas de envelhecimento nas duas temperaturas. O teste de tetrazólio demonstrou alta viabilidade para as sementes não envelhecidas, porém, a 40 e 45 °C ocorreu redução a partir de 48 e 24 horas de incubação, respectivamente. A mobilização de açúcares solúveis favoreceu a germinação entre 25 e 35 °C, enquanto à 20 e 40 °C este processo ocorreu de forma lenta, com interferências negativas no processo germinativo. A concentração de amido aumentou em todas as temperaturas, com indicativos de síntese, provenientes do produto da hidrólise de lipídios e proteínas, que tiveram seus níveis alterados em todas as temperaturas. A atividade da superóxido dismutase se mostra indiferente às variações da temperatura. Os níveis de atividades da catalase e da peroxidase não permitem estabelecê-las como indicadoras de estresse térmico. As temperaturas entre 25 e 35 °C são recomendadas para a germinação das sementes, uma vez que favorecem o aproveitamento das reservas mobilizadas para o crescimento do embrião. Esta pesquisa demonstrou que a viabilidade e vigor das sementes, são afetadas em alta temperatura e umidade. A alta temperatura reflete na assimilação dos produtos da hidrólise, provavelmente decorrente do aumento de vazamento de eletrólitos nesta condição térmica. Apesar dos efeitos negativos na germinação das sementes, em alta temperatura ocorre a ação do sistema antioxidante enzimático na tentativa de preservar o equilíbrio redox das sementes nas diferentes temperaturas. A homeostase celular é mantida entre 25 e 35 °C e favorece a germinação das sementes de D. spruceana.

  • KELTON LUIS BELÉM DOS SANTOS
  • PLANEJAMENTO MOLECULAR, SÍNTESE E RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE DE ISOXAZOLONAS BENZILIDÊNICAS COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA

  • Data: 30/06/2021
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  • O processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos é complexo, longo e de alto custo, tendo suas raízes profundamente ligadas às inovações científicas e tecnológicas. A inflamação é, antes de tudo, processo útil e benéfico para o organismo, compensando quebra de homeostasia e repondo normalidade tissular. Neste trabalho se propôs planejar e sintetizar compostos baseados em isoxazolonas benzilidênicas para estimar os compostos mais promissores com atividade anti-inflamatória. A COX-2 permanece um alvo farmacêutico muito importante para o tratamento de doenças debilitantes como artrite reumatoide, osteoartrite e como preventivo agente para câncer de cólon. No entanto, permanecem questões importantes sobre os perfis benefício-risco dos Anti-Inflamatório Não-Esteroidais (AINEs) tradicionais e tanto para a classe do heterocíclico di-aril quanto para os inibidores seletivos e novos inibidores estruturalmente distintos que são seletivos para a COX-2. Com respeito a metodologia aplicada, inicialmente foi feita a validação da estrutura para a seleção do método e base usando a análise conformacional e determinação de propriedades estruturais, predição das propriedades físicas e antioxidantes, comparando o núcleo isoxazolona com flavonóides, seguido pela síntese e caracterização via RMN dos compostos estudados, predição dos perfis farmacocinéticos e toxicológicos, docking molecular na proteína COX-2 Homo Sapiens dos compostos sintetizados. Nossos resultados mostraram que a validação computacional que o método e base DFT/B3LYP 6-311G(d,p) foi selecionada pela sua aproximação com os valores experimentais. A análise conformacional mostrou que o anel B possui pouca variação de energia, identificando a presença de uma ligação de hidrogênio entre ele e a carbonila do anel isoxazolona. A predição das propriedades físico-químicas e Lipinski apresentaram resultados satisfatórios para uma boa biodisponibilidade e sem violações a regra dos 5. A atividade antioxidante mostrou que compostos podem ser ativos devido aos baixos valores de energia de potencial de ionização, que podem facilitar a doação de elétron num processo redox, destacando a contribuição do anel isoxazolona na estabilização molecular. Assim como os flavonóides, o composto isoxazolona se mostra atrativo no que se refere a atividade e estabilidade molecular, com maior viabilidade sintética, em decorrência do seu exo-anel. As estruturas sintéticas foram confirmadas por RMN de 1H e 13C. Com respeito ao perfil farmacocinético e toxicológico, os resultados foram satisfatórios, com resultado plausível como sensibilidade da pele, danos cromossomos in vitro, toxicidade ocular e fototoxicidade. O docking molecular mostrou elevada afinidade de ligação com o sítio ativo da COX-2, com exceção da KB-03, a média de energia foi de -9,8 kcal/mol, tendo LEU325 e VAL 523 como os aminoácidos de interação comum a todos. Diante disso, conclui-se que derivados de isoxazolonas possuem grande potencialidade e possibilidades de atividade, com características básicas e essenciais para prosseguir na sua aplicação em alvos além da inflamação, conforme relatos da literatura.

  • TEREZA CRISTINA TORRES DOS SANTOS BARBOSA
  • FRUTO, SEMENTE, GERMINAÇÃO E PLÂNTULA DE ESPÉCIES DE SWARTZIA SCHREB. (LEGUMINOSAE) OCORRENTES NA RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TUPÉ AM-BRASIL: CONSIDERAÇÕES MORFOANATÔMICAS E HISTOQUÍMICAS

  • Data: 08/06/2021
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  • Com distribuição ampla no Brasil, Swartzia Schreb. ocorre em quase todos os domínios fitogeográficos, porém é na Amazônia que se concentra a maior riqueza de espécies do gênero. O presente estudo teve por objetivo caracterizar a morfologia do fruto, a morfoanatomia e histoquímica das sementes a e a morfologia da germinação e das plântulas de S. acuminata, S. argentea, S. corrugata, S. ingifolia, S. laevicarpa, S. macrocarpa, S. recurva, S. sericea e S. tessmannii, espécies restritas a Floresta Amazônica. As espécies foram coletadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé – AM nos anos de 2017 e 2018 e o projeto cadastrado no SisGen (AFF6064). Os frutos foram coletados quando maduros, no início do processo de dispersão de sementes. Para os estudos morfológicos foram selecionados aleatoriamente, trinta frutos por espécie. São apresentadas descrições de frutos, sementes e plântulas para todas as espécies tratadas no presente trabalho, acompanhados por ilustrações e tabelas com a síntese de caracteres avaliados para cada uma das estruturas estudadas. O fruto legume foi único tipo encontrado em todas as espécies estudadas, porém foi constatado uma variedade de formas, cores e tamanhos, sendo estas características importantes para a identificação das espécies. As sementes variam em número de uma a dez por fruto, apresentam testa lisa e membranácea, cobertas parcialmente por arilo branco ou amarelo com textura esponjosa, carnosa ou filamentosa que se estende cobrindo o tegumento das sementes em proporções distintas. Os testes histoquímicos revelaram proteína, lipídios, amido e alcalóides em seu conteúdo. As sementes são exotestais com mesotesta pluriestratificada com células parenquimáticas de paredes levemente espessas, apresentando alcalóides e compostos fenólicos em seu conteúdo. As sementes podem ser hilar (S. argentea, S. macrocarpa, S. corrugata, S. ingifolia); o hilo é linear, a região sub-hilar não apresenta camada paliçádica; a micrópila imperceptível. O embrião é criptoradicular, composto por cotilédones carnosos, dominantes, plano-convexos e plúmula rudimentar sem primórdios foliares. Os cotilédones apresentam epiderme de células cúbicas, parênquima fundamental, contendo amido, lipídeos, alcalóides e proteína. O tipo de plântula cripto-hipógeo-armazenador predominou entre as nove espécies, sendo observado o tipo fanero-hipógeo-armazenador apenas nas espécies S. acuminata e S. laevicarpa. Os eofilos são estipulados, alternos ou opostos, os folíolos variam entre unifoliolados, trifoliolados ou pinados com cinco folíolos, com filotaxia alterna ou oposta. A nervura central apresenta-se plano-convexa, côncavo-convexa ou convexa-convexa. Os resultados obtidos demonstram que as características morfológicas de frutos e sementes, como forma, cor, consistência do arilo, tamanho do hilo, são caracteres diagnósticos importantes no reconhecimento dessas espécies no campo, através de seus respectivos frutos e sementes. A presença de cotilédones carnosos, indica uma adaptação ao tipo de ambiente de ocorrência dessas espécies e o conhecimento das substâncias ergásticas presentes no arilo, tegumento e cotilédones, contribui para o entendimento dos seus processos germinativos. Ressalta-se que os frutos e sementes de S. ingifolia estão sendo descritos pela primeira vez, assim como o processo de germinação e respectivas plântulas de S. ingifolia e S. corrugata. O estudo sobre a germinação e desenvolvimento das plântulas demonstrou caracteres diagnósticos que foram utilizados em uma chave de identificação para as espécies estudadas. Esse conhecimento amplia as informações sobre a composição de espécies no banco de sementes no solo, o que é relevante, principalmente em área de conservação da Amazônia. O atual conhecimento sobre substâncias ergásticas presentes no arilo, tegumento e cotilédones servem de subsídios para estudos sobre estratégias de dispersão das sementes, para maior compreensão dos processos germinativos das espécies e estabelecimento de suas plântulas, considerando que essas substâncias acumuladas nas sementes funcionam como substâncias de reserva e de defesa.

  • DRISS WAGNER PANTOJA PENA
  • RESÍDUO DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE Carapa guianensis AUBLET COMO POTENCIAL AGENTE ESFOLIANTE

  • Data: 19/02/2021
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  • Atualmente, várias pesquisas têm apontado um crescimento da quantidade de resíduos
    plásticos de diversos tamanhos nos mares e oceanos, sendo necessário o desenvolvimento de
    produtos substitutos renováveis que aproveitem a biomassa. O objetivo deste trabalho foi
    avaliar o potencial do resíduo da extração do óleo de C. guianensis (Andiroba) como possível
    componente abrasivo para mistura em sabonetes com fins esfoliantes. Para tanto, foi realizada
    sua caracterização, modificação por tratamentos térmicos para aumento de sua estabilização,
    comparação com produtos esfoliantes comerciais e análise do seu comportamento em
    sabonetes experimentais. O resíduo foi classificado de acordo com a sua granulometria e
    partículas retidas nas peneiras de 35 e 60 mesh foram selecionadas como de tamanho viável
    para o desenvolvimento do produto. Os resíduos foram avaliados na condição in natura e
    após tratamento térmico em mufla. Os resultados mostram que o resíduo apresentou mais da
    metade do seu peso seco em extrativos e a temperatura de secagem a 140º C não foi suficiente
    para a estabilização química das partículas. A utilização de água quente na solubilização dos
    componentes não estruturais foi mais eficiente que água fria, no entanto não foi suficiente
    para liberação total dos extrativos, sendo necessário a utilização de outras substâncias. O pH
    do resíduo apresentou valor dentro da faixa do pH fisiológico da pele, mesmo quando inserido
    no sabonete líquido. A adição do resíduo em sabonetes diminuiu a viscosidade das soluções,
    sendo que as partículas maiores afetaram menos esse parâmetro. A morfologia das partículas,
    assim como os tamanhos estudados, se assemelham àqueles utilizados em sabonetes
    comerciais. Embora sejam necessários estudos complementares, é possível assegurar que o
    resíduo das sementes de C. guianensis possui viabilidade para uso em sabonetes líquidos
    como agente esfoliante.

  • MICHEL SAUMA FILHO
  • RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO DE SEIXO NO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO-PA

  • Data: 15/01/2021
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  • O trabalho avaliou o sistema de manejo do solo de uma área degradada pela mineração de seixo, no município de Capitão Poço, PA, Brasil, durante os anos de 2018 e 2019, para verificar sua viabilidade como alternativa de restauração da biodiversidade das áreas degradadas por essa atividade. Foi desenvolvida em uma mineração conhecida como “Seixeira do Barbudo”, em duas áreas: fragmento de floresta secundária (FS) e solo construído, por meio de variáveis relacionadas: inventário florestal; atributos físicos, químicos e biológicos do solo e métodos de recuperação de áreas degradadas com o plantio de mudas de sete espécies. Os resultados obtidos indicaram que o fragmento de FS da seixeira apresenta uma diversidade florística baixa como demonstrada pelos valores dos índices de Simpson e de Shannon-Weaner, e pelo número de espécies presentes. No solo construído, considerando-se os valores dos atributos físicos obtidos no solo sob FS, para os teores de argila, nenhuma alteração foi verificada aos oito meses e um leve aumento aos dezesseis meses, provavelmente, devido ao escoamento superficial, com material transportado de áreas adjacentes. Os teores de silte aumentaram nas parcelas dos tratamentos de calagem e escarificação superficial, pelos mesmos fatores relacionados à argila. A densidade volumétrica (Dv) e de partículas (Dp) não foram alteradas. Os teores dos atributos químicos do solo construído, da FS, apresentaram forte redução nos valores médios da H+Al, T, t, C, MOS, P, K, Na, Al, Ca e Ca+Mg, nos tratamentos de recuperação, provavelmente relacionados ao processo de extração do seixo que exigem lavagens com jato d´água e peneiramento. As características biológicas do solo construído referentes à densidade de indivíduos, riqueza de grupos taxonômicos e dos índices de diversidade de Simpson e de Shannon-Waener, em comparação com a FS, foram afetadas negativamente, nos tratamentos de recuperação, em função do processo de mineração e do curto período dispensado a essa pesquisa. Dos grupos taxonômicos identificados predominou o grupo Formicidae. Mesmo considerando o curto tempo usado nessa pesquisa e levando em conta a escassez de pesquisas na área de agronomia, é possível indicar como método de recuperação de área degradada, com melhores resultados, as práticas de calagem combinada com serapilheira ou topsoil, mais o plantio de mudas de Acacia mangium, Cecropia distachya e Cassia sp.

2020
Descrição
  • GELSON DIAS FLORENTINO
  • DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL E CENÁRIOS DE SUSTENTABILIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO POLO CERAMISTA DE IRANDUBA-AM

  • Data: 22/12/2020
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  • A atividade ceramista na Amazônia demanda informações técnico-científicas capazes de apontar indicadores de sustentabilidade em sua cadeia produtiva. O objetivo da tese foi analisar a dinâmica espaço-temporal da cadeia produtiva do polo ceramista de Iranduba, localizado na Região Metropolitana de Manaus (RMM), estado do Amazonas, com base no método do estudo de caso único. Fez-se uma análise sistemática para identificar possíveis elos ou interações relacionadas à cadeia produtiva, usando metodologia baseada no conhecimento de especialistas e resultados de pesquisas científicas. Construiu-se uma figura lúdica e ilustrativa em formato de mandala resumindo os aspectos históricos, caracterizações da matéria-prima e do solo, fontes de energia térmica, influências climáticas, variáveis de natureza econômico-financeira, base de dados sobre o polo ceramista e indicadores de sustentabilidade do negócio, nas perspectivas ambiental, social e econômica. Foram realizadas coleta de pontos georreferenciados (GPS - Sistema de Posicionamento Global) e levantamento de informações referentes ao processo produtivo nas indústrias ceramistas. As atividades de campo incluíram ainda levantamentos em bases de dados disponíveis como SoilGrids, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), usando a termografia no infravermelho próximo, para identificar os padrões térmicos do ambiente interno e do entorno das Unidades Produtivas. As imagens termográficas foram tratadas no sistema Flir Tools. A mandala tornou-se uma ferramenta de planejamento com alto potencial de replicabilidade em processos sistêmicos e complexos, como é o caso da cadeia produtiva ceramista de Iranduba. Os padrões termográficos ambientais das Unidades Produtivas reforçam que a termografia infravermelho é uma ferramenta referência em análises de conforto ambiental e diagnóstico das condições térmicas de biomassas residuais capazes de serem utilizadas no aquecimento dos fornos. As oportunidades de uso alternativo de biomassas residuais em indústrias ceramistas na Amazônia apontam exemplos de resultados obtidos na tese como estratégia de mitigação de riscos e impactos socioambientais, reduzindo a pegada de “lixo” em corpos hídricos e/ou aterros sanitários e, principalmente, a redução de pressão de uso de material lenhoso oriundo da Floresta. O potencial bioeconômico dos recursos biológicos disponíveis e subaproveitados apontam a necessidade de reestruturação da atividade ceramista no município de Iranduba, com a incorporação de ferramentas biotecnológicas que promova a fabricação de bioprodutos e a sustentabilidade do setor. Conclui-se que a diversidade geológica de argilas e a localização estratégica das empresas favorecem a fabricação e a distribuição de produtos sustentáveis como tijolos e telhas, além da fabricação de potes de argila, como oportunidades para consolidação da bioeconomia regional. Os elementos da cadeia produtiva ceramista de Iranduba apontam indicadores para aprimoramento dos padrões de produção e o fortalecimento das relações de demanda-oferta de produtos competitivos e sustentáveis, a partir do comprometimento de stakeholders, consumidores, pesquisadores, extensionistas e sociedade em geral.

  • IVANETE CARDOSO PALHETA
  • DESENVOLVIMENTO QUÍMICO-FARMACÊUTICO, MODIFICAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE DERIVADOS DO SESAMOL

  • Data: 31/08/2020
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  • O sesamol é um composto fenólico pertencente à classe dos lignanos, que são metabólitos secundários produzidos por dimerização oxidativa de duas unidades de fenilpropanoides através da via do chiquimato. É obtido a partir da semente de gergelim (Sesamum indicum L.), uma Pedaliaceae comumente cultivada no Brasil, e apresenta potente ação antioxidante, além de atividade citoprotetora, antimutagênica e hepatoprotetora. Apesar dos diversos estudos voltados à potencialização da atividade antioxidante de substâncias citoprotetoras, poucos esforços têm sido direcionados ao sesamol. A presente pesquisa objetivou realizar o planejamento, síntese e avaliação biológica de derivados do sesamol. Os derivados propostos foram baseados em métodos de seleção de compostos antioxidantes e as modificações moleculares seguiram os padrões estruturais do sesamol. O estudo teórico compreendeu diferentes descritores estimados através de cálculos quânticos, assim a modelagem molecular foi realizada visando estabelecer a relação entre a estrutura química e a provável capacidade antioxidante. A atividade antitumoral do sesamol e derivado carboxilado foi avaliada em tumor ascítico de Ehrlich. A capacidade antioxidante do sesamol é comparável ao trolox, apesar de menos ativo. Quanto ao seu mecanismo de ação antioxidante a transferência de hidrogênio mostrou melhor relação estrutural, quando comparada à transferência de elétrons. Os estudos de modelagem molecular mostraram que as estratégias de modificação molecular empregadas resultaram em derivados com maior capacidade antioxidante. O sesamol e seu derivado carboxilado apresentaram atividade contra o tumor ascítico de Ehrlich.

  • EDERSON SANTOS CARVALHO
  • PROPRIEDADES QUÍMICAS DE POTENTES DERIVADOS DA HIDROXILAÇÃO E NITROSAÇÃO DA EDARAVONA E MECANISMOS ANTIOXIDANTES BIOINSPIRADOS NA VITAMINA C

  • Data: 28/08/2020
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  • A partir de um mecanismo antioxidante bioinspirado na vitamina C, um estudo da reatividade e toxicidade de metabólitos hidroxilados e nitrosados da edaravona em reações de transferência de hidrogênio ou elétrons para a formação de derivados mais potentes foi realizado usando métodos teóricos. Os mecanismos de hidroxilação não-enzimática por radicais hidroxil sobre a edaravona reagindo com quatro hidroxil (HO•) e de nitrosação com três moléculas de óxido nítrico foram realizados e comparados com a vitamina C. Uma previsão teórica detalhada dos análogos da edaravona como antioxidante foram realizados utilizando o método DFT com conjuntos de base B3LYP/6-31+G(d,p). O estudo do tautomerismo foi realizado em fase gasosa e aquosa. A predição da capacidade antioxidante foi realizada a partir de HOMO, potencial de ionização (PI), e energias de dissociação de ligação (EDL). Um novo mecanismo antioxidante para a edaravona pelo sequestro de radicais hidroxil foi proposto. Os valores são comparáveis com a vitamina C, embora a 4-hidroxi-edaravona seja menos potente quando comparada com a vitamina C. A 4-hidroxi-edaravona apresenta um mecanismo antioxidante similar a vitamina C e seus valores em algumas fases do mecanismo antioxidante são superiores a vitamina C. O mecanismo de sequestro de grupos óxido nítrico, podem ocorrer através de mecanismos de doação de hidrogênio, incorporação de óxido nítrico e eliminação de ânion superóxido, sendo superiores a edaravona. A fenilpirazolona foi avaliada quanto a sua capacidade antioxidante relacionada com a vitamina C. Ela representa um valioso e promissor antioxidante através do mecanismo de doação de elétrons e hidrogênios. Entretanto a possibilidade de formação de intermediários do tipo diazo-cetona deve ser melhor investigada.

  • AUGUSTO CESAR PAES DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS GENOTÓXICOS E MUTAGÊNICOS DO VERDE MALAQUITA EM PEIXES DA ESPÉCIE Hemichromis bimaculatus

  • Data: 07/08/2020
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  • O verde malaquita (VM) é um corante que pertence à classe dos trifenilmetanos, amplamente usado na aquicultura como fungicida, bactericida, ectoparasiticida e antiprotozoário. Possíveis efeitos adversos causados pela substância ainda são bastante controversos na literatura. Tendo o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os possíveis danos causados pelo VM em peixes, o presente trabalho avaliou os efeitos letais e subletais provocados pelo composto em acara joia, espécie Hemichromis bimaculatus. De forma complementar, foi feita uma revisão dos dados disponíveis na literatura sobre os efeitos causados pelo VM. Os bioensaios de toxidade aguda foram realizados para calcular a CL50 (24 a 96h) e, observar alterações físicas e comportamentais. Na avaliação dos efeitos subletais verificou-se a genotoxicidade através do ensaio cometa (EC) e teste do micronúcleo (MN). Os resultados revelaram que a porcentagem de mortalidade dos peixes aumentou de forma dose dependente; alterações físicas e comportamentais também foram detectadas, como aumento gradual do peso do fígado dos peixes, perda do reflexo de fuga, respiração na superfície do aquário, nado em rodopio, inchaço abdominal, despigmentação das escamas e inchaço nos olhos. O ensaio do cometa indicou um aumento significativo no índice de danos no DNA, enquanto que o teste do micronúcleo não demostrou diferença estatisticamente significante na ocorrência de danos dos animais tratados; esses resultados indicam que possivelmente as células expostas ao VM são direcionadas para a morte celular devido ao alto índice de danos causados ao DNA. Embora os resultados sugiram o verde VM representa riscos em peixes expostos, as alterações encontradas neste trabalho ocorreram apenas na maior concentração de exposição (0.75 mg/L). Em concentrações menores (0.25 mg/L e 0.5 mg/L) nenhum efeito adverso foi observado. A concentração máxima de recomendação do VM de uso em piscicultura ornamental é de 0.2 mg/L. Logo, consideramos que, seguindo rigidamente os critérios sanitários e de concentração recomendada para peixes ornamentais, o VM parece não causar efeitos adversos.

  • EUNICE GONÇALVES MACEDO
  • MORFOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA INFLORESCÊNCIA DE Euterpe oleracea MARTIUS (ARECACEAE- ARECOIDEAE)

  • Data: 31/07/2020
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  • As palmeiras são plantas com caracteres morfológicos únicos. Importantes na economia do Pará, fornecem produtos que são utilizados em vários setores desse estado. Euterpe oleracea Martius (o açaí) tem despontado, nos últimos anos, como fornecedora de produtos para exportação e, por isso, tem despertado interesse em domesticá-la para suprir a demanda local e externa. O estudo dos aspectos biológicos da inflorescência da espécie, principalmente quanto a polinização e a produção de frutos e de flores, são comuns. No entanto, as investigações sobre o desenvolvimento das etapas que marcam a origem e os aspectos morfológicos da inflorescência são pouco explorados na literatura. Esses aspectos podem levar a compreensão dos eventos que marcam fases do ciclo de vida da espécie, que são desconhecidas para ciência e que podem contribuir com outras áreas, visando promover o sucesso da planta na produção de flores e frutos e, consequentemente, no seu êxito na produtividade no campo. O trabalho objetivou caracterizar a morfologia do desenvolvimento da inflorescência, descrevendo os aspectos macroscópicos e as etapas de origem das estruturas com o auxílio da microscopia eletrônica de varredura. Os espécimes foram coletados nas cidades de Belém e Vigia durante os anos 2017 a 2019. Inflorescências em diferentes estádios de desenvolvimento foram coletadas e dissecadas, os materiais que não poderam ser observados em estereomicroscopio foram fixados em FAA 50%, seguido de desidratação alcoólica crescente e submetidos aos protocolos para a microscopia eletrônica de varredura. Constatou-se que mudança de cor, ruptura longitudinal, presença e ausência de brácteas, desenvolvimento de pulvino na base das raquilas e dilatação da região apical do estipe, delimitaram as fases do desenvolvimento da inflorescência. O meristema apical do estipe, tanto produz primórdios foliares como é responsável pela produção dos diferentes estádios da inflorescência. A origem da inflorescência é iniciada pelo surgimento das brácteas, uma externa e outra interna. Dentro dessas estruturas o eixo da raquis, nos estágios iniciais, não apresenta uma nítida diferenciação entre os constituintes que farão parte desta. A região apical da ráquis dá origem as bractéolas, que recobrem todo o eixo. E, nas axilas dessas, surgem as raquilas. Nas ráquilas, também observou-se a origem de bracteólas a partir da região apical. Os eventos de aparecimento dos constituinres da inflorescência estão localizados nas regiões apicais ou axilas das bractéolas e dão origem aos constituintes da estutura. A tese está dividida em dois capítulos: 1- Morfologia da inflorescência de Euterpe oleracea Martius (Arecaceae- Arecoideae); 2- Micromorfologia da inflorescência de E. oleracea Martius (Arecaceae- Arecoideae)

  • ELCIOMAR ARAUJO DE OLIVEIRA

  • Diversidade e Taxonomia integrativa das espécies de Pristimantis ( ANURA: GRAUGASTORIDADE) no interflúvio Xingu/ Tapajós e Xingu/ Tocantis-Araguaia

  • Data: 06/03/2020
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  • As florestas tropicais são famosas por apresentarem a maior diversidade de espécies do planeta, sendo que a maior parte é encontrada na região Neotropical, onde são alvo de pesquisas sobre a origem da diversidade biológica. No entanto, um dos principais problemas na estimativa da diversidade de espécies, são as chamadas espécies crípticas. Assim, para a correta identificação de uma espécie, faz se necessário o uso de várias linhas de evidências (morfologia, molecular, bioacústica, ecologia). O gênero Pristimantis descrito em 1870, tem passado por diversas mudanças taxonômicas e foi considerado por muito tempo como sinônimo de Eleutherodactylus, mas baseados em dados moleculares, o gênero ficou restrito  a América do Sul continental, e atualmente possui o maior número de espécies entre os vertebrados, com cerca de 522 espécies, divididas em 11 grupos. Com base nessa informação e sabendo que existe uma grande conservação fenotípica em anuros, trabalhos com uma abordagem integrativa (molecular, morfologia e bioacústica) podem colaborar com pesquisas de biologia evolutiva, biogeografia e delimitação de novas espécies para a região leste da Amazonia. Assim, o objetivo do trabalho é realizar um um estudo de taxonomia integrativa do gênero Pristimantis nos interflúvios Tapajós/Xingu e Xingu/Tocantins-Araguaua, utilizando dados morfológicos, morfométricos, bioacústicos e moleculares. Para cumprir este objetivo estão sendo efetuadas viagens de campo e visitas a museus e coleções de referências. Os caracteres morfológicos utilizados serão baseados na literatura atual e especializada para as espéceis de Pristimantis. Os caracteres morfométricos serão definidos seguindo a terminologia e as definições propostas pela literatura. Em campo os indivíduos serão gravados com a ajuda de gravador digital, registrando a temperatura do ar no local com termômetro digital infravermelho. As análises estatísticas de morfometria e bioacústica, serão realizadas no software R. Para as analises moleculares estão sendo utilizados fragmentos dos genes mitocondriais 16s, 12s e COI e do gene nuclear tirosinase (Tyr). Será realizada a análise filogenética (inferência bayesiana), e feitas estimativas do tempo de divergência, divergência genética e delimitação de espécies candidatas. Esperamos contribuir com a descrição de novas espécies, efetuar palestras nas escolas públicas de Altamira, apresentar resumos em congressos com alunos da graduação da Faculdade de Ciências Biológicas de Altamira e com a elaboração de um guia ilustrado das espécies de Pristimantis que são encontradas na região do Xingu e Tapajós, disponibilizando este material para as escolas, universidades (federais e estaduais), popularizando assim um grupo taxonômico pouco conhecido.

  • MARIA TATIANE GONÇALVES SÁ
  • Formulação tópica contendo base de extrato liofilizado de Caryocar villosum- piquiá, usado com finalidade cicatrizante de lesões teciduais em uso humano e veterinário

  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 17/02/2020
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  • No processo de cicatrização de uma lesão há um ordenamento de eventos, que objetivam reconstituir a parte lesada dependendo do agente que produziu a lesão. Logo após a injúria, o organismo inicia uma resposta inflamatória aguda, com formação de coágulos, exsudação, morte celular, ruptura de vasos sanguíneos, coagulação e alterações vasculares com a finalidade de reestabelecer a área lesada. Existem inúmeros produtos para o tratamento de feridas, queimaduras e outras lesões na pele, porém, são produtos de alto custo e dificuldades de acesso aos tratamentos mais adequados. Com a evolução dos produtos estéticos e cosméticos, o uso de plantas medicinais ganha valorização pela sociedade, na prevenção e proteção de alterações fisiopatológicas da pele, inclusive em condições de traumas e queimaduras. Portanto, a busca por novas tecnologias e ações com uso dos produtos naturais, inclusive moléculas oriundas de plantas medicinais, ganham mais ênfase e estão sendo inseridas como biofármacos ou cosméticos para os diferentes tipos de lesões teciduais. Entretanto, o uso dessas plantas como cicatrizantes, ainda são restritos e insuficientes. O objetivo desse estudo foi desenvolver um produto fitoterápico a partir do extrato liofilizado de C.villosum-(PIQUIÁ), como cicatrizante em diferentes lesões cutâneas agudas e crônicas em modelos animais e em humanos. Inicialmente realizada análise fitoquímica através da determinação cromatográfica para identificação das substâncias presentes no extrato. Após essa etapa, usamos modelo experimental de lesão por queimaduras em camundongos Swiss e tratamos a queimadura com extrato de C. villosum e também associado à incorporação de lanolina, por ser usada na preparação das formulações tópicas como emoliente e capacidade de penetração e manutenção em razão de sua adesão na pele. Analisado perfil cromatográfico mostram os principais componentes do extrato como ácidos graxos, nerolidol, colesterol e Fitosteróis. Esses fitoestrógenos somente são encontrados nessa espécie. Os compostos majoritários presentes no extrato, agem de forma sinérgica no processo de cicatrização da lesão, quando observado por análise histopatológica foi possível constatados por análise histoquímica em microscopia óptica e por análise em microscopia eletrônica ultraestrutural, evidenciando aumento do colágeno tipo I e III. Em Conclusão, podemos dizer que o produto fitoterápico a partir do extrato liofilizado do C. villosum-(PIQUIÁ) apresenta-se como candidato promissor para tratamento de queimaduras ou outras lesões da pele.

  • JORGE LUIS GAVINA PEREIRA
  • IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES DE DESMATAMENTO E REPRESENTATIVIDADE DAS ÁREAS PROTEGIDAS NA AMAZÔNIA LEGAL

  • Data: 30/01/2020
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  • As florestas tropicais são essenciais para manutenção da biodiversidade, regulação do ciclo
    hidrológico e do clima regional, e armazenamento de carbono terrestre. A principal estratégia
    na proteção dos habitats naturais, em especial das florestas tropicais, contra as intervenções
    antropogênicas tem sido a criação de áreas protegidas. Uma das formas de avaliar a ação das
    áreas protegidas é através do monitoramento da alteração da cobertura vegetal dentro e ao redor
    das mesmas. Esta Tese teve como objetivos: comparar o desflorestamento total entre categorias
    de áreas protegidas e numa amostra de área não-protegida da Amazônia Legal em 2017; avaliar
    quais tipos de áreas protegidas estão sendo mais susceptíveis ao desflorestamento, utilizando
    análise fatorial aplicada a uma série de variáveis espaciais; e avaliar o comportamento do
    desflorestamento e das queimadas em relação à grupos de áreas protegidas da Amazônia Legal,
    no período de 2000 a 2017. Devido as características dos dados de desflorestamento percentual
    e densidade de queimada, forte assimetria positiva, nas análises estatísticas foram adotados
    procedimentos não paramétricos (teste de Kruskal-Wallis, teste de Dunn e correlação de
    Spearman). As análises estatísticas dos valores de desflorestamento percentual total para o ano
    de 2017 levaram à formação de dois conjuntos. Conjunto 1 - valores menores: terras indígenas
    (TI); unidades de conservação de proteção integral (UC-PI); unidades de conservação de uso
    sustentável (UCUSs) categoria 1 (UC-US1) - Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS),
    Reserva Extrativista (Resex) e Floresta Nacional/Estadual/Municipal. Conjunto 2 - valores
    maiores: UCUSs categoria 2 (UC-US2) - Área de Proteção Ambiental (APA), Área de
    Relevante Interesse Ecológico (Arie) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN); Área
    Não-Protegida (ANP). O grupo de UCUSs que incluíam categorias de domínio público e/ou
    privado (UC-US2) - APA, Arie e RPPN, foi o que apresentou o menor valor médio de síntese
    fatorial interpolada, sendo esperado que UCUSs pertencentes a este grupo sejam mais
    susceptíveis ao desflorestamento. Os valores mais baixos de síntese fatorial interpolada foram
    observados preferencialmente nas áreas de maior ocupação. A categoria “Alta Suscetibilidade
    ao Desflorestamento” foi predominante apenas no grupo UC-US2, representando mais de dois
    terços das áreas (69,6%), sendo para os demais grupos, praticamente, inferior a um terço. Os
    grupos mais eficientes na contenção do desflorestamento foram, respectivamente, UC-PI e TI.
    Ainda que com menor eficiência, o grupo UC-US1, também conteve o desflorestamento. O
    grupo UC-US2 foi ineficaz na contenção do desflorestamento. Com relação as queimadas, o
    grupo UC-PI foi o mais eficiente na sua contenção. Os grupos UC-US1 e TI, respectivamente,
    com menos eficiência, também contiveram as queimadas. O único grupo que não foi eficaz no
    combate as queimadas foi UC-US2. A correlação entre o desflorestamento e as queimadas foi
    baixa para as áreas protegidas, indicando que as queimadas estão relacionadas principalmente
    a técnica de manejo agrícola. Na efetiva conservação dos serviços ambientais e preservação da
    biodiversidade e sociodiversidade, deve-se priorizar a criação de unidades de conservação de
    proteção integral, unidades de conservação de uso sustentável de domínio público (RDS, Resex
    ou Floresta) ou terras indígenas, pois elas se mostraram eficientes na contenção do
    desflorestamento e das queimadas.

2019
Descrição
  • CHRISTIANE PATRICIA OLIVEIRA DE AGUIAR
  • PLANEJAMENTO in silico DE NOVOS INIBIDORES COM POTENCIAL ATIVIDADE INSETICIDA CONTRA Aedes aegypti A PARTIR DA PIPERINA EXTRAÍDA DO Piper nigrum LINN.

  • Data: 20/12/2019
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  • O Aedes aegypti é o principal vetor de transmissão da dengue, febre amarela, zika e chikungunya em regiões tropicais e subtropicais e é considerado causador de riscos à saúde de milhões de pessoas no mundo. A piperina, encontrada na espécie Piper nigrum Linn apresenta uma variedade de atividades biológicas, dentre as quais, atividade larvicida contra o Ae. aegypti. Neste estudo, foi realizada um estudo computacional da piperina por meio de análise conformacional e avaliação da influência do anel piperidínico na estabilidade e reatividade química. Também buscamos obter novas moléculas com potencial inseticida contra Ae. aegypti via triagem virtual a partir da piperina. Os resultados do estudo computacional mostraram que os confôrmeros 1 e 3 da piperina exibiram maior estabilidade conformacional e menor barreira de energia para o sistema butadieno. As conformações com o anel benzeno no plano (1, 3, 5 e 7) apresentaram menor estabilidade que as conformações com anel benzeno fora do plano (2, 4, 6 e 8). As barreiras de energia de todos os confôrmeros do ácido pipérico foram mais baixas quando comparadas a piperina, e todos os 1,3-butadieno s-trans foram mais estáveis que todos os 1,3-butadieno s-cis. Em relação as propriedades eletrônicas, o ácido pipérico mostrou maior eletrofilicidade quando comparado a piperina, e esta apresentouse mais nucleofílica em relação ao ácido pipérico. O ácido pipérico mostrou-se mais reativo que a piperina. Em resumo, estabilidade química da piperina está relacionada ao anel piperidínico através de propriedades estéricas e eletrônicas. Em relação a triagem virtual, I40, JHIII, piriproxifeno e o temefós foram escolhidos como compostos controle para pesquisa de moléculas no banco de dados Zinc_Natural_Stock (ZNSt) e MolPort. Após a triagem virtual das 626 estruturas obtidas dos bancos de dados, oito compostos resultantes do docking molecular foram submetidos a predição de atividade inseticida pelo servidor PASS e de propriedades farmacocinéticas e toxicológicas pelos softwares PreADMET e ProTox-II. As moléculas NESBio_01 e NESBio_02 apresentaram previsões satisfatórias e tiveram suas propriedades toxicológicas determinadas pelas plataformas ProTox-II e DEREK. Após análise, o composto NESBio_01 apresentou melhor perfil para atividade inseticida por atuar na esterase da acetilcolina, com o maior resultado de afinidade de ligação (-13,14 kcal/mol), superior a afinidade de ligação dos controles I40 (-13,10 kcal/mol), piriproxifeno (-9,70 kcal/mol) e temefós (-4,80 kcal/mol) para a enzima acetilcolinesterase do inseto Drosophila melanogaster, mosca da fruta (PDB ID 1QON, I40). Além disso, o composto NESBio_01 demonstrou propriedades farmacocinéticas e toxicológicas satisfatórias e melhor quando comparado ao composto NESBio_02 para a saúde humana no estudo in silico. Nesse sentido, NESBio_01 mostrou-se promissor em todas as etapas do estudo e pode ser considerada a molécula eleita resultante da triagem virtual como agente inseticida.

  • EDILSON FREITAS DA SILVA
  • DINÂMICA E COMPOSIÇÃO DA ASSEMBLEIA POLÍNICA E SUA RELAÇÃO COM INTERPRETAÇÕES PALEOCLIMÁTICAS NA SERRA NORTE DA FLORESTA NACIONAL DE CARAJÁS, PARÁ.

  • Data: 20/12/2019
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  • Na Floresta Nacional de Carajás são encontradas diferentes fitofisionomias, como por exemplo, a canga. Neste tipo de formação são encontrados diversos lagos e apesar da expressiva diversidade de ambientes lacustres, poucos são os estudos que avaliaram a variedade de palinomorfos em seus sedimentos. Estes dados, atrelados ao conhecimento dos padrões de dispersão dos grãos de pólen, são fundamentais para compreensão das variações climáticas, bem como da influência da bacia de drenagem e dos padrões climáticos na dispersão destes. Estas informações são essenciais para calibrar as interpretações paleoclimáticas do Quaternário Tardio no Sudeste da Amazônia. Desta maneira, o objetivo neste trabalho de pesquisa é compreender os padrões de dispersão, diversidade e origem dos palinomorfos, analisando a chuva polínica moderna e testemunhos sedimentares da Lagoa da Trilha da Mata (LTM), localizada na Serra Norte da Floresta Nacional de Carajás. Para caracterização das fitofisionomias, foram instaladas parcelas nas áreas de floresta (FO), vegetação de canga (VC) e vegetação hidromórfica (VH). Para se entender os padrões de dispersão e conhecer a diversidade e origem dos palinomorfos foram também instalados coletores artificiais de grãos de pólen nas diferentes fitofisionomias e para reconstrução da paleovegetação, foram coletados testemunhos sedimentares da lagoa. Nas parcelas instaladas foram identificadas 90 espécies de 34 famílias botânicas sendo que, a VC é caracterizada principalmente por Mimosa acutistipula var. ferrea Barneby, Miconia sp. e Panicum sp., enquanto FO por Matayba guianensis Aubl., Myrcia multiflora (Lam.) DC. e Pseudopiptadenia suaveolens (Miq.) J.W.Grimes, a VH por Mauritiella armata (Mart.) Burret e Hydrochorea corymbosa (Rich.) Barneby & J.W.Grimes. A coleta de dados de chuva polínica compreende o período total de um ano, desde setembro de 2015 a agosto de 2016. Houve dois períodos de baixa pluviosidade (setembro-dezembro 2015 e maio-agosto 2016) e um período de precipitação elevada (janeiro-abril 2016). Sob condições úmidas, a floresta foi bem representada pelos tipos polínicos de Schefflera, Anthurium lindmanianum, Pseudopiptadenia suaveolens e Glycydendron, e a vegetação de canga por Poaceae indiferênciado, Miconia, Mimosa acutistipula var. ferrea e Psychotria. Os testemunhos de sedimentos apresentam um ciclo de preenchimento com padrão granodecrescente ascendente, em três fácies sedimentares. A matéria orgânica da LTM tem origem local relacionada principalmente ao carbono orgânico dissolvido de plantas C3, macrófitas e algas. Foi descrito um período de temperaturas mais baixas e clima úmido (18000-14000 anos calibrados Antes do Presente), seguido de um longo período de seca (13500-4000 anos cal A.P.) e por volta de 3000 anos cal A.P. aconteceu aumento da umidade. Sendo assim, concluímos que o aumento no influxo de grãos de pólen de Poaceae indif. foi determinada por variações na extensão de área alagada, indicando um aumento na quantidade de precipitação e não o caso oposto, auxiliando as interpretações de variações da assembleia polínica encontrada no testemunho da lagoa, onde foi encontrado o registro de um período relativamente seco de 13500-4000 anos cal A.P. retomando as condiçoões úmidas a cerca de 3000 anos cal A.P.

  • ANDREX AUGUSTO SILVA DA VEIGA
  • ANALOGIAS ESTRUTURAIS ENTRE MANGIFERINA E ÁCIDO ASCÓRBICO COMO ANTIOXIDANTES.

  • Data: 29/11/2019
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  • Mangifera indica L. (Anacardiaceae), conhecida como manga no Brasil, Espanha, Malásia, mango na Alemanha, Nova Guiné, Egito, Espanha, Guatemala, Guiana, Haiti, Índia, Islândia, Itália, México, Paquistão, Perú e pais de língua inglesa. A planta é utilizada no tratamento de processos diarreicos, desordens gástricas, infecções do trato urinário, anemia, reumatismo. Os estudos farmacognósticos e fitoquímicos desta espécie demonstraram a presença de ácido triterpênicos manglanostenóico (A, B, C e D), ácido 3-oxo-lanostano-26-oico, 3-oxo- 20S,24R-epoxi-dammarane-25-ξ-26-diol, 5-(12-heptadecenil)-resorcinol, ácido 29-hidroximangiferônico; triterpenos tetracíclicos: cicloart-24-en-3β,26-diol, 3-ceto dammar-24(E)-en- 20S,26-diol; mangiferina entre outras substâncias. Em ensaios utilizando a xantona Cglicosilada mangiferina atestou-se atividades antiviral, antitumoral, anti-inflamatória, imunoestimulante, antioxidante, antialérgica, entre outras. Este trabalho, inicialmente visa avaliar a correlação das estruturas da mangiferina, presente na espécie M. indica, e do ácido ascórbico através dos estudos de estabilidade e reatividade química usando métodos de modelagem computacional com a perspectiva de desenvolver um insumo ativo com propriedades que favoreçam a incorporação deste a produtos farmacêuticos ou alimentícios. O estudo teórico da mangiferina, análogos e derivados semissintéticos foi realizada usando os pacotes computacionais ChemOffice 7.0 e Gaussian 09 para se obter descritores moléculas que embasem o estudo. A partir destes foi evidenciado a maior influência da transferência de hidrogênio do que a de elétrons, as hidroxilas vicinais (orto) são mais favorecidas que as localizadas na posição meta, e, consequentemente, os compostos com porção catecólica são mais ativos quando comparados com outros derivados naturais relacionados. A mangiferina mostrou maior similaridade estrutural com o ácido ascórbico que outros derivados catecólicos relacionados tanto pelo mecanismo de transferência de elétrons quanto hidrogênio.

  • IGOR CHAMON ASSUMPÇÃO SELIGMANN
  • VARIABILIDADE CROMOSSÔMICA EM ESPÉCIES AEQUORNITHES (AVES): UMA ANÁLISE EVOLUTIVA E FILOGENÉTICA

  • Data: 30/09/2019
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  • A Super ordem Aequornithes reúne sete ordens de aves aquáticas, das quais os Ciconiiformes e Pelecaniformes se destacam por serem encontrados em quase todo o mundo. Hoje, os Ciconiiformes se resumem à família Ciconiidae; e os Pelecaniformes, além de Pelecanidae, incluem as famílias Threskiornithidae, Ardeidae, Scopidae e Balaenicipitidae, originalmente pertencentes aos Ciconiiformes. Esta classificação não tem sido contestada, porém incertezas sobre as relações filogenéticas entre os gêneros destas ordens ainda permanecem. Para contribuir com a elucidação da filogenia dentro de três destas famílias, o presente trabalho analisou o cariótipo de oito espécies, cinco das quais por citogenética molecular: Jabiru mycteria e Ciconia maguari (Ciconiidae); Cochlearius cochlearius e Syrigma sibilatrix (Ardeidae); e Eudocimus ruber (Threskiornithidae). Dentre os resultados encontrados, a pintura cromossômica comparativa utilizando sondas de Gallus gallus (GGA) sugeriu que cada uma destas famílias é monofilética e possui rearranjos característicos: as espécies de Ciconiidae apresentaram a fusão GGA8 com GGA9; as de Ardeidae a fusão GGA6 com GGA7; e de Threskiornithidae a fusão GGA7 com GGA8, além da fissão de GGA1 acompanhada da fusão de GGA1p com GGA6. Também foram realizadas análises por citogenética clássica nas espécies de Ardeidae Casmerodius albus e Egretta thula, além da espécie Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis, e tais resultados, somados aos encontrados em literatura, auxiliaram na inferência de um cariótipo ancestral para cada uma das três famílias abordadas neste trabalho. Assim sendo, uma filogenia baseada em citogenética pôde ser proposta às referidas famílias: Ciconiidae dividida em quatro tribos, Leptoptilini, Mycterini, Ciconiini e Ephippiorhynchini; Ardeidae com cinco padrões cariotípicos significativamente distintos, representados pelos gêneros Tigrisoma, Cochlearius, Botaurus, Ardeola e Ardea; e Threskiornithidae dividida nas subfamílias Plataleinae, Ibisinae e Eudociminae. 

  • THAIS GLEICE MARTINS BRAGA
  • CULTIVO DO DENDÊ (Elaeis guineensis) E A INTEGRIDADE DA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE FLORESTAL: ESTUDO DE CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOJÚ-PA

     

  • Data: 11/09/2019
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  • A relevância ambiental das bacias hidrográficas no contexto da manutenção e conservação da biodiversidade tem se tornado cada vez mais notória, e quando relacionado com as áreas de consolidação do cultivo da espécie ELAEIS GUINEENSIS – DENDÊ é possível compreender os impactos gerados na biodiversidade florística ocorrida nestas regiões. O entendimento técnico cientifico das ações antrópicas para fins econômicos e larga escala, em regiões de bacias hidrográficas, servem para subsidiar políticas públicas que visem minimizar os danos ambientais. Por isso, a referida tese objetivou, dimensionar as áreas de fragmentos florestais remanescentes, em uma paisagem com cultivo de dendê e identificar áreas destinadas à atribuição legal da área de preservação permanente, de modo a projetar uma ampliação da conectividade entre os fragmentos na Bacia Hidrográfica do Rio Moju, que apresenta extensão territorial de 15.662,097 km² e é constituída predominantemente pelo município de Moju, estar presente a montante os municipais de Breu Branco e Jacundá, apresenta forma geométrica alongada, o que favorece a ação da drenagem sobre o relevo, sendo divida da seguinte forma, Baixo Moju (BMj), Médio Moju (MMj) e Alto Moju (AMj). O AMj, a vegetação é do tipo Floresta Tropical de Terra Firme ou Floresta Ombrófila Densa com espécies arbóreas de grande porte, com altura de 25 a 30m. Este estudo compreende especificamente a dinâmica de alterações na paisagem com cultivo do dendê com base nas transições, permanências e vulnerabilidades das classes de cobertura vegetal e uso da terra na bacia hidrográfica do rio Moju, a distribuição espacial dos remanescentes florestais gerados pela fragmentação de uma paisagem com cultivo de dendê na bacia hidrográfica do rio Moju, o conflito de uso da terra nas Áreas de Preservação Permanente na bacia do rio Moju, e por fim, Indicou-se assim, áreas com maior potencial de conectividade entre os fragmentos para formação de corredores ecológicos e consequentemente a manutenção da biodiversidade. Assim, visou-se identificar a integridade ecológica florestal, e o distribuição espacial da biodiversidade vegetal, através do comportamento do desflorestamento ao longo do período de estudo, que se deu nos anos de 2005 e 2017 respectivamente, dessa forma, identificou-se os fragmentos remanescentes de floresta ombrófila densa oriundas do uso da vegetação na paisagem em estudo, tudo isto serviu sobre tudo para subsidiar a criação de corredores ecológicos, analisar o efeito de borda ocorrido na bacia hidrográfica do rio Moju ocasionado pelo cultivo do Dendê, e identificar quais os principais impactos que o cultivo desta espécie gerou. Para realizar tal estudo abordou-se como ferramentas metodológicas o barômetro das geotecnologias, principalmente no âmbito do geoprocessamento e sensoriamento remoto, logo a delimitação da área da bacia hidrográfica foi efetuada utilizando o arquivo digital em formato shapefile da base hidrográfica ortocodificada disponibilizado pela Agência Nacional da Águas – ANA. Baseada em dados georreferenciados do relevo da área em questão, derivados de produtos SRTM, por meio da utilização da ferramenta Hidrology, pertencente ao programa ArcGis 10.2. O trabalho terá inicio com o levantamento e aquisição dos dados e informações sobre as áreas da bacia hidrográfica do rio Moju, sucessivamente será feito a seleção de imagens de satélite dos sensores Landsat 5 e 8, nos anos de 2005 e 2017, além das imagens, utilizará mapas básicos e topográficos de escalas e temas distintos para subsidiar o estudo. Toda a base 9 planialtimétrica utilizada será computada por meio de cartas topográficas do IBGE. O processamento digital e as analises das imagens utilizadas, serão efetuados nos softwares Envi e ArcGis, disponíveis no Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, os quais originaram o sistema informações geográficas. Tal banco de dados criados a partir das imagens de satélite, dos anos de 2005 e 2017 foram processadas, bem como analisadas por etapas distintas, de maneira a gerar todas as informações referentes à cobertura vegetal, fragmentação remanescentes, compreensão da dinâmica da paisagem das áreas de preservação permanentes, levando em consideração as mudanças históricas ocorridas na área de estudo relacionados a cobertura vegetal a partir da expansão da monocultura. Permitindo obter informações como a quantificação de áreas das classes temáticas e a dinâmica da cobertura vegetal e dos fragmentos remanescentes após a consolidação da área de cultivo, tudo isso através da modelagem geoespacial o comportamento dos impactos na vegetação oriundos do cultivo do dendê. Por isso, este estudo foi de fundamental importância, para evidenciar através da modelagem ambiental, dos fragmentos florestais remanescentes, em região de bacias hidrográficas com áreas de consolidação do Dendê, por meio de dados inéditos como que o comportamento do uso da cobertura vegetal e o processo de fomento ao cultivo da monocultura do dendê, provocou o processo de desflorestamento nesta área, o processo de fragmentação florestal e como tais ações antrópicas originaram a dinâmica de alterações na paisagem, com base nas transições, permanências e vulnerabilidades das classes de vegetação, esta tese apresenta o cenário contemporâneo da distribuição espacial dos remanescentes florestais, além de analisar o conflito de uso da terra nas Áreas de Preservação Permanente e Indicar áreas com maior potencial de conectividade entre os fragmentos para formação de corredores ecológicos, para isso, foram executas as operações de análise espacial/álgebra de mapas visando produzir novas informações espaciais (Mapas) a partir do mapa de uso e cobertura do solo, áreas de reserva legal, declividade e das Áreas de Preservação Permanentes existente na bacia hidrográfica. Tais operações detectaram as áreas prioritárias para a geração de corredores ecológicos que interligaram as áreas de florestas com as áreas a serem recompostas. As operações de análise espacial/álgebra de mapas foram executadas com o intuito de produzir informação confiáveis cartograficamente e apresentou uma proposta de delimitação de corredores ecológicos que fosse condizente com os aspectos de conservação e manutenção da biodiversidade.

  • PATRÍCIA SUELENE SILVA COSTA GOBIRA
  • SELEÇÃO DE MICRORGANISMOS NATURALMENTE OCORRENTES E SUAS APLICAÇÕES NA FERMENTAÇÃO DO RESÍDUO DA MANDIOCA PARA A PRODUÇÃO DE BIOETANOL.

  • Data: 20/08/2019
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  • Estudos de investigação sistemática estão sendo executados neste trabalho para a busca de novas linhagens de leveduras naturalmente ocorrentes nas raízes de Manihot esculenta Crantz, com potencial de fermentar amido da mandioca, de modo a se otimizar as etapas do processo de fermentação, além da obtenção de enzimas desconstrutoras do amido, a partir de fungo filamentoso naturalmente ocorrentes, visando a obtenção de bioetanol. A estratégia de seleção baseou-se na adaptabilidade dos microrganismos em assimilarem substratos naturais com alta taxa de conversão. Para a produção de bioetanol de amido e/ou resíduos de mandioca, duas etapas são importantes: Na primeira etapa, a hidrólise da amilose e amilopectina gerando açúcares fermentescíveis, por concentrado de enzimas hidrolásicas produzidas por fungo filamentoso naturalmente ocorrente na raiz de mandioca, e na segunda etapa, o potencial destas leveduras de fermentar os açucares gerados in loco. Com base nestes aspectos, este trabalho foi direcionado para isolar e identificar leveduras predominantes na fermentação espontânea do amido de mandioca, fazendo uso de técnicas de análise micro-estruturais e morfológicas, e técnicas moleculares para identificação, como a caracterização dessas leveduras quanto ao perfil de assimilação de carbono. O concentrado enzimático a ser usado na hidrólise do amido foi obtido por cultivo submerso do fungo filamentoso Aspergillus aculeatus, naturalmente ocorrente da mandioca; a confirmação do potencial de desconstrução do amido foi realizado por monitoramento durante o cultivo e após atingir o momento ótimo de produção de proteínas que coincidiu com a máxima descontrução do amido por análise de amido residual, foi realizado também a análise de atividade enzimática em gel de eletroforese - zimograma. A identificação das proteínas constituintes desse concentrado enzimático iniciou com a separação das proteínas mais abundantes por gel de eletroforese unidimensional e bidimensional, após separadas as proteínas foram submetidas a análise por espectrometria de massas em MALDI-TOF. Além disso a otimização do potencial de desconstrução amilácea do concentrado enzimático, do fungo filamentos Aspergillus aculeatus naturalmente ocorrente desse substrato, também foi realizado, utilizando o planejamento experimental com delineamento Box-Behnken e Metodologia de Superfície de Resposta, usando três fatores e 3 níveis e, o delineamento foi composto de 12 ensaios fatoriais e 3 repetições no ponto central. Da seleção de leveduras foi possível a identificação de representantes de quatro espécies e duas possíveis espécies ainda não descritas, pertencendo a quatro diferentes gêneros: Candida, Meyerozyma, Pichia e Yamadazyma. No concentrado enzimático foi identificado 8 proteínas (6 glucoamilases, 1 RNase e 1 endoxilanase). Através da matriz de planejamento foram encontrados valores confirmando uma desconstrução de 70% m/m. Os gráficos de superfície de resposta demonstraram melhores resultados obtidos com decréscimo do pH e tendência de tempo e temperatura para o ponto central. As condições ótimas do estudo foram T=45ºC, t=60 min e pH=5,5.

  • RAIMUNDO JUNIOR DA ROCHA BATISTA
  • CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL QUÍMICO DE AROMA E
    EXTRATOS ORGÂNICOS DA FOLHA, PECÍOLO, CAULE, RIZOMA,
    RAIZ, BROTO E INFLORESCÊNCIA DE Montrichardia linifera (Arruda)
    Schott.

  • Data: 28/06/2019
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  • Montrichardia linifera (Arruda) Schott, família Araceae, é popularmente conhecida como aninga e amplamente disseminada nas várzeas amazônicas e encontrada em diversos ecossistemas inundáveis como igapós, margens de rios, furos e igarapés. São consideradas tóxicas, causando queimaduras de pele e em contato com os olhos pode causar cegueira. Apesar disso, são muito utilizadas na medicina tradicional por suas propriedades cicatrizantes, possível ação anti-inflamatória e antinociceptiva, tratamento de impingem e frieira, diurética e atividade antiplasmódica. Com base nestas informações, este projeto tem como objetivos: determinar a composição mineral (Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn) das folhas, pecíolo, caule, rizoma, raiz e broto de Montrichardia linifera e com esses dados, determinar o potencial de bioacumulação e fator de translocação; realizar a prospecção fitoquímica nos extratos oriundos das folhas, pecíolo, caule, rizoma, raiz e broto; realizar a caracterização química dos extratos brutos (hexano, acetato de etila, metanol e etanol) das folhas, pecíolo, caule, rizoma, raiz e broto de
    Montrichardia linifera e identificar os constituintes voláteis (aroma) das folhas, pecíolo, caule, rizoma, raiz, broto e inflorescência por cromatografia gasosa acoplada à espectrômetro de massas (CG-EM). Os resultados da composição mineral demostraram que os maiores teores de Ca, Mg e Mn foram observados nas partes aéreas da planta, folha, pecíolo, caule e broto e dentre os micronutrientes, concentrações elevadas de Mn, Fe e Cu nas raízes. Montrichardia linifera se mostrou eficaz em bioacumulação de metais em seus tecidos. Na prospecção fitoquímica do extrato etanólico foi detectada a presença de ácidos orgânicos e esteroides e triterpenos (folha, pecíolo, caule, raiz, rizoma e broto), açúcar redutor (pecíolo, caule, raiz e rizoma) e saponinas (pecíolo, raiz e rizoma). Na prospecção por CCDAE foi detectada a presença de terpenos nos extratos hexano, acetato de etila e etanol (folha, pecíolo, caule, raiz, rizoma e broto), flavonoides nos extratos metanol e etanol (folha), compostos fenólicos nos extratos metanol e etanol (folha) e acetato de etila (folha, pecíolo, caule, raiz, rizoma e broto) e atividade antioxidante no extrato hexano (folha e broto), acetato de etila e etanol (folha, caule, raiz e broto) e nos extrato metanólico (folha, pecíolo, caule, raiz, rizoma e broto). No perfil químico de Montrichardia linifera, foi possível a identificação total de 133 compostos. Nos extratos hexânico e acetato de etila foram identificados 45 compostos (31 no hexano e 25 no acetato de etila) e apresentaram como componentes majoritários, o ácido palmítico, octacosano e etil palmitato. Nos aromas foram identificados 114 constituintes químicos com o Ácido palmítico como principal constituinte majoritário (pecíolo, raiz e rizoma) hexanal (caule e broto) e (Z)- jasmona e álcool veratril em todas as amostras da inflorescência (in natura e seca).

  • PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA LEDA
  • ETNOBOTÂNICA APLICADA ÀS PLANTAS MEDICINAIS COMO SUBSÍDIO PARA A INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS DO BIOMA AMAZÔNIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE ORIXIMINÁ – PARÁ, BRASIL.

  • Data: 24/06/2019
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  • A presente tese contextualiza o processo de construção do arcabouço político-regulatório que resultou no reconhecimento oficial da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) e demonstra a importância da Atenção Primária em Saúde (APS) como lócus de investigação em etnobotânica. Ela aborda resultados de pesquisa realizada em duas etapas. Na primeira, fez análise de literatura especializada em plantas medicinais que abordam o uso de espécies nativas do Brasil. Foram escolhidos sete livros técnicos-científicos presente no anexo III - Lista de Referências para Comprovação de Tradicionalidade da Resolução da Diretoria Colegiada 26/2014 da Anvisa. Para completar as informações, selecionou-se mais onze obras com ênfase em espécies nativas da Amazônia do período de 1854 e 2010, completadas com 18 publicações acadêmicas em etnobotânica divulgadas entre 1983 e 2015. Na segunda etapa, foi conduzido estudo etnobotânico em Oriximiná-PA. Este município serviu como representante territorial das práticas etnomedicinais presentes na Amazônia brasileira. O eixo central da pesquisa apoiouse na recuperação das informações presente na literatura analisada. Para sistematizar o conhecimento disponível nestas obras, fez um apanhado das indicações terapêuticas informadas para espécie citada. Estas indicações foram categorizadas com apoio da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Após a categorização, calculou-se a Concordância de Categoria de Uso (CCU) e selecionou-se as que apresentaram valores iguais ou maiores que 60. A esse conjunto de espécies foi aplicado sete critérios fundamentados nas normativas da Anvisa que somavam no máximo 40 pontos, seguida de uma análise de cluster. Esse grupo foi comparado ao conjunto de espécies presentes no levantamento etnobotânico conduzido em Oriximiná, junto aos Agentes Comunitários de Saúde e moradores indicados por eles. Essa comparação teve como objetivo verificar que espécies nativas da Amazônia são comuns a ambas as etapas. Como resultado da primeira etapa, foram selecionadas 19 espécies endêmicas do Bioma Amazônia. Todas consideradas de uso tradicional da Amazônia brasileira, servindo de parâmetro para a segunda etapa. O levantamento etnobotânico resultou na coleta de 112 amostras de plantas úteis como medicinais, sendo identificados 3 gêneros e 109 espécies, categorizando-as em nativas (62; 56,2%), naturalizadas (22; 20,1%) e cultivadas (25;22,3%). Os táxons estão distribuídos em 49 famílias com predominância de Fabaceae. Para a análise de tradicionalidade foram excluídas as cultivadas e naturalizadas, restando restaram 48 nativas da Amazônia que foram avaliadas, seguindo o mesmo procedimento da etapa 1. A combinação das seleções realizadas nas etapas 1 e 2, resultou em 34 espécies nativas da Amazônia, sendo 18 endêmicas deste bioma e 16 que também ocorrem em outros biomas. Esse grupo de espécies encontram-se distribuídas em 23 famílias botânicas, com predominância de Fabaceae. Esta família botânica é prevalente nos estudos etnobotânicos conduzidos na região amazônica. Dentre estas, 12 são comuns às etapas 1 e 2 que, por sua vez, representam táxons endêmicos do Bioma Amazônia. Por fim, a pesquisa possibilitou a seleção de um grupo de nativas da Amazônia que poderão ser utilizadas por meio de protocolos na APS de Oriximiná, em razão das evidências de segurança e eficácia demonstradas, seguindo os critérios da Anvisa. Os dados encontrados mostraram que há descompasso entre os critérios normativas do SUS e a realidade encontrada quanto ao reconhecimento da tradicionalidade de uso das nativas da Amazônia, cujo resultado servirá para trabalhar ações voltadas para a introdução da fitoterapia no SUS local.

  • PAULA FERNANDA VIEGAS PINHEIRO
  • "FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL EM ÁREAS PROTEGIDAS NA AMAZÔNIA MARANHENSE E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE"

  • Data: 26/04/2019
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  • A criação de áreas protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas) é uma das estratégias mais efetivas na contenção dos processos de desmatamento, fragmentação da paisagem e conservação da biodiversidade. No entanto várias dessas áreas na Amazônia sofrem com pressões antrópicas que não possibilitam alcançar o objetivo para o qual foram criadas. Nesse sentido é importante a geração de informações que avaliem o estado de ocupação e fragmentação de áreas protegidas de maneira a dar subsídios para ações mais efetivas para sua conservação. O presente estudo, a partir de técnicas e produtos de sensoriamento remoto e geoprocessamento, analisar a dinâmica de alterações na cobertura vegetal e uso da terra e da estrutura da paisagem de um conjunto de áreas protegidas incluindo UC (Reserva Biológica do Gurupi) e TIs (Terra Indígena Awá, Terra Indígena Caru e Terra Indígena Alto Turiaçu) em um período de 30 anos, visando com isso gerar subsídios para a implementação de política de gestão compartilhada para a conservação e manutenção da biodiversidade. Para tanto, utilizaou-se imagens digitais dos satélites Landsat 5 e 8, as quais foram processadas e classificadas através do algoritmo de máxima verossimilhança e interpretadas através de estudos de ecologia de paisagem. Obteve-se mapas do estado de conservação dessas áreas protegidas, da fragmentação da paisagem. Espera-se que os resultados gerados nessa, tese, auxilie na busca de soluções para conservação da biodiversidade presente na área de estudo.

  • MARLYSON JEREMIAS RODRIGUES DA COSTA
  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA E EVOLUÇÃO CARIOTÍPICA DE ROEDORES DO GÊNERO Proechimys PERTENCENTES AOS GRUPOS GOELDII E LONGICAUDATUS (RODENTIA: ECHIMYIDAE)

  • Data: 25/03/2019
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  • Os ratos espinhosos do gênero Proechimys (Rodentia-Echimyidae) possuem ampla distribuição na região amazônica com pelo menos 16 das 22 espécies descritas para o gênero ocorrendo na Amazônia brasileira. A taxonomia desse grupo é bastante complexa devido à grande similaridade fenotípica entre as espécies e ao fato das relações filogenéticas entre os indivíduos desse gênero ainda permanecerem incertas. Possuem uma grande variação no número diploide (2n) que vai de 2n = 14 a 62 e algumas espécies apresentam diferentes citótipos. O objetivo deste trabalho é avaliar espécies dos grupos goeldii e longicaudatus dentro do gênero Proechimys no que diz respeito aos seus limites geográficos e ao status taxonômico. Para isso foram realizadas análises de marcadores moleculares (Cytb e COI), citogenética clássica e citogenética molecular (FISH), associando-os aos padrões de distribuição geográfica das espécies. A partir de populações naturais da Amazônia Oriental, foram coletadas amostras de 32 exemplares de Proechimys cuvieri 2n = 28 NF = 46 e 48, 13 de P. gr. longicaudatus 2n = 28 NF = 46 e 50 (ambas do grupo longicaudatus), 4 de P. roberti 2n=30 NF=54 (grupo guyannensis), 2 de P. gr. goeldii 2n=14, 15, 16 e 17 NF=14 e 2 de P. goeldii 2n=24M/25F NF=42 (ambas do grupo goeldii). Os representantes do grupo goeldii foram avaliados utilizando pintura cromossômica com sondas de cromossomos totais de P. roberti 2n=30 NF=54 e P. goeldii 2n=24M/25F NF=42, a fim de estabelecer a origem dos sistemas de determinação sexual múltiplos presentes nas espécies P. gr. goeldii e P. goeldii. Identificamos múltiplos rearranjos cromossômicos e uma origem independente dos cromossomos sexuais presentes nas espécies irmãs P. goeldii e P. gr. goeldii, o que nos possibilitou discutir a importância desses sistemas e rearranjos no processo de especiação dessas linhagens. Análises por citogenética clássica e máxima verossimilhança utilizando marcadores moleculares independentes (Cytb ou COI) e concatenadas (Cytb e COI) foram realizadas nas espécies do grupo longicaudatus. Os resultados demonstraram uma relação de irmandade entre essas duas espécies com bom apoio e vários níveis de estruturação molecular em alopatria, o que pode refletir a presença de um complexo de espécies dentro desse grupo. Assim, sugerimos, a partir de nossas análises, que os dados moleculares e cariotípicos disponíveis para P. longicaudatus e P. cuvieri discordam quanto à monofilia dessas espécies, necessitando de estudos direcionados e detalhados sobre as diferentes linhagens recuperadas no presente estudo. 

  • MÔNICA FALCÃO DA SILVA
  • DIVERSIDADE DE LEGUMINOSAE EM AMBIENTES AMAZÔNICOS: DIVERSIFICAÇÃO IN SITU OU EVOLUÇÃO DE NICHO?

  • Data: 25/03/2019
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  • Os processos que determinam os padrões de distribuição das espécies tem sido um tópico intrigante por várias décadas e, surpreendentemente, pouco ainda se sabe. Em particular, existem evidências conflitantes sobre a evolução de nicho em plantas tropicais. Alguns autores discutem que linhagens de plantas raramente evoluíram entre habitats ecologicamente distintos, o que sugere que o aspecto de nicho é evolutivamente conservado. Em contraste, outros estudos apontaram uma taxa significante de evolução de nicho em linhagens de plantas que diversificaram mais recentemente. Sendo assim, a principal missão desta proposta é obter um melhor entendimento sobre as taxas de evolução de nicho em plantas lenhosas da Amazônia. A modelagem dos nichos e a reconstrução das relações filogenéticas foram realizadas em nível de espécie de Inga Mill. e Swartzia Schreb. (Leguminosae Juss.). O foco em Leguminosae, e mais especificamente nesses dois gêneros, é justificado por: 1) são grupos com grande representatividade em ambientes amazônicos; 2) são gêneros relativamente melhor estudados taxonomicamente e filogeneticamente; 3) estudos demonstram que os padrões ecológicos e evolutivos encontrados em Leguminosae refletem os padrões encontrados em angiospermas como um todo. Nossa matriz final consistiu de 147 espécies de Inga e 53 de Swartzia, totalizando 200 taxa distribuídos nos diferentes hábitats amazônicos. No primeiro capítulo, foram analisados os padrões de diversidade das espécies amazônicas de Inga ao longo de toda a Amazônia e entre outras regiões neotropicais. Nossos resultados revelaram que metade das espécies de Inga utilizadas nas análises é endêmica da região, que maior riqueza e endemismo podem ser encontrados nas florestas de terra firme e que os hábitats marginais merecem atenção em estudos futuros quanto à abundância de suas espécies endêmicas frente à crescente perda da biodiversidade amazônica. Para o capítulo dois, foi quantificada a diversidade evolutiva de todos os hábitats amazônicos, para avaliar se há coerência com os padrões taxonômicos conhecidos para esses ambientes, e calculados os eventos de alternância de habitat nas linhagens ao longo do tempo evolutivo para responder qual processo evolutivo foi mais importante na diversificação de Leguminosae na Amazônia (diversificação in situ ou evolução de nicho). O capítulo três evidenciou áreas com menor redundância filogenética (maior diversidade de linhagens dada sua riqueza de espécies) e que podem apresentar maior probabilidade de perda de diversidade evolutiva em cenários de mudanças climáticas globais. Assim, este estudo contribui para melhor compreensão dos processos relacionados à diversificação e distribuição de leguminosas arbóreas na Amazônia, além de favorecer a elaboração de planos para a conservação da biodiversidade - por exemplo, uma taxa considerável de evolução de nicho sugere que a adaptação a novos ambientes é uma parte importante do processo de especiação, enfatizando, portanto, a importância de estratégias de conservação que incorporam uma perspectiva evolutiva.
     

  • THAYSE CRISTINE MELO BENATHAR
  • ESTUDOS EVOLUTIVOS EM MORCEGOS NECTARÍVOROS NEOTROPICAIS
    (LONCHOPHYLLINAE, PHYLLOSTOMIDAE): UMA ABORDAGEM INTEGRATIVA

  • Data: 28/02/2019
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  • O histórico de classificação taxonômica de morcegos nectarívoros neotropicais (Phyllostomidae: Lonchophyllinae), tem sido debatido desde o seu reconhecimento como uma subfamília na década de oitenta. A subfamília Lonchophyllinae foi recentemente dividida em duas tribos, Lonchophyllini e Hsunycterini. Lonchophyllini abriga os gêneros Lionycteris Lonchophylla, Platalina e Xeronycteris. Hsunycterini abriga o gênero Hsunycteris. Esta subfamília apresenta o maior montante de revisões supragenéricas, diversos estudos filogenéticos e arranjos classificatórios dentro da família Phyllostomidae. As últimas revisões sistemáticas apontam a descrição de sete novas espécies e um novo gênero, aumentando o número de taxa reconhecidos para cinco gêneros e 20 espécies. Um trabalho recente reportou que o gênero Hsunycteris além de abrigar vários citótipos diferentes, também possui elevados níveis de divergência genética entre táxons coespecíficos, sugerindo que a diversidade do gênero está subestimada. Uma abordagem integrativa integrando sistemática molecular e citogenética (clássica e molecular) foi utilizada para investigar a história evolutiva da subfamília Lonchophyllinae, pois acreditamos que a combinação dos dados citogenéticos com dados moleculares fornecem uma melhor abordagem para resolver problemáticas de cunho filogenético e citotaxonômico. Neste contexto, o presente estudo se propõem avaliar o status taxonômico de populações atribuídas à H. thomasi, verificando a existência de possíveis variações intrapopulacionais, como também, avaliar a hipótese do gênero não refletir a real diversidade de espécies existentes, além de investigar as relações evolutivas desta subfamília através da reconstrução filogenética baseada em pintura cromossômica multidirecional (ZOO-FISH). Os resultados sugerem que os representantes da tribo Lonchophyllini (Lionycteris e Lonchophylla) estão intimamente relacionados, baseados nos dados cromossômicos (clássicos e moleculares), compartilhando a mesma morfologia cromossômica, número diploide (2n = 28), número fundamental (FN = 50) e associações sintênicas (PHA 1p/5p/3p, PHA 1q/8inv e PHA 5q/12p/9q). Observamos a presença de variação intraespecífica em Hsunycteris thomasi, com número diploide variando entre (2n=30 a 36) e número fundamental (NF=34 a 50), como também descrevendo mais dois novos citótipos (2n=36 NF=46) e (2n=34 NF=46). As associações sintênicas que apoiariam o clado Hsunycterini seriam PHA 10/13p+qprox, PHA 14/4/14 e inversão PHA 11. A principal causa das variações cariotípicas observadas em Lonchophyllini seriam eventos de translocações e em Hsunycterini são eventos de fusões e fissões envolvendo em sua grande maioria, os menores pares de cromossomos de dois braços.

2018
Descrição
  • PAULO ALEXANDRE PANARRA FERREIRA GOMES DAS NEVES
  • Planejamento e desenvolvimento de fitofármacos derivados da trans-desidrocrotonina obtida a partir das cascas do caule de Croton cajucara Benth

  • Data: 14/12/2018
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  • Introdução: A espécie Croton cajucara Benth, conhecida como sacaca, pertence à família Euphorbiaceae. O chá das cascas do caule desta planta é utilizado para o tratamento de distúrbios hepáticos e renais, redução dos níveis de açúcar, redução do nível de colesterol, diarreia, dores de estômago, febre, hepatite e malária.  Apesar de apresentar diversas ações biológicas, o uso da sacaca na medicina popular pode acarretar hepatite tóxica. A ação tóxica está associada com a presença da trans-desidrocrotonina (t-DCT), a qual é o componente majoritário. Justificativa: Nos últimos anos diversos estudos biológicos foram realizados para comprovar a ação da t-DCT: hipoglicêmica, hipolipidêmica, antigenotóxica, antiulcerogênica, antitumoral, anti-inflamatória, antinociceptiva, antiestrogênica e cardiovascular, os quais comprovaram tais ações, porém a molécula também apresenta ação hepatotóxica. Além da toxicidade apresentada por essa molécula, nenhuma modificação molecular foi realizada no anel furano, o qual é um possível grupo toxicofórico. Objetivo: Realizar um estudo de reatividade computacional e experimental da t-DCT, obtida a partir das cascas do caule de Croton cajucara Benth. Metodologia: Para realização do estudo teórico, todas as estruturas foram submetidas ao método semi-empírico PM3 com objetivo de otimizar as geometrias, sendo que a conformação mais estável foi utilizada para realizar os cálculos de química quântica. As geometrias PM3 de menor energia foram otimizadas utilizando o híbrido B3LYP da teoria do funcional de densidade, usando o conjunto de base 6-31+G(d,p). As características estruturais e eletrônicas como potencial de ionização (PI), orbital molecular ocupado de maior energia (HOMO), orbital molecular desocupado de menor energia (LUMO) e contribuição densidade de spin foram obtidas utilizando a teoria do funcional de densidade (DFT).  Todos os cálculos foram realizados com o programa Gaussian 09. Para realização do estudo experimental, a casca do caule da espécie Croton cajucara Benth, foi coletada no Horto de Plantas Medicinais da Embrapa Amazônia Oriental, localizado na cidade de Belém – PA. Após a coleta, o material botânico foi seco em estufa a 60 ºC e triturado em moinho de faca do tipo Willey. A molécula t-DCT  foi isolada através do método Soxhlet, utilizando hexano como solvente e tempo de extração igual a 48h. Após a extração, a amostra foi concentrada no rotaevaporador e utilizado a solução acetona e hexano (1:1) para cristalização da molécula. Com o isolamento da t-DCT, foram realizadas duas reações químicas para obtenção dos derivados, sendo uma reação de nitração e uma reação de oxidação. Para avaliar a toxicidade da t-DCT e dos derivados, foi realizado teste de citotoxicidade utilizando as seguintes linhagens: ACP-02 (câncer gástrico), MNP-01 (mucosa normal do estômago), HCT-116 (câncer de cólon retal humano), MCF-7 (câncer de mama humano) e VERO (rim de macaco verde africano). Como controle negativo do teste, foram considerados poços com células não tratadas com quaisquer substâncias. Resultados: Os valores de LUMO, HOMO, GAP e PI estão de acordo com a capacidade de doação de elétrons e esclarecem a influência do anel furano e sua grande propriedade eletrônica sobre a t-DCT.  As distribuições HOMO e densidade de spin revelaram as posições preferenciais e mais reativas após a remoção de elétrons. Todos os derivados simplificados com a fração furânica possuem alta capacidade de doação de elétrons, em especial um efeito sinérgico com o anel de lactona. Em relação ao estudo in vitro, os derivados foram menos citotóxicos quando comparados com a t-DCT. Conclusões: Os resultados indicaram maior contribuição de spin para o anel furano, o que pode explicar um possível sítio de oxidação aromática preferencial na t-DCT, para a produção de intermediários do tipo epóxido. Essas características estruturais podem ser responsáveis pela ação tóxica da molécula t-DCT.

  • MARITZA ECHEVARRIA ORDONEZ DE ARAUJO
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    Planejamento, Síntese e derivação Molecular do nitrofeniletano principal constituinte do óleo essencial de Aniba canelilla (HBK) Mez e suas aplicações biológicas.

  • Data: 07/12/2018
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  • Atualmente, o número de medicamentos obtidos a partir de extratos naturais e óleos essenciais usando métodos etno-farmacológicos que são aplicados na terapêutica são inexpressivos quando comparado às moléculas naturais bioativas que passaram por simples transformações químicas para aprimorar sua atividade farmacológica, alterar suas propriedades farmacocinéticas, reduzir sua toxicidade, modificar propriedades bio- farmacêuticas e ajustar suas propriedades terapêuticas ou que serviram de modelo para a síntese de compostos mais promissores, nesse contexto Aniba Canelilla planta que pertence à família Lauraceae tem demostrado atividades biológicas como anti-inflamatória, antifúngica e antimicrobiana no óleo de esta planta, que tem como constituinte majoritário  o 1- nitro-2-feniletano, sendo este o único nitro derivado odorífero que se conhece e é responsável pelo cheiro de canela das cascas. Por tanto, nosso atual interesse nesta molécula deve-se as possibilidades de estudar a correlação entre sua estrutura química versus sua atividade biológica uma vez que este composto dispõe de alguns pontos de modificação para a geração de compostos com possível ação mais pronunciada e de fácil obtenção , através  de planejamento racional .O presente trabalho tem por objeto , a síntese,

    o isolamento, modificação molecular e avaliação biológica do 1- nitro-2-feniletano, dentre os quais derivados de β-nitro-estrireno, compostos análogos do ácido cinâmico. Os estudos são complementados pela análise teórica da estrutura-atividade utilizando técnicas de modelagem molecular onde serão abordados seus aspectos conformacionais, eletrônicos usando os valores e gráficos de orbital molecular de fronteira, GAP, e energia de dissociação de ligação. Na primeira etapa utilizando três vias de obtenção se sintetizou o óleo de Aniba canelilla, resultando com maior percentagem de rendimento a terceira via, onde se utilizou brometo de etil benceno o qual reagiu com Dimetil Formamida mais  Nitrito de sódio. Sinalizamos os avanços futuros: Desenhar e planejar novos derivados análogos do 1-nitro-2-feniletano, os compostos com potencial atividade biológica serão sintetizados com reagentes disponíveis no laboratório e caracterizados para posterior avaliação: avaliação antioxidante, anti-inflamatória e analgésica, o estresse oxidativo induzido em eritrócitos.

  • WILLIAM KALHY SILVA XAVIER
  • ESTUDOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS SOBRE FUNGOS POROIDES
    (AGARICOMYCETES) DE ÁREAS FLORESTAIS NATIVAS E DEGRADADAS POR
    EXTRAÇÃO DE MINÉRIO NO MUNICIPIO DE SERRA DO NAVIO, ESTADO DO
    AMAPÁ, BRASIL

  • Data: 26/11/2018
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  • As espécies de fungos poroides são geralmente sapróbias, colonizam madeira morta, mas também são encontradas em árvores vivas e no solo, parasitando raízes ou em associações micorrízicas. São organismos importantes na ciclagem de nutrientes nos diferentes ecossistemas. Este trabalho teve por objetivo promover estudos acerca da riqueza, distribuição, composição e taxonomia de fungos poroides (Agaricomycetes) em áreas de floresta ombrófila densa nativa e vegetação secundária degradada pela extração do minério de manganês no Município da Serra do Navio, no Estado do Amapá. O desenho amostral consistiu em 18 unidades amostrais (parcelas retangulares de 10 m x 250 m), sendo nove implantadas em floresta nativa e nove em florestas secundárias em sucessão natural. As coletas quadrimentrais foram realizadas entre outubro de 2014 e junho de 2017, totalizando nove excursões, e abrangeu os períodos seco, inter-sazonal e chuvoso na região. Foram identificados 1.529 espécimes, representando 123 espécies, 52 gêneros e 10 famílias das ordens Hymenochaetales, Polyporales e Russulales. Todas as espécies representam primeiro registro para a área de estudo. Vinte espécies foram identificadas como novos registros para o Amapá; seis para a Amazônia (Ceriporiopsis
    mucida, Ceriporia purpurea, Dichomitus campestris, Grammothele brasiliensis,
    Oxyporus latemarginatus e Perenniporia centrali-africana); uma para o Brasil (Oxyporus lacera); e três espécies novas (Ceriporiopsis navisporus, Grammothele
    aurantiaca e Grammothele micropora). A composição variou significamente em relação aos tipos vegetacionais e os períodos amostrados. A interação entre os fatores sazonalidade e estrutura de habitat (floresta primária e secundária) foi significativa para a densidade. Os dados obtidos permitiram a compreensão da relação existente entre os fungos poroides e o habitat, contribuindo com subsídios para a conservação da micota Amazônica.

  • REGIANE SABLINA ALMEIDA BERNARDES
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    ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTINEOPLÁSICA DO EXTRATO AQUOSO DE
    Myrcia guianensis (Aubl.) DC. (MYRTACEAE)

  • Data: 29/10/2018
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  • Estudos etnobotânicos relatam que Myrcia guianensis (Myrtaceae), pertencente à um grupo de plantas conhecido como pedrá-ume-caá ou insulina vegetal, é utilizada na forma de chá para tratar diversas patologias, incluindo diabetes, doença metabólica que leva a produção constante de radicais livres. Dentre os estudos com espécies dessa família, há um número considerável de trabalhos que evidenciam a capacidade antioxidante das mesmas. Mas pesquisas que comprovem a utilização etnobotânica ou mesmo outras atividades biológicas de M. guianenis, são escassas. Portanto, considerando tal escassez de estudos farmacológicos aliados ao uso e importância da pesquisa com drogas vegetais padronizadas, este trabalho teve como objetivo padronizar o extrato aquoso das folhas de M. guianensis e avaliar seu potencial antioxidante e citotóxico. A padronização da droga vegetal e do extrato vegetal foi realizada de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Após a seleção da água como líquido extrator, escolhida em função da quantificação de compostos fenólicos, a droga vegetal de M. guianensis foi submetida à digestão a temperatura de 70°C, sendo posteriormente filtrada e liofilizada, obtendo-se assim o extrato aquoso de M. guianensis (EAMg) para ser utilizado em todos os ensaios físico-químicos e testes in vitro. O teor de compostos fenólicos (taninos totais, flavonóides e fenóis totais) do EAMg foi determinado por ensaios colorimétricos. Foram realizados diferentes ensaios antioxidantes in vitro: DPPH (capacidade do sequestro do radical 1,1-diphenyl-2-picryl hydrazyl), FRAP (potencial antioxidante de redução do ferro), descoramento do β-caroteno e capacidade antioxidante em células de fibroblastos humanos da linhagem MRC-5. A citotoxicidade do extrato foi avaliada em leveduras Saccharomyces cerevisiae e em células mononucleares humanas de sangue periférico (PBMC). Os parâmetros físico-químicos que envolveram a padronização da droga vegetal das folhas de M. guianensis estão dentro dos limites estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira. A quantificação dos compostos fenólicos presentes no extrato aquoso foi de 20,85±1,09% de fenois totais, 16,37±1,71% de taninos totais e 0,45±0,10% de flavonoides. O EAMg apresentou potencial antioxidante em todas as metodologias testadas. No ensaio de DPPH, o extrato (20μg/mL) foi capaz de reduzir até 95,63±0,5% o radical testado. Sob a mesma concentração, o EAMg também apresentou elevado potencial antioxidante frente ao método β-caroteno/ácido linoleico, inibindo 81,44% da peroxidação lipídica. Na análise de redução do íon ferro, o EAMg e o padrão tiveram os valores de absorbância aumentados em função do aumento da formação do complexo TPTZ e das concentrações, indicando elevada capacidade redutiva do EAMg. Na análise da atividade antioxidante em células de fibroblastos humanos, o EAMg exibiu atividade antioxidante em todas as concentrações. No entanto, não foi observado um padrão dose-resposta, pois a partir da concentração de 10 μg/mL, o percentual de inibição não apresentou diferenças significativas, o que demonstrou não ser necessário a utilização de concentrações acima de 10 μg/mL. O EAMg não demonstrou ser tóxico para células de S. cerevisiae e células normais de indivíduos sadios. Portanto, para as metodologias testadas e diante dos resultados encontrados, o extrato aquoso de M. guianensis possui compostos antioxidantes que permitem sua utilização segura e eficaz na forma de chá, podendo assim, ser empregado como complementação no tratamento de doenças metabólicas para o combate aos radicais livres.

  • MONICA NAZARE RODRIGUES FURTADO DA COSTA


  • AMPLIAÇÃO DOS ESTUDOS DE PLANTAS AROMÁTICAS MEDICINAIS DA
    ORDEM LAMIALES BROHMEAD OCORRENTES NA FLORESTA
    NACIONAL DE CAXIUANÃ, PARÁ, BRASIL

  • Data: 12/09/2018
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  • Este estudo teve como objetivo ampliar o inventário da flora aromática da Floresta
    Nacional de Caxiuanã, Pará, Amazônia, Brasil mediante levantamento de espécies
    aromáticas medicinais, além de contribuir com o conhecimento da diversidade,
    composição química e atividade biológica. Para o conhecimento da diversidade utilizouse
    o registro da ocorrência das espécies nas diferentes formações vegetais presentes na
    flona destacando aquelas espécies que ainda não tinham ocorrência para o estado do
    Pará ou que também são novos registros para estas vegetações. Na obtenção da
    composição química dos óleos essenciais (OEs) e concentrados voláteis (CVs) do
    material botânico coletado que foram extraídos de folhas, galhos, raízes e planta inteira
    secos foram utilizadas as técnicas por hidrodestilaçao (HD) e destilação por extração
    simultânea (DES), seguida da análise química realizada por cromatografia em fase
    gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM). O rendimento de óleo essencial
    foi calculado com base na amostra livre de umidade (mL/100g) e de acordo com o
    rendimento das espécies, é que foi possível a realização da atividade biológica
    antifungicida e antibacteriana através do teste de sensibilidade Disco-difusão. Foram
    coletadas quarenta e cinco (45) espécies pertencentes ao grupo das Angiospermas, com
    destaque para as espécies aromáticas medicinais da Ordem Lamiales, onde foram
    levantadas 4 famílias botânicas como Bignoniaceae, Lamiaceae, Plantaginaceae e
    Verbenaceae com 12 espécies sendo Scoparia dulcis, Mansoa stlandeyi, Bignonia
    nocturna, Hyptis atrorubens, H. suaveolens, Scutellaria agrestis, Mentha sp., Ocimum
    campechianum, Lippia thymoides, sendo que Hyptis crenata ocorreu nas capoeiras e
    Conobea scoparioides e Bacopa monnirioides ocorrem exclusivamente nos matupás,
    sendo no atual estudo a primeira ocorrência de registro fitofisionômico para estas
    espécies. As espécies Hyptis atrorubens Poit., H. crenata Pohl. ex Benth. e H.
    suaveolens foram coletadas e incorporadas no herbário, porém estas necessitam de
    estudos mais aprofundados quanto a sua morfologia e caracterização química. O
    rendimento de óleo essencial foi calculado com base na amostra livre de umidade
    (mL/100g). As espécies que forneceram maior rendimento de óleo foram Lippia
    thymoides (0,71%), Conobea scoparioides (1,1%) e Ocimum campechianum (3,3%), as
    demais (Bacopa monnierioides, Bignonia nocturna, Scoparia dulcis, Mansoa stlandeyi
    e Mentha sp) variaram de 0,045%. a 0,1%. A maioria dos óleos obtidos da flona de
    Caxiuanã foi caracterizada pela predominância de substancias terpênicas: C.
    scoparioides, produzindo principalmente monoterpenos oxigenados (timol e éter de
    metiltimol), Mentha sp. com teores elevados de óxido de piperitona e limoneno, S.
    dulcis, predominando hidrocarbonetos sesquiterpênicos no OE da planta inteira e na raiz
    uma substancia não identificada (MM=272) foi a principal, no O. campechianum a
    classe terpênica variou de 70% (folha) a 85% (galho), mas com 24,78% do
    fenilpropanóide eugenol nas folhas; a L. thymoides com ca. de 84%, sendo timol
    responsável por 34,7%, o óleo de B. monnierioides apresentou ca. de 60% da classe
    terpenica, com 20,08% do monoterpeno oxigenado canfora, e 34,47% de metileugenol;
    benzaldeído foi o principal constituinte nas folhas de B. nocturna (77,47% a 94,79%);
    os compostos sulfurados (42,44%) caracterizaram o OE das folhas de M.stlandeyi.

  • SEIDEL FERREIRA DOS SANTOS


  • Investigação de técnicas de biotecnologia vegetal na produção de calos in vitro como sistema para obtenção de metabólitos secundários e dos perfis metabólicos dos frutos de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz (FABACEAE).

  • Data: 04/09/2018
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    Libidibia ferrea é bastante conhecida na medicina popular, sendo suas diferentes partes utilizadas no tratamento de várias doenças e sintomas,- evidenciando as seguintes: atividades antifúngicas, antibacterianas, antiulcerogênicas, analgésicas e antinflamatórias, no entanto, ainda existe uma lacuna referente a sua caracterização farmacognóstica. Existem registros de várias classes de substâncias químicas como flavonóides, diterpenos e esteróides que podem estar relacionadas as ações terapêuticas, tais como anticancerígenos, antidiabéticos, antimicrobianos, anti-reumáticos e afecções da pele. Este trabalho busca descrever o perfil químico de frutos de Libidibia ferrea (Jucá) coletados nos municípios de Belém, Marabá e Santarém por meio de técnicas de metabolômica, com o objetivo de estabelecer relação entre as classes de metabólitos encontrados e as atividades biológicas realizadas com os extratos e frações em especial as atividades cicatrizantes e antiinflamatória. Dentro desta ótica serão aplicadas técnicas da biotecnologia vegetal para verificar a eficiência da técnica de micropropagação e na produção de calos embriogênicos com vistas a produção de metabólitos. Com base no que foi exposto, Libidibia ferrea apresenta potencial para o desenvolvimento de fitoterápicos ou terapêuticos, especialmente focando seus potenciais antiinflamatórios e cicatrizante. O presente trabalho será fundamental na geração de informações científicas que fornecerão base sólida para o conhecimento sobre o perfil químico e o potencial de atividades biológicas destas classes de metabólitos, bem como o desenvolvimento de condições que otimizem a expressão de vias metabólicas secundárias e o desenvolvimento de estratégias para o acumulo e produção de metabólitos in vitro como alternativa de produção em escala de interesse tecnológico.

     

  • DENISE DE ANDRADE CUNHA
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    DINÂMICA E PRODUTIVIDADE EM FLORESTAS DE IGAPÓ E VÁRZEA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 09/08/2018
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  • Apesar da grande representatividade das florestas inundáveis na Amazônia, pouco se conhece a respeito de seu papel como sumidouro de carbono e das variáveis que influenciam o funcionamento dessas florestas. Desse modo, o presente trabalho se propôs analisar os padrões de produtividade e dinâmica entre florestas de igapó e várzea na Floresta Nacional de Caxiuanã, Amazônia Oriental, considerando as variáveis ambientais e intraespecíficas que influenciam esses padrões. Foram estabelecidas parcelas permanentes de 1 ha subdivididas em cinco parcelas de 20x100m em florestas de igapó e várzea onde, anualmente, desde 2011, foram avaliados o incremento periódico anual (IPA), a mortalidade e o recrutamento de todos os indivíduos com DAP≥ 10cm. As florestas de igapó e várzea analisadas apresentaram, respectivamente, biomassa equivalente à 359,8 e 400,4 Mg. ha-1.ano-1 e aumento médio de 6,3 ± 3,7 e 3,8 ± 1,6 Mg.ha-1.ano-1 indicando que essas florestas no período analisado atuaram como sumidouro de carbono. A floresta de várzea apresentou maior mortalidade e recrutamento, além de um maior acúmulo de biomassa de indivíduos com DAP superior à 30 cm quando comparados ao igapó. Na floresta de várzea, o maior IPA em DAP e mortalidade de espécies foram associados às variáveis que contribuem para aumentar a fertilidade do solo o que pode ser reflexo da correlação negativa entre crescimento e sobrevivência de indivíduos. Na floresta de igapó, a matéria orgânica parece ser imprescindível não apenas para o crescimento dos indivíduos como também para sua sobrevivência. A maior fertilidade dos solos de várzea sugere que o maior acúmulo em biomassa pode estar relacionado com a alocação de recursos do solo para o crescimento inicial e um rápido estabelecimento das plantas. Por outro lado, a baixa dinâmica florestal registrada em floresta de igapó pode significar longos períodos de residência de carbono fixado na biomassa dos indivíduos. Com relação à influência de variáveis intraespecíficas, os indivíduos femininos e masculinos de V. surinamensis não apresentaram diferenças significativas na abundância e incremento em biomassa. Contudo, o maior número de indivíduos femininos concentrados nas maiores classes de DAP, menor mortalidade e consequente maior acúmulo de biomassa, sugerem que estes indivíduos contribuem com maior tempo de residência de carbono fixado na biomassa viva.

  • DARLEY CALDERARO LEAL MATOS
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    DIVERSIDADE FUNCIONAL DA COMUNIDADE DE ÁRVORES EM FLORESTAS
    INUNDADAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 07/08/2018
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  • Cerca de 30% da bacia Amazônica é constituída de vegetações periodicamente inundadas e dois tipos são representativos: a várzea rica em nutrientes e mais produtiva, e o igapó com solo pobre em nutrientes e ácido. As duas florestas apesar de sujeitas a inundação periódica apresentam origem, propriedade físico-química das águas e solo distintos, os quais são fatores que podem influenciar em diferentes padrões de variação de atributos funcionais das espécies. A diversidade funcional (FD) é uma representação de como as espécies estão distribuídas num espaço de nicho definido por atributos funcionais, e é uma maneira de avaliar os efeitos e respostas de interações entre espécies com o ambiente e com outras espécies coexistentes. Baseado nas características distintas de florestas inundadas e na abordagem de atributos funcionais, esta tese teve como objetivo geral analisar o padrão e inferir processos de organização funcional das comunidades de árvores em florestas inundadas na Amazônia Oriental. O estudo foi realizado na área da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil. Foram estabelecidas no total 32 parcelas de 10mx10m (100 m2) na várzea e no igapó e medidos atributos funcionais (seis atributos foliares, densidade da madeira e altura máxima) de todos os indivíduos arbóreos com diâmetro ≥ 5 cm. Em cada parcela foi coletada uma amostra composta de solo e medida a porcentagem de abertura de dossel. A biomassa acima do solo por indivíduo e parcela foi calculada através de uma equação alométrica. No capítulo 1 foi analisado o padrão de organização funcional da comunidade de árvores em uma floresta de igapó e várzea, e através de um modelo nulo foi testado se a FD das espécies foi diferente do que seria esperado ao acaso em cada floresta. A competição interespecífica levou à divergência de atributos (aumento da FD) no igapó devido à maior complementariedade no uso dos recursos pelas espécies, e à convergência (diminuição da FD) na várzea rica em nutrientes devido à dominância de melhores competidores por exclusão competitiva. No capítulo 2 foi testado se a FD causa um aumento na biomassa arbórea, e se atributos e biomassa variam em diferentes níveis de luz e nutrientes no solo para formação de trade-offs de biomassa em florestas inundadas. Diversidade funcional, fertilidade e menor acidez no solo contribuíram para aumentar a biomassa, mas foi maior disponibilidade de luz que aumentou FD no igapó. Isto sugere que complementariedade no uso dos recursos, especialmente no uso complementar da luz, foi importante para maximizar a produção de biomassa no igapó. Na várzea, estratégias conservativas foram mais importantes para aumentar o estoque de biomassa. No capítulo 3 foi
    viii
    testado se diferentes estratégias funcionais são desenvolvidas entre indivíduos de Macrolobium angustifolium (Benth.) R.S.Cowan em diferentes níveis de nutrientes do solo e disponibilidade de luz no igapó e na várzea. Atributos funcionais dos indivíduos exibiram um trade-off crescimento versus persistência em cada floresta e maior variação de atributos entre indivíduos da espécie foi encontrado no igapó pobre em nutrientes.

  • PAOLA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO DO USO DO CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NA CULTURA DA SOJA NOS MUNICÍPIOS DE GUARAÍ-TO, NOVA ROSALÂNDIA-TO E PORTO NACIONAL - TO


  • Data: 29/06/2018
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  • Com o aumento da preocupação da sociedade e da comunidade científica acerca do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e com a ampliação de perdas nas lavouras e o aparecimento de populações de pragas cada vez mais resistentes aos defensivos agrícolas, a biotecnologia relacionada à pesquisa agropecuária tem desenvolvido métodos de controle de pragas, a exemplo do controle biológico, operacionalizado dentro do contexto de Manejo Integrado de Pragas (MIP). Assim, esta pesquisa objetiva apresentar o resultado da caracterização do uso do controle biológico de pragas da soja nos municípios de Guaraí, Nova Rosalândia e Porto Nacional, ambos no estado do Tocantins. Para tanto, sistematiza-se uma matriz teórica acerca do manejo integrado de pragas, do controle biológico, particularizando sua tipologia e principais agentes de controle, bem como os seus avanços e suas perspectivas de utilização no combate e controle de pragas na cultura da soja. Também, são apresentados resultados da evolução de pesquisas em inovação e tecnologia direcionadas ao controle de pragas no agronegócio, no Brasil e no mundo. Com vistas a conduzir este estudo, utilizou-se das pesquisas exploratória-descritiva e qualitativa baseadas na revisão da literatura existente acerca deste tema e na análise dos resultados do emprego da tecnologia MIP/CB no cultivo da soja, operacionalizadas através dos métodos Dedutivo e Dialético. Como resultados, tem-se que o controle biológico incorporado ao manejo integrado de pragas pode contabilizar custos menores aos produtores, além dos benefícios ao homem e ao meio ambiente através da preservação da diversidade, narrando experiências bem sucedidas locais e em diversos estados brasileiros, as quais podem ser reproduzidas em todo o país, considerando as especificidades de cada região.

  • WANDERSON LUIS DA SILVA E SILVA

  • FILOGENIA E REVISÃO DE Macrosamanea BRITTON & ROSE EX BRITTON &
    KILLIP (LEGUMINOSAE - CAESALPINIOIDEAE - CLADO MIMOSOIDE)

  • Data: 26/06/2018
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  • A família Leguminosae apresenta elevada diversidade na flora brasileira, sendo constituinte principal em diversos Biomas, seja na Floresta Amazônica, Floresta Atlântica, Caatinga ou Cerrado. Apesar dessa diversidade, diversas regiões ainda apresentam carência de informações para alguns grupos, sobretudo entre aqueles com distribuição restrita a Região Amazônica, como Macrosamanea, pequeno gênero neotropical formado por 12 espécies que habitam ambientes ripários (igapós e várzeas) e savanas amazônicas. Questões taxonômicas e filogenéticas ainda persistem, especialmente em relação às circunscrições de alguns de seus táxons específicos e infraespecíficos, bem como sobre o monofiletismo e relações com os demais táxons da “Aliança-Inga” e tribo Ingeae. Diante disso, o objetivo principal desta tese é realizar um estudo filogenético e taxonômico de Macrosamanea e esclarecer possíveis limites genéricos, específicos, infraespecíficos e relações com gêneros afins da “Aliança-Inga” e da tribo Ingeae. O estudo filogenético foi baseado em fragmentos sequenciais de macromoléculas derivadas do DNA nuclear (ETS) e plastidial (matK), analisadas individualmente e combinadas, através dos métodos de Inferência Bayesiana e Máxima Verossimilhança. Os dados demonstram que o gênero Macrosamanea é monofilético. O estudo taxonômico foi fundamentado nos procedimentos taxonômicos usuais, através de coletas e consulta aos herbários e coleções de tipos nomenclaturais. São documentados ainda a redescoberta e atualização do estado de conservação de Macrosamanea macrocalyx e a elevação do táxon Macrosamanea discolor var. arenicola à categoria de espécie (M. arenicola).

  • JOSIVAN DA SILVA COSTA


  • QUÍMICA TEÓRICA E MEDICINAL DE ANÁLOGOS DA CAFEÍNA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTICÂNCER EPITELIAL E ANTIOXIDANTE

  • Data: 28/05/2018
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  • A respiração utilizada no catabolismo de substratos oriundos de alimentos é um mecanismo
    essencial para a produção de energia em organismos aeróbicos como os seres humanos. No
    entanto esse processo é acompanhado de espécies altamente reativas e por vezes nocivas as
    células, conhecidas como radicais livres. Eles podem provocar estresse oxidativo,
    potencializando vias que podem oportunizar o acometimento de doenças crônicas (Alzheimer,
    diabetes, distúrbios cardíacos, inflamatórios e câncer). Assim, o objetivo deste estudo foi
    investigar, in silico, os potenciais anticâncer epitelial e antioxidante de moléculas análogas da
    cafeína. Inicialmente, foi realizada a análise da potencial atividade anticâncer epitelial a partir
    de triagem virtual. As moléculas ZINC08992920 (Z91) e ZINC08706191 (Z20) foram
    classificadas com melhores atividades preditas por modelo matemático, construído com dados
    de farmacóforo gerado a partir da cafeína e análogos. Z91 e Z20 obtiveram, também, valores
    significativos para propriedades farmacocinéticas, baixa toxicidade e menores valores de
    energia livre de ligação (ΔG) resultantes da docagem molecular com o receptor Chk1, quando
    comparadas com as moléculas de referência (Cafeína e análogo mais ativo), atestando
    significativo potencial anticâncer epitelial. O método HF/6-31G**, utilizado na modelagem
    molecular da cafeína e análogos, foi validado por apresentar excelente concordância entre
    valores teóricos e experimentais da cafeína, relativos dados de parâmetros geométricos,
    capacidade calorífica e espectros de IV, Raman e RMN. As moléculas Z91 e Z20
    apresentaram excelente potencial antioxidante determinado a partir de valores de ΔG obtidos
    da docagem molecular com os receptores responsáveis pela atividade antioxidante.
    Correlações de Pearson entre descritores moleculares e orbitais moleculares HOMO e LUMO,
    permitiram verificar as características de cada molécula e a relação dessas características com
    o potencial antioxidante. Z91 e Z20 tem maior possibilidade de interação cos os receptores
    analisados por possuírem maiores áreas e volumes moleculares, maior flexibilidade e
    capacidade de atrair elétrons, menos propícias a ataques nucleofílicos e mais reativas, quando
    comparadas às moléculas de referência (cafeína e ácido ascórbico), resultando em baixos
    valores de ΔG (maior potencial antioxidante). Análises de correlação também mostraram que
    os valores de ΔG da potencial atividade anticâncer epitelial tem forte correlação com valores
    de ΔG do potencial antioxidante. Esses resultados permitem inferir que as moléculas Z91 e
    Z20 possuem significativo potencial para auxiliar no equilíbrio da homeostase redox
    (diminuindo o estresse oxidativo), com possível prevenção e eventual tratamento do câncer
    epitelial. Essas moléculas podem ser submetidas a mais análises (in vitro e in vivo) para
    melhor verificação e confirmação dos potenciais anticâncer epitelial e antioxidante aqui
    indicados.

  • SEBASTIAO MACIEL DO ROSARIO


  • Filogenia e revisão taxonômica de Cyathea, clado Hymenophyllopsis (Cyatheaceae)

  • Data: 27/02/2018
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  • Hymenophyllopsis pertencente à Cyatheaceae e é formado por 15 espécies endêmicas dos tepuis, no Escudo das Guianas, região localizada entre a divisa do Brasil, Guiana e Venezuela – dentro do grande domínio amazônico. Anteriormente, Hymenophyllopsis
    pertencia a uma família a parte, Hymenophyllopsidaceae, porém estudos moleculares recentes demonstraram que este grupo pertence ao gênero Cyathea. Desta forma, foi recentemente categorizado como um subgênero em Cyathea. Algumas questões ainda não haviam sido esclarecidas em relação a este grupo, incluindo o seu monofiletismo, bem como sua taxonomia. Estas lacunas foram investigadas no presente estudo, utilizando-se dados moleculares e morfológicos. Como resultado, observamos que Hymenophyllopsis é um grupo monofilético, dentro de Cyathea, com três grupos distintos geneticamente e morfologicamente. Com base nisso, descrevemos três espécies novas recentemente e mais quatro, na presente tese, para este grupo de samambaias arborescentes e endêmicas dos tepuis.

2017
Descrição
  • HELAINE CRISTINE GONÇALVES PIRES
  •  


    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E EDÁFICAS DE Copaifera reticulata Ducke E O EFEITO DO ÓLEO RESINA NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO IN VITRO E IN VIVO DE MICRORGANISMOS FITOPATÓGENOS.

     

  • Data: 17/11/2017
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  • A caracterização realizada em uma espécie pode determinar diferenças entre e dentre as mesmas. No gênero Copaifera dentre as diferentes espécies destaca-se a Copaifera reticulata Ducke, existindo dentro da espécie morfotipos que necessitam ser caracterizados para melhor serem aproveitados e conservados. Dentre as diversas formas de caracterização, a morfológica aliada às características edáficas do local pode contribuir para melhor identificação desses morfotipos. A óleoresina do gênero Copaifera está ligada também ás atividades bactericidas e antifúngicas permitindo que essa óleoresina possa ser usada no controle de fitopatógenos. O trabalho objetivou caracterizar morfologicamente as cascas, as folhas, os frutos, as sementes e a óleoresina; identificar e diferenciar os morfotipos entre os indivíduos da espécie Copaifera Reticulata Ducke em floresta secundária; analisar o comportamento desses indivíduos em floresta secundária, em correlação com as características edáficas e composição florística, em uma área localizada no município de Mojú- Pará e avaliar a atividade da óleoresina de copaíba na inibição do crescimento in vitro e in vivo de microrganismos fitopatogênicos. Foram realizadas três coletas, na Fazenda Agroecológica São Roque, no município de Moju, nordeste paraense, onde se avaliou 10 indivíduos de Copaifera Reticulata, demarcados em quadrantes de 17,5 metros, com parcelas de 2m X 5m, correlacionados com o solo e concluiu-se que ocorre diferença entres os indivíduos da espécie com base nas características morfológicas da casca, servindo para identificação e diferenciação de morfotipos dentro da espécie, sendo que as copaibeiras foram influenciadas pelas características edáficas do local de crescimento das árvores e, essas características influenciam na produção da óleoresina. Para o experimento in vitro e in vivo, os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e casa de vegetação da Embrapa Amazônia Oriental, município de Belém, Pará, utilizados os isolados de fungos Rhizoctonia solani, Fusarium oxysporum f.sp. passiflorae, F. solani e da e bactéria Xanthomonas. axonopodis pv. passiflorae obtidos de plantas de maracujazeiro, provenientes dos municípios de Tomé-Açu, Parauapebas, Belém, Castanhal e Igarapé-Açu, estado do Pará. Os óleos foram incorporados em meio de cultura BDA sintético (fungos) e MB1 (bactérias) nas concentrações de 0, 1, 2 e 3% (v/v), onde se avaliou a inibição do crescimento micelial e in vivo de microrganismos fitopatogênicos. Os resultados obtidos até o presente momento demonstraram que a óleoresina de Copaifera reticulata possui atividade antifúngica demonstrando seu potencial na redução do crescimento micelial de Rhizoctonia solani. Já para as concentrações utilizadas de Copaifera reticulata. na inibição do crescimento in vitro da espécie Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae é diretamente proporcional à concentração da óleoresina de copaíba, apresentando, assim, atividade antibactericida.

     


  • BRENO PINTO RAYOL


  • AGROBIODIVERSIDADE EM QUINTAIS AGROFLORESTAIS DA AMAZÔNIA CENTRAL

  • Data: 11/10/2017
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  • Nas últimas décadas, muitos estudos já revelaram o importante papel dos quintais agroflorestais no fornecimento de alimentos, mas poucos estudos realizados na Amazônia incluem cobertura regional e/ou um grande número de amostras. Isso dificulta a avaliação mais completa da importância desses agroecossistemas na conservação da biodiversidade. O objetivo geral do presente estudo foi avaliar os fatores que influenciam a agrobiodiversidade em quintais agroflorestais da Amazõnia Central. Os objetivos específicos foram: a) descrever as principais características dos quintais agroflorestais da Amazônia Central, assim como avaliar a importância social e a contribuição desses agroecossistemas para a conservação da agrobiodiversidade; b) avaliar os fatores socioeconômicos que influenciam a riqueza florística dos quintais agroflorestais da Amazônia Central; c) avaliar os fatores que determinam a composição florística e a diversidade arbórea de quintais em diferentes escalas espaciais na Amazônia Central. Foram amostrados 334 quintais agroflorestais em áreas rurais e urbanas de 14 municípios no estado do Pará, no Brasil. Os proprietários e/ou os responsáveis pelos quintais agroflorestais foram entrevistados para a coleta de fatores socioeconômicos, bem como, história, usos e práticas de manejo dos quintais. Os quintais da Amazônia Central são manejados de baixa a média intensidade com o uso de insumos internos e os principais critérios de seleção plantas estão relacionados aos seus potenciais de utilização, formação de sombra e longevidade das espécies. Além da produção de alimentos para consumo familiar, os quintais desempenham outras funções (estéticas, sociais, recreativas e religiosas). Foram encontradas 252 espécies de plantas, com média de 15 espécies por quintal. Os fatores que mais influenciam a riqueza florística dos quintais agroflorestais da Amazônia Central estão relacionados às variáveis temporais (tempo de ocupação da propriedade e idade do quintal), econômicas (renda e motivação do cultivo de plantas), espaciais (tamanho do quintal), sociais (responsável pelo quintal) e gerenciais (origem dos propágulos). A correlação entre os fatores socioeconômicos e ambientais e o gradiente florístico arboreo estabelecido em cada ordenação foi significativa apenas na escala local. Os critérios de seleção das espécies que compõem esses quintais visam a sobrevivência das populações regionais. A composição florística dos quintais agroflorestais na Amazônia Central é mais fortemente influenciada pelas decisões dos proprietários a nível local do que por fatores socioeconômicos e ambientais em escalas mais amplas. A importância dos quintais para a segurança alimentar e a autonomia das famílias amazônicas, indica que políticas públicas devem ser formuladas para estimular sistemas de produção mais diversos como estratégia para fortalecer a agricultura familiar e a conservação da biodiversidade na Amazônia Central.

  • CAROLINE BASTOS DO AMARANTE
  • Panorama jurídico-regulatório da interação entre biodiversidade,
    conhecimentos tradicionais e propriedade intelectual na Amazônia

  • Data: 10/10/2017
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  • O Brasil é detentor de vasta diversidade biológica, destaque esse atribuído especialmente aos recursos naturais encontrados na região amazônica, de há muito alvo das preocupações globais relativas à sua preservação, uso sustentável e potencialidades que a região oferece como campo de investigação científica e geração de riqueza. A globalização e a nova configuração econômica mundial propiciaram o avanço no campo do desenvolvimento da ciência, da pesquisa e da inovação tecnológica, trazendo à tona novos desafios no tocante à regulação e proteção jurídica da propriedade intelectual sobre o uso da biodiversidade amazônica e dos conhecimentos tradicionais associados, em especial quando propiciam a geração de produtos e sua exploração econômica. O novo marco nacional da biodiversidade trazido pela Lei nº 13.123/2015, revogando a Medida Provisória 2186- 16/2001, apesar de incipiente aplicação no contexto brasileiro, apresenta perspectivas para se tornar uma norma coadjuvante nas ações em benefício do meio ambiente do país, em especial no tocante ao uso e exploração sustentável dos recursos oriundos da biodiversidade, haja vista que procura agregar o aspecto social ao econômico dessa exploração, uma vez que garante direitos às populações tradicionais, indígenas e agricultores sobre seus conhecimentos associados à biodiversidade, em razão de medidas protetivas e sancionatórias trazidas pela lei, que em cotejo com as demais normas de proteção ambiental nacionais, alcançariam força inibitória, especialmente às ações das grandes empresas biotecnológicas. O objetivo da presente pesquisa foi analisar o estado da arte acerca do novo marco regulatório nacional, buscando o contexto histórico de seu surgimento e desenvolvimento, bem como os desafios encontrados para a efetiva implementação do reconhecimento dos saberes dos povos tradicionais frente ao avanço da exploração científica e patenteamentos, investigando também a existência de patentes de produtos e substâncias de origem vegetal, comumente utilizados e propagados na região Amazônica, depositadas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e na base de dados do Espacenet Patent. Verificou-se que a nova Lei trouxe avanços no controle das pesquisas e repartição de benefícios pelo cadastramento das atividades de acesso no SisGen, em que pese não ter logrado êxito na fiscalização do acesso à biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais por estrangeiros, haja vista que continuam sendo realizados patenteamentos de espécies da biodiversidade brasileira a nível internacional.

  • CARLOS HENRIQUE FRANCISCON
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    DISTRIBUIÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES DE Aniba Aubl.,
    Mezilaurus Taub. E Aiouea Aubl. (LAURACEAE JUSSIEU) NO BRASIL

  • Data: 03/08/2017
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  • Este estudo objetiva apresentar uma revisão biogeográfica de Aniba, Mezilaurus e Aiouea do Brasil, incluindo a distribuição real e potencial, além de uma revisão sobre o estado de conservação das espécies. A distribuição potencial de cada espécie foi modelada através do sistema Biogeografia da Flora e Fungos do Brasil (Biogeo), interligado à Rede SpeciesLink que integra em tempo real dados primários de coleções científicas com os quais foram estabelecidas a distribuição real das espécies. A depender do número de pixels onde a espécie está presente foi aplicado entre um e seis modelos de distribuição espacial baseado na presença das espécies. Quando dois ou mais modelos foram aplicados, foi gerado um modelo de consenso, baseado na área média encontrada pela sobreposição dos modelos. Os modelos aplicados para as espécies com cinco ou mais pixels foram avaliados utilizando vários métodos que também diferem em função do número de pixels. A situação de endemismo no Brasil foi analisada a partir de uma comparação entre os dados encontrados na Rede SpeciesLink com aqueles presentes na Lista da Flora do Brasil do ano 2015. O estado de conservação de cada espécie foi analisado a partir de uma modificação do método de estudo de raridade proposto por Rabinowitz . Foram encontrados 3059 registros de 30 espécies de Aniba no Brasil; 804 registros de 16 espécies de Mezilaurus; e 1433 registros de 14 espécies de Aiouea. Devido a falta de nomes válidos, falta de informações para georreferenciar e falta do determinador das exsicatas, muitos registros foram excluídos da análise (56,4% dos registros de Aniba, 58,3% de Mezilaurus, e 62,4% de Aiouea). A avaliação do modelo consenso mostrou bons resultados para as espécies com 20 ou mais pixels, as demais espécies apresentaram muitos erros; sendo que seus modelos servem apenas para orientar novas áreas para coletas. A distribuição geográfica das espécies, dos três generos, mostra um padrão predominante amazônico, com poucas espécies endêmicas do Brasil. A distribuição potencial mostrou que muitas espécies amazônicas também podem ser encontradas em áreas da Mata Atlântica. A maioria das espécies mostra algum grau de raridade e muitas delas deveriam estar
    presentes nas listas vermelhas, para garantir sua conservação.

  • RONIZE DA SILVA SANTOS
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    EFEITOS DA AÇÃO HUMANA NA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NA REGIÃO DE CARAJÁS, PARÁ, BRASIL

  • Data: 28/03/2017
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  • As pesquisas integrando os conhecimentos da arqueologia e etnobotânica têm contribuído com resultados importantes sobre a biodiversidade amazônica e sua relação com as atividades humanas na paisagem ao longo de milhares de anos. O presente estudo teve por objetivo identificar as plantas úteis presentes nas diferentes fitofisionomias associadas a sítios arqueológicos, bem como avaliar características na composição atual da vegetação que possam evidenciar efeitos de intervenção humana pretérita na Serra de Carajás, Pará, Brasil. Para as informações relacionadas à composição de plantas úteis nas diferentes fitofisionomias foram inventariadas 76 parcelas em 15 sítios arqueológicos, sendo 45 na vegetação florestal, 30 em vegetação de canga e uma na área inundada com palmeiras. Para identificar os possíveis efeitos da intervenção humana na vegetação foram inventariadas 70 parcelas em vertentes (n=34) e capões florestais (n=36), em 14 áreas no entorno de sítios arqueológicos e em 15 locais sem cultura material. Diferenças na composição florística foram testadas por análise de variância multivariada (permanova one-way), e os métodos MDS e SIMPER foram utilizados para auxiliar nas interpretações; um teste de Mantel parcial foi utilizado para separar os efeitos de ocupação, solo e distância entre as parcelas. Todas as fitofisionomias estudadas no entorno dos sítios arqueológicos apresentaram expressividade de espécies úteis, as quais estão distribuídas em sete categorias de uso, onde medicinal, material, atração para caça, combustível e alimentícia foram as mais representativas. O efeito da ocupação na composição florística foi significativo apenas para as vertentes. Esse resultado ocorreu tanto para a comunidade de plantas, como somente para as espécies úteis. As espécies que tiveram maior contribuição para a dissimilaridade entre as parcelas em sítios e as sem sinais de ocupação foram Aparisthmium cordatum (A. Juss.) Baill.; Matayba inelegans Spruce ex Radlk.; Caraipa densifolia Mart., Licania egleri Prance, Tapirira guianensis Aubl., Sacoglottis guianensis Benth., Virola sebifera Aubl., Myrcia atramentifera Barb. Rodr. e Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez. Não houve correlação significativa entre as características físicas e químicas do solo e a composição florística. Por outro lado, tanto a distância entre as parcelas como a ocupação tiveram efeito significativo para a variação da composição florística. Esses resultados sugerem que as intervenções humanas passadas na vegetação de Carajás tiveram um papel importante na formação da atual composição florística das diferentes fitofisionomias encontradas nos platôs dessa região.

  • PATRICK DE CASTRO CANTUÁRIA
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    SINOPSE DAS ORCHIDACEAE DO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL

  • Data: 17/03/2017
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  • Orchidaceae é considerada, por diversos autores, como uma das maiores famílias de plantas em número de espécies. As orquídeas estão distribuídas por todo o planeta, com exceção das regiões polares e desérticas, apresentando maior diversidade nas regiões tropicais e subtropicais. O presente trabalho teve como objetivo levantar as espécies dessa família no Estado do Amapá, contribuindo com o conhecimento do grupo para a Amazônia e, consequentemente, para o Brasil. Para organização do trabalho foram realizados nove inventários em áreas desconhecidas no Estado e de consulta aos herbários AMES, B, BBS, CAY, CEN, CPAP, F, GH, HAMAB, HB, HBRA, HRB, HUEFS, IAC, IAN, INPA, K, L, MG, MICH, MO, NY, P, R, RB, SP, SPF, U, UB, UC, UFP, US. Dados de todas as coordenadas geográficas foram tratados para estabelecimento do seu Padrão de Distribuição e foram ainda confeccionadas sinopses e ilustrações do hábito e de características morfológicas importantes na caracterização das espécies. Foram registrados 277 espécies e 90 gêneros, sendo 60 novas ocorrências para o Amapá. Foram observados três grandes centros de diversidade para a família: Platô das Guianas, Transição Cerrado-Zona Costeira e Vale do Jari. Apesar do número de espécies ter aumentado consideravelmente em relação aos dados disponíveis anteriormente, persiste a necessidade de se inventariar novas áreas ainda não conhecidas.

2016
Descrição
  • MARIA DE FÁTIMA FIGUEIREDO MELO

  • Sistemática de Trattinnickia Willd. (Burseraceae)

  • Data: 16/12/2016
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  • Trattinnickia Willd. (Burseraceae) compreende 16 espécies restritas à América do Sul Com centros de diversidade e endemismo da Amazônia e na região da Mata Atlântica do Brasil, mas estendendo-se para o Panamá e Costa Rica. O gênero ocorre na floresta terra firme, várzea (planície), Campina, e Campinarana, bem como florestas de altitude de até 1000 m de altitude. O objetivo principal da pesquisa foi realizar uma revisão taxonômica do gênero. Para as descrições morfológicas, espécimes de herbário foram examinados no Brasil e outros países da Amazônia Legal (Peru, Bolívia, Venezuela e Guiana Francesa), bem como materiais coletados pelo autor na Amazônia Central e Mata Atlântica. As identificações foram baseadas em diagnósticos originais, espécimes de tipos, literatura botânica, floras locais e regionais. Esta tese propõe sinonímias e tipificações e apresenta sete espécies novas para a ciência, quatro delas já publicadas (Trattinnickia lorenziana Daly e M.F.F. Melo, T. rhenocaulis Daly e M.F.F. Melo, T.vulturina Daly e M.F.F. Melo e T. vacciniflora Daly e M.F.F. Melo). Este trabalho contribui para Trattinnickia e é a diversidade, com espécies não mencionadas anteriormente na região Neotropical.

  • BENEDITA DA SILVA BARROS

  • A PESQUISA EM SEIS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ: CONTRIBUIÇÃO NA GESTÃO DA BIODIVERSIDADE, NA QUALIDADE DE VIDA E NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

  • Data: 02/12/2016
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  • Foi avaliado o conhecimento científico produzido por  Instituições de Ensino Superior e Institutos de Ciência e Tecnologia públicas (federais e estaduais) e privadas em seis unidades de conservação do estado do Pará cujos e sua contribuição na gestão da biodiversidade, na qualidade de vida das populações locais e nas políticas públicas. Foi registrada a produção cientifica das IES e ICTs nas UCs no período de janeiro de 2004 a outubro de 2014 e, analisada, segundo a ótica dos gestores o seu papel na gestão das UCs; na percepção dos interlocutores comunitários a contribuição na qualidade de vida das populações locais (interior e entorno das UCs) e no âmbito das políticas públicas junto aos produtores e utilizadores do conhecimento. Os resultados mostraram que as pesquisas não contribuíram diretamente para a efetividade da gestão, pois a maioria atendem os interesses dos pesquisadores das IES e ICTs, e os gestores das UCs não acessam essas informações. Foram percebidos benefícios pelas populações locais, porém restritos a determinados grupos, porque não há mecanismos de compartilhamento das informações de alcance mais amplo. As pesquisas são relevantes para as políticas públicas, mas a ausência de articulação institucional dificulta ou inibe a divulgação do conhecimento limitando o acesso pelos tomadores de decisão e pelas populações locais

  • SANDRA KARINY SALDANHA DE OLIVEIRA



  • ETNOBOTÂNICA EM DUAS COMUNIDADES DA TERRA INDÍGENA SÃO MARCOS, RORAIMA, BRASIL

     

  • Data: 31/10/2016
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  • O conhecimento do ambiente e dos recursos vegetais desempenha papel fundamental na compreensão das relações homem-ambiente, portanto a etnobotânica é uma importante ferramenta para estudar, registrar e documentar a dinâmica destas relações. A tese tem como objetivo geral realizar levantamento etnobotânico em duas comunidades da Terra Indígena São Marcos em Roraima visando compreender sobre a utilização das espécies medicinais e alimentares e dos ambientes. Os dados etnobotânicos foram obtidos nas comunidades indígenas Darora e Vista Alegre por meio das técnicas de lista livre, entrevistas semiestruturadas, turnê guiada e observação não participante. Sobre as plantas medicinais noventa e uma etnoespécies foram registradas e estão distribuídas em 75 gêneros e 47 famílias, entre as quais se destacam Fabaceae, Myrtaceae, Lamiaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Bignoniaceae e Euphorbiaceae. Do total de espécies, 55 são comuns às duas comunidades; 65 espécies foram mencionadas para Vista Alegre e 73 para Darora. O valor de uso permitiu identificar 14 espécies que se destacaram e são preferencialmente utilizadas de modo contínuo no tratamento das mais diversas enfermidades, e neste caso são comuns as duas comunidades indígenas. Localizadas numa mesma região fitogeográfica, as comunidades estudadas compartilham o uso de 68,75% das 48 espécies citadas como alimentares. Entre estas verificou-se que o maior número de espécies é cultivado nos quintais: Vista Alegre com 34 e Darora com 31 espécies. As 14 espécies nativas e alimentares do lavrado (13 sp. em Darora e 9 sp. em Vista Alegre), são fontes complementares à alimentação dos Macuxi e Wapixana. Ao comparar a diversidade de espécies alimentares, através do índice Shannon-Wiener nos quintais (H’ = 1,34 em Darora; H’ =1,31 em Vista Alegre) e no lavrado (H’ =0,89, Darora; H’ =0,85, Vista Alegre) o índice é maior em ambas as comunidades nos quintais. Quanto ao grau de equitabilidade para os quintais (J’ =0,89 Darora e J’ = 0,85 Vista Alegre) e lavrado (J’ =0,84 Darora e J’ = 0,86 Vista Alegre), pode-se inferir que o conhecimento sobre as plantas alimentares nas duas comunidades está homogeneamente distribuído entre os informantes. Os resultados mostram que o cultivo nas duas comunidades acontece na área de lavrado; que as roças possuem pouca diversidade, e que a agricultura tem importância para o autoconsumo e para o mercado. Em muitas famílias, a existência de salário, benefícios sociais e aposentadorias, enquanto incrementos na economia de mercado, e a proximidade com a área urbana têm interferido na atividade produtiva, na dinâmica socioeconômica local, no comportamento e nas práticas agrícolas locais. Os quintais e os roçados são apontados como uma medida para a segurança alimentar, pois em sua maioria apresentam espécies incorporadas na dieta das populações e representam uma estratégia viável de atendimento as necessidades básicas destas

  • ANTONIO DO SOCORRO FERREIRA PINHEIRO
  • O Museu Paraense Emílio Goeldi e o uso dos resultados de pesquisa em produtos, processos e serviços: bionegócios.

  • Data: 30/09/2016
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  • A Amazônia brasileira é identificada como uma região de baixa produção tecnológica e, isso nos motivou discutir a produção do conhecimento e a transferência de tecnologia relacionada à conservação da biodiversidade e a bionegócios. A pesquisa aplicada de caráter explicativo, em base bibliográfica e documental, envolve a ação do Brasil e a política de desenvolvimento produtivo baseada em ciência, tecnologia e inovação. Centra no Museu Goeldi sua produção científica exemplificada nas Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável, vinte temáticas priorizadas para sua interação com empresas. Isso nos proporcionou identificar os níveis tecnológicos e os principais setores atendidos e o uso em tecnologia social. Os resultados nos levaram a pesquisa com Terra Preta (biochar), que gerou a Terra Preta Nova e, a partir dela, exercitamos um estudo de caso. Vimos que os resultados de pesquisa do Museu Goeldi podem gerar tecnologias protegidas por patentes e que podem vir a ser uma inovação, um produto com mercado definido e, também, tecnologias sociais, que replicáveis, podem adequar-se a diferentes realidades e necessidades locais. Há uma concentração de uso dos resultados de pesquisa do Museu Goeldi nos setores econômicos de média-baixa e baixa tecnologia, principalmente, agroestrativismo, pecuária, mineração, madeireiras e grandes projetos (hidroelétricas, rodovias, portos). Ás áreas de alta, e média-alta tecnologia com menor concentração. O uso em tecnologia social apresenta maior possibilidade de aplicação das tecnologias para o desenvolvimento sustentável. Há concentração em áreas econômicas que não fazem parte daquelas incentivadas pela política de desenvolvimento produtivo (alta concentração de tecnologia), mas o uso dos resultados de pesquisa é condizente com a realidade produtiva da Amazônia brasileira. A ação do Museu Goeldi à proteção e uso do resultado de pesquisa não diferem da maioria das instituições de pesquisa latino-americana, que carecem de mudanças culturais, institucionais e sensibilização no uso do sistema de Propriedade Intelectual. O estudo de caso da Terra Preta Nova conecta os objetivos da pesquisa de identificar o uso dos resultados de pesquisas do Museu Paraense Emílio Goeldi e discutir a produção do conhecimento e a transferência de tecnologia; relacionar o uso dos resultados de pesquisa à conservação da biodiversidade e a geração de bionegócios. A Terra Preta Nova é uma tecnologia (biotecnologia ambiental), que transforma resíduos sólidos orgânicos em produtos com valor de mercado. Seus resultados foram protegidos com o depósito da patente e registro de duas marcas. A patente é considerada tecnologia verde por ser ambientalmente amigável. Seus resultados considerados biochar, por se enquadra como tecnologia de baixo carbono que pode contribuir com respostas para indagações de como gerenciar os problemas relacionados à produção de rejeitos, resíduos sólidos orgânicos, em centros urbanos, áreas rurais e parques indústrias; como equacionar a questão ambiental e considerar a necessidade social do desenvolvimento? A Terra Preta Nova, enquanto tecnologia biochar, tecnologia verde, se aproxima de iniciativas na União Europeia e nos Estados Unidos voltados ao desenvolvimento de produtos a partir da Terra Preta (biochar). Essas iniciativas relacionadas à tecnologia do Museu Goeldi mostram que ela tem mercado, tem preço e pode contribuir com a gestão ambiental e viabilizar a transformação de resíduos sólidos orgânicos em produtos, com uso em pequena e larga escala, como Tecnologia Industrial e/ou Tecnologia Social, e assim conecta a conservação da biodiversidade a geração de bionegócios.

  • MARIA MARICELIA FELIX DA SILVA
  • Macrolobium SCHREB. (LEGUMINOSAE) NO BRASIL

  • Data: 22/09/2016
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  • O Brasil possui a maior cobertura de florestas tropicais do mundo, especialmente concentrada na Região Amazônica. Dentre os 221 gêneros da família Leguminosae estimados para o país está Macrolobium Schreb., com distribuição neotropical, atualmente incluído na subfamília Caesalpinioideae, tribo Detarieae, que possui cerca de 70-80 espécies, ocorrentes emformações florestais e arbustivas em geral relacionadas a margens de rios, com o centro de diversidade na Amazônia. O presente trabalho teve o objetivo de realizar um estudo taxonômico das espécies de Macrolobium ocorrentes no Brasil. Foram inventariadas as coleções de 52 herbários nacionais e estrangeiros. Os resultados obtidos são organizados em dois capítulos. O primeiro referente ao estudo taxonômico das espécies de Macrolobium no Brasil, representado por 48 táxons, sendo 35 específicos e 13 infraespecíficos, incluindo
    chave para identificação, descrições morfológicas, comentários, ilustrações e mapas de distribuição dos táxons. O segundo capítulo consiste na proposição de sinonimização do grupo Macrolobium campestre Huber, caracterizado principalmente pelo hábito arbustivo ou arbóreo, 2-4-pares de folíolos, flor unipétala, 3-estames livres, fruto deiscente.

  • JULIO DOS SANTOS DE SOUSA
  • Anomospermeae Miers (Menispermaceae) no Brasil.

  • Data: 23/08/2016
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  • Este trabalho consiste no tratamento taxonômico de Anomospermeae Miers no Brasil, que compreende os gêneros Abuta Barrère ex Aubl., Anomospermum Miers, Caryomene Barneby & Krukoff, Elephantomene Barneby & Krukoff, Orthomene Barneby & Krukoff e Telitoxicum Moldenke. A metodologia abrangeu a análise do material proveniente de 32coletas e amostras de exsicatas de 52 herbários nacionais e estrangeiros, além de literatura especializada. Nos resultados são apresentadas chaves para identificação dos gêneros, espécies e subespécies, descrições e ilustrações dos mesmos, bem como dados adicionais sobre distribuição geográfica, comentários, estado de conservação, período de floração, frutificação e hábitat das mesmas. O fruto e a venação foliar foram os caráteres de maior destaque na separação dos táxons. Os resultados evidenciaram a presença de 37 espécies e três subespécies, distribuídas em seis gêneros: Abuta (15 spp.), Anomospermum (seis spp. e três subsp.), Caryomene (cinco spp.), Elephantomene (uma sp.), Orthomene (três spp.) e Telitoxicum (sete spp.). Foi realizada a sinonimização de dois táxons: Anomospermum chloranthum subsp. confusum e Anomospermum reticulatum subsp. nitidum. Dez táxons sãocitados como novas ocorrências, sendo três para a região Centro-Oeste, um para a região Sudeste e um para cada estado a seguir: Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Minas Gerais e Alagoas. Orthomene schomburgkii apresenta a mais ampla distribuição, ocorrendo do Norte ao Sudeste do Brasil. Abuta grandifolia é a espécie mais comum, enquanto Telitoxicumnegroense e Telitoxicum peruvianum são extremamente raras, apresentando apenas umregistro de ocorrência. O estado do Amazonas apresenta-se como o principal centro de diversidade de Anomospermeae, com a ocorrência de 33 táxons. Expõe-se pela primeira vez a descrição e ilustração de caracteres reprodutivos de Abuta panurensis (flor pistilada),Anomospermum grandifolium (flor pistilada), Telitoxicum rodriguesii (flor estaminada) eTelitoxicum glaziovii (fruto). A floresta de terra firme foi o ambiente preferencial,concentrando todos os táxons de Anomospermeae registrados para o Brasil.

  • PAULO EDUARDO SANTOS AVILA
  • Processos inflamatórios, novas perspectivas: estudo e adaptação de modelo experimental e droga.

  • Data: 27/06/2016
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  • Inflamação é uma tentativa do organismo de remover estímulos nocivos e iniciar, assim, uma cascata de respostas com intuito de promover a cura. Existe uma variedade de mecanismos inflamatórios envolvidos em infecções, doenças crônicas e outras lesões teciduais. O entendimento desses mecanismos e a busca de novos medicamentos anti-inflamatórios com maior especificidade e menos efeitos colaterais fundamentam o desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos protocolos e a padronização de modelos inflamatórios experimentais para compreender melhor essas questões. O objetivo do presente estudo foi avaliar o ágar como agente flogístico em modelo experimental de bolsa de ar em ratos Wistar e a atividade anti-inflamatória e analgésica do ácido 3-benzoil-propiônico (A3BP) e seu potencial efeito toxicológico. Utilizamos o modelo de bolsa de ar, nas doses 1%, 2%, 3% e 4% de ágar e comparamos com 1% de carragenina, um modelo previamente estabelecido. Foi possível determinar a dose mais efetiva de ágar e buscar seu mecanismo de ação. Para isso, foram utilizados fármacos anti-inflamatórios convencionais Celecoxib (200 mg/kg) ou ácido acetilsalicílico (ASA; 100mg/kg) uma hora antes da injeção de ágar. Para obtenção dos resultados, foram feitas análises morfométricas da bolsa de ar, medida da atividade nitrérgica e dos níveis de PGE2, migração celular e contagem diferencial de células leucocitárias no exsudado inflamatório. O ágar 2% foi capaz de promover aumento da microvasculatura na bolsa de ar, dos níveis de NO e PGE2 e do processo de migração celular. A contagem diferenciada de células leucocitárias mostrou prevalência de neutrófilos. Celecoxib e ASA inibiram os efeitos inflamatórios do ágar, reduzindo a área da microvasculatura no tecido, assim como os níveis de nitrito e PGE2 e o número de células inflamatórias no exsudado. Para testar o A3BP como nova droga anti-inflamatória e analgésica, usamos o modelo de bolsa de ar com carragenina 1% em modelo in vitro de cultura de células para testar a genocitotoxicidade. No modelo in vitro, oA3BP apresentou baixo grau de risco genotóxico e baixa citotoxicidade, mostrado pelo ensaio do cometa, e nenhum dano à membrana plasmática pelo teste hemolítico em eritrócitos. No estudo da atividade anti-inflamatória in vivo pelo método de bolsa de ar, foram realizados ensaios de dosagem de nitrito, níveis de PGE2 e migração celular. Para verificar efeitos analgésicos da droga A3BP, foram feitos testes in vivo de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e formalina. Quanto à atividade anti-inflamatória, o A3BP apresentou intensa atividade, demonstrada na redução acentuada da migração celular e níveis de NO, com grande população de neutrófilos e redução dos valores de PGE2 na dose de 0,5mg/kg. Nos estudos da atividade antinociceptiva, o A3BP reduziu o número de contorções abdominais e o tempo de lambida nas fases neurogênica e inflamatória do teste de formalina. Os resultados obtidos com o ágar como agente flogístico em modelo experimental de bolsa de ar demonstraram que o protocolo descrito neste trabalho fornece uma alternativa para estudos que envolvam a inflamação, sendo útil no screening de novas drogas anti-inflamatórias como uma alternativa simples e barata. O presente estudo também avançou substancialmente em relação às propriedades anti-inflamatórias e analgésicas do A3BP, ao fornecer evidências do seu provável mecanismo de ação, por meio da avaliação da atividade antinociceptiva, assim comoda atividade anti-inflamatória in vitro e in vivo, em que o A3BP não mostrou efeito genotóxico.

  • LAICE FERNANDA GOMES DE LIMA
  • Os gêneros Adelobotrys e Graffenrieda (Melastomataceae; Merianieae) no Brasil

  • Data: 21/06/2016
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  • A Amazônia, maior e mais diversa floresta tropical do planeta, ainda apresenta grandes lacunas no conhecimento de sua flora. Visando contribuir com o preenchimento dessa lacuna, este trabalho teve o objetivo de realizar o estudo taxonômico do gêneros Adelobotrys DC., Graffenrieda DC. no Brasil. Esses gêneros pertencem a família Melastomataceae, tribo Merianieae e estão centrados preferencialmente na Amazônia. Foram analisadas as coleções dos dois gêneros em 22 herbários nacionais e internacionais, além de material proveniente de coletas de campo. Os resultados são apresentados na forma de dois capítulos. O primeiro referente ao estudo taxonômico das espécies de Adelobotrys no Brasil, representado por 20 táxons e caracterizado principalmente pelo hábito lianescente, tricomas malpighiáceos e conectivo com dois apêndices, um basal, calcarado e outro ascendente linear. E o segundo ao estudo taxonômico de Graffenrieda no Brasil, representado por 20 espécies e caracterizado principalmente pelo hábito arborescente ou arbustivo, raramente lianescente, indumento variado, estames iguais em tamanho e forma, e apêndice dorsal-basal, calcarado. Para ambos os gêneros são apresentadas descrições morfológicas, chave de identificação, dados de distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. A partir deste trabalho já foram submetidos para publicação três artigos científicos. O primeiro com a descrição de duas novas espécies de Graffenrieda para a Amazônia, Graffenrieda maturaca, caracterizada principalmente pelas folhas opacas, estreito-elípticas a oblanceoladas, cartáceas, aparentemente uninervadas, apenas com a nervuras mediana evidente e Graffenrieda goldenbergii que pode ser reconhecida principalmente pelas folhas com moderado indumento lepidoto, deiscência do cálice irregularmente valvar e frutos com hipanto membranáceo, costado, não sulcado. O segundo com a proposição de lectótipos para nove nomes em Adelobotrys. E o terceiro tratando da indicação de lectótipos para 18 nomes em Graffenrieda.

  • TULIO DORNAS DE OLIVEIRA
  • AVES DA AMAZÔNIA TOCANTINENSE E REGIÕES ECOTONAIS; COMPOSIÇÃO E RIQUEZA, ENDEMISMOS, BIOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO

  • Data: 30/05/2016
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  • A Amazônia é detentora riquíssima biodiversidade onde se estima a ocorrência de mais de 1.300 espécies de aves, das quais 20% são endêmicas, tornando-a o bioma mais rico em espécies de aves do planeta. Apesar da representativa riqueza e endemismos de aves na Amazônia, a lacuna de conhecimento ornitológico no bioma ainda é muito expressiva, existindo áreas enormes que ainda carecem de estudos de inventariamento de sua avifauna. Uma dessas regiões é a Amazônia tocantinense, localizada no interflúvio Tocantins-Araguaia, onde o conhecimento ornitológico é conhecido unicamente através de coletas de exemplares de aves entre as décadas de 1960 e 1980 e estudos pontuais de levantamento rápidos nos últimos dez anos e cujas listagens de aves somadas resultam em pouco mais 400 espécies, um valor reconhecidamente subestimado. Diante do potencial de uma riqueza mais significativa, com previsão de mais 550 espécies de aves e de um potencial biogeográfico, nunca explorado, devido à localização desta porção amazônica no interior do interflúvio Tocantins-Araguaia, este projeto de pesquisa tem como objetivos i) inventariar a avifauna localizada na Amazônia tocantinense e regiões ecotonais determinando sua riqueza, composição e possíveis extensões geográficas, ii) avaliar a condição biogeográfica do interflúvio Tocantins-Araguaia como centro de endemismo de aves da Amazônia ou, alternativamente, sua relação com os centro de endemismos Xingu e Belém situados na Amazônia oriental e por fim iii) avaliar a representatividade do status de conservação da avifauna tocantinense com relação as áreas protegidas do estado, verificando uma provável redução de espécies de aves na Amazônia tocantinense em função dos grandes transformações experimentadas na cobertura vegetal nativa regional. Através de expedições em campo, compilação de registros, elaboração de listas de espécies de aves e da comparação de dados morfológicos, genéticos e gravações sonoras de vocalizações das aves registradas, são esperados como resultados e impactos do projeto o preenchimento de uma grande e importante lacuna ornitológica da Amazônia. Os dados e informações geradas serão imprescindíveis para apoiar e estimular medidas de conservação da biodiversidade da Amazônica e tocantinense, além de revelar padrões de diversidade e padrões biogeográficos nesta porção da Amazônia oriental, onde quase nada é conhecido no que se refere a sua biodiversidade.

  • ADRIANA PAULA DA SILVA SOUZA
  • ASPECTOS FLORÍSTICOS E ECOLÓGICOS COMO SUBSÍDIOS À CONSERVAÇÃO DE PALMEIRAS AMAZÔNICAS

  • Data: 18/05/2016
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  • A família Arecaceae é considerada como uma das famílias botânicas mais representativa na região amazônica. Com praticamente todas as suas partes aproveitadas, são uma das mais importantes fontes de recursos vegetais para o homem. Estudos realizados na região têm demonstrado carência nas informações sobre a diversidade, ecologia e distribuição das palmeiras, pois se estima que os inventários não atingiram a suficiência amostral para caracterizá-las, haja vista que a maioria das pesquisas tem excluído as palmeiras de pequeno porte da flora regional. Objetivando conhecer a diversidade e compreender a dinâmica ecológica das comunidades de palmeiras em Unidades de Conservação do Estado do Pará, foram desenvolvidos estudos na lha do Combu e no Parque Ambiental do Utinga. Sob esta ótica o primeiro capítulo apresenta a contextualização do assunto e seu referencial teórico. O segundo capítulo aborda a diversidade florística de palmeiras nas duas UCs, evidenciando a maior diversidade na floresta de terra firme do Parque Ambiental do Utinga. No terceiro capítulo avaliou-se a interferência da composição físico-química do solo sobre a regeneração natural de populações de palmeiras na floresta de várzea da APA Ilha do Combu, constatando-se que a riqueza de espécies e a distribuição majoritária de indivíduos na classe de tamanho 2 podem estar relacionadas aos elevados teores de fósforo, cálcio e cálcio + magnésio, enquanto que as parcelas com pH mais ácido e valores elevados de matéria orgânica e alumínio podem ter interferido negativamente na densidade de indivíduos. No quarto capítulo a pesquisa objetivou identificar os visitantes florais em palmeiras nativas e suas respectivas frequências, concluindo-se que a cantarofilia é dominante e que as inflorescências de palmeiras têm preferência por coleópteros e hymenópteros como visitantes florais. No quinto capítulo avaliou-se o efeito da escarificação mecânica na germinação e no desenvolvimento vegetativo de palmeiras, cultivadas em diferentes substratos, constatando-se que as sementes escarificadas apresentam melhor desenvolvimento germinativo em relação ao tratamento controle (T1). A vermiculita proporcionou a melhor germinação em relação aos demais tratamentos.

  • MÁRCIA TEIXEIRA FALCÃO
  • AMBIENTE E CONHECIMENTO TRADICIONAL DA ETNIA INGARIKÓ NA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL - RORAIMA: ABORDAGEM ETNOCIENTIFÍCA NO ESTUDO DO USO DA TERRA

  • Data: 21/03/2016
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  • Esta pesquisa tem como objetivo demonstrar a partir da visão da etnia indígena ingarikó a relação entre os elementos naturais, os saberes e significados sobre a questão ambiental. O estudo foi realizado na região da Serra do Sol localizada nas coordenadas N 40 56’28,6’’ / W 600 28’09,2’’ no extremo norte do estado de Roraima, entre a tríplice fronteira Brasil, República Cooperativista da Guiana e República Bolivariana da Venezuela. Para realização da pesquisa o projeto foi submetido ao comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Roraima/UFRR, que emitiu parecer n0 CAAE 19903813.1.0000.5302, permitindo assim a coleta de dados a partir de uma abordagem participativa, através, da qual os indígenas puderam expor suas concepções sobre a questão ambiental por meio de desenhos, etnomapas e músicas. Os indígenas demonstraram conhecimento empírico relevante sobre a delimitação do espaço geográfico através dos elementos naturais, no qual demarcam com propriedade principalmente os rios e as serras como divisor das comunidades.  Dessa forma, nota-se que as populações indígenas têm em seu território o significado fundamental na vida, economia e na cosmologia do povo. Percebeu-se que a comunidade utiliza os elementos naturais para a sua sobrevivência e ao mesmo tempo possui um grande respeito e admiração pelos elementos da natureza, no entanto observa-se a necessidade de trabalhos voltados a educação ambiental, visando à melhoria socioambiental da comunidade, pois nesta comunidade já existe vários problemas ambientais. Sendo a Educação Ambiental um dos principais instrumentos de mudança para o atual quadro que retrata o meio ambiente local.

2015
Descrição
  • MARIA DAS NEVES MAGALHÃES PINHEIRO
  • COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS E A RELAÇÃO COM A DINÂMICA DOS LAGOS DE RORAIMA, BRASIL

  • Data: 02/12/2015
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  • O estudo florístico das macrófitas aquáticas contribui para a quantificação da biodiversidade aquática. As macrófitas aquáticas contribuem para a manutenção dos rios e lagos amazônicos por meio de diversas interações ecológicas. Este estudo teve como objetivos: a) conhecer a composição florística das comunidades de macrófitas aquáticas ocorrentes em lagos de Roraima, Brasil; b) avaliar a influência da morfologia e morfometria dos lagos nas comunidades de macrófitas aquáticas, em Roraima, Brasil; c) identificar o efeito da composição química da água na composição florística das macrófitas aquáticas dos lagos de Roraima, Brasil. A pesquisa foi realizada nos lagos dos municípios de Boa Vista e Alto Alegre (RR) durante os períodos chuvoso (julho de 2012 e 2013) e seco (dezembro de 2012, março e dezembro de 2013), classificados quanto à morfologia em circulares, subcirculares e subretangulares e, para morfometria, calculado o perímetro e a profundidade máxima (Zmax). As medidas de área (A) e comprimento máximo (L) foram adquiridas nas imagens do satélite LANDSAT – 8, sensor OLI, órbita/ponto 232/58, na composição B6 (R), B5 (G) e B4 (B), com resolução espacial 30x30 metros e calculadas através do Arc. Giz 10.1. Foi aplicada análise de regressão linear para verificar a correlação entre a riqueza de espécies e a estrutura dos lagos. Para análise da composição florística, as coletas abrangeram todas as comunidades distintas existentes no local e, sempre que disponível, foram coletados indivíduos férteis. Os espécimes foram fotografados e depositados em sacos plásticos para o transporte até o laboratório da Universidade Estadual de Roraima. O material botânico foi prensado, secado e fotografado e, em seguida, incorporado ao Herbário do Museu Integrado de Roraima (MIR). Um exemplar de cada espécime foi encaminhado à Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emilio Goeldi para identificação por meio de comparação com material herborizado e com auxílio de literatura especializada. Para atualização das famílias foi utilizado o sistema de classificação do APG III (2009) para as angiospermas. Foram analisados os parâmetros Temperatura, pH, Turbidez, Fosfato, Amônia, Nitrito, Nitrato e Nitrogênio no Laboratório de Química da Universidade Federal de Roraima, de acordo com as técnicas de coletas, preservação das amostras do Standart Methods for Examination of Water and Wasterwater. A análise ecológica abrangeu a zonação horizontal (áreas periférica, intermediária e central), a forma biológica e a densidade relativa. Foram registradas 24 espécies distribuídas em 14 famílias e 18 gêneros com Cyperaceae (4) e Onagraceae (4) como mais representativas em número de espécies. As formas biológicas emergentes e anfíbias foram comuns, ocasionais e abundantes principalmente na zona periférica. A diversidade florística de macrófitas não foi influenciada pelos períodos chuvoso e seco da região. A correlação linear mostrou que a riqueza de espécies esteve diretamente relacionada ao perímetro dos lagos associada à forma circular, mas com baixa similaridade entre si. A profundidade é um fator limitante para presença de macrófitas aquáticas. Os parâmetros físico-químicos analisados, influenciaram na composição florística das macrófitas. A sazonalidade influenciou na profundidade, na composição química da água, como também na composição florística das macrófitas aquáticas. O levantamento florístico e a dinâmica no âmbito dos lagos e com os lagos oferecem embasamento à conservação das comunidades vegetais e das espécies. Os resultados da presente pesquisa darão subsídios para o conhecimento da biodiversidade dessa vegetação aquática e contribuirão de forma positiva com futuros estudos em Roraima.

  • SANDRA LAYSE FERREIRA SARRAZIN
  • Composição química, atividade antimicrobiana e antioxidante do óleo essencial de Lippia origanoides Kunth. (Verbenaceae)

  • Data: 27/11/2015
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  • O objetivo principal do presente trabalho foi avaliar a composição química, capacidade antioxidante e o potencial antimicrobiano do óleo essencial (OE) de Lippia origanoides Kunth (Verbenaceae) obtido por hidrosdestilação, bem como os riscos de toxicidade que podem ser apresentados por seu uso inadequado. A capacidade antioxidante do OE foi avaliada pelos ensaios de sequestro do radical DPPH e auto-oxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico. O potencial antibacteriano contra microorganismos contaminantes de alimentos foi avaliado pelos métodos padrões de disco-difusão em agar e microdiluição em caldo e o potencial quimiossensibilizante de concentrações sub-inibitórias do OE frente a leveduras do gênero Candida foi confirmado pela análise da expressão de genes envolvidos no sistema de defesa antioxidante, explorando respostas ao extresse oxidativo e mutagênico em Saccharomyces cerevisiae. Em adição, sabendo que a produção de componentes químicos em uma espécie é controlada por fatores externos como tipo de solo e condições climáticas, e que alterações químicas quantitativas e qualitativas podem influenciar diretamente em seu potencial biológico, realizamos coletas mensais de amostras de L. origanoides no decorrer de 12 meses, no intuito de avaliar a possível influência de variações sazonais sobre o rendimento e composição química do OE, bem como seu impacto sobre o potencial antimicrobiano. A análise da composição química foi realizada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), e os resultados foram correlacionados com os seguintes parâmetros climáticos: precipitação (mm), radiação solar (W/m2), umidade relativa do ar (%) e temperatura (ºC). A toxicidade aguda do OE foi avaliada por determinação da DL50. Sabendo ainda que os compostos presentes nos OE são passíveis de volatilização ou degradação, avaliamos a eficiência do processo de microencapsulação do OE de L. origanoides sobre a retenção de voláteis e manutenção do potencial antimicrobiano. A partir dos resultados obtidos, foi possível concluir que o OE de L. origanoides foi eficaz tanto no controle do crescimento de microorganismos quanto no retardo do processo de oxidação. O potencial antifúngico do OE de L. origanoides foi também confirmado frente a espécies do gênero Candida. Em concentrações sub-inibitórias, este óleo promoveu a expressão de genes envolvidos no estresse oxidativo e mutagênico, e o uso combinado do OE com Fluconazol resultou num efeito sinérgico de ação antifúngica. Em adição, nossos resultados também demonstram que a variação sazonal ocorrida durante os 12 meses de coleta não alterou o rendimento médio do OE e exerceu pouca influência sobre sua composição química e potencial antimicrobiano, e que o processo de microencapsulação por Spray drying foi eficaz tanto na retenção dos principais constituintes voláteis quanto na manutenção do potencial antimicrobiano do OE de L. origanoides.

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